Acém,
patinho, lagarto, picanha, com gordura ou sem gordura, é tudo carne de boi rica
em proteínas, fósforo, ferro e vitaminas do Complexo B.
Não
é um produto qualquer, pode ser de primeira ou de segunda e dessa forma, varia
de preço e caracteriza a classe social do freguês.
Moída
para recheio do pastel ou picadinha para servir ensopada. Mal passada, ao ponto
ou bem passada, quando é servida à mesa, atende ao paladar do freguês.
Com
molho madeira se transforma em escalopinho para deliciar os gulosos. Assada no
forno recheada com farofa ou apenas com
cenoura é o melhor pedido para ser saboreada com macarrão.
Para
os gaúchos é churrasco, sempre bem acompanhado de um quentinho chimarrão. Uma
costelinha assada, é barato e alimenta. Com osso, vira sopa, que no inverno vai
bem, acompanhada de rodelas de pão e temperada no azeite.
Mas,
as delícias da carne dependem de profissionais especializados, homens cujas
mãos agem como as de um artista, quando manipulam pinceis para criarem lindos
quadros.
Os
açougueiros, que não são apenas cortadores de carne, são especialistas no
corte. Dependendo de como foi cortada, uma boa fatia de carne perderá em textura,
em sabor e cozinhará em mais tempo,
podendo até ficar dura.
Esses
profissionais devem dominar exatamente como e com que faca, irão executar um
corte. Precisam ser tão hábeis quanto os cirurgiões. Devem ser cautelosos, precisos
e seguirem cuidadosamente as estrias do
produto.
Cada
corte é uma dádiva, que irá influenciar na culinária. Para cada receita, haverá
sempre uma carne certa com um corte certo das mãos de um artista, o açougueiro.
Dona
de casa ou cozinheiro, que dominam a boa arte da cozinha, não deve comprar
errado. Se for para refogar, é melhor comprar acém, patinho ou cupim. Mas se, é dia de domingo e vai sair carne assada vá de
lagarto, patinho ou miolo de alcatra. Porém, uma boa maminha, também garante um
bom prato.
Para
um ensopadinho compre aba de filé, peito ou carne moidinha. Para saborear um gostoso
bife, frito na manteiga, prefira o filé mignon, que é carne de primeira.
Porém,
toda carne, precisa chegar até a panela, cortada de forma correta,
seguindo regras rígidas que apenas os
açougueiros dominam. Aos mestres da carne, aos senhores dos açougues, a minha
homenagem.
Especialmente
ao Senhor Oswaldo Borba, conhecido como “vadinho”, açougueiro da melhor
qualidade. Durante anos, atendeu seus fregueses no Açougue São Sebastião no
bairro de Inhaúma.
A
ele, meu pai, e a todos os profissionais
do ramo minha sincera homenagem!
Edison
Borba
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