Diariamente,
os apresentadores de telejornais noticiam os mais variados assuntos. Alguns
usam a técnica do distanciamento, isto é, seja qual for o assunto, sua expressão
facial permanece a mesma. Leem textos sobre assassinatos e a seguir comentam os
gols da rodada com o mesmo equilíbrio. Mudam de assunto maquinalmente.
Outros
fazem o gênero sensacionalista. Todas as notícias são grandiosas e lidas em voz
alta. A chegada de uma frente fria é colocada como se fosse um tornado. São
inflamados e estão sempre agitados diante das câmeras. Mas apesar do estilo,
são semelhantes aos anteriores, camuflando suas emoções.
Dificilmente,
vemos um jornalista demonstrar claramente tristeza, alegria, constrangimento,
indignação ou outro qualquer sentimento. Existem regras contratuais, que as
emissoras exigem ser cumpridos, quando se trata de informar.
Há telejornais,
em que se percebe claramente, que até a roupa usada pelos profissionais, são
estabelecidas em contrato. Há um padrão a ser seguido, mantendo, portanto, um
estilo, que se torna reconhecido pelos telespectadores.
Esses
dias, uma jornalista, trouxe emoção ao telejornalismo, ao apresentar uma
notícia sobre usuários de drogas.
O assunto
envolvia uma filha que procura pela mãe, viciada em crack. O encontro das duas
mulheres foi realizado diante das câmeras. Realmente uma cena emocionante. Mãe
e filha se reencontrando em condições opostas. A filha é que estava resgatando
a mãe. A jovem assumindo um papel que na maioria das situações é exatamente
oposta.
Apesar
de se tratar de um assunto triste, a cena apesar de chocar também foi linda,
pela forma com que foi tratada pela emissora.
A jornalista
e apresentadora, sem conter as lágrimas, deixou que sua emoção contagiasse a todos que assistiam o
telejornal.
Parabéns
para SANDRA ANNENBERG, pela
sinceridade e profissionalismo com que sempre pauta as suas apresentações e
principalmente por humanizar esse tão complicado mundo, o das notícias.
Edison
Borba
Nenhum comentário:
Postar um comentário