terça-feira, 30 de junho de 2015

ETERNO RECOMEÇAR.

 
A vida é um eterno começar.  Novos anos, meses, semanas, horas, minutos e segundos num processo
interminável e que envolve todos  os seres vivos que habitam o planeta Terra. Começar tudo outra vez num processo que se renova mesmo com a morte, que nada mais é que uma nova caminhada por estradas ainda desconhecidas.
É neste recomeço infindável, que a vida se torna maravilhosa, desde que encontremos  palavras certas
para serem ditas nas horas certas, para as pessoas certas.
Bom dia! Boa tarde! Obrigado! Como vai!
São palavras comuns, simples palavras que podem atingir os mais diversos corações de amigos e desconhecidos.
Outra "arma" que nós humanos, estamos usando cada vez menos é sorriso. Como faz bem ao coração e à nossa alma, receber um sorriso, que é uma das mais lindas expressões humanas.
Começar sempre, sem dar ouvidos ao que falam pelos becos e sussuram em botecos, mas ouvir a voz
dos amantes, isto é, os que amam, aqueles  que exercem o ofício de amar sem censura, dirigindo seu afeto  aleatoriamente sem nenhuma vergonha ou pudor.
Amar a vida em todas as suas expressões humanas, animais e vegetais. Amar pelo prazer de entregar
ao mundo o maior dos sentimentos, o amor.
Começar todos os dias, alucinadamente como se fosse o último e portanto  devorando-o plenamente
distribuindo sorrisos, abraços e felicidade.
Deixar o coração dizer o quanto é bom estar vivo!
E estando vivo, tendo que exercer o ofício de ser humano, sendo humano. Estendendo à mão ao próximo, sem preconceitos e vaidade. consciente de que somos todos iguais, carne e osso e, quando viajarmos para o infinito nada mais restará do corpo físico, apenas nossos atos, é que continuarão a viver na lembrança de todos os que um dia cruzaram nossos caminhos.
Como uma cigarra, vamos cantar, mesmo que isso nos "rebente" pelo prazer de tornar o mundo mais feliz.
Recomeçar! É sempre importante saber recomeçar!
Reiniciar, reinventar, rever, refazer, consertar os grandes e pequenos erros, sempre na vontade de manter acesa a chama do amor, que um dia haverá de reinar em todos os corações.
Edison Borba

POVO FELIZ?

Cientistas americanos, da Universidade de Michingan, estudaram mais de 350 mil pessoas, habitantes de mais de 97 países, com o objetivo de medir o grau de felicidade das populações modernas. A Dinamarca, ficou em primeiro lugar. Os moradores deste país são os mais felizes do planeta Terra. Infelizmente o Brasil não obteve uma classificação adequada, contrariando nossos cartões postais e ufanismo, quando nos apresentamos para o mundo, um belíssimo litoral, uma fantástica floresta amazônica, rios caudalosos, cachoeiras exuberantes, uma rica fauna e flora do pantanal e as terras do sul, que possuem um inverno quase europeu.
Eu creio que os pesquisadores não levaram em conta as belas mulheres que desfilam pela orla marítima de norte a sul do país, exibindo suas belas formas e nem a alegria contagiante que o brasileiro espontaneamente exibe em suas festas.
O carnaval carioca, os grandiosos desfiles das Escolas de Samba, o boi de Parintins, o maracatu, o frevo, o galo da madrugada, as festas juninas que fazem o nordeste tremar ao som das sanfonas. Creio que os cientistas americanos, não olharam para o Cristo Redentor, o Pão de Açúcar, as obras do Aleijadinho nas Minas Gerais, a Catedral de Brasília e a majestosa avenida Paulista.
Esses pesquisadores de Michingan, ignoraram todos as majestosas arenas construídas para a Copa do Mundo de Futebol, acontecida em 2014. Pesquisadores cruéis, devem ter ficado espionando os esgotos que correm a céu aberto, a crise da água, a seca nos estados do nordeste, a violência urbana, as dificuldades escolares, o alto índice de analfabetismo, a crise dos hospitais públicos e só para contrariar e prejudicar os brasileiros, colocaram escutas no senado, na câmara dos deputados e até nas prefeituras e ficaram propositalmente analisando a vida dos vereadores e demais políticos.
Não satisfeitos, resolveram analisar a vida de alguns empresários. Isto é covardia! Deixaram de analisar o sorriso do povo! A alegria contagiante que faz dos brasileiros um povo feliz, resistente e otimista.
Todos os dias cada trabalhador sai de casa para vencer uma batalha. Os mais fortes retornam aos seus lares e conseguem driblar as contas e sobreviver o dia-a-dia com muito otimismo.
E para prejudicar o maior país sulamericano, esses estudiosos devem ter entrevistado alguns aposentados. Velhos, rabugentos que reclamam dos salários!
Agindo assim, covardemente os cientistas deram o primeiro lugar para uma tal de Dinamarca.
Nós brasileiros não aceitamos este resultado, somos o povo mais feliz do mundo, e como cantou o poeta Zé Ramalho,
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz
Eh, ôô, vida de gado
Povo marcado, ê
Povo feliz!
 
Edison Borba


segunda-feira, 29 de junho de 2015

DONOS DA VERDADE.


Não é raro encontramos pessoas que se dizem donas da verdade. São  interessantes, são aquelas que dizem não levar desaforo para casa, estão sempre prontas para dizer "verdades" doa a quem doer.
Geralmente se orgulham de serem temidas por todos os que fazem parte de seu círculo de amigos (??!!).
A arrogância é um dos seus atributos. O orgulho é outra característica que  as distingue dos demais.
Quando chegam a algum local, provocam medo e constrangimento. Elas, as donas da verdade colocam-se acima do bem e do mal, e sentem-se como Deus, desvendando segredos e não deixando pedra sobre pedra, a sua palavra é a lei, é o chicote que faz temer  e tremer a sociedade.
Que pena eu tenho delas, as donas das verdade! Em que solidão elas devem viver!
São sofridas, pois as suas (as dela) verdades, talvez sejam tão difíceis dela mesma enfrentar, que envergonhar outros as  permitem viver no anonimato.
Imagino-as à noite, em seus quartos, quando são obrigadas a enfrentar as suas próprias verdades.
Quanto sofrimento! Quanta dor! Quanta solidão!
Ser o dono da verdade, deve ter um preço alto, um valor que deve comprometer até a alma destes
senhores e senhoras, que revelam segredos e sangram sem piedade a todos que lhe interessam humilhar.
Infelizmente, essas pessoas existem e circulam com toda a sua empáfia, pela sociedade, algumas
angariando adeptos, que por medo ajudam a alimentar tão sádico comportamento.
Deus, apenas Ele, é o dono de toda a verdade que existe no Universo!
Apenas Ele, é que poderia nos cobrar, mas com a sua bondade infinita, é capaz de poupar a todos
sem precisar usar do seu poder.
Ele perdoa, alimenta, orienta e guarda para Ele todas as nossas verdades, até aquelas que ocultamos no lugar mais profundo do nosso coração.
Edison Borba

domingo, 28 de junho de 2015

ALMA FEMININA - O LIVRO.


Queridos amigos, agradeço a grande aceitação que o meu novo livro – ALMA FEMININA - obteve entre os leitores. Desde o seu lançamento no dia 26 de maio, tenho recebido contatos falando sobre o seu conteúdo. O nome das mais cem mulheres citadas na obra, tem sido objeto de observação de alguns colegas professores para utilização em sala de aula. Outros informam, que foi a partir da leitura do ALMA FEMININA, que se conscientizaram sobre o feminicídio que acontece no Brasil e sobre a Lei Maria da Penha. Algumas mulheres brasileiras que estavam esquecidas foram relembradas e suas vidas alvo de curiosidade.
Estas reações fizeram com que eu acreditasse que vale a pena escrever!
Agradeço as palavras de carinho e informo que os últimos exemplares, ainda podem ser adquiridos na LIVRARIA PREFÁCIO, Rua Voluntários da Pátria, 39 – estação metro Botafogo – tel: 2527.8843 e 2527.5699.
Desejo a todos uma boa leitura!
Cordialmente Edison Borba

PÓ! APENAS PÓ!

Diante de uma cerimônia de incineração, fico a pensar naquele pó, colocado numa pequena urna. Pó, apenas pó. O que antes era vida, agora é apenas pó. O que tinha a palavra, a força e as emoções, em poucos minutos se reduz a algo que o vento pode levar. Corpo, matéria, órgãos, ossos nada mais que pó.
O que o mundo espera de nós? Por que as noites e os dias? Por que viver?
São tantas as questões reduzidas a cinzas. O que é feito da nossa inteligência, da nossa astúcia e nossas paixões? E os sonhos, projetos e desejos?
Questiono se os nossos sentimentos também se transformam em pó? Meus amores, minhas dores e tudo o que se passou além de meu corpo também se queimou? Será que ao ser incinerado, também desapareço do coração de quem amei?
Onde ficará o meu azul, o verde que tanto gosto. O que será feito do lilás que me enternece ao olhar as violetas. E o vermelho das rosas, que enfeitam o meu jardim, também se transformará em cinzas? Ah! Esse azul! O meu azul! Para onde vais?
As músicas, que embalam minha vida por tanto tempo. O piano, o violão, a guitarra e tantos outros sons que me ajudam em momentos difíceis. Para onde irão?
Dou graças à vida, pelos amores que tive pelos que não pude ter, apesar de querê-los tanto! Agradeço tudo que posso ter e até por aquilo que fica apenas nos desejos.
Isso tudo vai virar cinzas, “que o vento vai levar pelo ar”...
E meus poemas? Quem irá entendê-los? Meus diversos versos,  rimados ou não, serão esquecidos? As lembranças dos meus dias e  noites algumas alegres, outras   tristes. Minhas esperas e  esperanças, nada mais existirá? Tudo será colocado numa pequena caixa; que ao ser aberta, o vento levará.  Até uma pequena brisa poderá me desintegrar.
Onde ficarão as pequenas coisas que aprendi a amar. O perfume que gosto de sentir. A brisa fria do amanhecer no inverno. Pequenas coisas que me ajudam a existir. Minhas queridas pequenas e simples coisas que fazem parte de mim.
Estarei partindo sem regresso. Sem tempo. Sem volta. Como a simplicidade de um sorriso que se apaga dos lábios. Num piscar de olhos.
Minhas tantas lágrimas. Muitas de tristeza, outras de felicidade. Também chorei a saudade, o desamor e as chegadas emocionantes e partidas dilacerantes. Tudo isso ficará contido numa pequena caixinha. Não sabia que eu era tão pequeno. Tão simples e tão comum. Tantas vezes me senti um gigante e tantas vezes fui cigarra cantante anunciando o verão. Outras vezes fui formiga, juntando migalhas.
Sobrevivi a muitos males. Superei  dores do coração e a perda de amigos e de amores queridos. Alguns tão efêmeros, que só existiram nos meus pensamentos.
Tudo será  pó! Cinzas! Nada mais que isso!
Imagino se já não era pó, e que apenas por circunstâncias inexplicáveis, os pequeninos grânulos formavam um corpo. Funcionava, pensava e sonhava que era algo mais do que pó. Tudo não passava de um sonho!
Agora sei que o que sou: pó, apenas pó!
Edison Borba

sábado, 27 de junho de 2015

SERES HUMANOS! HUMANOS?

Os seres humanos são animais bípedes da ordem dos primatas pertencente à subespécie Homo sapiens sapiens. O cérebro humano é um órgão muito poderoso que controla o funcionamento de todas as partes do corpo. Com seus milhões de neurônios, ele controla os pensamentos, sentimentos e sentidos, permitindo a interação do indivíduo com o meio. Dentro do cérebro humano ocorrem as mais variadas situações, tais como: percepção, imaginação, pensamentos, julgamentos e decisões. A plasticidade é outra importante característica do cérebro humano, que permite a criação de novos padrões cerebrais a partir das experiências vividas.
Talvez seja aqui nesta característica, a plasticidade, que vamos encontrar as explicações para a grande onda de violência que se espalha pelo mundo. O homem sábio, o ser humano que deveria se distinguir dos outros animais, vem assumindo ao longo dos anos atitudes que nos remetem ao mundo das cavernas.
Nossa condição de animal nunca esteve tão presente como nos últimos anos. Matamos pelo simples desejo de matar, violentamos, roubamos, sequestramos, descumprimos as leis e regras. Em todas as classes sociais a violência em suas mais diversas formas se revelam. Escravizamos, mentimos, torturamos e tentamos justificar nossas atitudes através de explicações tiradas do mais importante e evoluído órgão do nosso corpo – nosso cérebro.
Apesar de toda a evolução tecnológica e científica, o homem continua sendo um animal feroz e violento, capaz dos mais terríveis atos para satisfazer as suas vontades.
Dentro deste questionamento, e procurando uma saída para tal situação, e colocando-nos sob a condição de animal, uma palavra surge, quando mergulhamos em nossas origens: domesticação. O homem precisa ser domesticado. Porém, como o significado desta palavra nos assusta, vamos substituí-la por educado.
As grandes falhas no processo educativo informal e formal, a deterioração da sociedade, a perda de valores morais, éticos e religiosos, talvez possa ajudar a explicar, o motivo de tantos jovens transformarem-se em pesadelos para a sociedade. Porque tantas meninas engravidem, porque o uso de drogas é cada vez maior.
O que foi feito com a estrutura familiar? O que foi feito com a organização escolar? O que foi feito com as atitudes dos nossos governantes?
Talvez um dos caminhos que possamos usar para explicar o estado de barbárie em que nos encontramos, no Brasil, seja a desigualdade social. Vivemos um momento sem regras e leis. Mais polícias para mais bandidos, numa matemática que nunca terá fim.
Seres humanos! Humanos? Quando nasce uma criança, ela é possuidora de um código genético que deveria ser bem traduzido para que ela se transfomasse num Homo sapiens sapiens, porém para que isto aconteça, é necessário que ela receba condições mínimas necessárias para que seu cérebro se desenvolva adequadamente. Porém, estamos acompanhando a deterioração de cérebros, que poderiam ser brilhantes e criativos.
Educação! Essa é a palavra! Essa é a ação! Sem ela seremos apenas animais bípedes da ordem dos primatas, e nada mais!
 
Edison Borba

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O PINCE E OS 450 ANOS DO RIO DE JANEIRO


Ao completar 450 anos, a cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro, enfrenta desafios que se arrastam há vários anos. Apesar dos muitos avanços, a cidade ainda tem um histórico bastante complexo, principalmente porque a infraestrutura do estado em que ela está situada, faz com que sofra a interferência de outros municípios vizinhos, como Nova Iguaçu, São Gonçalo, Niterói entre outros.
A ex-capital federal, ainda é vista pelos turistas como uma maravilha sulamericana, porém problemas como saneamento básico, violência, mobilidade urbana além de uma complexa infra-estrutura geográfica, onde mar e montanha traçam seus limites, tornando difícil a solução de suas dificuldades, como toda grande cidade.
Ao chegar aos 450 anos, o Rio é um grande canteiro de obras com novas vias sendo construídas, tuneis abertos, criação de corredores para novos veículos entre outras construções que irão tentar mudar para melhor o perfil da Maravilhosa Cidade do Rio de janeiro.
É exatamente neste clima, que o PROGRAMA INOVAR PARA CRESCER NAS ESCOLAS (PINCE), retoma as suas atividades desafiando escolas, colégios, professores e alunos a pensarem novos caminhos para a cidade do Rio de Janeiro.
A partir de agosto, a Equipe do PINCE estará abrindo inscrições para projetos que tragam novidades para a cidade do Rio de Janeiro. Importante lembrar, que as ideias deverão ser amplas e pensadas não só geográfica e ecologicamente, mas em todos os sentidos, como sociais, como a criação de serviços que colaborem com a mobilidade urbana, segurança, criação de novos empregos e moradias, produtos que possam facilitar a vida dos cariocas e fluminenses.
Importante lembrar que é preciso não perder de vista a localização da cidade do Rio de Janeiro, dentro do estado, o que nos leva a imaginar que alguns projetos que irão ajudar a cidade ficar mais Maravilhosa, tenha que ser aplicado em algum município vizinho.
Atenção estudantes e professores, preparem suas ferramentas e vamos pensar novos projetos para o Rio de Janeiro, ajudando a nossa cidade a comemorar 450 anos.
Em dezembro, o PINCE realizará uma exposição com os melhores projetos. Aqueles que apresentarem as mais interessantes sugestões para a nossa cidade serão premiados.

Mãos à obra! Vamos pensar e executar! O Rio de Janeiro merece o nosso amor!

PINCE, há mais de oito anos trabalhando pela educação!
Edison Borba

segunda-feira, 22 de junho de 2015

PESSOAS ...

Há pessoas que ficam com raiva quando seus desejos são contrariados, depois se acalmam e tudo volta à tranquilidade. Porém, existem outras que mantém a raiva guardada dentro do coração e ficam remoendo o sentimento.
Há pessoas dependentes. Passam a vida  agindo a parir da decisão dos outros. Nunca assumem uma posição diante do mundo. Algumas vivem sempre desta forma e se acomodam tanto que passam a ter este estilo de vida, porém existem àquelas que após algum tempo se lamuriam, se queixam de nunca a deixarem agir. Sofrem por uma atitude unicamente pessoal.
Existem pessoas preocupadas, que agem preventivamente, porém conseguem manter a razão, suas preocupações acontecem dentro de um limite tolerável, porém algumas são tão preocupadas com o amanhã que não conseguem viver o hoje. No almoço estão preocupadas com o jantar. Para elas, não existe sossego, estão sempre aos sobressaltos e preocupadas com o que poderá acontecer.
Há pessoas, que não assumem suas ações, são mestras em responsabilizar “o outro”. Para elas existe sempre uma desculpa, uma forma de escamotear a situação e “tirar o corpo fora”, mesmo quando a sua ação coloca em perigo a vida do outro. Porém, existe gente que está sempre pronta para defender. São heróis e heroínas do cotidiano, são capazes de arriscar-se por um amigo ou até por um desconhecido.
O mundo está repleto de controladores, pessoas que acreditam poder mandar e controlar a vida e até as emoções de quem quer que seja. Mães poderosas, que tudo sabem, estão sempre com toda a razão do mundo. Homens controladores que impedem seus companheiros de criarem, construírem executarem, em seus lares, suas esposas precisam manter os relatórios em dia. Porém existem aquelas que vivem e deixam viver. Cada qual no seu cada qual. Não me aborreça que eu também não te aborreço, cada um segue seu caminho, e assim não haverá complicação.
E assim são as pessoas, cada uma com sua condição sentimental e emocional. Algumas são assoberbadas, carregam o mundo nas costas, estão sempre cansadas e sofrendo pelos outros. Existem as dominadoras, as certinhas, as tristonhas, as alegrinhas, as dissimuladas.
As que se dizem  verdadeiras,  são capazes de dizer as suas verdades doa a quem doer, esquecendo-se que “verdade” é algo bastante sério e que devemos ter sempre que cuidar de não agredirmos e ofendermos o outro, com a nossa “possível” verdade.
Estas e muitas outras pessoas existem e nós também ocupamos um papel neste rol, às vezes mais de um, dependendo da situação.
O importante é sabermos em que posição  encontramo-nos e evitarmos prejudicar alguém. Ter autocontrole sobre nossos sentimentos e emoções é uma grande sabedoria!

Edison Borba

domingo, 21 de junho de 2015

DESPLUGANDO

Hoje me peguei às lágrimas assistindo ao comercial de margarina. Aquele, em que o casal vestido de branco corre pela praia. Encontram-se; e ele a carrega nos braços  rodopia, com as ondas tocando em seus pés.
Lindo, emocionante ver aquela cena tendo ao fundo um pote de margarina.
Ultimamente me emociono com cenas que envolvem cães, gatos e outros bichos.
Uma criança correndo, num jardim florido me deixa sem fôlego.
Não sei se esse excesso de emoções é coisa de hormônios. Provavelmente a idade também seja outro fator preponderante para tanta sensibilidade.
Hormônios e idade ou provavelmente os dois fatores relacionados estejam me tornando um homem lacrimoso.
Importante lembrar, que não estou me referindo à tristeza. Nada disso! Tenho me sentido mais feliz e alegre vendo “coisas” na vida que até então não conseguia perceber.
Outro dia, me peguei recordando uma passagem do livro “Quarto de Despejo”, de Carolina Maria de Jesus, em que ela relata a beleza de ver a banha derretendo no funda da panela.
Para ela, que vivia do que conseguia catar no lixão da cidade de São Paulo, ter um pouco de gordura para fritar algum “outro” achado na lixeira, era  motivo de grande felicidade.
Eu estou me pegando com esse tipo de emoção. Os pequenos acontecimentos estão me sensibilizando.
Também não estou mais frágil. Nada disso! É sensibilidade aflorando à pele. Estou conseguindo perceber tantas belezas onde não tinha tido a oportunidade de senti-la.
Ultimamente estamos sempre plugados nos celulares, computadores e outros aparelhinhos infernais, que não conseguimos perceber o mundo que está ao nosso redor.
Faz tempo que não sento num jardim apenas para observar as árvores ou as formigas no seu lento caminhar. Pássaros? Já nem sei reconhecê-los!
Não me sobra tempo para ficar à sombra num fazer nada. Não pensar em nada. Apenas sentar e sentir a natureza.
Acredito que a quantidade emoção acumulada é que está transbordando pelos meus olhos.
As lágrimas estão assinalando que meu pote está cheio e já começa a estravazar, como uma represa prestes a estourar.
Hoje percebi que preciso abrir um espaço em minha agenda para sonhar. Passar algum tempo sem clicar, sem enviar torpedos, sem me ligar em nenhum site.
Desplugar! Preciso desplugar e me ligar em mim. Prestar mais atenção na minha vida. Buscar sensações humanas. Deixar as máquinas e deixar de ser máquina.
Hoje percebi que preciso ser humano. Ser um homem despido de toda tecnologia e pelo menos por alguns momentos prestar mais atenção na minha essência.
Hoje eu quero apenas ser. Não quero ter nada.
Hoje vou deixar a minha sensibilidade plugada para com ela estabelecer contatos globalizados usando apenas meu ser.
Hoje vou ser feliz!

Edison Borba

sexta-feira, 19 de junho de 2015

FACAS E BALAS!

A população do Rio de Janeiro, esta vivendo entre tapas e beijos, isto é, entre facas e balas. A cada dia mais um cidadão trabalhador é morto ou ferido por um objeto cortante ou por um projetil, conhecido como bala.
Nem é preciso sair de casa para ser atingido, ferido ou morto. Dentro do quarto, na sala ou em qualquer outro ambiente do lar, pode-se receber de “presente” um tiro. A tal de bala perdida, percorre espaços e atinge rosto de menino ou pescoço de pai.
Quanto as facas, surgem preferencialmente nas ruas ou nos meios de transporte, como os ônibus, trens ou metro.
E assim, caminhamos dia após dia pelos caminhos obscuros da cidade maravilhosa. Estamos arrumando a casa para os Jogos Olímpicos. Novas ruas, construções, remodelações, embelezamentos na parte física do Rio de Janeiro, porém o coração da cidade, que bate nos peitos de mulheres, homens e crianças, continuam abandonados.
Este abandono é alvo fácil para facas e balas, que após sangrarem o cidadão, o levará para outra situação séria e outro sangramento, que acontecerá no mal atendimento dos hospitais públicos da cidade.
Infelizmente, não há como esconder o lixo sob o tapete verde do estádio do Maracanã, e nem tentar abafar os gritos de dor, com a algazarra das torcidas, que ocupam esta imensa arena esportiva. O povo sério que ajuda a manter a cidade, o estado e o país em funcionamento, está assustado, com medo e indefeso diante de tanto descaso com a sua segurança e saúde.
Facas ou balas? Quem escolherá qual será a arma fatal que poderá nos atingir é o meliante, bandido, assaltante, o dono da cidade, que diariamente faz valer a sua força num enfrentamento ousado e impiedoso contra a cidade.
Até quando viveremos sob a sombra das armas que continuam a ocupar a (ainda) Cidade Maravilhosa?

Edison Borba

quarta-feira, 17 de junho de 2015

EU VISTO BRANCO!

Eu visto branco, sou do candomblé, sou da paz! E você?
Eu visto branco, sou católico, sou da paz! E você?
Eu visto branco, sou judeu, sou da paz! E você?
Eu visto branco, sou evangélico, sou da paz! E você?
Eu visto branco, sou umbandista, sou da paz! E você?
Eu visto branco, sou testemunha de Jeová, sou da paz! E você?
Eu visto branco, sou kardecista, sou da paz! E você?
Eu sou batista, sou da paz! E você?
Eu sou ateu, sou da paz! E você?

Eu visto branco!
Eu sou da paz!
E você?

Fato: dia 15 de junho de 2015, Zona Norte do Rio de Janeiro, menina de 11 anos é apedrejada, apenas por estar vestida de branco, a cor da paz e ser adepta ao candomblecismo.

Intolerância religiosa?
Intolerância à paz?
Intolerância? Crime!
Intolerância é crime hediondo! É barbárie! É perigo! Não pode acontecer!

Não podemos calar diante de um fato, que aparente é isolado, mas que representa perigo para a manutenção da paz na nossa cidade, país e no mundo.

Uma pedra quando atirada num lago, abala o equilíbrio das águas, provocando ondas que se espalham destruindo a paz de todo o local.

Eu sou paz!

Eu não posso me calar diante de nada que possa abalar a minha paz, a nossa paz a paz Universal!
 
Edison Borba

terça-feira, 16 de junho de 2015

NÃO RESISITIR?

Diariamente nos telejornais, nos noticiários radiofônicos e nos textos de jornais encontramos esse tipo de observação: “a vítima não resistiu e morreu”. Fica para o leitor e ouvinte a sensação de que o ferido, propositalmente, não resistiu, e ao morrer prejudicou o bandido.  Não resistir é uma obrigação do “doente”, o ferido tem a obrigação de lutar para se manter vivo, e não criar mais problemas para os meliantes.
A população recebe orientação para não resistir, quando for abordada por um bandido. Deve-se ficar calmo e obedecer rigidamente as ordens do assaltante, sem esboçar nenhuma resistência, para que o assalto não transforme-se em latrocínio, e o cidadão além de seus pertences, terá a sua vida também roubada.
Não resistir, isto é, aceitar e se for ferido, não morrer, para não complicar.
Infelizmente, na Lagoa, bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro, um médico, mesmo não esboçando nenhuma resistência, aos jovens assaltantes, teve a sua bicicleta e também a sua vida, sonhos e história, roubados. Ele também, não resistiu aos ferimentos e morreu. A sua morte está causando uma grande complicação policial e judicial.
A população não está resistindo mais a inversão de valores, onde os cidadãos de bem devem aceitar a violência, sem resistir e se for ferido deve resistir e não morrer.
As entrevistas concedidas aos criminosos, é um deboche à sociedade. A situação fica mais constrangedora, assistimos adolescentes se deliciando com o que fizeram e gozando os seus quinze minutos de fama.
Eles, os jovens bandidos, também não resistem aos policiais, porque sabem que não serão presos, portanto não há necessidade de resistir. Em poucos dias eles voltarão às ruas e continuarão a agir e a conjugar o verbo perder: perdeu … perdeu!
As famílias perdem filhos! Mulheres perdem maridos e maridos suas mulheres!
A sociedade perde a liberdade e os cidadãos perdem a vida!
Não resistir! Deixar acontecer! Não prejudicar os bandidos, morrendo de propósito.
Assim é demais!
Edison Borba

segunda-feira, 15 de junho de 2015

SONHO OU PESADELO?


Às vésperas da realização dos Jogos Olímpicos no Brasil, ainda vivemos o pesadelo das inúmeras obras não concluídas, algumas nem iniciadas e outras que foram terminadas e já estão em estado de deterioração. Ainda existem discussões sobre superfaturamentos, desvios de verbas, empresas fantasmas entre outras “falcatruas” acontecidas durante a realização Copa do Mundo de Futebol.
O legado da Copa para o país ficou bem distante do prometido, em algumas cidades a população sofre com obras inacabadas e algumas arenas transformaram-se em elefantes brancos.
É constrangedor para a população que se envolve, participa, atende ao pedido da mídia e se veste com as cores do país, saindo às ruas apoiando os eventos ser enganada com um saco de pipocas e um pirulito.
No Brasil, vive-se de sonhos! Aprende-se desde o berçário que a imensa Pátria um dia será forte e poderosa, podendo ocupar um lugar entre as maiores potências mundiais, por este motivo, é que a realização de eventos mais frequentes na Europa do que na América do Sul, torna-se tão esperada pela população, que vive abaixo da linha do Equador.
Lamentavelmente, a realização dos grandes eventos, serve para encher os cofres, bolsas e bolsos de uma minoria de homens e mulheres que sem nenhum escrúpulo ficam mais ricos a cada grande festa. Até os eventos internos, como desfiles de carnaval e reveillon são marcados por escândalos financeiros, que se tornaram marca registrada de tudo o que é realizado no Brasil.
Estamos vivendo o sonho olímpico, com nossos atletas, lutando para manter a forma e a possibilidade de medalha, que fica mais difícil para as competições individuais. O aprendizado e treino para algumas modalidades esportivas é quase impossível numa terra sem tradição educacional esportiva. Nossos atletas olímpicos são verdadeiros heróis!
Enquanto esperamos a chegada de 2016, vamos sonhando e treinando para competir em algumas modalidades como pular buraco, desviar de andaimes, fugir de assaltantes, remar na lama e nadar para não morrer na poluição das praias.

Edison Borba


domingo, 14 de junho de 2015

A ÁRVORE

Era uma vez uma frondosa árvore, admirada pelo seu tamanho e abertura de seus galhos, que agasalhava uma enorme diversidade pássaros, além de fornecer uma adorável sombra.

Na primavera, ela enfeitava o campo com suas flores e no outono, seus frutos saciavam a fome dos viajantes que por ela passavam.

Os anos escorriam pelos calendários e a bela árvore, que um dia tinha sido apenas uma pequena semente, orgulhava-se de ser não a mais bonita, ou a mais frondosa, mas aquela que servia para agasalhar com sua sombra, alegrar com sua flores e matar a fome dos que usavam os frutos.

A fama da árvore espalhou-se por muitos lugares, provocando curiosidade entre muitas pessoas que passavam pelo caminho onde ela morava, só para comprovar aquilo que haviam ouvido sobre ela.

A bela árvore, algumas vezes tinha receio de se tornar vaidosa, e lutava para que este sentimento não tomasse conta de seu coração. Ela, nessas horas de dúvida, procurava lembrar-se que um dia já tinha sido apenas uma semente, uma simples sementinha, que teve a sorte de encontrar um solo fértil, onde pode germinar, crescer e tornar-se uma frondosa árvore.

O tempo passando a árvore, sentindo-se feliz a cada dia, por tudo o que ela podia oferecer àqueles que dela precisavam. Porém, numa agradável tarde de outono, um viajante parou sob sua sombra para descansar de sua longa jornada. Era um andarilho que já havia percorrido longas estradas e trazia consigo uma história de tristezas e mágoas. Talvez, por este motivo, apesar dele, o viajante, ter usufruindo da tranquilidade e da sombra oferecidas pela elegante árvore, após saborear de seus frutos, afastou-se do local e por algum motivo difícil de entender, espalhou pelos ventos que os frutos que ele havia saboreado eram azedos e que a sombra oferecida pela árvore, não fora suficiente apara o agasalhar e proteger do intrépido sol.

Infelizmente, a história do homem, espalhou-se como um rastilho de pólvora, sendo aceita como verdade por muitas pessoas, incluindo aquelas que já haviam provado dos benefícios da bondosa árvore.

Aos poucos, a estrada onde a árvore vivia, foi abandonada e nenhum viajante ousava aproximar-se dela, que magoada com tamanha ingratidão, entristeceu, secou e morreu.

Está história, leva-nos a uma reflexão sobre as reações humanas. À vezes é mais fácil acreditar numa palavra do que nos atos. Tudo o que a bela árvore produziu e doou para todos que dela precisaram, foi esquecido apenas pela palavra de um viajante em cujo coração não havia bondade.

Sejamos pois, cautelosos, antes de tecermos nossos julgamentos!

Edison Borba

sábado, 13 de junho de 2015

O MUNDO PRECISA DE OCITOCINA!

Oxitocina ou ocitocina é um hormônio conhecido por sua participação nas contrações do parto e no aleitamento materno. Produzido principalmente por uma região do cérebro, é liberado para o sangue propiciando diversos efeitos no organismo humano.
Considerado o hormônio do amor, o ocitocina, também é importante para a manutenção das ligações humanas e nas conexões de amizade. É ele que faz transbordar o amor, da mãe pelo filho, após o parto. Ele também fortalece as ligações familiares aproximando os componentes de uma família.
Às vezes chamado de hormônio do aconchego, o ocitocina, pode oferecer benefícios à nossa saúde, ajudando a regular os padrões de sono, propiciando a calma e contribuindo para a sensação de bem-estar, diminuindo o estresse.
Esse é hormônio que faz o nosso coração derreter quando vemos um gatinho, um cãozinho ou nos emocionamos na presença de um bebê.
Também depositamos na conta do ocitocina, as ações generosas entre as pessoas, e também o eu aumento no organismo humano, durante as orações e meditação.
Esses e outros benefícios proporcionados por este hormônio, leva-nos e pensar na importância da sua produção num momento em que a violência está sendo cada vez mais banalizada entre os povos.
Estamos sempre com pressa, com muitos compromissos, estressados, nervosos e provavelmente tomando atitudes que interferem na produção da ocitocina em nosso organismo.
Um renomado pesquisador americano aponta o abraço, como uma forma de fazer nosso organismo produzir ocitocina, aconselhando a darmos pelo menos oito abraços por dia. Parece um exagero, mas, infelizmente, passamos dias, meses e até anos, sem que recebamos um abraço aconchegante e também sem darmos um abraço envolvente, daqueles em que os corpos se encontram, numa magia calorosa de afetividade.
Portanto, o mundo precisa de ocitocina, os países precisam de ocitocina, os estados precisam de ocitocina, as cidades e vilas também e principalmente os lares precisam de ocitocina, isto é, de abraços, carinho, aconchego e de amor.
Amor sob a forma de um carinhoso abraço!

Edison Borba

quarta-feira, 10 de junho de 2015

AS MALVADAS


No cinema, a mais famosa e talentosa malvada ainda é a inesquecível Betty Davis. Ainda não apareceu uma atriz capaz de incorporar o papel de vilã, os olhos da Betty ainda continuam a impressionar. A Davis, não conseguiu livrar-se do personagem, tornando-se portanto uma lenda.

Na televisão brasileira, personagens de “malvadas” são sempre bem vindos, causando no público um mórbido delírio, que o faz ficar ligado diante da tela do televisor.

Entre as mais famosas, sem dúvida Odete Roitman, vivida pela elegante e excelente atriz Beatriz Segall, ainda continua a ocupar o mais lugar n o pódio. Entretanto, Nazaré Tedesco, merece nossas reverências e a sua imagem empunhando uma tesoura, marcou as noites dos brasileiros, graças a excelente atuação da grande Renata Sorrah.

As malvadas surgem nas novelas e o público identifica-se com elas de imediato, como foi recentemente o caso da atriz Drica Moraes, que por motivos de saúde teve que se afastar da novela Império, deixando o público órfão de sua atuação.

Viver uma personagem má, exige da atriz, mais do que fazer maldades na trama, alguns aspectos são importantes, como; ser cativante, atraente, envolvente e capaz de convencer o público que existe prazer nas atitudes usadas para destruir, corromper, matar entre outras tenebrosas ações.

No momento, está no ar a novela os Dez Mandamentos, e nela, nasceu uma vilã das mais terríveis que já surgiram em nossas telinhas. Ela não encontra obstáculos para atingir seus objetivos, desde o início da trama, ela já matou, mentiu, traiu, subornou, humilhou usando de artifícios, que ela disfarça atrás da máscara de bondosa. Ardilosa no mais alto grau, ela transita pelo palácio, como um

animal felino. Tudo isso é papel da excelente atriz Adriana Garambone, vivendo a terrível e temível Yunet, dama de companhia da princesa e mãe de Nefertari.

Adriana está num dos melhores momentos de sua carreira dando vida a terrível Yunet. Sua beleza, sensualidade ajudam a emprestar ao papel de vilã uma crueldade impressionante. Com grande destreza Adriana Garambone, desliza com grande facilidade, usando as máscaras teatrais brilhantemente.

Parabéns à atriz Adriana Garambone, que está dando vida a mais recente vilã da televisão brasileira: a malvada Yunet.

Edison Borba




domingo, 7 de junho de 2015

RISOS E LÁGRIMAS

Cresci ouvindo alguns ditados populares, que continuam a acompanhar-me, pela vida, mesmo quando tento impedir de se apresentarem, como uma verdade teimosa. Estudei, li, pesquisei, tenho diplomas e tornei-me racional, mas mesmo assim, as “verdades” populares, teimam em se afirmar invalidando toda a minha racionalidade.
Em minha casa, minhas avós mencionavam com bastante regularidade: “dia de muito véspera de pouco”, ou então, “feliz hoje, choro amanhã”, entre outras formas impedir sermos alegres e felizes. “Muito riso, pouco siso”, era também uma maneira de dizer que o riso era coisa só de criança sem juízo, pois o adulto, os que possuem o siso, riem pouco.
Tudo isso foi acumulando-se em minha cabeça e mesmo lutando contra, esses ditados, algumas vezes surgem fatos que comprovam o que minhas avós falavam.
Já aconteceu comigo e com amigos,  após um dia de festa, de alegria, de riso e felicidade, o dia seguinte foi de choro, lágrimas, lamentos e tristeza numa cascata de dissabores, que o dia da felicidade perdeu-se completamente. Nestas horas penso nas minhas avós e todo o meu conteúdo literário, científico e pedagógico escorre pelo ralo.
Ser feliz, será um crime?
Adultos não podem rir, rir e rir por nada, apenas pela vontade de rir?
Construir um sonho, realizá-lo e dividir com os amigos numa onda de felicidade é algo impossível?
Será que temos que viver sempre sob o medo de que um dia de felicidade é prenúncio de tristeza?
Infelizmente alguns fatos quando acontecem tentam provar que esta hipótese pode torna-se verdadeira, deixando em nossos corações o medo de correr feliz pelos verdes campos, para não sermos atingidos por uma dor e enorme, que machuca e fragiliza nosso corpo, com emoções ruins, que nos torna pequenos diante de algo tão ruim.
Mas, como o céu que se torna azul novamente, após uma tempestade, a gente se levanta e qual a correnteza de um rio deixamos o mal ser levado para as profundas águas do oceano, enxugamos as lágrimas e voltamos a sorrir sem medo.

Edison Borba



sábado, 6 de junho de 2015

CRIMINOSOS AO VOLANTE.

Quando da sua criação, a Lei Seca, ocupou as manchetes dos jornais e  passou a ser assunto de todos os encontros. Não se falava em outra coisa. Surgiram os anjos da madrugada, o motorista da vez e os conselheiros. Depoimentos colhidos nos bares e nas ruas nos fizeram acreditar que finalmente a segurança no trânsito era uma verdade. Tudo parecia bem! Houve um “vislumbramento” de que finalmente a população teria consciência de que bebida e direção não combinam. A alegria tomou conta dos nossos corações. Grupos fantasiados encenavam peças cujos temas abordavam questões relacionadas a acidentes nas ruas e estradas. Tudo parecia ir muito bem.
O tempo passou e a Lei Seca, começou a demonstrar falhas. Os bafômetros passaram a ser objetos de pouco uso. Baseados no princípio de que nenhum cidadão é obrigado a “fazer prova” contra si, os bêbados voltaram a pegar nos volantes e quando parados pela polícia, se negam a fazer teste de teor alcoólico no sangue.
A libertinagem voltou às ruas e às estradas. Loucos, irresponsáveis, viciados, drogados e “os bem” remunerados, voltaram a pilotar seus possantes atropelando, matando e debochando da sociedade.
 
Neste feriado de Corpus Christi, o número de acidentes nas estradas brasileiras assumiram proporções vergonhosas. Hoje, sábado, ainda não terminou o feriadão e provavelmente domingo, dia 7 de junho, quando as estradas voltarem a ficar cheias, mais acidentes voltarão a acontecer, e nos carros, latas de cerveja entre outros "alucinógenos" estarão envolvidos com a tragédia.

Em poucos meses, milhares de pessoas tiveram suas vidas ceifadas ou seus corpos mutilados. Bebês atropelados dentro de seus carrinhos sobre as calçadas. Idosos sobre as faixas de segurança arremessados como bolas de futebol. Grupos de pessoas, ciclistas e estudantes friamente massacrados por cidadãos capazes de pagar polpudas fianças e saírem pela porta da frente das delegacias.
Enquanto os massacres acontecem, nossos legisladores e políticos discutem se o crime é doloso ou culposo. Dirigir sem habilitação  após ter ingerido uma grande  quantidade de bebida alcoólica, é visto como sendo sem intenção de matar.

Pilotar  carro importado a mais de cem quilômetros por hora, avançar sinais e dirigir sem habilitação são considerados atos simples, ou apenas pequenos vacilos dos motoristas criminosos.
Lamentavelmente, todos os cidadãos, têm direito a defesa. E os advogados ciosos de lucros, abraçam as causas, os assassinos e o dinheiro que os loucos do volante pagam para continuar matando.
Chega de ver nos noticiários famílias chorando a perda de seus entes queridos!
Chega de presenciarmos, pais defendendo filhos mimados, que utilizam seus carrões como arma.
Chega de sermos humilhados pelos sorrisos sarcásticos e debochados de criminosos do volante
Chega de assistirmos passivamente bêbados se negando a usar o bafômetro.
Chega de ouvirmos os pedidos de justiça.
Chega de acompanharmos enterros com aplausos e camisetas estampando o rosto das vítimas
Chega de impunidade! Chega de criminalidade!
Verbos como beber, dirigir e matar não podem ser conjugados aleatoriamente.
Precisamos de leis rígidas e que sejam cumpridas. Precisamos de ética. Precisamos que a justiça seja realmente aplicada para todos, ricos e pobres.
Chega de brincar com bafômetros.
Chega de fingirmos que tudo está bem.
Chega de reportagens mostrando jovens (rapazes / moças) bebendo e se divertindo e sem o mínino decoro se exibindo para os jornalistas, fazendo piada das Leis.
Chega! Basta!
Beber e dirigir é crime,  ponto final!
Edison Borba

sexta-feira, 5 de junho de 2015

APRENDENDO COM A VIDA

           À medida que a vida passa, vamos aprendendo mais e mais. E através deste aprendizado, modificações serão traduzidas em nossa maneira de ser.
 Impossível ficar parado no tempo, vendo o mundo girar e não se transformar gradativamente ao longo da nossa existência.
 Importante ficar atento para que as mudanças sejam no sentido da nossa humanização. Não podemos deixar que momentos ruins, situações difíceis, desenganos, doenças e pequenas perdas nos transformem em seres amargos e impacientes. A cada situação difícil, temos que cuidar das feridas para que as cicatrizes sejam lembranças de que viver, é um ato contínuo de aprendizagem e que devemos melhorar a cada dia.
Não estamos imaginando um mundo repleto de idiotas, que baixam a cabeça e estão sempre concordando com tudo e com todos. Não imaginamos uma sociedade repleta de “vacas de presépio” que não levantam a cabeça para olhar o céu.
Aprender é sofrer modificações que nos levem ao autoconhecimento, capaz de nos tornar fortes, mas sem perder a capacidade de amar e ser amado. Nunca perder a sensibilidade, mesmo quando a situação exigir de nós, firmeza. As  modificações internas, as que acontecem na alma, irão nos transformando externamente e tornando-nos mais belos. Adquirir uma face tranquila, mesmo que existam as rugas, é exibir com sabedoria as lições da vida.
Nesses longos anos da minha existência, aprendi que sem alguma espécie de amor o homem seca, como uma uva em uma videira morta. Portanto, entre todas as lições que  a vida ensina, a mais importante é a do amor.
Amar a todos incondicionalmente, independente de credo religioso, opção sexual, classe social, conhecimentos tecnológicos e literários, idade, beleza física  entre outros quesitos que a sociedade tanto valoriza.
Amar a natureza e tudo que nela existe.
Amar sem preconceitos como Jesus nos ensinou!
Amar pelo simples ato de “gostar de gostar” e assim sendo cuidar, zelar e preservar sem querer nada em troca.
Amar universalmente formando uma grande teia que transcende barreiras!
Amar como Deus nos ama!
Edison Borba

quinta-feira, 4 de junho de 2015

PALAVRAS PERIGOSAS

O que sai da boca do homem é capaz de fazer mais estragos do que uma bomba atômica. Palavras mal ditas transformam-se em “mauditas” quando pronunciadas de forma impensada. Letras se reúnem formando sílabas, que se juntam em palavras que reunidas formam frases, traduzindo pensamentos, que muitas vezes não deveriam ser revelados, quando pronunciados de maneira leviana ou impensadamente podem causar danos irreversíveis, destruir amizades, abalar sentimentos, interferir em relações e, como um tsuname, arrasar com pessoas, abalando equilíbrios orgânicos, podendo transformar-se em doenças graves.
Portanto, é necessário que cada um de nós aprenda a controlar o que fala. Emitir palavras impensadamente é um grave risco para a espécie humana.
Outra questão perigosa, é quando se planeja o que se vai falar. O orador, pensou, maquinou, planejou e falou com um propósito definido. Mentir deliberadamente, enganar, ludibriar fazendo da palavra uma poderosa arma. Essa é uma das mais torpes armadilhas, infelizmente muito usadas pelos nossos políticos.
Eles planejam, detalhadamente o que irão dizer para o povo trabalhador. Organizam pensamentos, ideias e perigosamente envolvem os eleitores, numa incrível rede de mentiras.
Nossas palavras podem ser terrivelmente perigosas e, depois que saem da nossa boca, jamais retornarão, continuarão vibrando no universo por milhares de anos.
Pedir perdão ou desculpas, pode até minimizar os estragos porém jamais apagarão o que foi dito. O mal estará feito e para todo o sempre será "maldito" aquele que pronunciou palavras perigosas.

Edison Borba