As chuvas de verão que ocorrem na
Amazônia, nessa época do ano, trás literalmente à tona um grande problema.
Toneladas de lixo chegam à superfície dos igarapés denunciando às péssimas
condições ecológicas em que se encontram muitos rios daquela bacia.
Um dos maiores mananciais de água do
mundo está gradativamente perdendo o seu poder. Quem viu as imagens mostradas
pelos noticiários deve ter ficado
horrorizado com as cenas em que grandes quantidades de lixo aparecem boiando no
que antes eram as águas limpas e doces dos rios amazônicos.
Inacreditavelmente estamos acompanhando
a destruição dos rios que formam à bacia do amazonas. É provável que ainda
existam pessoas que acreditem que aquele manancial é inesgotável.
Houve uma época em que isso é uma crença
que dominava o imaginário brasileiro. No cancioneiro popular encontramos
dezenas de músicas enaltecendo as belezas do Brasil. Música e letra falando de
um país onde as sementes germinavam, só de tocar no solo, as águas cristalinas
jorravam das nascentes, alimentando grande variedade de rios. Cantava-se a
beleza das terras, mares e céu. Tudo aqui reluzia como ouro. Mas o tempo tem
nos mostrado que a natureza está morrendo aos poucos. Rios que não nascem mais
peixes, florestas que emudecem sem o cantar dos pássaros, árvores que tombam
para abastecer madeireiras, garimpo incontrolável devastando enormes áreas,
queimadas sem controle, exploração de solos até o total esgotamento da terra,
tráfico de animais e plantas através da pirataria internacional, exploração imobiliária
e muitas outras ações danosas sobre o meio ambiente.
Infelizmente à cheia dos rios da
Amazônia, denuncia às péssimas condições daquela região. Populações
ribeirinhas, cujas condições de pobreza, de saneamento básico e de moradias adequadas,
faz com que a poluição aumente a cada dia. Os rios estão gradativamente
servindo de lixão e contribuindo cada vez mais para a degradação de todo aquele
ambiente.
Ou desligamos à televisão e fechamos os
olhos para a poluição dos rios brasileiros, principalmente da Amazônia, ou
socorremos o que é possível salvar. Caso contrário, o maior manancial de água
do mundo não viverá para matar a sede das futuras gerações.
Edison Borba
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