“O silêncio é de ouro” e, “em boca
fechada não entra mosquito”, são ditos populares que não podemos esquecer.
Quando nossa boca deixar escapar uma
opinião, sugestão, informação ou qualquer outro tipo de fala, não há mais
retorno. As palavras o vento leva e nunca mais deixam de existir. Ficarão
repercutindo através das ondas sonoras estudadas pela Física por toda a
eternidade.
Estamos vivendo um momento em que as
opiniões são emitidas sem que as consequências daquilo que foi falado sejam
medidas. O uso dos novos meios de comunicação está facilitando a emissão de
opiniões nem sempre pensadas, em suas
consequências.
Outro dito popular creio que também deve
ser lembrado: “cada qual no seu quadrado”, isto é, cuidado com opiniões que
fujam ao seu conhecimento.
Nestes últimos dias, uma famosa cantora
e dançarina, bastante conhecida por seus sucessos com músicas de ritmos
regionais, falou sem pensar, emitindo opiniões sobre um assunto que não lhe
pertence. Casada e sempre acompanhada do marido cantor, mãe de vários filhos e
aparentemente com uma família bem constituída, emitiu observações infelizes,
que atingiram seus colegas de profissão, pessoas inocentes que nunca lhe
fizeram mal e alguns são até seus fãs.
Creio que ela não pensou sobre o que
falou. Talvez influenciada por crenças religiosas radicais, ela ofendeu
milhares de homens e mulheres, cidadãos brasileiros, que aplaudem o seu
trabalho e muitos até compram seus CDs e DVDs.
No momento que ela está cogitando
construir um filme sobre a sua carreira e os seus sucessos, sem pensar falou o que não devia. Será que
esse episódio irá constar nas filmagens? Será que a sua observação
preconceituosa irá constar da história de sua vida? Que outros tipos de
preconceitos ela guarda em seu coração?
Que pena! Que desastre! Que decepção!
Mesmo não sendo seu admirador, sempre respeitei o seu
trabalho. Creio que assim como eu, muitos estão decepcionados e tristes por
observações tão cruéis e desprovidas de conteúdo científico.
Para piorar as suas desculpas, a cantora
e dançarina, afirmou com ingenuidade (??!!??) que possui um grande amigo, que
ela piedosamente acolhe em sua casa mesmo sendo ele um indivíduo “diferente”.
Teria sido melhor ter ficado em silêncio.
Em boca fechada não entra mosquito!
É sempre bom lembrar, desse ditado
popular.
Edison Borba
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