Após a festa de abertura dos envelopes
revelando as empresas que iriam administrar o ”Maraca”, por 35 anos, aparecem
suspeitas de “maracanã-cutaia”.
A justiça pede a anulação do contrato
alegando a possibilidade de fraudes. Existem suspeitas de que não houve lisura na escolha
do Grupo Empresarial que levou vantagem
na concorrência.
Segundo os noticiários, o modelo de
contrato está cheio de irregularidades, que ferem os interesses públicos.
Apesar de estarmos vivendo um momento em
que grupos lutam pelo retorno da ética, em nosso país, incluindo a Lei da Ficha
Limpa entre outras questões que se tornaram públicas, ainda não podemos
acreditar que estamos próximos a viver num mar de rosas.
Infelizmente o mar de lama que invadiu o
Brasil nas últimas décadas ainda está ocupando nossas praias e exalando cheiro
ruim por todo o território nacional.
Essa situação envolvendo o Maracanã, no
Rio de Janeiro, nos leva a uma reflexão sobre os outros fabulosos estádios,
construídos em vários estados, para funcionarem durante os jogos das Copas.
Que tipo de licitações, estarão sendo
assinadas?
Como será a utilização desses
gigantescos prédios após as festividades futebolísticas?
Quem terá a responsabilidade das
manutenções?
Como serão administradas as áreas do em
torno dos estádios?
Essas questões devem ser bem explicadas
para que não tenhamos uma onda de “ENGENHÕES” sendo construídos com durabilidade
efêmera.
Vamos torcer para que após as festas
futebolísticas, não tenhamos que conviver com elefantes brancos, abandonados,
que servirão, provavelmente para aumentarem as estatísticas das obras faraônicas
tão comuns no Brasil.
Há poucos dias, diante de autoridades,
balões coloridos, hinos e alegria, algumas obras foram “meio” inauguradas,
porque ainda estão “meio”construídas, o que pode sugerir que elas ficarão “meio”
funcionando, para depois ficarem totalmente abandonadas.
Edison Borba
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