Em alguns estados brasileiros, protestos
contra o aumento da tarifa do transporte público, levou às ruas centenas de
pessoas.
Aquilo que deveria ser um movimento
democrático, transformou-se em guerrilha
urbana.
Gás lacrimogênico, pedras, paus, bombas
de efeito moral, tiros de borracha, vitrines quebradas, violência. Povo de um lado e a polícia do outro. Os
estados de São Paulo e Rio de Janeiro, termômetros do que acontece no Brasil,
está mostrando que existe algo de podre em nosso reino.
Apesar de estarmos aparentemente lidando
com movimentos localizados, aparentemente endêmicos, é hora de analisar o que está acontecendo no país.
Quando grupos começam a agir através de
manifestações que se transformam em atos de violência, é claro que há questões
políticas bem maiores do que o aumento de preços. Fica evidente que
manipulações podem estar estendendo seus braços. Rio, São Paulo, Porto Alegre,
Curitiba, Maceió e Natal foram focos de movimentos que poderão crescer se não
forem bem analisados.
Apesar da Copa das Confederações está
começando, com as lonas dos estádios já montadas no país do futebol, o povo
esqueceu o circo para lutar pelo pão.
Excessos à parte, os cidadãos mais
atentos, percebem que existe um zum-zum-zum nas cidades indicando que está na
hora do governo federal, sair do trono das estatísticas e cair na real. Estamos
perdendo o controle das finanças do país e uma velada inflação tem aparecido
gradativamente.
Quem costuma ir às feiras e mercados e,
manter o controle sobre o que compra, já percebeu o aumento nos preços da cesta
básica. Nas farmácias, os remédios, subiram de preço o que consequentemente
aumenta as dores de quem necessita
comprá-los. Os aposentados,
geralmente mais idosos e que consomem sistematicamente diversas medicações, já
sentiram no bolso a crise nas drogarias
e farmácias. Os preços entraram em colapso, e estão pela hora da morte.
Volto a afirmar que não sou arauto da
tragédia, porém os grandes movimentos históricos começaram a surgir através de
pequenas (grandes) ações populares.
Quando o povo esquece o circo e luta
pelo pão, sem dúvida existe algo de
podre no reino do planalto central.
Que a
abelha rainha tenha a sensibilidade de reunir a colmeia para analisar a
qualidade do mel que está sendo produzido. As abelhas operárias e as abelhas
soldados estão se enfrentando, deixando claro que, sem dúvida, há algo de podre
...
Edison Borba
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