Vivemos num país em que inaugurar
não significa terminar, concluir, acabar e entregar algo pronto para o uso da
população.
Estamos às vésperas do início dos
jogos internacionais e os estádios estão sendo entregues com uma grande
quantidade de detalhes, que ainda não foram concluídos. E nessa hora, começa
aquilo que costumeiramente chamamos de operação “tapa buraco” ou então “operação
remendão”.
Uma grande corrida contra o tempo,
com trabalhadores maquiando, escondendo, tapando e colando de forma primária
serviços que deveriam ser feitos dentro de um cronograma que infelizmente não
foi cumprido.
A grande quantidade de estádios,
que estão sendo inaugurados às pressas, em pouco tempo apresentarão problemas e
o tal legado da Copa, não acontecerá.
Grandes elefantes brancos
espalhados pelo país, que além de não servirem para grandes “coisas” após os
jogos, ainda correm o risco de se tornarem inviáveis para o uso, como aconteceu
com o Engenhão, aqui no Rio de Janeiro.
Neste momento, centenas de
trabalhadores, correm contra o tempo para que o Maracanã possa acolher uma
multidão, que irá assistir ao jogo entre
Brasil e a Inglaterra. Horas antes de começar o evento, o mesmo foi embargado.
Houve um corre – corre jurídico para que os portões do estádio possam ser
abertos para acolher os torcedores.
Que vergonha, vermos o maior
símbolo do futebol nacional o querido “Maraca”, sendo colado com cuspe, coberto
com cartolina e pintado com guache, para esconder os defeitos de uma obra
faraônica.
Vamos torcer para que as obras de
todas as arenas se aguentem até o ano de 2016. Temos dúvidas se após o término
de todos os eventos marcados para o Brasil os monstros de cimento ainda
continuem firmes para suportar chuvas e ventos.
Rezemos para não sermos vítimas de
tragédias como a da boate Kiss, em santa Maria, no Rio Grande do Sul.
Vamos torcer para não sermos
confundidos com cobaias humanas colocadas em armadilhas para servirmos de
experimentos aos senhores que comandam essa grande nação. Continuemos a
inaugurar mais obras, escondendo os entulhos em baixo dos tapetes e esticando
gambiarras que iluminarão as grandes arenas onde seremos jogados aos leões.
Edison Borba
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