Competidores alinhados. Uma emoção
percorre o corpo de cada um dos atletas. A plateia agitada aguarda o sinal da
partida. Domingo, 25 de maio, um dia de outono. Sol morno ilumina a manhã uma “manhã”
preguiçosa.
Na multidão, crianças, homens,
mulheres e jovens. Famílias inteiras deixaram suas casas para aproveitar um dia
de lazer. Os corredores de camisas vermelhas estão ávidos para iniciar a
corrida pela paz, na Comunidade do Alemão.
Em outros tempos, essa paisagem
não poderia ser imaginada nem em sonho. Eram dias difíceis, com os traficantes
dominando todo o complexo de moradores.
Com a implantação das Unidades de
Polícia Pacificadora (UPP), a paz passou a reinar nas ruas, becos e lares. A
felicidade passou a ser lugar comum entre os habitantes de todas as casas, de
tal maneira, que diversas atividades passaram a acontecer, onde havia apenas
dor e tragédia. Entre elas, a corrida da paz, uma das mais concorridas.
Lamentavelmente, minutos antes de
ser dada a partida, tiros começaram a ser ouvidos em diversos pontos da pequena
cidade do Alemão. As pessoas se dispersaram, famílias correram, protegendo seus
filhos voltaram a sentir o antigo medo.
Bandidos armados voltaram a agir
com violência ameaçando a paz. Atiraram contra a sede da UPP, colocando em
risco a vida dos policiais e de todas as pessoas presentes no local.
Há dias, alguns bandidos voltaram
a ameaçar a nossa cidade maravilhosa, numa tentativa de ocupar novamente o
poder. Agindo durante festividades, impondo o fechamento de escolas e comércio,
eles tentam retomar antigas posições. Será uma tentativa inútil, a sociedade se
fortaleceu. A polícia, aos poucos conquista a confiança nas autoridades e a fé
de que o bem é mais forte que mal. Os bons sempre vencem os maus.
Apesar do susto, que quase apagou
o sol do belo domingo, a corrida aconteceu. As famílias voltaram às ruas,
corredores tomaram suas posições e no final a PAZ foi a grande vencedora!
Edison Borba
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