quinta-feira, 30 de junho de 2011

PARA ELIS REGINA

Eu rebento
Elis! Elis eu também rebento
Eu me sangro e choro
Numa reação imediata a cada sofrimento
Elis eu sou só rebento
Me  rasgo e sofro
Mergulhado na imensidão do abandono
Elis – grande amiga – como eu rebento!
Agora como uma ferida purulenta
Eu rebento, eu me arrebento
Ao contrário dos rebentos que brotam
Que nascem e florescem a cada dia
Eu  rebento quando perco
Rebento quando ganho
Quando estou só na tempestade
Eu rebento! Ah! Como eu rebento!
Rebento correntes, rompendo laços e corro livre
Rebento pra não me arrebentar
A cada bofetão e a cada abatimento
Eu rebento!
Elis amiga Elis – como eu rebento!

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