Entusiasmado e feliz, o senador saiu às
ruas de São Paulo, para participar da Virada Cultural. Alegre e sorridente caminhava entre a multidão
que assim como ele, deixou suas casas para
aproveitar horas e horas de shows de música, teatro e arte.
Em cada canto da cidade num palanque artistas famosos e outros menos conhecidos,
cantavam de dançavam. O povo, descontraído nem se importava se havia chuva ou
frio. Era só felicidade e alegria.
Poder participar de atividades culturais
gratuitamente é uma oportunidade única na vida de muitos brasileiros, por isso
a multidão ocupou todos os espaços oferecidos. Homens, mulheres, crianças e jovens
vindos de todas as partes se encontraram pelas ruas paulistanas para comemorar.
Famílias aproveitando a oportunidade para, se divertir. Pais carregando filhos
nos ombros, mães empurrando carrinhos de bebês, os mais idosos caminhando devagar, mas todos com os rostos iluminados
pela oportunidade de um final de semana feliz.
Infelizmente, toda essa festa correu o
risco de ser manchada pela tragédia. Alguns meliantes aproveitaram o clima de
descontração para roubar e furtar. Não satisfeitos, também provocaram brigas,
arrastões e assassinaram um jovem.
Que pena! O que era para ser um final de
semana de felicidade, transformou-se
para alguns em tragédia.
Talvez, a tentativa de fazer cultura
popular, como acontece nas “Viradas” deixe vir à tona duas grandes questões: uma
boa e outra ruim.
A primeira é a certeza que a população
quer e precisa de mais divertimento, sem custos. O povo é capaz de curtir forró
e música clássica com a mesma atenção. A arte quando é boa, é aceita por todas as classes sociais.
O lado ruim da questão, é que ainda
estamos precisando de educação de base. A criminalidade, é produto de uma população que não está tendo
acesso aos meios mais simples de educação.
Outros fatores sociais também surgem
nessas ocasiões e que devem servir como termômetros para medirmos às condições
sociais de uma população.
Entre os que foram vítimas, encontramos
um senador, ou melhor, o senador Eduardo Suplicy, que teve seus documentos,
dinheiro e celular, rapinados. No palanque, ao lado de Daniela Mercury, Suplicy
pediu para ter seus bens devolvidos.
Fica uma questão: será que foi
providencial terem levado a carteira do senador?
Talvez, tendo sofrido o problema, o
senhor senador possa defender em Brasília, com mais veemência, as necessidades
educacionais do nosso país.
É triste, é cômico, é sério!
Edison Borba
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