Mas o Rio não chora só pelo seu futebol,
várias comunidades, incluindo as que são consideradas “pacificadas” os tiros
voltaram a acontecer. Mortes, balas perdidas, famílias enlutadas, portas
fechadas, gente encurralada. Quilos de drogas apreendidos, marginais presos,
policiais feridos, menores envolvidos deixando claro que nossa Maravilhosa
Cidade está longe de viver em paz.
Sob uma linda paisagem, que chama a atenção de
turistas, um povo alegre e hospitaleiro, este patrimônio da humanidade sofre
nas mãos de quadrilhas, usuários de drogas, comunidades assustadas, arrastões
nas praias e crimes, muitos crimes.
O bairro da Lapa, onde os boêmios se divertem
em bares, música e alegria, volta às páginas dos jornais, após acontecerem
vários assassinatos, estupros, assaltos e muita violência, em menos de quinze
dias.
Em várias comunidades, milicianos enfrentam
traficantes na disputa pelo espaço “comercial” de drogas e postos da UPP, são
apedrejados.
Apesar de tudo isso, a árvore de Natal já está
iluminada, as lojas enfeitadas e o clima de felicidade natalina contagia o
povo, que consegue manter a alegria, mesmo diante de tanta tragédia, incluindo
àquelas propiciadas pela natureza, com a chegada das chuvas de verão.
Existe algo de inusitado no sangue dos
habitantes do Rio de Janeiro, após enfrentarem situações adversas, eles
levantam, sacodem a poeira e dão a volta por cima, conseguindo manter a fibra
de um povo que não foge a luta. É como vara de marmelo, enverga, mas não quebra,
sempre encontrando motivos para continuar a lutar para manter essa cidade Maravilhosa.
Chora Rio, chora! Mas, enxugue as lágrimas e
segue guiado pela Estela Natalina, que anuncia a presença de Jesus, trazendo
esperanças e anunciando novos tempos.
Edison Borba
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