Duas novas novelas iniciaram suas
trajetórias. Dessa vez, os horários permitem aos “noveleiros” assistir as duas,
com pequenas perdas de cenas, que não atrapalham o entendimento das tramas.
Acompanhando o relógio, podemos começar assistindo
AMOR À VIDA e a seguir DONA XEPA.
A primeira, apesar de ter um título novo,
podemos perceber nitidamente traços de dramas antigos. Troca de bebês, mães
morrendo no parto e núcleos ricos e pobres. Apesar do autor, incluir
situações novas, percebe-se coincidências em dramas já exibidos pelo
mesmo canal.
A novela concorrente, já foi exibida em
teatro e também na televisão. Uma história conhecida do público, mas que sempre
emociona.
Os dois folhetins, estão apoiados em dramas
familiares. Irmãos que não se entendem e pais que sofrem com a ingratidão dos
filhos. Traições, amor, desamor, inveja
e todas as reações típicas dos seres humanos.
No meio da multidão de atores, atrizes,
técnicos, maquiadores, figurinistas, iluminadores, câmeras, produtores,
diretores além de outros profissionais que se envolvem na produção de uma
telenovela, dois profissionais, se destacaram nesses primeiros capítulos.
Um (a) com uma vasta experiência em cinema, teatro e
televisão. O outro, com pouco tempo de trabalho nas telinhas. Porém, os dois
marcaram presença nas primeiras cenas.
Ângela Leal, vivendo a Dona Xepa e Mateus
Solano, no papel de Félix. Destacar a participação de Ângela é sempre muito
prazeroso. Uma grande atriz, que nem sempre tem oportunidade de mostrar a sua
versatilidade. Está muito bem, como a feirante, que em 1977, foi vivida pela saudosa Yara Cortes.
Mateus Solano, que já obteve destaque
vivendo os gêmeos em outra novela, está simplesmente encantador. Um malvado
gay, não assumido, invejoso, astucioso capaz de nos “irritar” com suas observações
maléficas.
Duas gerações de atores. Dois nomes da
teledramaturgia.
Novela é assim, um mundo de trabalhadores
da arte de representar, mas apenas alguns se destacam na complicada profissão
de ator e atriz. Nesta atividade, as emoções são em capítulos, portanto é preciso
aprender contê-la para retomá-la na
próxima cena. É preciso saber conviver com as diversas retomadas de gravação,
sem perder o processo interpretativo.
Novelas são feitas de retalhos. Poucos sobrevivem dignamente às
tramas. Alguns, mesmo quando protagonistas, nunca passam de coadjuvantes.
Edison Borba
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