Nossa Presidente (ou será Presidenta?),
no calor da campanha anunciou que os brasileirinhos seriam a sua maior
preocupação, provavelmente naquela ocasião não havia um conhecimento claro das
verdadeiras necessidades educacionais brasileiras. Atualmente, 2013, todos os
estados estão com milhares de crianças de zero a três anos, fora do ambiente
educacional.
As creches, locais importantes para o
desenvolvimento infantil, ainda estão muito longe de atender as necessidades
brasileiras. O MEC empurra a responsabilidade para os municípios, que por sua
vez, declaram existir outras necessidades mais urgentes que investir em
educação.
Os centros de apoio educacional para
crianças de zero a três anos, são necessários não só para o desenvolvimento
infantil, como também para colaborar com a economia doméstica, permitindo que
os pais possam trabalhar e melhorar suas condições financeiras.
O atendimento educacional no Brasil,
ainda está longe de encontrar soluções para atender da creche à universidade.
Muitas lacunas estão sendo preenchidas, mas é como uma colcha de retalhos, onde
os pedaços de pano são costurados aleatoriamente, com uma “pequena” grande
diferença: a colcha será mais bonita quanto maior for à diversidade de
retalhos, mas em se tratando de educação o resultado é exatamente o inverso.
Não podemos remendar: aprendizagem tem
tempo certo para acontecer. Ou investimos um bom produto na hora da necessidade ou não teremos cidadãos
capazes de produzir adequadamente para o país. O processo educacional vai muito
além das paredes escolares, ele envolve e compromete um grande círculo de
pessoas que constituem a órbita planetária educativa. Familiares, professores,
equipes de saúde, comunidades entre outros astros que se interligam para o
brilho do principal astro do sistema – o aluno.
As creches constituem a base do sistema
educacional, seguidas das escolas infantis e do fundamental. Após esse ciclo os
alunos deverão ser direcionados para as oficinas profissionais e universidades.
O investimento em educação é a longo
prazo e os resultados só aparecem após anos de investimento, mas quando as bases são
sólidas formam-se cidadãos frutíferos capazes de darem continuidade ao sistema,
colaborando na formação de novos e criativos cidadãos.
Portanto, os brasileirinhos de zero a
três anos precisam de espaços para crescer de forma saudável. Precisamos de
creches qualificadas para o exercício da educação nos primeiros anos de vida.
É hora de cumprir promessas de palanque!
Edison Borba
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