sábado, 6 de junho de 2015

CRIMINOSOS AO VOLANTE.

Quando da sua criação, a Lei Seca, ocupou as manchetes dos jornais e  passou a ser assunto de todos os encontros. Não se falava em outra coisa. Surgiram os anjos da madrugada, o motorista da vez e os conselheiros. Depoimentos colhidos nos bares e nas ruas nos fizeram acreditar que finalmente a segurança no trânsito era uma verdade. Tudo parecia bem! Houve um “vislumbramento” de que finalmente a população teria consciência de que bebida e direção não combinam. A alegria tomou conta dos nossos corações. Grupos fantasiados encenavam peças cujos temas abordavam questões relacionadas a acidentes nas ruas e estradas. Tudo parecia ir muito bem.
O tempo passou e a Lei Seca, começou a demonstrar falhas. Os bafômetros passaram a ser objetos de pouco uso. Baseados no princípio de que nenhum cidadão é obrigado a “fazer prova” contra si, os bêbados voltaram a pegar nos volantes e quando parados pela polícia, se negam a fazer teste de teor alcoólico no sangue.
A libertinagem voltou às ruas e às estradas. Loucos, irresponsáveis, viciados, drogados e “os bem” remunerados, voltaram a pilotar seus possantes atropelando, matando e debochando da sociedade.
 
Neste feriado de Corpus Christi, o número de acidentes nas estradas brasileiras assumiram proporções vergonhosas. Hoje, sábado, ainda não terminou o feriadão e provavelmente domingo, dia 7 de junho, quando as estradas voltarem a ficar cheias, mais acidentes voltarão a acontecer, e nos carros, latas de cerveja entre outros "alucinógenos" estarão envolvidos com a tragédia.

Em poucos meses, milhares de pessoas tiveram suas vidas ceifadas ou seus corpos mutilados. Bebês atropelados dentro de seus carrinhos sobre as calçadas. Idosos sobre as faixas de segurança arremessados como bolas de futebol. Grupos de pessoas, ciclistas e estudantes friamente massacrados por cidadãos capazes de pagar polpudas fianças e saírem pela porta da frente das delegacias.
Enquanto os massacres acontecem, nossos legisladores e políticos discutem se o crime é doloso ou culposo. Dirigir sem habilitação  após ter ingerido uma grande  quantidade de bebida alcoólica, é visto como sendo sem intenção de matar.

Pilotar  carro importado a mais de cem quilômetros por hora, avançar sinais e dirigir sem habilitação são considerados atos simples, ou apenas pequenos vacilos dos motoristas criminosos.
Lamentavelmente, todos os cidadãos, têm direito a defesa. E os advogados ciosos de lucros, abraçam as causas, os assassinos e o dinheiro que os loucos do volante pagam para continuar matando.
Chega de ver nos noticiários famílias chorando a perda de seus entes queridos!
Chega de presenciarmos, pais defendendo filhos mimados, que utilizam seus carrões como arma.
Chega de sermos humilhados pelos sorrisos sarcásticos e debochados de criminosos do volante
Chega de assistirmos passivamente bêbados se negando a usar o bafômetro.
Chega de ouvirmos os pedidos de justiça.
Chega de acompanharmos enterros com aplausos e camisetas estampando o rosto das vítimas
Chega de impunidade! Chega de criminalidade!
Verbos como beber, dirigir e matar não podem ser conjugados aleatoriamente.
Precisamos de leis rígidas e que sejam cumpridas. Precisamos de ética. Precisamos que a justiça seja realmente aplicada para todos, ricos e pobres.
Chega de brincar com bafômetros.
Chega de fingirmos que tudo está bem.
Chega de reportagens mostrando jovens (rapazes / moças) bebendo e se divertindo e sem o mínino decoro se exibindo para os jornalistas, fazendo piada das Leis.
Chega! Basta!
Beber e dirigir é crime,  ponto final!
Edison Borba

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