Com
a chegada de um novo ano, à medida que
se aproxima mais um período de trezentos e sessenta e cinco dias, começamos a
nos indagar o que queremos da vida. E neste questionamento, surgem os milhares
de pedidos e as listas de “eu quero”
multiplicam-se.
Eu
quero saúde, paz, harmonia, dinheiro, emprego, viajar, comprar uma casa, ter um
carro novo, ganhar na loteria, arranjar um casamento, ser aprovado em concurso,
mudar de emprego e assim sucessivamente, um rosário de pedidos e de “eu quero”,
forma uma imensa lista de desejos a serem satisfeitos.
Muitos,
também fazem um levantamento do que não foi feito no ano que termina. O que foi
colocado em agenda e por algum motivo
deixou de ser cumprido: perder peso, fazer uma viagem, aprender um novo idioma,
reorganizar os horários para ter mais tempo com a família, além de outras
promessas, que passarão para o próximo ano.
São
tantos “eu quero” e tantos “deixei de fazer”, que temos sensação, ao fazermos a média entre os dois lados da
balança, que nada se modificou de um ano para outro. Creio que a grande questão
está na palavra “modificar”, “mudar”,
“fazer diferente” e principalmente “ser diferente”.
Nesta
nova mudança de ano, seria interessante se experimentássemos passar do “eu quero” para: eu vou mudar, eu
vou fazer diferente, eu vou ser diferente.
Mudanças
de dentro para fora. Mudanças de coração. Mudanças de comportamento.
Compromissos com si mesmo, independentemente dos outros.
O
mundo pede socorro. As questões ecológicas se agravam a cada dia, e apesar de
termos consciência dos grandes males que a natureza vem sofrendo, muito pouco
está sendo feito. O número de crimes, em todas as áreas parece não diminuir.
Terrorismo, assassinatos, roubos, furtos, preconceitos, desvios de diversos tipos são cometidos em todas as classes
sociais, mas as mudanças parecem estar longe de serem percebidas.
Estamos
vivendo uma controvertida época, o avanço tecnológico científico, não diminui as
degenerações do caráter humano. Um grande número de religiões e seitas surgem diariamente, mas isso não aumenta a fé
do seres humanos.
As
igrejas e templos ficam lotados numa
onda de “eu quero” um milagre, mas poucos alteram seus comportamentos e
verdadeiramente demonstram ter fé. Nós queremos, mas temos feito muito pouco, para
merecermos. As promessas de mudanças rápidas, facilitou o aparecimento dos leilões de milagres.
É
preciso que cada um de nós se esforce para mudar.
Podemos
começar o ano, usando o que o Profeta Gentileza tentou nos ensinar escrevendo,
com simplicidade, nos muros da cidade:
“gentileza gera gentileza”.
Essa
simples atitude gera amor, respeito,
ética, harmonia, paz e muitos outros bons sentimentos que andam adormecidos em
nossos corações.