Na Áustria e nos Estados Unidos, dois
escândalos abalaram os noticiários. Mulheres prisioneiras de homens
enlouquecidos.
Um pai manteve filha refém durante 24
anos, torturando, abusando física, moral e psicologicamente. Um louco, que
chocou não apenas os austríacos, mas todo o mundo.
Em Cleveland, EUA, outro monstro,
sequestrou e manteve em cárcere três mulheres. No tempo de cativeiro, elas
foram abusadas, maltratadas e violentadas.
Essas mulheres, diferentemente das que
estão detidas pelo sistema prisional, não sabiam o motivo do sequestro e nem o
tempo que ficariam em cativeiro. E a cada dia, eram torturadas e a desconhecer
o que aconteceria no amanhecer seguinte.
Esse tipo de crime é mais comum do que
imaginamos. Muitas mulheres são mantidas em cativeiro, em diversos países dos
cinco continentes. Vítimas de psicopatas que agem sem que as leis possam
alcançá-los. São obrigadas ao silêncio e a suportarem castigos impostos por
homens enlouquecidos que vivem sob a clandestinidade de um mundo ainda
machista.
Muitas dessas mulheres, não estão
trancadas em cativeiros, elas podem circular pelas ruas e ir às compras. Muitas
são vistas caminhando pela cidade ou em filas de ônibus. Porém, existe alguém a
quem devem obedecer. Geralmente são companheiros, maridos, amantes ou namorados
que controlam suas vidas. Obrigadas a informar sobre tudo o que acontece em
suas vidas, essas mulheres também são prisioneiras.
Existe um cativeiro psicológico, que
aprisiona suas almas. Mulheres sem vontade própria. Não é permitido a elas o
direito de escolhas, de sorrir e de serem felizes. Muitas, após longos períodos
de obediência, conseguem romper correntes e buscar ajuda outras envelhecem sob
o domínio do mal.
A Lei Maria da Penha tem sido um caminho
para essas criaturas aprisionadas e aterrorizadas, porém como em nosso país as
leis são fragilizadas pelas penas, aplicadas aos réus, nem sempre tentar romper
com o cativeiro, funciona como a solução perfeita. Muitas mulheres, são
perseguidas, ameaçadas e
assassinadas pelos companheiros,
mesmo com boletins de queixas e ordens de afastamento.
Diante de tantos casos
de mulheres prisioneiras, algumas reflexões devem ser feitas:
>Educação, profissionalização, cultura, auto
conhecimento, informações são alguns caminhos que o grupo feminino deve buscar;
>Leis mais rígidas e
cumpridas em relação aos que cometem crimes contra a saúde física, psíquica e
social da mulher devem ser aplicadas.
Esses dois caminhos além de
muitos outros, devem estar sempre nas mesas de debates, para que os crimes
contra a mulher possam deixar de acontecer em nossa sociedade.
Na era da informática, em que a cada
dia surge um novo artifício tecnológico é inadmissível continuarmos a conviver
com homens das cavernas.
Edison
Borba
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