Domingo à noite, um casal sai para
passear. Os dois, apesar de casados, ainda procuram manter o clima de namoro.
Um jantar a dois é recomendável para boas recordações e não deixar o amor esfriar.
Casamento é como uma plantinha precisa
ser cultivado, para manter viva a alegria e até dar frutos. Usando suas melhores roupas o casal apaixonado, saiu
para uma noite que provavelmente seria regada a bons vinhos.
Para fazer a noite mais amena e
agradável, convidaram outro casal, para juntos curtirem aquela o jantar.
Numa democracia, subtende-se que todo
cidadão é livre para falar e
expressar as suas ideias. É um regime que
não impede, ninguém, de exercer direitos, inclusive os de cobrar das
autoridades, aquilo que lhes é devido.
Essa característica democrática, permite
que durante um jantar entre casais,
assuntos sobre os destinos de uma cidade, estado ou país possa ser discutido.
Existem grupos familiares que mesmo possuindo opções contrárias, permanecem
juntos e o amor entre eles não diminui. É como torcer, para times diferentes de
futebol.
Lamentavelmente, existem pessoas que não
sabem muito bem escolher a hora e o lugar convenientes para exercer seus
direitos democráticos.
E foi por causa desse desconhecimento,
que a noite do casal e amigos que deveria ser perfeita, foi coroada por
dissabores, brigas e desavenças.
Para completar a história, um terceiro
casal entra em cena, e como publicaram alguns jornais, não souberam que era
domingo, estavam num restaurante e que todos queriam, relaxar e buscar um pouco de paz.
Como um dos casais ocupa um lugar de
prestígio na sociedade, isto é, o marido é um dos que coordena a vida da
cidade, logicamente, nem sempre é bem
aceito. Mas era domingo, era noite, era momento de relaxar. Todos estavam num
restaurante, não havia palanque e nem discursos inflamados.
Mas, a presença de um marido autoridade,
provocou num outro marido, uma enorme vontade de fazer valer seus direitos de
cidadão que vota.
Esquecendo a presença de mulheres e o
local, partiu para insultos, como se agindo dessa forma estivesse prestando
algum tipo de serviço à sociedade.
Para tumultuar mais o encontro de
casais, o que representa autoridade municipal, não satisfeito com os insultos e
até para fazer valer seu papel de marido, devolveu os insultos com agressão
física.
E foi assim que a refeição ficou
indigesta. Todos foram completar a digestão numa delegacia.
Pode não ter sido bem assim que o fato
aconteceu, mas foi dessa forma que os jornais apresentaram a notícia. O fato
virou manchete, pois o ocorrido envolveu a figura do prefeito da cidade do Rio
de Janeiro.
Quem tem razão? Quem bateu quem apanhou?
Quem insultou?
Que lição, podemos tirar desse
incidente?
Será que houve vontade de sair na mídia,
tornar-se famoso, ter o nome nos jornais e a partir do fato, tirar proveito,
pelos quinze minutos de fama?
Será que agredir uma autoridade, seja
com palavras ou atos, numa noite de domingo, num restaurante, é bom para o
processo democrático?
Será que uma autoridade, tem que manter-se rijo e não devolver os
insultos, para não desmoralizar-se diante de seu povo?
Quem quebrou os preceitos de cidadania?
Ficam as perguntas. Que bocas de
comadres comentem o assunto. Que possamos analisar e discutir democraticamente
o triste incidente.
Como conviver pacifica e
democraticamente, fazendo valer nossas opiniões e posições sociais?
Pensemos, por favor, pensemos ...
Edison Borba
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