terça-feira, 31 de dezembro de 2013

ANO DE GENTILEZAS!

        Com a chegada de um novo ano, à medida  que se aproxima mais um período de trezentos e sessenta e cinco dias, começamos a nos indagar o que queremos da vida. E neste questionamento, surgem os milhares de pedidos e as listas de  “eu quero” multiplicam-se.
Eu quero saúde, paz, harmonia, dinheiro, emprego, viajar, comprar uma casa, ter um carro novo, ganhar na loteria, arranjar um casamento, ser aprovado em concurso, mudar de emprego e assim sucessivamente, um rosário de pedidos e de “eu quero”, forma uma imensa lista de desejos a serem satisfeitos.
Muitos, também fazem um levantamento do que não foi feito no ano que termina. O que foi colocado em agenda  e por algum motivo deixou de ser cumprido: perder peso, fazer uma viagem, aprender um novo idioma, reorganizar os horários para ter mais tempo com a família, além de outras promessas, que passarão para o próximo ano.
São tantos “eu quero” e tantos “deixei de fazer”, que temos sensação,  ao fazermos a média entre os dois lados da balança, que nada se modificou de um ano para outro. Creio que a grande questão está  na palavra “modificar”, “mudar”, “fazer diferente” e principalmente “ser diferente”.
Nesta nova mudança de ano, seria interessante se experimentássemos  passar do “eu quero” para: eu vou mudar, eu vou fazer diferente, eu vou ser diferente.
Mudanças de dentro para fora. Mudanças de coração. Mudanças de comportamento. Compromissos com si mesmo, independentemente dos outros.
O mundo pede socorro. As questões ecológicas se agravam a cada dia, e apesar de termos consciência dos grandes males que a natureza vem sofrendo, muito pouco está sendo feito. O número de crimes, em todas as áreas parece não diminuir. Terrorismo, assassinatos, roubos, furtos, preconceitos, desvios de diversos  tipos são cometidos em todas as classes sociais, mas as mudanças parecem estar longe de serem percebidas.
Estamos vivendo uma controvertida época, o avanço tecnológico científico, não diminui as degenerações do caráter humano. Um  grande número de religiões e seitas  surgem diariamente, mas isso não aumenta a fé do seres humanos.
As igrejas e templos  ficam lotados numa onda de “eu quero” um milagre, mas poucos alteram seus comportamentos e verdadeiramente demonstram ter fé. Nós   queremos, mas temos feito muito pouco, para merecermos. As promessas de mudanças rápidas, facilitou  o aparecimento dos leilões de milagres.
É preciso que cada um de nós se esforce para mudar.
Podemos começar o ano, usando o que o Profeta Gentileza tentou nos ensinar escrevendo, com simplicidade,  nos muros da cidade: “gentileza gera gentileza”.
Essa simples atitude  gera amor, respeito, ética, harmonia, paz e muitos outros bons sentimentos que andam adormecidos em nossos corações.
          Feliz Ano Novo, repletos de mudanças pessoais!
 Edison Borba

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

FAMÍLIAS

         Durante muito tempo a imagem das famílias era composta por um homem uma mulher, que unidos pelo matrimônio, geravam descendentes. O pai trabalhava para manter o lar, à mulher cuidava da casa e dos filhos, que cresciam orientados para a formação e manutenção de novas famílias, com as mesmas características.  Quando, por algum motivo esse grupo era desfeito, a mulher pagava um sério ônus junta à sociedade. Os homens seguiam livres para novas aventuras, enquanto suas esposas continuavam presas ao casamento desfeito. As viúvas eram mais respeitadas e até acolhidas por outras famílias, porém as separadas faziam parte de um grupo cujo destino era o “limbo”.
         Neste novo século, o conceito  mudou, atualmente encontramos os mais diversos tipos de grupos considerados como família,  as mulheres deixaram o papel doméstico e assumiram sozinhas ou junto com os  companheiros e até parceiras, a manutenção do lar.  
         As famílias biológicas continuam ligadas pelos traços genéticos, porém, as sociais, são enlaçadas pelo amor. Pessoas que se amam e se respeitam, ficam juntas  constituindo as novas famílias. Seres humanos reunidos POR e PELO afeto, independentemente de religiosidade, gênero, diferença de idade ou condição social, formam  lares harmoniosos, definindo uma nova imagem para a família.
         O tempo do Natal faz-nos refletir sobre o tema família. Jesus,  nasceu da virgem Maria esposa de José, que se transforma em pai adotivo do Menino Deus. A importância desta família está na relação de afeto e respeito que os uniu. Uma família nascida no amor a Deus se manteve unida pelo amor.
         O menino cresceu  ampliou o conceito de família, coclamando a todos a manterem  união fraterna. Somos todos irmãos, falou Jesus. Um lindo exemplo de família,  encontramos em Marta, Lázaro e Maria, irmãos e amigos unidos na fé e no amor. Este e muitos outros exemplos de famílias se multiplicaram pelo mundo. Gente que se une pelo afeto e carinho quebram convenções e paradigmas e dão exemplos de amizade e fraternidade.
         O mundo precisa de famílias construídas em lares sem preconceitos, regidos pelo amor  onde a paz seja real. Famílias simplesmente famílias, nada mais que isso, habitando lares onde o reino de Deus esteja no coração de cada um.
Edison Borba

 

 

 

sábado, 28 de dezembro de 2013

BALANÇO LEGAL!

        A última semana de um ano que termina, é usada para retrospectivas, “balanços” de vida, “exames” de consciência, o que foi e o que não foi realizado. Jornais, programas de rádio e televisão, dedicam horas com material retrospectivo. É interessante rever fatos que já estão distantes em nossa imaginação. Tragédias, casos com gente famosa, o sobe e desce de políticos  entre outros acontecimentos. Nestes últimos dias do ano, muitas estatísticas, invadem as nossas vidas.
Individualmente, como ficam as retrospectivas?
Sonhos realizados e os que não passaram de desejos não satisfeitos. Encontros e desencontros. Como foi o ano para cada um de nós?
            Geralmente nos fixamos nos acontecimentos mais complexos, os trágicos ou os que nos provocaram intensas emoções. Mas, a vida é feita de grandes e pequenos momentos.
           Este final de ano, 2013 para 2014, vamos fazer outro tipo de retrospectiva. Um balanço de coisas boas, aquilo que nos fizeram rir, sorrir, cantar, sonhar e amar!
 Vamos fazer um balanço legal!
- Qual foi o melhor prato, a melhor comida saboreada em 2013?
- E a melhor piada? Quem contou? Onde e com quem estávamos quando soltamos aquela gargalhada?
- Quantas vezes rimos de doer à barriga?
- Qual foi o melhor encontro? Com quem ele aconteceu? Onde?
- O que nos fez chorar ou quem nos fez chorar de alegria?
- Qual foi à melhor emoção  vivida em 2013?
- Qual o presente mais significativo que recebemos? Quem nos deu?
- Qual o melhor presente que demos? Para quem? Por  que?
- Qual o melhor lugar visitado?
- Qual o melhor filme?  E o melhor livro?
- Que música nos deu prazer neste ano que termina?
- Que promessa foi literalmente cumprida?
- Qual (ou quais) amigo (s ) elegeremos como “amigo do peito”?
- O que gostaríamos que voltasse a acontecer em 2014?
- Qual foi o momento de maior reflexão neste ano que se encerra?
 
          Estas questões e muitas outras poderão fazer parte das nossas retrospectivas. É só abrir a agenda do coração e deixar que cada página revele algum segredo ou emoção.
          O mais importante é que vamos poder participar da chegada de mais um novo ano.  Assim é a vida, uma eterna renovação, uma incrível fábrica de sonhos.
      ”Lembremo-nos de que o homem interior se renova sempre. A luta enriquece-o de experiência, a dor aprimora-lhe as emoções e o sacrifício tempera-lhe o caráter”.
                                Chico Xavier
                 Boas e excelentes realizações em 2014!
                               Edison Borba

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

DE NOVO?

           Construir castelos na areia ou construir castelos de areia é sempre um perigo. Todos nós crescemos ouvindo essas observações. Muitas delas acompanhadas de exemplos e comentários: “- nós avisamos!”

Mesmo assim, o que seria das nossas vidas sem esses castelos?

Sabemos que eles são frágeis e que a qualquer brisa, irão desmoronar. Mas teimamos, em construí-los, como se uma força incontrolável nos carregasse para uma decepção evidente. Investimos em esperanças que nos levam para desilusões, desenganos e desapontamentos. E quando o esperado acontece, ficamos surpresos, choramos e lamentamos. E contrariados mergulhamos em desgosto profundo correndo para os braços dos amigos ou para o consultório do analista. Com a chegada de um novo ano, juramos que não irá acontecer de novo. Fazemos promessas, pulamos sete ondas, oramos, prometemos, comemos ervilhas e “entramos” no ciclo novo, certos que não acontecerá de novo!

Por que teimamos em investir em relacionamentos falidos?

Por que fingimos acreditar (ou acreditamos mesmo) em promessas absolutamente enganosas?

Deveria haver um sistema de alerta emocional que nos travasse de prosseguirmos com atitudes levianas, infantis e tolas um aparelho tipo GPS do amor.

Nossos verdadeiros amigos, muitas vezes, agem como alertas e nós rejeitamos suas opiniões, com muita coragem vociferamos:

- quem sabe da minha vida sou eu!

– eu sei o que estou fazendo!

– não se metam!

A nossa “verdade” está acima de qualquer alerta.

Nada e, ninguém é capaz de nos “abrir os olhos”, de nos fazer “cair na real”. Nada consegue nos deter, para que não façamos aquela m....

Todos os que convivem conosco sabem, pressentem, fazem sinais, mandam mensagens que não conseguimos ler, decifrar, pensar e refletir.

Quando chega o dia da verdade, ficamos sem querer acreditar no que era evidente. A tragédia já havia sido anunciada. Todos sabiam. Todos comentavam. Todos previam. Mas, nós os protagonistas da novela só percebemos quando as cortinas se fecham, quando cai o pano e o espetáculo chega ao fim.

Fomos enganados!

Quanto sofrimento!

Eu nunca esperei ser tratado assim!

Tudo parecia tão bem!

Era um novo relacionamento!

Por que aconteceu tudo de novo?

Onde foi que eu errei?

Choramos e ouvimos os comentários:

- eu quis te avisar!

– eu bem que te falei!

– tava na cara que ia dar errado!

– só você é que não quis ver!

- seu GPS só aponta para o lado errado!

O que nos deixa cegos, burros, idiotas e palermas?

Passamos um tempo de reclusão e abstinência afetiva. Fugimos dos amigos, ficamos caseiros, envergonhados e solitários.

Dizemos a todos que estamos mergulhando no nosso interior.

A seguir acontecem as juras:

- não caio em outra!

– ninguém jamais vai me fazer de tolo!

– dessa vez aprendi a lição!

– nunca mais passarei por isso!

O tempo passa... os dias seguem... um novo alguém aparece ... a gente esquece!

Vai começar tudo de novo! Afinal é ANO NOVO!

Edison Borba

 

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

A VIDA É UM GRANDE PROJETO

Projeto, palavra usada,
Constantemente por nós.
Todos os dias, pensamos,
E projetamos a vida
Alguns projetos são bons
Outros nem tanto assim
Há pessoas boas que os fazem
Mas há também  as ruins
Deve ser muito difícil
Projetar um grande assalto
Tão complicado talvez
Como  foi inventar,
Uma bomba de cobalto.
Projetamos dia-a-dia
E pobre de quem não o faz
Hoje mesmo projetei
O meu dia direitinho
Com princípio meio e  fim
Organizei  na agenda
Marquei hora do café
O dinheiro da passagem
As caminhadas a pé
Calculei quantos minutos
Levaria pra ir
E  voltar ao meu lugar
Avaliei o que de bom
Eu poderia  ganhar
Viabilizei as perdas
Horas perdidas em vão
E sai para o trabalho
Para cumprir a missão
Este é o projeto dia
Mas temos outros maiores
Comprar casa carro e moto
Casar construir família
Ter filhos e muito mais
Mas, para realizá-los
Precisamos dos amigos
Dos colegas e parentes
Precisamos ter alguém
Pra colaborar com agente
Os projetos se renovam
Com um novo ano chegando
Compramos agendas bonitas
Para recomeçar
Projetamos novas metas
Novos rumos a tomar
Imaginamos dietas
Economias sem fim
Liquidar todas as contas
Viajar ao estrangeiro
Poupar, não gastar dinheiro.
Cuidar melhor da saúde
Comer frutas verduras
Muito peixe e coisa e tal
Porém quando o tempo passa
A agenda fica velha
Vemos que os projetos
Recalculados serão,
Não sabemos quando e por que.
Abandonamos as metas
Um novo ano virá
E novos planejamentos
Novas promessas e juras
E assim vamos vivendo
Dia-a-dia vamos indo
O que importa é ser feliz
Com projetos ou sem eles
Tocar a vida pra frente
Sem remorsos, só na boa
Não parar de projetar
Nem que seja só pra sonhar
E mais agendas gastar.
 
Edison Borba

 

 

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

NATAL BRASILEIRO


Sob um forte calor, crianças bronzeadas, negras e  brancas, correm nas praias “calientes”. Outras brincam em terreiros  e  quintais.  Algumas mergulham em rios ou empinam pipas sobre as lajes.  Muitas se divertem em salas de pequeninos apartamentos e até em casas atapetadas.  Todas esperam a chegada do Papai Noel.

Vozes clamam louvores enquanto sinos repicam ao som de atabaques. Uma linda mistura de sons religiosos enche o ar de esperança e fé.

Ceias são preparadas com feijão arroz, farofa e ovo estrelado. Acarajé, churrasco, carne seca e muita abóbora, são colocados na mesa, ao lado dos perus e outros assados enfeitados com pêssegos. Tem farinha e mungunzá, tapioca, tacacá,  peixe frito e galinhada e muita gente animada.

Sobremesas fazem o encanto dos mais gulosos: são cocadas, quindins, queijadinhas, arroz doce, sorvetes, bolo de aipim e fubá servidos com panetone. E para arrematar tem licor de genipapo, caju e abricó servidos com café.

Para refrescar as gargantas, muito chope, refrigerantes, sucos de frutas tropicais e até champanhe. A cidra também é bem recebida, junto com vinhos de garrafões ou importados que valem milhões.

Enfeites são colocados em coqueiros e mangueiras, algumas casas preferem as pitangueiras e até umbuzeiros que junto com os pinheiros recebem luzes e bolas e a  estrela luminosa em seu ponto mais alto.

Leques e abanos são movimentados de um lado para outro para amenizar o calor. Com as lareiras “desligadas”, algumas famílias se refrescam com ventiladores e ares “condicionados”, mas o suor se faz presente em todos os ambientes. “Cá entre nós” a neve não chega, ela  perde-se no caminho derretendo-se sob um sol brilhante.

O Natal brasileiro é colorido é doce é salgado, tem ritmos variados, frutas diversas e flores exóticas, mas é também abençoado!

Nas “vitrolas” melodias tornam os encontros felizes, tem samba, maracatu e frevo. Os clássicos são ouvidos, principalmente Bach. Há também  as importadas harpas paraguaias, funk e muito axé. Ouvem-se melodias  feitas especialmente para a ocasião,  brasileiras e estrangeiras, esquecidas no baú até dezembro chegar. São vozes conhecidas que ouvimos desde a infância e que continuarão a alegrar muitos outros Natais.

“Bate o sino pequenino”,  todos querem cantar, seja num pequenino lar ou na mansão luxuosa.  Abraços serão trocados, com amor e afeição. É momento de ternura e de muito carinho. Esquecer  desavenças e problemas é noite sagrada momento de oração.

É Natal e não importa onde se vai comemorar.

É festa  e louvor ao nascimento de Jesus.

Onde houver homens e mulheres de fé, de coração bondoso e de alma caridosa ELE vem para abençoar.

Toquem sinos, cantem os corais, vamos nos abraçar!

É momento de perdão e de confraternização, entre todos os povos do mundo, seja no calor ou frio  acima ou abaixo do equador, então é Natal, então é magia, nasceu Jesus Salvador.

Feliz Natal para todos nós!

Abraços do Edison

 

 

 

sábado, 21 de dezembro de 2013

PENSANDO FUTEBOL

          Com a aproximação da Copa do Mundo de Futebol, que será realizada no Brasil, muitos estão deixando de lado a timidez e emitindo suas opiniões sobre o nobre esporte “bretão”. São pedaços de pensamentos, que lidos fora do contexto em que foram emitidos, nos permite divagar sobre o assunto, com toda a liberdade.

>”Meu desejo foi reprimido desde cedo porque meu pai dizia  que não tinha tempo para hobbies como o futebol”.

Abbas Kiarostami (Teerã, Irã).

 

>”Até 2020, aproximadamente 3 bilhões de pessoas serão acrescentadas à comunidades da internet. E imagine quantas dessas pessoas são fãs de esportes! Sem dúvida, o engajamento no Twitter e no Facebook durante a Copa de 2014 não terá precedentes”.

Arianna Huffington (Atenas, Grécia).

 

>”É ainda mais empolgante para o torcedor quando um jogador tem um apelido. Faz-nos lembrar Pelé. Um apelido é um nome de guerra, algo que transforma você de civil em super-herói. No caso de Hulk, literalmente”.

Alex Bellos (Oxford, Inglaterra).

 

>”Na final do Mundial de Clubes de 1992 – São Paulo 2 x 1 Barcelona -, lembro-me do golaço de falta do Raí, por cima da barreira. A derrota foi uma decepção para mim, mas desfrutei da partida, que foi disputada em alto nível pelas equipes. Foi um jogo magnífico”.

Ferrah Adriá (Barcelona, Espanha)

 

>”Além do mais, a grande barbada em qualquer Copa é a de que a Inglaterra vai ser desclassificada em algum momento. Essa é a razão de nós assistirmos seus jogos – encher a cara no pub e dar risada da cara deles quando chega a hora de irem embora com o rabo entre as pernas”.      Paul Thomson ( Glasgow, Escócia)

 

>”Por ter se tornado um país apenas em julho de 2011, o Sudão do Sul nunca disputou uma competição oficial e realizou apenas quatro jogos (ocupa 205ª posição no ranking da Fifa, entre 207 nações), mas deseja disputar as Eliminatórias para a Copa de 2018”.                     Raul Touzon (Santiago, Cuba)

 

>”As Copas da minha vida são as de 1978 e 1986, em que fomos campeões. Em 1978, a partida contra o Brasil – a Batalha do Rosário – foi especialmente tensa, mas éramos muito melhores”.                   Ricardo Darín ( Buenos Aires, Argentina)

 

>”Eu fiz o Brasil chorar” – Paolo Rossi (Prato, Itália)

 

Todos esses comentários foram feitos dentro de um contexto, porém, lidos separadamente permite ao leitor mergulhar no mundo da fantasia e tentar imaginar o sentimento contido nele. Para os mais exigentes informo que a fonte do qual coletamos as frases é: Abril NA COPA (Edição Especial) – 2013

Edison Borba

 

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

ENGRAÇADO OU EXAGERADO?

         Com o término dos “Teatros de Revista”, muito famosos em outras décadas, espetáculos nos quais brilhavam as vedetes e vários comediantes, entre estes a inesquecível Dercy Gonçalves, os programas de televisão ocuparam o espaço. Atualmente, muitas novelas usam o “mote” da comédia, para atrair mais público. O núcleo encarregado de fazer rir utiliza antigos métodos, que para os mais jovens e menos informados, pensam tratar-se de “algo” inovador. Nesta linha de escrever telenovela e tentar fazer rir, muitas vezes o escritor perde “a mão” e exagera, tornando o que poderia ser engraçado em situações apelativas, que caminham no inverso do que seria divertido.

Voltando aos antigos espetáculos nos “Teatros de Revista”, lembramos que o público frequentador dessas casas era de adultos, e na sua maioria homens. Portanto, os atores e atrizes além de seguirem o texto, incluíam “cacos”, que divertiam a plateia.
Os programas televisivos, apesar das indicações etárias, são exibidos para   famílias. Além de diversão, a programação, deve se preocupar com  informação e educação popular. Logo, o autor do texto, tem saber escolher o tema e dosá-lo, para  que o engraçado não se torne exagerado ou inconveniente.
Esta semana o “bigodinho da Pérsefone”, personagem da novela “Amor à Vida”, serviu para exibir algumas situações em nada divertidas. O exagero na abordagem do caso, dentro de um hospital, serviu para demonstrar situações que a sociedade tenta extirpar. Assédio sexual, comportamento inadequado pelos profissionais da saúde, desrespeito ao próximo, observações inconvenientes, principalmente para famílias que se habituaram a assistir o folhetim. As falas e as interpretações dos atores foi  de total mau gosto, em nada contribuindo para aquilo que se espera dos espetáculos televisivos, repetindo: divertir, informar e educar.
Mais uma vez, deixo claro, que  sabemos das questões que envolvem os programas de rádio e televisão quanto à audiência e aos patrocinadores, porém a arte de escrever para um público múltiplo e variado necessita talento.  E talento é algo que se mede no exato momento em que o texto ganha vida. Neste caso, foi um desastre, o desrespeito às mulheres. Foi de grande mau gosto. Faltou experiência, para tornar as falas sutis e “talvez !!??” engraçadas, mas o que se viu e ouviu foi um grande desastre.
O “bigodinho da Pérsefone” serviu  para ridicularizar o papel feminino na sociedade e até aumentar o desrespeito, para os que buscam ajuda nos serviços públicos hospitalares.
Tentou ser engraçado, se tornou exagerado! Uma tragédia!
Edison Borba

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

TIROS EM MANDELA


        No mesmo dia em que  comemora-se quatro anos da implantação da primeira unidade UPP, na localidade Santa Marta, em Botafogo, a madrugada foi violenta na comunidade Mandela II. Situada em uma área conhecida como “Faixa de Gaza”, o conjunto de favelas do Mandela, esta situado próximo ao Canal do Cunha, envolvendo o Complexo de Manguinhos, na Zona Norte do Rio de Janeiro.
A favela do Mandela, cresceu em torno de um conjunto habitacional batizado com o nome  do Grande Líder da Paz, Nelson Mandela.
Lamentavelmente, tiros assustaram o representante da ONG Rio da Paz, no momento em que ele era entrevistado por um jornalista de uma rede de televisão. O forte tiroteio apavorou moradores da comunidade e infelizmente um homem de mais de oitenta anos foi vítima de bala perdida.
Apesar dos esforços que algumas autoridades e policiais estão demonstrando no sentido de pacificar a cidade, ainda estamos longe de termos um Natal de Paz. As ações sociais, não caminham na mesma velocidade em que se implantam as UPPs. Falta saneamento básico, escolas, creches, áreas de recreação, postos de saúde, isto é, a ocupação social. Já se repetiu essa questão milhares de vezes, que não adianta apenas a ocupação militar sem que haja a ocupação social. Outra questão grave é a dos usuários de drogas, principalmente nos ambientes sociais onde circulam damas e cavalheiros da maior respeitabilidade social. Homens e mulheres, entre eles alguns famosos, jovens universitários e empresários, são também responsáveis pela alimentação das bocas de traficantes e pela violência.
Com a chegada das festas de final de ano, onde o consumo de drogas aumenta consideravelmente nas festas e baladas, aumenta também a venda de tóxicos. Portanto o tiro que atingiu o homem de oitenta anos por bala perdida na comunidade do Mandela II, teve o projétil comprado com o dinheiro de pessoas “respeitáveis”.
Esperamos que a memória do grande Nelson Mandela, possa ajudar a trazer a paz para a comunidade que leva o seu nome, para que nos próximos anos possamos comemorar a paz na nossa maravilhosa cidade.
Edison Borba

 

 

 

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SERÁ QUE? Reflexões Natalinas!

           Com a chegada das festas de final de ano, surgem questionamentos complicados e que muitas vezes são motivos de brigas e desavenças entre amigos e parentes. Um período em que nos sentimos obrigados a presentear, visitar, comparecer, sorrir, abraçar, gastar, jantar, cear e outros compromissos que muitas vezes cumprimos a custas de sofrimento.
            Sendo uma época que devemos celebrar com amor e atitudes sinceras o nascimento de Jesus, cumprir protocolos que nos agridem é um contra senso. Não temos que ser obrigados a repetir ou seguir o discurso da felicidade.
            Há anos  vejo amigos e parentes sofrendo com a chegada do Natal e do Ano Novo. Onde passar as festas, onde cear, a quem presentear, quanto gastar, a quem convidar  questões sérias que muitos enfrentam anualmente, transformando em desgaste emocional o que deveria ser prazer.
            Talvez, eu esteja sendo uma pessoa simplista querendo minimizar a questão. Quando a dúvida é por amor, é fácil resolver. Uma festa na casa de um e a outra na casa do outro. Mas quando se trata de aversão aos pais, aos sogros, aos chefes, aos cunhados, aos tios, aos amigos do marido ou da esposa a situação é grave e creio ser preciso uma reflexão. A decisão  pode ser simples: eu não preciso ir! Eu não preciso comprar! Eu não preciso gastar! Agindo assim, eu me liberto do problema, apenas com o que é obvio.
            Será que eu sou obrigado? Que fatores fazem com que eu tenha que cumprir essas regras? Entre perdas e ganhos, o que deve pesar mais na balança?
           Felicidade é algo que não pode ser fingido nem comprado. Sorrir por obrigação ou investir financeiramente em algo material para se conseguir recompensa emocional é deprimente. A noite de Natal precisa ser respeitada em sua filosofia. Portanto, não devemos ser constrangidos e nem constrangermos pessoas, apenas para atender as regras impostas pela sociedade e transmitidas em propagandas das grandes lojas e shoppings.
           Algumas perguntas e observações são cruéis e torturantes, para aqueles que pretendem quebrar paradigmas mudando as regras do jogo. Estar só durante a noite de Natal ou na passagem do ano, pode ser natural e tranquilo para quem está bem. Passar  festas sozinho é melhor, do que sentir solidão no meio da multidão. Perceber que se é rejeitado por um grupo e ser obrigado a ficar, apenas para manter aparências é extremamente agressivo para o ego de qualquer pessoa.
           Portanto, sejamos autênticos nessas horas de mais um final de ano. Cear, jantar, visitar, comprar, presentear, abraçar ou qualquer outra manifestação de alegria e felicidade só deve se realizar quando nos der prazer.
           Não precisamos agir apenas para satisfazer os outros, o melhor prazer é o que propiciamos a nós mesmos. Esse tipo de “sacrifício” não condiz com o tão sonhado amor universal.
            Edison Borba

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

ÍNDIO NA ÁRVORE

      Um índio subiu na árvore
      Pra chamar nossa atenção
         Muita gente apareceu
         Advogados letrados
              Estudantes revoltados
              Populares muito alegres
      Aproveitando a ocasião
      Fazendo da cena uma festa
         Teve discurso e revolta
         Gente da televisão
               Nesta triste hora
               O índio servia  pra quem
      Quer tentar  celebridade
      Acreditem é verdade
   Teve até fantasiado
   Com cocar e muita pena
      Gente de pele branca
      E muita cara de pau
             Aproveitando o momento
             Pra faturar uma fama
                 De menos de quinze minutos
                 Mas que poderá abrir espaço
      Pra ficar famoso e “brother”
      Uma infeliz vergonha
        De quem quer tirar proveito
        De assunto muito sério
                 Nosso Brasil já perdeu
                 Há tempos a identidade
      A maioria das tribos
      Foram  aniquiladas
             E os poucos que sobraram
             Em muitos casos desviam
                  De suas lutas reais
                  Não sei se por inocência
                  Mudam o foco da luta
      Deixam que canibais brancos
      Se misturem junto às tribos
            Corrompendo a história
            Um índio subiu na árvore
      E está lá, até hoje
      Ninguém mais olha pra ele
                     Acabou a empolgação
                     Pobre do índio sofrido
      Foi usado por aqueles
      Que de forma vaidosa
            Tirou proveito da causa
            Que mais que religiosa
                 É coisa séria e real
                 É a luta pela terra
      Daqueles que foram um dia
      Donos deste território
           Hoje em piada  usados
           Por gente de pele branca
      E até engravatados
      Os que ontem se revoltaram
                   Hoje nas lojas estão
                   Pelas compras do Natal
      E o pobre do índio
      Sozinho ainda está
      Sofrendo no matagal.
      
Edison Borba
     


 

 

 

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

MÃE SOLTEIRA

      Por que chora aquela mulher
     
      Debruçada sobre o berço?

Por que  lágrimas em sua face?

Olhando o bebê,

Seu rosto molhado nos causa espanto.

Por que tanto  pranto?

Por que tantas lágrimas?

Mulher mãe

Solteira mãe

Sozinha irá lutar para seu filho criar.

Seu choro não é tristeza

Seu pranto não é lamento

Suas lágrimas não são sofrimento

Seu filhinho, que dorme quietinho,

Já foi ameaçado.

Um  homem covarde

Ao saber  sua existência

Exigiu da mulher uma troca estranha

Ou ele ou eu?

Perguntou àquele que era o pai

Deixando a mulher entre a cruz e a espada.

Mas, o malvado esquecera que ela,

Já não era mais sua

Outro amor, sua vida ocupava.

Um amor verdadeiro, eterno e materno.

A corajosa mulher sem dúvida alguma

Livrou-se do primeiro, um grande embusteiro,

Ficou com seu filho, seu amor primeiro.

Se hoje ela chora, é de alegria,

Diante da cria, emocionada agradece,

Pelo filho querido, seu companheiro,

Seu  amor maior, único e verdadeiro.

                  Edison Borba

 

 

 

domingo, 15 de dezembro de 2013

THE VOICE E O GONGO.

Ary-Barroso3
Mais um programa como tantos outros que surgem na atual (??!!) televisão brasileira. Os mais antigos ou mais estudiosos, sabem que programa de calouros existe desde a era de ouro das rádios e do início da televisão no Brasil. 
O gongo de Ari Barroso, a buzina do Chacrinha, a Hora do Pato, Fama, Quem Sabe Canta e muitos programas cuja  finalidade é descobrir novos talentos. Para essa epopeia forma-se um corpo de jurados. Jornalistas, cantores, artistas ou apenas famosos, ficam com a responsabilidade de escolher o melhor, ou àquele que “vai para o trono”, ou simplesmente o vencedor que poderá ser contratado por gravadoras e tornar-se famoso.
Saudades  da severidade da Araci de Almeida, das “broncas” do Flávio Cavalcante amenizadas pela doçura de Márcia de Windsor,  da  alegria de Elke Maravilha e de tantos outros nomes que fizeram parte das bancadas de jurados.
E assim caminha a humanidade, em passos de formiga e em busca de novidades. “The Voice” surgiu no Brasil, com a inovação (??!!) dos candidatos serem escolhidos apenas pela voz. Os jurados ouvem as apresentações de costas para o candidato,  e através da sensibilidade musical, escolhem seus preferidos. Porém, a partir das primeiras etapas, o programa se iguala a todos os outros. Não estou fazendo crítica pela crítica, sabemos que é preciso vender cotas para patrocinadores e marcar pontos nos “IBOPES”, portanto no decorrer da disputa, tudo se transforma num grande picadeiro. O público é chamado para ajudar a escolher junto com os jurados, em outros tempos era através das palmas e com um “palmômetro” havia a indicação do vencedor. Hoje, os telefones são usados para a escolha. A bancada de jurados perde a naturalidade, no decorrer dos programas e algumas vezes “constrangidos” tentam explicar a eliminação de algum candidato.
The Voice chegou para ser diferente e tornou-se apenas mais um programa de calouros, como tantos que existiram e ainda existem. Mesmo com cenários luxuosos, entrevistas, convidados elegantes o valor das vozes está em segundo plano. É um apenas mais um programa.
O tempo passou e o gongo do Senhor Ari Barroso, continua a ser a grande marca da escolha de muitas belas vozes brasileiras.
Com a ética de informar o nome dos autores da música escolhida pelo candidato, Ari Barroso, valorizava a autoria, a melodia, a letra e as vozes. Tinha ouvido afinado, compositor de famosas e internacionais músicas, Ari  manteve no ar por muitos anos, um inesquecível  programa de calouros.
Edison Borba
 

sábado, 14 de dezembro de 2013

MULHER CIDADÃ

                  Mulher solitária

Sozinha

Fragilizada

Enamorada

Apaixonada

Casada

Realizada

Mulher feliz!

Traída

Sofrida

Abatida

Abandonada

Mulher solitária?

Sozinha?

Fortalecida

Renascida

Enamorada?

Apaixonada?

Amante

Mulher experiente

Esclarecida

Emancipada

Sabe seus direitos

Conhece leis

Estabelece regras

Faz-se respeitar

Mulher sã

Mulher cidadã

Edison Borba