segunda-feira, 31 de outubro de 2016

SER AQUILO QUE SE É ...

 
Não existe nada mais complicado do que ser aquilo que se é! Algumas vezes, ao sair para uma visita, enchemos o peito de ar e falamos com os nossos botões “coragem, você precisa fazer essa visita, ela é importante para o equilíbrio da sua família”. E lá vamos nós cumprir o calvário, nos desdobramos em mesuras diante de alguém que não passa para nós nenhum sentimento de amizade. Assim é a vida em sociedade, isto não significa que sejamos traiçoeiros ou “...duas caras”, apenas se trata de uma questão de sobrevivência.
A vida em grupo requer muito “jogo de cintura” para que possamos manter a nossa paz e a daqueles a quem queremos bem. Será que vale a pena alardearmos as nossa convicções e crenças? Será que o preconceito que existe em todos os seres humanos aceitaria a nossa maneira de ser?
Portanto, “ser aquilo que se é”, só vale quando estamos juntos com outros que podem diante da gente “serem o que são”, pois confiam em nós!

Nesse caso é bom demais ...
 
Edison Borba

DIA DO SACI – dia 31de outubro

 
Saci Pererê é um personagem da mitologia brasileira representado pela figura de um menino negro de uma só perna que usa um gorro vermelho na cabeça e está sempre com um cachimbo na boca. No Sítio do Pica Pau Amarelo, Monteiro Lobato, usou a figura do Saci como um dos personagens que alegrava a criançada junto com a Emília e o Doutor Sabugosa.
O Dia do Saci consta do projeto de lei federal 2.762, de 2003, com o objetivo de resgatar figuras do fol
clore brasileiro, o dia 31 de outubro foi escolhido para coincidir com o Dia das Bruxas ou Halloween, do folclore americano.
Seria interessante se as escolas, clubes e grupos que organizam festas juntassem as duas figuras a do Saci com a das Bruxas, numa só onda de festa e alegria.
O que importa é não deixarmos que as figuras do folclore brasileiro se percam no tempo e desapareçam da nossa história e da nossa memória. Nossas crianças não podem ser afastadas da existência das nossas origens.
Dia do Saci – 31 de outubro! Vamos comemorar!
Edison Borba.

SUCUPIRAS BRASILEIRAS!

 
Passada a euforia das urnas e curando a ressaca “eleitoreira”, as cidades brasileiras acordaram com seus novos prefeitos. Enquanto esperam a festa da posse, as primeiras damas já escolhem o modelos dos vestidos que usarão nos jantares e “ELES” contabilizam os gastos e, provavelmente organizam as listas de “agiotas e doadores de campanha” aos quais deverão pagar com juros bem altos os “santinhos”, os palanques, os almoços e tudo o que gastaram na farra “...votista”, como diria o saudoso Odorico Paraguassu.
Eu, e todos os “eleitoristas juramentados” estamos esperançosos que os nossos “prefeitistas” cumpram as promessas de palanque, pois somos iguais as irmãs Cajazeiras, dentro do nosso coração bate uma esperança que um dia nossos Odoricos, se apaixonem por nós os inocentes “Dirceus Borboletas”.
Enquanto esperamos vamos cuidando de comprar repelentes contra mosquitos, botas para os dias de chuva, paciência para esperar que um dia os nossos ODORICOS, desçam dos palanques e se comportem como cidadãos decentes, e tratem de governar as SUCUPIRAS brasileiras, sem a intenção de inaugurarem mais cemitérios.
Edison Borba

domingo, 30 de outubro de 2016

EDUCAR PARA LIBERTAR


 
Quando uma criança aprende o significado das letras, das sílabas, das palavras e das frases ela começa a pensar livremente e, ninguém, jamais em tempo algum, poderá impedir que ela caminhe livre em seus pensamentos e sonhos.
Imaginemos um menino que “apreende” o significado do G + A + T + O. Uma vez tendo “apreendido” este gato, ela o terá preso em seu cérebro. Todas as vezes que essas quatro letras forem vistas juntas e com esta arrumação a criança lemb...
rará o animal, ela domina o GATO, que passa a ser dele e então pode ser um gato vermelho, grande, pequeno, peludo, sem pelos, verde, amarelo. A criança terá o poder sobre o gato.
E assim, ele irá de apoderando do mundo das palavras, que poderão ser lidas, analisadas, interpretadas segundo os seus pensamentos. Poderá discordar ou concordar com o texto, ele o leitor passará a gozar da liberdade de expressão escrita e falada, a LIBERDADE DE PENSAR.
Para os corruptos, o ato de ensinar a LER é um perigo! Por este, e por outros motivos para muitos tipos de governos não há interesse em dar valor aos professores. Esses profissionais são perigosos, e em cada aula, mesmo se atendo apenas ao conteúdo programático, o professor liberta seus alunos, dando a eles o direito de ir e vir livremente em seus pensamentos e sonhos.
Edison Borba

DNJ – DIA NACIONAL DA JUVENTUDE

 
 
Em 30 de outubro, comemora-se o Dia Nacional da Juventude, um tempo da vida humana em que o organismo de reorganiza para definitivamente “ser” um “ser” adulto. Portanto, uma fase biopsicologicamente complexa e que requer da sociedade, família e educadores uma enorme capacidade de conduzir, orientar, amparar, saber ouvir, se fazer escutar, amar equilibradamente para que passada a tormenta das reorganizações “orgânicas e mentais” o indivíduo siga... pleno para cumprir a sua vida e realizar seus sonhos.
Sabemos que no Brasil e no mundo, muitos se perdem nesta fase. Machucam e são machucados, ferem e são feridos e suas vidas são apagadas ou são perdidas em dramáticas situações das quais o retorno é difícil.
Que a sociedade brasileira acorde e perceba que o caminho da EDUCAÇÃO é o que de melhor podemos oferecer às nossas crianças e jovens.
A força das famílias e das escolas são capazes de romper correntes que escravizam nossos jovens num submundo de destruição. São corpos e mentes que se deterioram e formam adultos incapazes de gerir suas próprias vidas.
Vez por outra encontro ex alunos, homens e mulheres, que me abraçam e agradecem pelos tempos de sala de aula, o que reforça a importância de ser professor e a força que as escolas possuem na formação de uma Pátria forte e saudável!
Edison Borba

REFLEXÕES DE UM ELEITOR

 
Antes de sair para cumprir com meu dever de cidadão, me peguei a pensar no número de vezes que eu já fiz este ritual. Desde os dezoito anos, sem ter que justificar nenhuma das vezes. Já ajudei a escolher presidente, vereador, senador, prefeito, governador, deputados e até participei em 21 de abril de 1993 do plebiscito para decidir entre república, parlamentarismo ou monarquia. Já fui acusado por Pelé, de não saber votar e, por muitos, de pertencer a um povo que tem memória curta.
Mea culpa, mea culpa mea máxima culpa – eu já chorei e quase me flagelei, por ter sido enganado por promessas de palanque. Confesso que chorei! Aliás eu choro (mesmo) sempre que ouço o nosso Hino. Fraqueza? Excesso de brasilidade? Não sei ...
Amo esta Terra, ela é meu lar! E lá vou eu mais uma vez optar por quem irá governar a minha cidade. Mais adiante terei que optar pelo governador e mais adiante pela escolha de mais um presidente. Errando ou acertando, com memória curta ou não, sempre procuro pelo melhor para mim, para minha família e amigos e para o meu povo.
 
Que um dia, aquela nossa crença, que DEUS é brasileiro se confirme e ELE cubra a nossa Pátria com bênçãos e nos ajude a separar o joio do trigo.
Edison Borba

sábado, 29 de outubro de 2016

DESASTRE ECOLÓGICO


Um ano se passou, desde que uma lama vermelho cobriu uma boa parte da cidade de Mariana em Minas Gerais e continuou escorrendo, atravessando o espírito Santo e pelas águas do rio Doce chegou ao mar. Um ano e pouca coisa foi feita no sentido de melhorar as condições da população atingida pela catástrofe. Ecologicamente este desastre foi um dos mais graves que o mundo presenciou.
Na ocasião (2015), publiquei pela POD Editora / RJ, o livro “LAMA VERMELHA”, no qual... encontramos a poesia –

                              “RIO DOCE”.

DOCE RIO DOCE /
DE ÁGUAS LÍMPIDAS E FRESQUINHAS /
DOCE RIO DOCE / O RUMOREJAR DE SUAS ÁGUAS / TRANQUILIZA MINHA ALMA /
ÁGUAS DOCES DO RIO DOCE /
SERPENTEANDO PELAS CIDADES /
LÁ VAI O DOCE RIO DOCE /

DOCE AMOR DOS CAPIXABAS /
QUE SE BANHAM NAS ÁGUAS DOCES DO RIO DOCE /
DOCE RIO / DELÍCIA DE RIO / ALMA DE UM POVO /
DOCE RIO DOCE, O QUE FIZERAM COM VOCÊ?/
SUAS ÁGUAS DOCES ESTÃO SANGRANDO /
DOCE RIO CHORO POR TI, CHORO POR MIM /
NÃO MAIS TEREI AS ÁGUAS DOCES DO RIO DOCE /
POBRE RIO DOCE DE ÁGUAS DOCES /
INTOXICARAM VOCÊ E A MIM /
ADEUS MEU RIO DOCE /

ADEUS DOCE RIO /
ADEUS RIO DOCE O DOCE RIO DE ÁGUAS DOCES /
ADEUS!


Edison Borba

OS VAMPIROS ESTÃO CHEGANDO!

 
Diversas cidades do estado do Rio de Janeiro, voltam às urnas para definitivamente escolherem seus Prefeitos. Entre tapas e beijos, acusações e respostas, fotos e vídeos, tomamos conhecimento que o passado da maioria dos candidatos tem algo de “podre”, mas em se tratando de Brasil, fiquemos com as maçãs menos estragadas.
E, em se tratando de “estragado”, a lista de problemas das nossas cidades é longa: falta saneamento básico, ruas sem calçament...
o, lama, lixo, esgoto à céu aberto, rios assoreados, falta de água encanada, de iluminação pública eficiente, milícias, traficantes, assaltos, violência de todas as formas, falta de creches, doenças graves em vários cidadãos que vivem em comunidades carentes, ensino público deficiente, hospitais abandonados entre outras situações que tornam o século XXI, uma IDADE MÉDIA, para muitas populações.

 Os novos Prefeitos tomarão posse em pleno verão, junto com as chuvas, as enchentes, os desabamentos, uma centena de zoonoses, incluindo a reprodução do mosquito Aedes e com eles a dengue, a zica e a chicungunha.
E agora José? E agora Maria? Sair dos palanques e sentar nas confortáveis cadeiras das prefeituras e passar quatro anos mamando nas tetas da vaca Brasil, ou arregaçar as mangas e honrar os compromissos para com o povo?
Nós eleitores não podemos mais nos deixar subjugar pela “horda” de Prefeitos vampiros, que há anos sobrevivem às custas do nosso sangue! Chega! Basta!
Edison Borba

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

O QUE É SER PROFESSOR?


CAPÍTULO 01 – O que os professores repetem exaustivamente para suas turmas?

Atenção para a chamada! Esse assunto vai cair na prova! Abram seus livros na página cinco! Quem fez as tarefas de casa? Não vou mais repetir! Eu avisei que era para trazer uma folha! Estudem! Prestem a atenção! Essa é a última vez que eu aviso! Vamos sentar, por favor! Tragam o material para a próxima aula! Desliguem os celulares! Parem de conversar e copiem! Como eu estava explicando! Por favor, este assunto é importante para a vida de vocês! Quem conseguiu resolver o exercício?

É um repete e repete. Mais uma vez. Outra vez. Pacientemente. Não se trata apenas de repetir conteúdos, é preciso manter uma relação humana ter calma, paciência e amor à profissão.


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CAPÍTULO 02 -  Em sala de aula, o que perguntam os alunos aos seus mestres?

Esse assunto vai cair na prova? É pra copiar? Tinha que trazer o livro? Já fez a chamada? Por que você veio hoje? Era para estudar essa matéria? Não ouvi você avisar? Esse assunto é difícil? Posso ir ao banheiro? Pode repetir? A prova está fácil? Trouxe as notas? Não entendi, pode explicar de novo?

Essas e outras perguntas são respondidas diariamente, semanalmente e anualmente centenas de vezes, pacientemente, exaustivamente, mesmo quando o trabalhador da educação está vivendo dias difíceis em sua vida particular.


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CAPÍTULO 03 - Nos corredores das ESCOLAS é possível ouvir dos estudantes algumas observações sobre seus professores, como:

O meu professor é: confuso, não explica bem! É bonzinho! É ignorante! É antiquado! É compreensivo! Não sabe a matéria! É muito legal! É amigo da turma!  É esnobe! É idiota, narigudo, mal vestido, besta, grita muito, estressado, boa gente e eu me amarro nas aulas dele.

Ser professor é estar sendo analisado e julgado constantemente!

 
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CAPÍTULO 04 - O que é um professor?

Professor é educador? O professor deve confessar sua religião para os alunos? E o seu partido político? Um professor pode ou deve demonstrar preferências? Os professores são criaturas que devem ser imitadas? Professores são modelos? Professor tem autoridade para intervir em questões disciplinares graves? Como as leis atuam, quando um professor tenta apartar uma briga de alunos? Como pensa um professor? O que é um mau professor? Existem professores bons? Qual é o perfil deles? Professor tem que ser amigo? Os alunos confiam nos professores? Professores podem usar gírias? As famílias confiam nos professores dos seus filhos? Um professor deve manter a neutralidade diante de um debate? Professor é sempre professor, dentro e fora do local de trabalho? O que a sociedade espera deles? Magistério é uma boa profissão? Nossos jovens querem seguir essa carreira? Professor pode perder o controle? Professor deve se manter atualizado? Como equilibrar a vida particular com a vida profissional? Como sendo apenas um pode atender à diversos alunos de forma diferenciada?

 É necessário refletirmos sobre estas e muitas outras questões, antes de julgarmos os movimentos promovidos pelos profissionais da educação. Quando esses trabalhadores saem às ruas. Mais do que julgá-los, é preciso entendê-los!

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CAPÍTULO 05 – Vale a pena ser professor!

Apesar de tudo isso, é maravilhoso ser professor. Não se trata de sacerdócio, é profissão, é trabalho. Exige esforço, suor, lágrimas, sorrisos, persistência, paciência e muita capacidade de compreender o outro. É ser pai e mãe. Ter orelhas grandes e coração maior ainda. Boa garganta, saber lidar com as mais variadas questões e ser juiz de pequenas causas. É ouvir as mais diferentes histórias das vidas de seus alunos. Conselheiro. Inspirar confiança. Ficar feliz com as férias e mais feliz com o retorno.  É ganhar salário pequeno, mas ser grande como cidadão. É olhar cada aluno com esperança. Ser forte, mesmo quando está carente. Ficar emocionado com sua turma. Viver diariamente, novas experiências e repetir o mesmo assunto como se fosse pela primeira vez.

Saber que o seu valor é bem maior que seus rendimentos e que a opressão exercida pelas autoridades e políticos é por medo da força que os profissionais da educação exercem sobre o povo. 

Se manter firme na luta de que vale a pena educar para libertar. Nação cujos cidadãos conhecem seus direitos e deveres, ameaça os maus governantes, e que a força está no processo educativo.

É ficar orgulhoso com o sucesso das suas turmas e ter a certeza que, suas palavras jamais serão apagadas do coração dos seus alunos.

Eu sou professor!

Edison Borba

 

 

ESSE TAL SOFRIMENTO!!!


Sofremos quando não temos o que queremos e sofremos, só de pensar que nunca teremos o que queremos.
Sofremos também quando imaginamos conseguir o que queremos e surgir possibilidades das perdas. Sofremos imaginando como ficará nossa vida se perdermos o que conseguimos.
Sofremos quando erramos e também quando acertamos e, não agradamos. Sofremos tentando agradar e por não agradar. ...

Sofremos por nos sentirmos responsáveis e quando somos irresponsáveis. Sofremos quando recebemos muitas responsabilidades e também quando não as temos.
Sofremos porque não agimos e quando agimos e confundimos as ações. Sofremos porque precisamos de amor.
Sofremos porque tendo o amor não sabemos quanto tempo irá durar e sofremos pela dúvida do amor que recebemos.
Sofremos por nos sentirmos fracos e incapazes e sofremos porque mesmo sendo fortes e guerreiros, temos que enfrentar muitas batalhas.
Sofremos pelo medo de sofrer. Sofremos quando estamos felizes e nos sentimos culpados pela felicidade.

 
O que fazer para deixar de sofrer?
 
Edison Borba

quinta-feira, 27 de outubro de 2016

COMO RIMAR? Talvez dor com pavor!


Bruna, uma linda mulher, dona de casa
Bruna, era mãe, sua filha tem apenas dois
E a amava, como se deve amar todas as mães...

Bruna, tinha apenas 21 anos, e muitos sonhos
Bruna ouviu tiros na rua da sua comunidade
Bruna morava no Engenho da Rainha
Bruna, foi fechar a janela de sua casa para proteger sua filha
Bruna, de 21 anos, dona de casa, alegre e sonhadora
Agora é mais um número na estatística da cidade
Bruna morreu! Morreu? Sim! Dentro de sua casa!
Como? Uma bala perdida!
Quem atirou? Ninguém sabe e jamais saberá.
Bruna será enterrada hoje – 27 de outubro
Sua pequenina filha, brinca com suas bonecas
Ela não sabe que sua mãe foi para o céu!
E a vida continua ...
Minha agenda está repleta de compromissos ...
Bom dia!
 
 
 

 Edison Borba

LEIS? QUE LEIS?


 
Num país, como o Brasil, que possui mais de 180 mil leis, perguntamos: “para quem essas leis servem?” Em recente pesquisa feita entre diversos homens e mulheres, as respostas foram interessantes e tristes.
Mais de 70% dos entrevistados, afirmaram que se for necessário desobedecem as leis. Alegando que o fazem porque os ricos, poderosos, artistas, jogadores de futebol, políticos e filhos de pessoas influentes não são punidos. Somente os pobres e os trabalhadore...
s é que sofrem a aplicação das leis.
A impunidade que protege abertamente um grande número de brasileiros considerados inatingíveis é responsável pela atitude que muitos assumem, alegando que dar um “jeitinho” é normal no Brasil.
A Lei de Gerson – “quero levar vantagem em tudo”, tornou-se patrimônio nacional, incentivada por uma geração de políticos que vive à margem das Leis. Por esta e outras situações, fica difícil mudar a mentalidade de grande parte da sociedade.
Eu ainda continuo acreditando que a educação é um dos melhores caminhos para mudarmos nosso País. A educação formal que é papel das escolas (das creches às Faculdades / Universidades), que de alguma forma chega às famílias influenciando a educação informal.
Educação séria, que conscientiza e forma cidadãos éticos, honrados e que amem verdadeiramente o Brasil.
Edison Borba

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

ENSINANDO A VIVER

Quando um aluno morre, o retorno às aulas tem que ser planejado para que a turma daquele que morreu, possa continuar a trabalhar. É papel dos professores, da equipe pedagógica e demais autoridades escolares, planejar atividades que possam fazer com que a classe continue a acreditar na vida. A minha primeira experiência neste tipo de situação aconteceu com uma turma da 8ª série, de um colégio particular. Coube a mim e a colega professora de História, comparecermos ao velório, acompanhando os alunos da turma da menina falecida.
Foi uma séria experiência! Como explicar para toda a turma o que havia acontecido. Como estar com eles naquele momento de tristeza. Naquele dia, pude observar a reação dos adolescentes diante do corpo da menina. Alguns choravam, outros agarrados aos professores tentavam se esconder. Eu a colega, ao voltarmos para o colégio, nos dias que se seguiram ao fato, dedicamos algumas aulas a questionar a situação juntamente com os demais professores. Cada um dentro do seu saber contribuiu para apaziguar aquele grupo de jovens. A Diretoria do Colégio foi de grande importância, apoiando o trabalho dos professores.


A morte quando chega à sala de aula leva todos os que trabalham com educação a analisarem os caminhos a seguir, nos dias imediatamente a ocorrência. O nome do aluno na ficha de chamada, a carteira que ficará vaga, a curiosidade dos colegas, a continuação do ano letivo, tudo isso faz parte da arte de ensinar.
Aprendi muito naquele dia!
Infelizmente o fato voltou a acontecer não só com alunos, mas com seus familiares e até com colegas de profissão, que ao partirem deixaram lacunas que precisavam ser preenchidas. Em todas as vezes percebi o quanto a palavra do professor importa nestes momentos. Impossível ficar omisso diante da morte e não trabalhar com os alunos na tarefa de “ensinar a viver”.
Edison Borba

PEDAGOGIA DA MORTE


 

Rio de Janeiro,  Belford Roxo, um bairro da cidade

É menina morta, é bala perdida, é choro e gritos

É mãe lamentando, povo reclamando, é sangue no chão

Em outro lugar da mesma cidade, tiros mais tiros

Escolas fechadas, crianças deitadas no chão da unidade

A aula de hoje, tem como conteúdo a sobrevivência

A menina, a morta chamava-se Daiane, tinha só 15 anos

Chegava em casa voltava da escola, cadernos manchados

É sangue é vermelho de menina brasileira

Daiane não resistiu - Daiane morreu – estudava e sonhava

Com um futuro brilhante, emprego elegante

Ser cidadã, ter documentos e poder votar

Os professores que ensinavam Daiane

Terão que informar aos outros alunos

Como fazer para escapar e não morrer

Como a colega, aquela menina, aplicada aluna

Que se dedicava estudando as “matérias”

E as outras crianças? As deitadas no chão de um CIEP?

Também estão aprendendo, com professores chorando

Ensinando com lágrimas a sobrevivência

Pedagogia da morte, que ensina ter sorte

Escapar com vida da bala perdida.

Edison Borba

 

terça-feira, 25 de outubro de 2016

DESPERTA!!!

Quando acordei e me dei conta, o tempo já havia escorrido
Como água de um rio, passou, seguiu seu curso, sempre em frente
Horas “vagarzinho” ou formando correntezas...

Derrubando ribanceiras, levando troncos de árvores, colhendo gravetos
Assim foi o tempo, seguindo seu caminho sem que eu pudesse detê-lo
Anos seguidos correndo solitariamente, cumprindo seu destino
Houve momentos que barqueiros fizeram parte da paisagem
Outras vezes canoeiros, esses quase sempre, remando só e só remando


 Pescadores lançaram suas redes, na tentativa do pescado
Enquanto lavadeiras cantavam e as bolhas de sabão dançavam
Na correnteza, ziguezagueando num lindo balé
Assim foi a minha vida, um rio, e não um rio que passou
Ao contrário do que cantou o poeta Paulinho da Viola
Eu segui, e ainda sigo a correnteza, sem resistir
Deixando que o rio da vida tome seu próprio rumo
Ligeiro no início e caudaloso,
E agora, mais lento, escorrendo sem pressa
Com mais consciência de que as águas oceânicas estão próximas
E que se aproxima o meu desaguar o misturar-me nas salgadas águas
Perdendo a minha essência, sem oferecer resistência
Já posso ver ao longe a imensidão onde irei mergulhar
Diluir-me-ei, e nada restará, nem uma gota
Apenas a certeza de que não estarei sozinho
Minhas águas farão parte do infinito oceano!
Edison

MULHERES EM PERIGO - UMA QUESTÃO TAMBÉM DE EDUCAÇÃO!


 
 
Mais uma vez uma mulher sofreu estupro coletivo, aqui no nossa estado RJ. Entre os monstros vários menores de idade, que serão conduzidos às Casas de Proteção ao Menor e em pouco tempo estarão livres para a prática de mais violência.
Em meu livro “Complexo de Viúva” (2011) há uma crônica com o título: “Educação Masculina”, nela eu faço uma ponderação sobre a forma machista com que educamos nossos meninos e jovens. Estou re...
ferindo-me ao Brasil, porque é aqui que eu vivo com minha família. Em anos de convivência com crianças e jovens, pude observar que é nas pequenas “coisas”, no dia a dia, nas brincadeiras, ouvidas nos lares e nas escolas é que, gradativamente, formamos os violentadores e preconceituosos.
Esta forma de “DESEDUCAÇÃO” acontece em todas as classes sociais, em todos os níveis de comunidades, nas escolas e até nas salas de aula.
Infelizmente, a cultura do macho que mata por sua honra, violenta porque considera a vítima um ser inferior, cospe no chão, diz palavrão são vistos como sinais de masculinidade.
Essas aberrações são fatos recorrentes em nossa sociedade.
Quando os familiares, os educadores, os meios de comunicação mudarem as suas atitudes, algumas tidas como brincadeiras sem maldade é que esta situação poderá sofrer mudanças. Enquanto isso, mulheres serão assassinadas e violentadas como fato corriqueiro, onde a vítima é “até” apontada como a “estimuladora” da violência.
Edison Borba

segunda-feira, 24 de outubro de 2016

RESSUSCITANDO PALAVRAS


 
As palavras que não são usadas, morrem! Por isso é que eu, vez por outra, uso algumas que estão há tempos esquecidas, esperando por alguém que as tire do ostracismo. Eu gosto desta prática, usar palavras que estão abandonadas, elas trazem um sabor ao texto, que algumas pessoas interpretam como saudosismo, outras como “o coroa é das antigas” entre algumas “outras” observações, mas o meu objetivo é alcançado, com elas eu crio motivos para pensar. Palavras... como traquinas, bugigangas, serelepe, mixórdia, borocoxô, carrão, sirigaita, lambisgoia entre outras que foram substituídas, mas que ainda estão nos tradicionais dicionários ou no Senhor Google.
Vale a pena bisbilhotar e curtir palavras, elas são a vida da cultura de um povo!
 
Que palavra você gostaria de ressuscitar?
 
Edison Borba

PREOCUPAÇÃO FAMILIAR?


 
Durante os anos que atuei como Diretor (Gestor) e Supervisor Escolar na rede estadual de ensino do Rio de Janeiro, atendi muitos pais e mães que afirmavam: “Estou dando o melhor para meus filhos. Quero que eles tenham tudo que eu não tive!”
Durante a conversa, observava que esse “tudo que eu não tive” girava em torno de bens materiais: o caderno mais bonito, a mochila mais cara, o tênis de marca, lápis, telefones celular, canetas e outros “apetrechos” q
ue serviam para “enfeitar” o filho e fazê-lo sentir-se com um poder apenas material.
Poucas famílias falavam de amor, carinho, conversas durante as refeições e explicações sobre o seu real poder aquisitivo. Aqueles presentes “brotavam” nas casas como capim. Por este motivo, muitos alunos envergonhavam-se da presença de seus pais na escola e não valorizavam os “pais objetos”, neste caso “objetos sem valor”. A maioria dos jovens, não sabia do real sacrifício que os pais fizeram para comprar toda aquela “traquitana”.
Infelizmente, ainda vivemos com esse sonho ao avesso: “vou dar ao meu filho o que eu não tive - materialmente”. E o amor? E a sinceridade? E as regras conversadas e explicadas? E a relação familiar? E a visão da importância da escola? E a necessidade de ler, estudar e se empenhar para poder se transformar num cidadão capaz de lutar e conquistar um bom lugar neste mundo?
O que é melhor para nossos filhos?
Será o último modelo de um Smart Wireless SM-MW11?
Edison Borba

domingo, 23 de outubro de 2016

A SIMPLICIDADE DA FELICIDADE



 

Fui perguntar ao mundo, o que era felicidade. Porém, ele não quis me responder, mandou-me perguntar ao raio de luz. Numa noite, iluminada por uma luz azul, tentei alcançar um raio de luz, mas fui por ele ofuscado.

Triste, voltei a perguntar ao mundo, o que era felicidade. Com desdém e demonstrando impaciência, ele me mandou falar com os rios. Corri pelas margens dos rios, cujas águas passavam velozmente sem nada me dizer.

Mais uma vez, eu quis saber o que era felicidade, e novamente ao mundo fui recorrer. Sem muita paciência ele disse que os oceanos sabiam, eles eram os guardiões dos mistérios do mundo e com certeza me dariam a resposta. Cansado, mas cheio de esperança, me dirigi ao oceano, que silencioso e profundo nada me disse. Esperei horas a fio, olhando a imensidão azul das águas salgadas, sem obter resposta.

Desanimado, mais uma vez busquei junto ao mundo o segredo desvendar. Ele, desdenhoso falou-me: porque buscas tanto essa tal felicidade? O que pensas encontrar? Eu, timidamente respondi que queria ser feliz, como tantos outros homens. Os que cantam, dançam e riem alardeando que a possuem guardada em seus corações.

O mundo olhou para mim, penalizado talvez, e mandou-me olhar ao meu redor e observar as coisas simples, as simples “coisas” que todos os dias estavam em meu caminho. “Coisas” queridas, simples “coisas”, simples como a vida.

As flores nos jardins, a sombra dos arvoredos, o sorriso das crianças, a alegria dos animais. O abraço dos amigos, o canto dos passarinhos, a ternura do sono de um bebê, o carinho despretensioso dos animais para com seus donos, o aroma de café pela manhã. Tantas “coisas” simples! Simples “coisas” que por serem tão simples não as vemos nem as sentimos, elas passam desapercebidas por nós.

Seguindo o conselho do mundo, eu pude perceber quanta felicidade havia ao meu redor. Tudo tão pertinho, ao alcance de minhas mãos, dos meus olhos e de minha vida. Entendi que a felicidade está bem pertinho da gente, é só olharmos com calma que poderemos alcança-la, da mesma forma que colhemos flores de um jardim.

Edison Borba

À MARGEM DA EDUCAÇÃO


Nós brasileiros já nos acostumamos a ver meninos e adolescentes portando armas e trabalhando para os senhores do tráfico. Imagens tristes de uma juventude sem futuro. Soldados, fogueteiros e guardiões das “bocas” de fumo, estão marcados para ter uma vida breve. Paralelamente a eles, as meninas mulheres, que nos bailes “funks” exibem seus jovens corpos, num bailado sensual, entristecendo a todos que assistem aquelas deprimentes cenas. Caras e bocas e movimentos corporais, tentando ser, aquilo que não são. Apenas meninas travestidas de adultos numa ridícula e triste tentativa de ser mulher.

 Esse grupo, em sua maioria pertence às classes menos favorecidas. São moradores de comunidades e que tem seus comportamentos explicados pela educação deficiente e ausência de contatos culturais capazes de fazê-los perceber, que existe outro mundo com melhores oportunidades.
Porém, para espanto maior, os noticiários mostram, jovens, de classe média e alta, filhos de pais com excelente nível cultural, social e financeiro procedendo de forma violenta, próxima à barbárie. Jovens que bebem e se drogam provocando cenas deprimentes nas madrugadas das cidades. Promovendo arruaças, demonstrando preconceitos de diversas formas e dirigindo seus carros, alcoolizados, eles provocam acidentes, matam e ficam impunes.
Que tipo de família, presenteia seus filhos e filhas com carrões e cartões de crédito, como cartas de alforria, dando a eles o direito de vida e morte sobre a vida de outros cidadãos. Jovens bonitos, malhados em academias, nível universitário, usando roupas de marca e os nomes de seus familiares para se colocarem acima do bem e do mal. É comum presenciarmos, elegantes mães, atrás de seus escuros óculos, defendendo seus “bebês” que brincando com seus carros importados matam sem nenhum arrependimento.
Também assistimos mães de comunidades, que honradamente entregam seus filhos à polícia na tentativa de fazê-los cidadãos honestos.
Madames e operárias, mães com atitudes opostas quanto à ética e a moral. Como entender este contraste comportamental? Em ambos os casos vale uma boa reflexão sobre educação!
Edison Borba

sábado, 22 de outubro de 2016

ENAMORAR-SE ...



Enamore-se pelo vento que corre livre, sem barreiras
Contorna esquinas, brinca com as árvores
Dança com a poeira, desfaz a fumaça. Refresca nosso corpo...

Encrespa as águas do mar. Tremula bandeiras
Entorta palmeiras. Sempre a brincar.
Enamore-se pela chuva, que cai devagarinho
Umedece a terra, faz verde um raminho. Aplaca a sede do mundo.
Transborda os rios, levando barquinhos. Correndo bem rápido para junto do mar.
Enamore-se das flores, de todas as cores. Rosas, dálias e margaridas
Petúnias e violetas. Os doces lírios, que se vestem de branco
As encantadoras tulipas ou os ciumentos cravos
Que exalam perfume para atrair sobre si. Os olhos de todo mundo.
Enamore-se pelo mar, perigoso quando silencioso.
Mas se está bravio, é fácil de navegar. Ondas e marés no vai e vem interminável.
Doce mar de águas salgadas. Como as lágrimas que rolam ao chorar.
Enamore-se pelas aves, de coloridas penas. Voando sem rumo, mas no rumo certo
Buscando abrigo entre as árvores ou montanhas. Águias altaneiras ou delicados cisnes
Canoros pardais e uiarapurús solitários.
Enamore-se, simplesmente enamore-se
Não ame, amar é complicado. Amar é complexo, amar é confuso
Enamore-se, apenas enamore-se. Envolva-se, admire-se e sonhe
Um sonho bem impossível. Pelo simples prazer de sonhar
Enamoradamente sonhar ...
Edison Borba

ESCOLA DE RICO & ESCOLA DE POBRE


 
 
 
Como preparar nossa população para absorver em tão pouco tempo, uma estrondosa explosão de informações. Como satisfazer as necessidades de aprendizagem exigidas pelo século vinte e um. Acordamos e nos deparamos com mais e mais novidades. A variedade de caminhos é um grande desafio para os projetos educacionais. As funções intelectuais precisam ser estimuladas juntamente com as manuais. Educar para intervir, prevenir e garantir competências e h...abilidades na tomada de decisões. Códigos precisam ser decifrados rapidamente. Incorporar novas atitudes e conseguir mais variabilidade nas respostas é uma das condições para um processo educativo de qualidade. Preparar para a liberdade de fazer escolhas com responsabilidade e ética, é um dos mais importantes trabalhos das nossas escolas e seus profissionais, além da formação de competências sociais, iniciativa, liderança, autonomia profissional e habilidade na comunicação. Todas essas exigências só poderão ser satisfeitas quando conseguirmos vencer as crises partidárias, provocadas por políticos que usam a educação como uma forma de alavancar suas carreiras. A melhoria de vida de um bairro, cidade e estado passa pelas salas de aula, portanto as instituições de ensino necessitam tratamento digno e adequado para poder desempenhar seu papel. As desigualdades sociais são acentuadas quando num mesmo país acontecem diferentes formas financeiras de educação: escola de rico x escola de pobre. Esse contraponto acaba por justificar formas paternalistas de esconder os problemas da nossa sociedade. Divergentes padrões de vida devem conviver com igualdade educacional. Alunos matriculados nas diferentes unidades de ensino: religioso, privado ou público devem ter as mesmas oportunidades de aprendizagem. Boa escola, bons professores e ensino de qualidade. É preciso resgatar para as escolas a sua verdadeira função: ensinar. Portanto, melhorar as condições da educação implica em mudanças políticas. Precisamos de ações corajosas de cidadãos que coloquem nossos alunos acima de suas vaidades. Crianças e jovens não podem ser usados como votos, para alimentar a fome insaciável e perversa que habita a alma de carreiristas cujas ações funestas continuam a desvalorizar e prejudicar o processo educativo em nosso País.
Edison Borba

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O MAU – (AL) - ZHEIMER




Andar inseguro / Memória falha
Esquecimento / Suspiros / Solidão
Corpo envelhecido / Olhar perdido...

Coração sem ardor / Emoções sem sentido
Solidão / Ontem é hoje / Amanhã é igual
O tempo é vazio / Solidão
Não há lembranças / Não há saudades
Mãos trêmulas / Dias curtos / Noites longas
Solidão / Olhos sem brilho / Não existe saudade
Alma perdida / Não sabe caminho / Anda sem rumo
Perdeu os sentidos / Não sabe o que vê
Não entende o que ouve / Nem sente mais dor
Álbum vazio / Fotos sem cor
Perdeu-se dos filhos / Nem sabe dos amigos
Sentimentos fragmentados / O corpo está vazio
Nem lembra e nem sabe o que é amor
O terrível mau “zheimer” tornou-se o controlador!
Edison Borba

40 ANOS - UMA HISTÓRIA MUSICAL



Esta bela composição de  Altay Veloso e Paulo César Feital é uma interessante aula de história do Brasil. Os mais jovens terão dificuldades para entender muitas das citações feitas pelos autores. Talvez valesse um trabalho de pesquisa, nas áreas de História, Sociologia e até para Literatura e Língua Portuguesa. Além da vozes de Alcione e Emílio Santiago que os pesquisadores sem dúvida irão “curtir” muito
 

JUVENTUDE & DSTS

 
Os novos dias deste século chegaram com a proposta de mais liberdade para os jovens. É “comum” pais que se sentem mais tranquilos com seus filhos e filhas em casa como os seus “namoridos” e “esposamora” tornando a liberdade sexual “protegida” de influências negativas.
Outra questão, também que permeia este novo século é a “beijação”. Quanto mais beijar mais famoso vai ficar. Beijar sem selecionar e fazer a festa no salão.

 E o sexo pelo sexo, que acontece em b
ailes, festas, baladas e outros lugares alguns até conceituados por se tratar de ambientes politicamente corretos.
Não vale aqui defender falsos moralismos, apenas questionar biologicamente o equilíbrio orgânico de nossos jovens e os perigos relacionados à saúde. Os meio de comunicação deixaram de enfatizar algumas questões relacionadas à falta de cuidado e higiene, que está acontecendo entre os jovens quanto ao aumento das doenças sexualmente transmissíveis (DST). A sífilis retornou às baladas; o número de jovens soro positivo para HIV aumentou nos últimos anos; herpes genital; candidíase e hepatites são algumas doenças que voltaram a circular pela juventude.
O segredo, o sigilo e a vergonha impedem que haja divulgação sobre o problema. Quem adquire alguma destas doenças, esconde por medo da discriminação. Muitos educadores deixaram de tratar este assunto nas salas de aula e as palestras não acontecem com frequência. Existe (até) uma falsa crença de que a juventude atual sabe de tudo e muito mais que seus pais, avós e professores.
Triste engano! Triste caminho! As DSTs estão silenciosamente chegando aos nossos lares!
Importante lembrar também, o número de abortos realizados na clandestinidade, por jovens meninas, e que muitas vezes as famílias desconhecem o fato.
Edison Borba

ESTAMOS TODOS NESTA BARCA


 
O verão se aproxima e um “frisson” toma conta de muita gente, que corre para as academias na busca de um corpo sarado. Outros já imaginam exibir a pele bronzeada pelo sol. As lojas lançam a moda verão com roupas e sapatos para a estação que se aproxima. Porém ...
Com a chegada do verão, algumas ameaças passam a rondar a população: os temporais, as enchentes, os arrastões nas praias a reprodução do mosquito Aedes e com ele a dengue, zica e chicungunha...
também irão fazer parte da paisagem.
Infelizmente as autoridades do RJ não estão se mobilizando para conter estes problemas e aguardamos passivamente mais um verão tipicamente brasileiro: gente com pele bronzeada nas filas dos hospitais ou correndo pelas areais das praias, sofrendo com as dores causadas pela ação do mais famoso frequentador do nosso verão: o mosquito Aedes.
Educação ambiental tem que ser continua / continuadamente, todos os dias, todas as horas e em todos os lugares. População educada ajuda no combate não só ao mosquito Aedes, mas também no controle de outras zoonoses.
Edison Borba

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

CURTIR O DIA


Carpe Diem – Poema de Horácio
 
 
 
Horácio, em seu poema Carpe Diem, acena para que os dias sejam bem aproveitados. Se cada um de nós, cuidar bem de seu dia, sem egoísmos ou egocentrismos, o medo do futuro tenderá a desaparecer. Cuidar da Terra com carinho, utilizando o que ela pode nos dar e tendo o cuidado de não depredar ou devastar. Saber colher e também saber plantar. Ensinar aos mais jovens a importância do planeta. Ele é de todos nós. De todos os povos.
Car...
pe Diem, curta o dia, mas lembrando que a minha liberdade não pode interferir na liberdade dos outros. Saber partilhar, dividir, respeitar e amar ao próximo, como indica a sabedoria bíblica. Curtir o dia, não esquecendo que o hoje garante o amanhã, como o ontem permitiu a existência do hoje. Curtir o dia lembrando das futuras gerações. Curtir não pode significar destruir. Curtir, saudavelmente, somos uma peça da engrenagem. Curta a vida, o prazer de estar vivo. Cuide bem da sua vida e das outras que fazem parte deste universo.
Vamos curtir esse dia do ano, e todos os outros dias que virão, sempre de forma equilibrada respeitando a natureza e tudo que nela existe!
Edison Borba

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

MAGISTÉRIO: PROFISSÃO DE RISCO




"Professor, eis aqui meu filho! Eduque-o. Faça dele um cidadão exemplar.

 Não se preocupe em puni-lo, eu estarei ao seu lado.  O importante é que ele aprenda.

 Por favor, exija dele o máximo. De muitos deveres para casa.

Faça com que ele escreva bastante e leia diariamente. Responder às suas perguntas é dever dele.

Obedecer sem questionamentos, é sua obrigação. Não admita que haja contestações.

Quero estar em casa ou no trabalho, tranquilamente, sabendo que ele está em boas mãos, as suas mãos. As mãos de um professor!

Lamento que não haja mais palmatória. Naquele tempo o ensino era muito melhor. Meninos e meninas não questionavam, obedeciam! Faça-o responder sempre que for solicitado!

Obediência, seriedade e respeito são as palavras mais importantes da educação. Meninos e meninas devem se transformar em cidadãos honestos e éticos.  Horários, organização e limpeza são outros fatores que eu exijo. No meu tempo a educação era higiênica. Não podíamos ter pensamentos indevidos e pecaminosos. As escolas eram templos imaculados do saber.

Professor, estou, entregando-lhe o meu filho, quero que me devolvas um cidadão de respeito. Temos que forjar o caráter dos jovens. Fazer deles pessoas fortes e corajosas. Não admito choro. Quando educamos temos que ser firmes. A única ocupação dos estudantes é com os livros e os deveres acadêmicos. Nada de moleza. Quero que a escola faça brotar o espírito de cidadania e amor à pátria. Eles precisam aprender responsabilidade.

Professor eis aqui o meu filho!”

Apesar do que está escrito acima parecer uma aberração ou loucura, traduz de alguma forma o desejo de muitos familiares. São vontades diluídas através de pequenos gestos e palavras. O professor fica na corda bamba, se tentar manter as regras poderá responder até processos em delegacias, mas ao contrário, é negligente. Apesar de estarmos vivendo, momentos complicados com a educação e com a sociedade brasileira, ainda se espera muito do ambiente escolar.  As escolas e tudo que nelas existem devem valer para formar profissionais e cidadãos úteis. Mesmo quando o ambiente escolar é frágil e sem apoio.

Transformar é o que a sociedade ainda almeja.

Delegam-se aos professores, grandes responsabilidades. Espera-se dos educadores comportamentos exemplares de abnegação, bondade, equilíbrio, inteligência e capacidade de lidar com as mais diferentes “diferenças”.

São muitas responsabilidades para trabalhadores tão pouco valorizados pela própria sociedade que espera deles muito mais do que consegue dar. Colaborar na consolidação de hábitos sadios sem perder o foco no conteúdo de sua disciplina.

A função do professor é exercida solitariamente. Quando a porta da sala se fecha, ele assume a responsabilidade para com um numeroso e diversificado universo humano. Oriundos de comunidades e lares com diferentes orientações. Como responder as expectativas sociais, quando as suas próprias necessidades não estão sendo adequadamente atendidas?

O magistério é profissão de risco.

Edison Borba

AS CRIANÇAS DÃO SINAIS ...

 
A imagem de uma criança magra pode ser sinal de fome, suja - de falta de higiene, chorando - falta de amor. Poderíamos citar uma infinidade de sinais que podemos captar através das crianças. Nas escolas, professores, gestores, supervisores e todos que atuam com educação aprendem a ler os sinais e a decodifica-los buscando desvendá-los. O que pode estar acontecendo? 
 

Não se pode deixar de averiguar a questão.
A dificuldade em aprender uma determina...
da disciplina, problemas de adaptação com as atividades escolares e com a sua inclusão para trabalhar em grupo com os seus colegas precisa ser analisado. O silêncio de um aluno, pode ser um grito de alerta sobre a sua vida particular.
Todos os que escolhem profissões que envolvem relacionamento com crianças, devem ficar atentos para os “sinais” que os “baixinhos” passam através de seu comportamento e atitudes.
Na educação é impossível não estar “ligado” na forma de “aprender” de cada estudante. As crianças e os jovens, deixam transparecer através de “sinais” um pouco das suas vidas. Procurar decifrá-los, com a ajuda de diversos profissionais é vital para o processo ensino aprendizagem.
Edison Borba

terça-feira, 18 de outubro de 2016

DESTINO

 
 
Há quem não acredite em destino, porém existem situações que para serem aceitas, precisamos creditar o fato na conta dele, o destino. Encontros e desencontros, idas e vindas, mudanças de rumo, heranças, viagens inesperadas e tantos outros acontecimentos, que nos deixam pensativos e refletindo. Os autores de novelas utilizam as “armadilhas” da vida para escreverem suas tramas e promoverem as cenas impactantes e emocionantes, que nos levam às lágrimas. Há histórias verdadeiras que poderiam se transformar num dramalhão cinematográfico. Todos nós, conhecemos ou já vivenciamos situações cuja explicação só se encaixa em “coisa do destino”. Desta forma, fica mais fácil conviver com o inesperado, com o indesejável e com histórias difíceis de ser explicadas.
Verdade? Mentira? Qual a sua opinião?
Edison Borba

BOA VIAGEM!


PEDAGOGIA CARNAVALESCA


Desde os primeiros anos escolares, aprendemos sobre a complexa História do Brasil. Alguns episódios são difíceis para o entendimento dos alunos, talvez uma forma agradável de entrarmos em contato com muitos fatos que compõem a nossa História esteja nos Sambas de Enredo, cantados no carnaval pelas Escolas de Samba.
Em 1962, o Salgueiro entrou na avenida, cantando “O Descobrimento do Brasil”, samba que conta esse episódio com detalhes dignos de um livro e história. Depois de cantar esse samba, qualquer aluno, saberá contar como aconteceu esse fato histórico.
No mesmo ano, a Mangueira emocionou o público com Casa Grande e Senzala, onde sentimos nas batidas do bumbo as tristezas do período da escravidão.
Em 1997, a Portela, cantou e encantou as belezas da cidade de Olinda. Quem nunca viajou até Pernambuco, pode fazer contato com as belezas dessa linda princesa do nordeste.
Beija-Flor de Nilópolis cantou os encantos da cidade de Araxá, em 1999, exaltando a figura de Dona Beija que se banhava nas águas medicinais dessa linda cidade mineira.
Em 1969, a império Serrano falou sobre os heróis da liberdade e em 1995, a Imperatriz Leopoldinense, fez a avenida balançar com o incrível samba de enredo “Mais Vale Um Jegue Que Me Carregue, Que Um Camelo Que Me Derrube, Lá no Ceará”. Uma letra que conta uma história incrível misturando camelos e jegues, usados como meios de transporte na região nordeste do antigo Brasil.
Esses e outros sambas de enredo são verdadeiras pérolas que trazem fatos e lendas que ajudam a entender a história do Brasil.
Até hoje, Exaltação a Tiradentes, de 1949, da Escola de Samba Império Serrano, ainda é lembrado. Quem quiser saber um pouco mais sobre a História do Brasil, procure nas letras dos nossos sambas de enredo.
Porém, vale um alerta: cuidado para não misturarmos as letras e ficarmos doidos com tantas informações e tudo se transformar numa loucura histórica, como fez brilhantemente Sérgio Porto, nosso inesquecível Stanislaw Ponte Preta.
Edison Borba

“VOU PÁ PRAIA”


Minhas senhoras meus senhores quando alguém lhes perguntar

O que irão fazer no horário de verão, apenas uma resposta

“Vou pá praia” nadar!
 

Não importa o seu bairro ou até comunidade, Inhaúma ou Pilares

Apenas haverá uma resposta a dar

“Vou pá praia” mergulhar!

Minha avó com seus cem anos e seu netinho a engatinhar

Os dois juntos – com uma prancha – saíram alegre felizes

Foram “pá praia” surfar

Meninas da zona sul, ou as musas lá de Ramos

As da Tijuca também, se juntaram com as garotas de Ipanema e Xerém

Todas de biquíni, de bolinhas amarelinhas, saíram a saltitar

Foram “pá praia” desfilar!

É assim o carioca vai levando sua vida

Como cantou Adriana, a Calcanhoto, em seus versos

Carioca que é da gema, não tem casa nem ap, sua vida é nas areias

De Copa ou de Ipanema, pode ser também a Barra ou o piscinão de Ramos

Ninguém em casa vai ficar, carioca verdadeiro

Vai “pá praia” se dourar, nadar ou até surfar

Aqui no Rio de Janeiro é assim que o povo vive

Todo mundo o ano inteiro só na praia - de “papo pro ar”!

Edison Borba (risos)

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

AS SACOLAS DA VOVÓ!



No tempo das nossas avós, em todos os lares haviam sacolas de pano, algumas de couro e até pequenos cestos, muito usados para as compras. As famílias iam para as feiras livres, armazéns e empórios, onde alguns produtos como o arroz, o feijão, a farinha entre outros produtos, eram colocados em sacos de papel. As frutas e as carnes embrulhadas em papéis mais encorpados e até jornais eram usados. Meninos, construíam com caixotes, carrinhos de rolimã, que também eram usados para fazer o transporte das compras familiares.

Éramos mais ecológicos? Éramos mais integrados ao meio ambiente? Ou será que éramos mais atrasados?

O mundo evoluiu os armazéns acabaram, os empórios fecharam e as feiras livres tornaram-se mais sofisticadas. Os sacos de papel sumiram da sociedade, dando lugar às sacolas de plástico. Milhares, milhões e talvez bilhões dessas aparentemente inofensivas sacolinhas se espalharam pelo planeta Terra, ocupando todos os espaços possíveis; do fundo dos oceanos, até as mais altas montanhas, elas podem ser encontradas. O homem, encarregou-se de fazer a disseminação deste produto espalhando-o por todos os cantos do mundo.

À medida que evoluímos, inventamos, criamos e inovamos fomos nos afastando das raízes ecológicas e causando graves danos ao meio ambiente.

Possivelmente, o processo de ensino aprendizagem tem na Ecologia, um campo fértil para atuar. Não podemos deixar de analisar em todas as disciplinas, questões como esta das “sacolinhas” e até outras situações, que se não forem abolidas da sociedade, o nosso planeta estará correndo um grave risco.

Edison Borba

domingo, 16 de outubro de 2016

IMORTALIDADE


 
Eu quero ter amigos que possam e queiram caminhar ao meu lado, mesmo sabendo que meus passos já não são tão rápidos. Como um velho carro de bois, vou devagar, mas continuo caminhando. Preciso de gente, que possa ir buscar a água e colher as frutas, pois já não posso alcançá-las. Eu preciso ter amigos para dar a minha mão e juntos, perdermo-nos nas poeiras dos caminhos tortuosos, que não levam a nenhum lugar. Apenas pelo prazer de caminhar. Quero ter ao meu redor os que sonham, porque eu ainda sonho e acredito poder realizar tudo que continua passando pela minha cabeça. Ando perdido em pensamentos como um cavaleiro errante encompridando a vida buscando pessoas alegres que queiram seguir ao meu lado em busca do nada. Apenas pelo prazer de caminharmos juntos e, se em algum momento, eu não puder mais seguir, que meus companheiros, tenham a coragem de ir em frente realizando nossos sonhos, porque só assim eu me sentirei imortal.
 
 
Edison Borba.

DÚVIDAS TOLAS OU TOLAS DÚVIDAS


 
Hoje acordei e algumas questões povoaram minha cabeça, dúvidas tolas, mas que me fizeram refletir, como:
>>Por que os jornalistas, quando do início do horário de verão, só entrevistam pessoas da zona sul do Rio de janeiro?
>>Por que todos os entrevistados afirmam que irão à praia?...

>>Por quer as entrevistas nunca são realizadas na população que viaja de trem?
>>Por que os jornalistas não fazem a pergunta sobre o horário de verão para àqueles que acordam às 4 horas da manhã, moram em localidades distantes de seus trabalhos?
>>Por que nenhum médico ou biólogo é chamado para explicar as consequências que esta, uma hora, causa no metabolismo humano?
Dúvidas apenas dúvidas!!!
Edison Borba

sábado, 15 de outubro de 2016

PEDAGOGIA>>> PROFESSORES


Pedagogia é a ciência que tem como objeto de estudo da educação, o processo de ensino aprendizagem, logo, é a ciência que analisa os personagens desse processo: os professores e os alunos.
Quem é o professor? Que tipo de pessoa se entrega a trilhar este tipo de profissão? Que características biopsicológicas deve ter os que se colocam à disposição de crianças, jovens e até de outros adultos como objetivo de fazê-los entender o mundo? Quem é esse ser qu...
e passa horas lendo, pesquisando, planejando, corrigindo, organizando, refletindo, buscando “falar” de forma diferente o mesmo assunto? Quem consegue com apenas dois olhos e dois ouvidos, ver e ouvir uma multidão de diferentes alunos e encontrar para cada um, uma explicação adequada? Aliás, adequar é um verbo que essas criaturas vivem a conjugar: adequar o conteúdo, adequar a aula, adequar a avaliação, adequar a sua vida particular para estar sempre pronto a ouvir e entender o pedido de cada aluno? Quem é esse ser que muitas vezes é mais do que professor, é pai, mãe, conselheiro e amigo? 

 Alunos, vê-los chegar é uma emoção e quando partem é comoção! Choramos de alegria e rezamos para que todos sejam felizes, e que as nossas aulas, zangas, sorrisos, provas, notas e tudo que fizemos possa ser útil para que realizem seus sonhos!
Aos jovens professores, aos que estão começando nesta profissão, posso afirmar que após 48 anos de vida profissional, não me arrependo de nada, continuo trabalhando e faria tudo outra vez!
Quanto à política educacional de nosso País, o Brasil, isto é outro assunto, que não merece ser tratado num dia tão lindo quanto o 15 de outubro.
Abraços aos colegas e aos meus alunos, espalhados por esse “mundo de meu Deus”, onde estiverem que sejam felizes!
 
Edison Borba (“seu” Edison)