terça-feira, 31 de março de 2020

RIMANDO NO ISOLAMENTO

(por) Edison Borba





Viajar é muito bom, conhecer novos caminhos
Beber de outros vinhos, saborear mil sabores
Conhecer outras paragens ver inúmeras paisagens
Mas, o melhor de uma viagem, é olhar para a passagem
E saber quando voltar!
****
Nossa casa, nosso ninho, tudo feito com carinho
Em cada canto nosso perfume, e não há maior encanto
De poder deitar na cama, abraçar os travesseiros
colocar o som na caixa e usar o próprio banheiro.
**** 
Nossa casa é refúgio é ninho é amor
Não importa se é palácio ou uma simples palafita
É nosso espaço, onde laços, guardam a nossa energia
Obrigado Senhor Deus, por me permitir viajar
Mas agradeço Senhor, pela oportunidade
De ir, me divertir e ter para onde voltar!



1º de abril - FATO

(por) Edison Borba


PARECE MENTIRA, MAS É VERDADE! AMIGOS!

O dia da mentira (1º de abril) surgiu na França, durante o reinado de Carlos 9º. Nessa época o ano  novo era comemorado em 25 de março, devido a chegada da primavera. Os festejos só terminavam no dia 1º de abril. Porém, o Papa Gregório 13, em 1562, instituiu um novo calendário para o mundo cristão, cujo ano novo caía em 1º de janeiro. O rei da França só seguiu o decreto do Papa dois anos depois, isto é, 1564. Os franceses que resistiram á mudança tinham que aguentar os gozadores que começaram ridicularizá-los, apelidando-os de "bobos de abril", para os quais enviavam presentes estranhos e convites para festas que não aconteciam. Essa brincadeira, migrou para a Inglaterra e depois espalhou-se pelo mundo.





ZUZU ANGEL

(por) Edison Borba





Zuzu Angel, Zuleika Angel Jones, foi uma estilista importante na história da moda brasileira. Durante a ditadura militar, seu filho Stuart Edgar Angel Jones, desapareceu. Ela, foi incansável na busca pelo seu menino que foi torturado e assassinado. Zuzu foi uma oponente incansável contra as arbitrariedades do governo militar, usando seus modelos (vestidos) para denunciar o que acontecia no Brasil durante os desfiles de moda. Seus modelos ostentavam bordados de canhões, anjos além de outros símbolos da violência. Zuzu morreu num suspeito acidente de carro em 1976.

OS 4 CAVALEIROS

(por) Edison Borba





Em tempos de guerra e de pandemia, o isolamento nos faz pensar. Dependendo de onde e como estamos, nossas reflexões variam. No Brasil, infelizmente, além da luta contra o coronavírus, a população vive o drama dos conflitos provenientes da nossa presidência. É constrangedor ver o nosso presidente a cada dia mais perdido. O mundo caminha numa direção e ele optou por caminhar opostamente. Entre tantas considerações (políticas, sociais e religiosas) ele passou a ser o centro das observações mundiais. E foi assim que eu cai em reflexão sobre ele e a sua família, em especial seus três filhos, cujos comportamentos se assemelham ao do pai. As mesmas loucuras e desmandos me levaram a pensar sobre os "Quatro Cavaleiros do Apocalipse", personagens descritos na terceira visão profética do Apóstolo João no livro bíblico de Revelação ou Apocalipse. Os quatro cavaleiros são peste, guerra, fome e morte. Eles surgem no céu montados em seus cavalos branco, vermelho, preto e amarelo para flagelar o mundo. 
É óbvio, que estou exagerando nas minhas reflexões. Meus devaneios em tempos de isolamento são inimagináveis, porém dadas as circunstâncias não é de todo inviável deixarmos nossa imaginação ir até o Planalto Central do Brasil e num momento de magia vermos os quatro cavaleiros sobre o nosso País.



NÃO FIZ NADA ....

(por) Edison Borba




Pensando ... pensando ... percebi que nada fiz
Chorei, mas me acalmei e decidi que depois da crise
Eu vou cumprir os meus desejos
É tudo o que eu almejo ...
Eu não escalei o Monte Everest
Eu não atravessei a nado o Canal da Mancha
Eu não corri a maratona de Berlim
Eu não visitei o Tibet
Eu não fui ao Pólo Norte
Eu não mergulhei nas águas da Foz do Iguaçu
Eu não cacei um tubarão
Oh!!! Meu irmão! Quanta desilusão!
Mas, assim que eu sair da quarentena
Não vou me segurar
Irei nadar no rio Nilo
E fazer tudo aquilo
Que eu deixei esperando
Vamos juntos meus amigos
Numa caravana legal
E vamos fazer um alegre carnaval!

segunda-feira, 30 de março de 2020

O REI DA VELA

(por) Edison Borba





Dina Sfat - 1967 - O rei da Vela


Em 1967, tive o prazer de assistir no Teatro João Caetano (RJ) a encenação da peça "O REI DA VELA". Texto de Oswald de Andrade, escrito em 1933, conta sob a ótica do autor como "funcionava" a sociedade brasileira.
Ao ser exibido em teatro, 30 anos após ser escrito, em plena ditadura militar, o espetáculo causou um forte impacto, tendo problemas com  a censura da época.


31 de março - FATOS

(por) Edison Borba





Ano: 1964 - Dia 31 de março - Fato: golpe militar no Brasil - Resultado: 21 anos de ditadura militar.
O golpe militar de 31 de março de 1964 foi o mais longo período de interrupção democrática que o Brasil passou durante a sua República. Batizado como "os anos de chumbo", esse período foi marcado pela cassação de direitos civis, censura à imprensa, repressão violenta das manifestações populares, assassinatos e torturas.



VERSEJANDO

(por) Edison Borba


O tempo vai passando
Escorrendo devagar
O tempo tem muito tempo
Só me cabe esperar
**********
Estou me sentindo sozinho
Triste e abandonado
Preciso muito de carinho
E de um abraço apertado.
**********
Pareço cachorro de pobre
Que caiu do caminhão da mudança
E corre atrás do veículo
Chorando igual a criança
**********
Em tempos de isolamento
É necessário esperar
Esperar pelo improvável
Que não sei quando virá!

FILHO DE PEIXE ....

(por) Edison Borba


Aproveitando o tempo que está sobrando, mergulhei na minha querida Genética e na arte teatral, que é também outro campo que me seduz. Ao analisar o alfabeto genético percebe-se o quanto ele é implacável. Filhas herdando de suas mães o talento da arte de representar, comprova que os genes são capazes de perpetuar importantes características da espécie humana. As famílias Montenegro e Lemertz  possuem uma genealogia na arte teatral que foi passada adiante. Fernanda Torres e Júlia Lemertz  herdaram de suas mães a capacidade de se transformarem em personagens e transformarem em verdade, histórias criadas por autores cuja imaginação está além da própria imaginação. Como “diz” um ditado popular: “filho de peixe, peixinho é”! Fernanda e Fernanda e Lilian e Júlia são duplas genéticas que não importa a ordem se é de mãe para filha ou de filha para mãe, o que realmente importa é o talento em dose dupla. A ribalta brasileira, não perderá o brilho, enquanto a bioquímica genética estiver em ação. Mulheres talentosas estarão nos palcos para nos deliciarem com comédias ou nos levarem às lágrimas pelas vias dramáticas. A magia que existe em Fernanda Torres e Júlia Lemertz é maior que a força da educação que elas receberam. O poder da criação que emana de seus trabalhos, nos faz admirar a inspiração que a escola não ensina. Não é brilho de estrela cadente, é arrepiante quando as vemos em cena, como uma melodia que não se interrompeu. Fernanda Montenegro e Lilian Lemertz estarão sempre nos palcos através de suas filhas que herdaram o brilho das mães, mas que os transformaram em suas próprias luzes! Essa reflexão pode ser aplicada agora em que as famílias estão reunidas, para que os papais e mamães observem seus filhos e tentem reconhecer em cada um deles o que de fato é herança biológica e o que é apenas fruto da educação.
Vamos praticar o ato da observação familiar?


NOSSOS HERÓIS

(por) Edison Borba



Muitos novos heróis estão surgindo durante essa pandemia. Entre eles vamos destacar os nossos amigos os motoboys, os motoqueiros, os entregadores, os meninos voadores que cruzam a cidade de norte à sul com seus capacetes na testa e enormes caixas na garupa de suas motos. Meninos, rapazes, homens trabalhadores que nem sempre são bem vistos e bem tratados pelos que usam os seus serviços. Acostumados a enfrentar o trânsito e o tráfego violento das cidades, eles muitas vezes, também enfrentam o desprezo e o preconceito dos que "usam" os seus serviços.
A esses trabalhadores que estão circulando pela cidade 24 horas por dia, e que nem sempre estão recebendo de seus patrões os devidos cuidados com a saúde, os meus cumprimentos. 
Obrigado!  Para vocês eu tiro o meu chapéu!

domingo, 29 de março de 2020

PINTANDO & BORDANDO

(por) Edison Borba



Quando eu era criança  pintava e bordava no quintal da minha casa
Empinando pipa, rodando pião, pulando amarelinha  
Jogando bafo - bafo para desvirar  figurinha
Cuidava do meu galinho garnizé - o rei do poleiro
Colecionava bugigangas, pulava corda e brincava de goleiro
O tempo passou e eu continuei a pintar e bordar
Na escola eu aprontava até aula eu cabulava
Peguei carona de bonde nos tempos do ginasial
No científico, no uniforme uma gravata
Eu me sentia um galã e vivia contando bravata
Ao terminar esse tempo, lá fui eu a trabalhar
Vendedor, comerciário até me tornar bancário
Durante o dia trabalho e à noite estudar
Ônibus cheio para chegar no batente
E para ir até a universidade enfrentava o da "Central"
O trem, Deodoro parador, lotado que nem sardinha
Que na lata se comprime, mas não perde o sabor
E foi assim que um dia meu diploma conquistei
Me tornei um professor para orgulho da família
Nunca fui de reclamar, meus colegas podem afirmar
Sempre cultivei a alegria e o companheirismo escolar
Estudava sem parar - gostava de ser bom aluno
E com honra me formar!
Me orgulho dos meus pais e de meus irmãos também
À Deus eu sempre agradeço pela sua proteção
Nunca perdi a fé de um dia poder ser, útil à minha querida Nação!

30 de março - FATOS

(por) Edison Borba



Sir. Willian Crookes

Alguns fatos científicos acontecidos num dia 30 de março de algum ano:

VAMOS MALHAR!

(por) Edison Borba



Se você não pode sair para correr
Vai a sua casa varrer!
Se você não pode ir malhar
Vá até a pia a sua louça lavar!
Se você não pode ir a academia
Pense na economia
Se você não pode ir nadar
Vá para a cozinha e aprenda a cozinhar
Se você está se lamentando de não poder ir comprar
Pegue seu telefone e vá buscar um amigo para ajudar
Vamos aos poucos aprender a brincar com a vida
Vamos buscar nos ajustar sem perder a alegria
Vamos repensar sem nostalgia o que podemos fazer
Em tempos de crise, de guerra e de pandemia
Nossa inteligência é testada
Nossa capacidade de mudança é avaliada
Nossa inspiração é estimulada
Tudo isso para que a nossa vida e a dos nossos parentes e amigos seja PRESERVADA! 

BRASIL / UNIVERSO

(por) Edison Borba



IÊDA VARGAS, do Rio Grande do Sul, foi eleita Miss Brasil 1963 e também escolhida como Miss UNIVERSO - Foi a primeira brasileira a conquistar esse título!

OS OUTROS!!!

(por) Edison Borba



Quando eu era criança pequena lá em Inhaúma, um dia ao chegar da escola, falei para a minha mãe que os "outros" meninos estavam copiando o "trabalho de casa" uns dos outros. Dona Zefa, com sua sabedoria perguntou-me: "E você? O que está pensando em fazer? Os outros são os outros ... E você?"
Naquele momento mamãe ensinou-me uma grande lição: pensar, refletir e analisar para depois decidir por mim (mesmo). Os outros são outros! Nesse momento de grandes desencontros de informações sobre a pandemia, esse fato da minha infância, se fez forte em minha cabeça. Creio que estamos precisando pensar por nossos próprios neurônios. Vamos usar tudo o que ouvimos. Pensar! Refletir! Chegarmos às nossas próprias conclusões e agirmos segundo àquilo que sentirmos ser o melhor para nós e a nossa família. Os outros? São outros ...

sábado, 28 de março de 2020

29 de março - FATO

(por) Edison Borba








No dia 29 de março de 1549, desembarca em nossas Terras a numerosa expedição do 1º Governador Geral, Tomé de Sousa, no Arraial do Pereira, na Bahia de Todos os Santos. Nela vieram  seis jesuítas, liderados pelo padre Manuel da Nóbrega,  o primeiro grupo da companhia de Jesus que chegava às Américas.





UMA "certa" ELEGÂNCIA

(por) Edison Borba



Quando eu era criança pequena lá em Inhaúma, apesar da nossa casa ser pequena e simples, na qual a cozinha - sala, ser coberta com telhas de zinco, meus pais trabalhadores, açougueiro e uma dona de casa lavadeira, mantinha -se uma "certa" elegância, que eu percebo nas minhas atuais atitudes atuais. "Se" arrumar para sentar à mesa das refeições. Comer devagar. Usar os talheres "certinhos". Saber conversar. Pedir permissão para se ausentar e esperar papai terminar para todos juntos comerem a sobremesa. Isso tudo acontecia com muita alegria. Mamãe sempre cantarolando Noel Rosa. Meu pai de camiseta branca, bigode bem aparado sempre contava um caso engraçado. Vovó, apesar dos passos vagarosos não deixava ninguém sem ser servido. Habituei-me a conviver com muitas pessoas da família, vizinhos e amigos. Meus pais eram pessoas agregadoras e não permitiam que ninguém ficasse sem uma refeição. Como eram elegantes e alegres os nossos domingos. A nossa mesa era de madeira (caixote), creio que tinha uns dois metros, que mamãe cobria com toalhas bordadas por ela. De cada lado um enorme banco. Nas cabeceiras as cadeiras, do meu pai de um lado e mamãe do outro. Vovó ficava à parte sempre caminhando. Ela gostava de comer após toda a família, que ela fazia questão de servir. 
Hoje, ao sentar-me à mesa, lembrei-me da elegância que havia no meu lar e, mais do que isso, havia muito amor, que chegava a transbordar dos nossos pratos para outros pratos com os quais partilhávamos nossas refeições.

Contando Histórias

VIVA A VIDA


(por) Edison Borba




Pra tudo tem conserto! 
O que não tem solução, solucionado está, não podemos reclamar
Se estamos sozinhos pensando no antigo amor, que horror!
Caia na gandaia, vá pra pista e nunca desista!
Se a sua “companhia” é complicada, descomplique, use um aplique
Compre roupa nova, esqueça a “parceria” e vá para a folia
Se sua vida está trancada no armário, abra a porta e deixe a luz entrar
Ninguém é tão perfeito, sem defeito! Ninguém poderá a primeira pedra atirar
Assim falou Jesus, o Mestre dos Mestres, para salvar Madalena
Curta a vida! Não se canse de olhar, admirar a natureza!
Que beleza! É tudo nosso: cachoeiras, rios, mares e montanhas 
Reúna amigos legais, aqueles que são positivos 
Os que gostem de música e de flores
Os que são uns amores, aqueles em que você acredita e faça a “fita”
Filme sua vida, detendo-se nos momentos felizes e publique-se!
Quando a tristeza quiser chegar e de você se apoderar
Espante-a com uma vassoura, spray de pimenta e saia da toca
Arrebenta na pista! Não desista de ser feliz!
Faça uma lista, só coisas boas, aquelas que estão ao seu redor
Leia mais, ouça música, dance, cante! Você já ouviu a sua voz?
Não? Então hoje no chuveiro, abra o berreiro, cante ópera e rebole!
Sambar, bolerar, tangar e suingar 
Esqueça o que vão dizer de você!
Deus nos criou para sermos felizes! Deus nos criou para amar!
Deus nos presenteou com uma linda natureza – veja quanta beleza!
Sorria! Cante! Ame! Ame sem restrições e viva!
E viva a vida!


SEMPRE HAVERÁ LUZ!

(por) Edison Borba



Sempre haverá uma ponte sobre rios de águas turbulentas
Sempre haverá um alento para um coração sedento
Sempre haverá mãos amigas para nos indicarem o caminho
Não devemos desesperar
Não devemos sentar e esperar
Não devemos pensar que não adianta lutar
Existe luz no fim do túnel
Existe amor nos corações
Existe sempre boas ações
As crises existem
As crises passam
As crises não persistem
Acreditemos que hoje é melhor que ontem
Acreditemos que temos amigos queridos
Acreditemos que o amor sempre vence
Vamos dar as mãos
Vamos ficar em comunhão
Vamos manter a nossa união!

MANDALA

(por) Edison Borba


Colorido com lápis de cor. 
Para passar o tempo em tempo de isolamento.

COM QUEM ESTÁ A RAZÃO?

(por) Edison Borba



Nesses tempos de crise de coronavírus, temos observado em vários países a luta pela "razão". Infelizmente, a disputa para levar o troféu da "razão" tem nos afastado do espírito de comunhão. Há os que defendem o isolamento e afirmam ser os donos da razão. Porém, os que se dizem preocupados com o equilíbrio financeiro da humanidade, juram que a "razão" está com eles. Afinal, com quem está com a razão?
Lamentavelmente, nos dois lados a vaidade e o egocentrismo estão gritando muito mais alto do que a humanização. Não há uma busca pelo equilíbrio saudável, onde os pratos da balança possam ficar equilibrados, como dizia a minha avó, o que está valendo é o  "farinha pouca meu pirão primeiro!"
Empresários, políticos, religiosos e outros "importantes" seres da comunidade mundial, querem marcar seus nomes na história, como os salvadores da pátria. Em momentos de crise não devemos buscar a razão e sim a comunhão. Sentar à mesa e dialogar sem gritar! Estamos todos no mesmo barco, precisamos nos prevenir contra o vírus e também garantir que a miséria, que já é um pesadelo terrestre, torne-se pior. Enquanto estivermos (NÓS TODOS) buscando a NOSSA PRÓPRIA razão estamos nos afastando de nos vermos como irmãos, como JESUS "tentou" nos ensinar!

sexta-feira, 27 de março de 2020

FATO - 28 de MARÇO

(por) Edison Borba



Entre os diversos acontecimentos ocorridos "num" 28 de março de algum ano, para nós brasileiros, o 28 de março de 2006, foi marcado por MARCOS PONTES, que nesse dia foi o primeiro brasileiro a viajar pelo espaço.


CINZAS (um pequeno conto)

(por) Edison Borba



A mesa que outrora fora coberta por lindas toalhas de renda branca, acumula poeira na sala da casa abandonada. Cortinas desbotadas tentam impedir a entrada da luz do sol. Os vidros embaçados das janelas colaboram nessa árdua tarefa de não deixar que a vida entre naquele ambiente.
Tapetes corroídos ainda guardam a imponência dos tempos em que sapatos elegantes deixavam marcas na sua maciez. Sofás de veludo manchados de bebidas derramadas no auge das festas, continuam a manter a sofisticação do passado.
Em todos os cantos pode-se perceber melancolia e tristeza. Apenas um relógio teima em continuar marcando horas que se perdem no vazio daquele casarão.
Quantas coisas aconteceram no amplo salão de jantar e outras tantas na biblioteca e nos quartos. Casais enamorados fizeram juras de amor eterno, na eternidade de uma noite. Taças de cristal tilintavam anunciando intermináveis brindes. Risos, gargalhadas, música, mistura de vozes e bebidas fizeram daquela residência um campo de concentração às avessas.
Nas noites de orgia, era possível sentir os perfumes femininos misturando-se ao cheiro de tabaco dos cigarros e cachimbos dos cavalheiros nem sempre tão cavalheiros. Alguns estavam mais para cavalariços, o que muito agradava as senhoras, que após algumas bebidas perdiam o pudor e deixavam brotar sentimentos selvagens.
Coisas passadas, passadas naquele local, se fazem presentes na cabeça daquele homem, trazendo para o presente àquilo que é passado.
Ele não sabe o que esperar do futuro, ainda está preso a todas aquelas “coisas” materiais e sensoriais que habitam seus sentimentos. Tem horror em pensar no seu destino, quando se desfizer daquele incrível mundo.
Seu corpo treme quando pensa que todos se foram. Está com medo e sozinho naquela sala. Cheio de horror; anda de um lado, para o outro. Sente o suor escorrendo pelo seu rosto. Olha para todos os objetos, preferindo ser um cego para não ver a morte que se apoderou de tudo que outrora fora tão vivo.
Pensa em cometer um assassinato.
Matar aquelas coisas passadas, romper laços, arrancar pela raiz, deixar sangrar. Não quer mais ferir seus olhos. Não podendo mais adiar, com um gesto rápido, riscou um fósforo. Em alguns segundos tudo virou cinzas!




Se eu Quiser Falar com Deus

FALAR COM DEUS

(por) Edison Borba



Nesse momento, 27 de março, 6ª feira, às 16 horas e 33 minutos, estou escrevendo e ouvido meu vizinho do terceiro andar, solando em seu violão "SE EU QUISER FALAR COM DEUS", música de grande sucesso na voz de Elis Regina e de Maria Rita. Aos poucos a letra foi se materializando em minha cabeça e percebi à quanto tempo que eu não falo com DEUS! Agora, aqui em minha casa, isolado dos meus amigos e família estou percebendo o quanto eu fui engolido pela sociedade. Há tempos que não conseguia estar a sós comigo! Ah! Vírus! Que horror ter que admitir quer você me obrigou a buscar novamente falar com DEUS.

DE QUE LADO (ainda) ESTAMOS?

(por) Edison Borba





Estou atônito! Estou perdido! 
Não sei se corro do cão ou me deixo ser mordido
Tem gente que manda ir. Outros dizem pra ficar
A quem devo obedecer para não me machucar?
Autoridades competentes falam coisas importantes
Outras autoridades estão consultando "videntes"
Jogaram búzios e tarô e continuam perdidas
Num oceano de intrigas onde o que está valendo
Sem dúvida, são seus cargos, seus empregos e mordomia
Tem eleição chegando e vencerá que conseguir
Convencer todo o povão, que além de lavar a mão na pia
Fez a escolha certa - a escolha de "SOFIA"
Quem vai viver ou quem irá padecer
Morrer de infecção ou de inanição
Salvar a economia e a pensão da minha tia
Ou deixar de lado os cuidados e ir em frente
Peito aberto!
Quem na verdade está certo?
Estou perdido meus amigos
Sou do grupo de risco e num piscar de olhos
Viro estatística! Vou parar no CTI!
Já passei dos 70 e não conto com ELES
Que também já são coroas, mas conseguem viver bem
Nos seus palácios numa BOA!
Longe de quem não é "ninguém"!
***** Meu Deus socorro!!!!!

HÁ QUANTO TEMPO!!!

(por) Edison Borba




Diante de tantas incertezas, medo e um amontoado de informações desencontradas. Diante de tantas mudanças acontecendo num pequeno espaço de tempo, corremos o risco de nos perdermos e caso isso aconteça, ficamos mais vulneráveis. E foi pensando assim que parei para tentar achar alguma "vantagem" nessa balbúrdia virótica que nos ameaça. Num piscar de olhos eis que me tornei "prisioneiro" em minha própria casa, mas ... será que eu posso de alguma forma tirar vantagem nisso? Há quanto tempo eu não aproveito os bens que acumulei dentro do meu lar? Há quantos dias e talvez até meses que eu não "curto" ficar com minha família (integralmente) e nesse momento poder percebê-los e me fazer conhecer. Há quantos anos eu não me deixo conversar com o porteiro do meu prédio, a "moça" que faz a faxina em minha casa, com o entregador de pizza que hoje é o meu anjo salvador. Eu, que sempre aleguei a falta de tempo, agora estou com ele (o tempo) em minhas mãos. E, uma das mais sérias questões: - há quanto tempo eu não fazia uma reflexão, uma oração, uma prece, uma comunhão com a minha religião e com Deus, que faz anos não ouve a minha voz agradecendo as belezas que tenho e a minha própria vida!

quinta-feira, 26 de março de 2020

27 de MARÇO

(por) Edison Borba






Em 1965, era inaugurada a Ponte Internacional da Amizade ligando a cidade de Foz do Iguaçu, no Brasil e Ciudad del Este, no Paraguai, passando sobre o rio Paraná.


AMOR AO PRÓXIMO


(por) Edison Borba





Jesus um dia falou:
Nem todos que falam meu nome
No reino do céu entrarão.
Nem os que fingem, viver sempre em oração
É preciso saber amar, respeitar os mandamentos
Não trair nem blasfemar contra seus ensinamentos
Por isso aceite um conselho, olhe-se num espelho
Encare-se, frente à frente, e jure solenemente
Aos mandamentos respeitar!
Amar seu próximo e amar a si próprio!
Somos todos obras Divina que devemos respeitar!

CAMINHONEIROS E SUAS FRASES

(por) Edison Borba





A sagacidade dos nossos amigos caminhoneiros pode ser observada enas frases escritas em seus caminhões. Vejamos algumas delas:

#Uma das funções do Espírito Santo é aumentar a distância entre o Rio e a Bahia.
#Um dia ela me disse..”Ou eu,ou o caminhão” Sinto saudades DELA…
#Vai-se o vento, leva-se o tempo.
#Velocidade controlada pelos buracos da estrada.
#Viajo no mundo, e passeio em casa!
#Viajo porque gosto, volto porque te amo.
#Vitamina de chofer é poeira.
#Você mora no meu coração e não paga aluguel.
#20 Buscar 100 demora 60 aqui e vamos embora.
# 3 eixos envenenados e 1 machão invocado.
#6 pneus cheios e 1 coração vazio.
# 70 me passar, passe 100 atrapalhar.
# 80ção 20buscar 100você, não sei viver!
# A cada curva que faço aumenta minha saudade.
#A calunia é como carvão: quando não queima, suja.

MELODIA DA VIDA

VAIDOSO? EU?

(por) Edison Borba


Quem perdeu? 
Eu? 
Você é que perdeu!
Perdeu quando me perdeu e se perdeu numa encruzilhada de sonhos, onde em nenhum havia o “eu”.
Você é que perdeu! 
Se perdeu ao procurar outro “eu”. 
Mas, esqueceu que “eu” sou único. 
Não há outro eu como eu.
Você me perdeu e se perdeu! 
Perdeu o que era seu, na busca de aventuras 
onde não estava eu.
Eu fiquei! Eu ganhei! Eu não me perdi! 
Eu continuo! Eu!
Eu? Vaidoso? Logo eu???

VAMOS RIR!!!

Sorria!
Ria!
Gargalhe!
Produza serotonina!
Aumente a sua imunidade!

AME A VIDA!

(por) Edison Borba




Abra as janelas do seu lar
Deixe a luz do sol entrar
Faça o ar circular e sorria
Sorria!
Hoje é um novo dia!
Não deixe a tristeza entrar! 
Faça orações e cante canções
Leia! Invente histórias
E todos esses "maus" dias
Um dia ... ficarão apenas
Na nossa memória!
Vive! Ame a vida!

quarta-feira, 25 de março de 2020

26 DE MARÇO

(por) Edison Borba



Dia 26 de março de 2020, o mundo vive sob o medo do coronavírus. porém em 26 de março de 1953, JONAS SALK anunciava sua vacina contra a poliomielite.
Até 1955, quando a vacina começou a ser administrada, a poliomielite era considerada o problema de saúde pública mais assustador do pós-guerra . As epidemias anuais eram cada vez mais devastadoras. A epidemia de 1952 foi o pior surto na história dos Estados Unidos. Dos quase 58 mil casos notificados naquele ano, 3.145 pessoas morreram e 21.269 ficaram com algum tipo de paralisia, sendo que a maioria das vítimas eram crianças. 



DRAMA

(por) Edison Borba




Havia uma rosa amarela
Que não se achava bela
Porque disseram “pra” ela
Que rosa tem que ser rosa
Para se sentir prosa
E a todos encantar
A triste rosa amarela
Se colocou a chorar
Querendo de cor mudar
Ela não percebeu
Que o tempo passou de repente
Ela começou a murchar
A pobre rosa amarela
Que realmente era bela
Morreu sem ter percebido
Que ela era tão bela
Com sua cor amarela!

DE OLHOS FECHADOS

(por) Edison Borba




No silêncio do meu quarto fecho os olhos e mergulho na minha escuridão
Como um cego eu tento alcançar o mais profundo do meu eu
Mantenho as luzes apagadas e os olhos cerrados para ter certeza de estar imerso no total escuro
Trêmulo, penso em não continuar por medo 
Sinto que não vou gostar do que eu vou encontrar
Quem sou verdadeiramente? 
Sempre vivi nas superfícies
Nunca mergulhei numa paixão e muito menos em um amor
Optei por caminhar sozinho, para não me ferir, não me magoar, não sentir dor
Luzes apagadas! 
Não vejo o caminho que não quero seguir
Trêmulo penso em parar, sinto que não pertenço a nenhum lugar
Sei que vou me ferir, vou me machucar, vou sangrar
Como posso me importar em machucar a pele, quando a minha alma dilacerada está
Estúpido sou, em apagar as luzes, quando estou contagiado, entediado e deprimido
Ironia, pura ironia apagar as luzes e fechar os olhos, numa infantil atitude
Que não mais me ilude! Estou perdido, sozinho num caminho sem flores
Porque só cultivei espinhos!



CINEMAS DO RIO DE JANEIRO


CINE METRO PASSEIO - NA RUA DO PASSEIO NO CENTRO DO RIO DE JANEIRO EM DIA DE CHUVA.
HAVIA TAMBÉM O CINE METRO TIJUCA E O CINE METRO COPACABANA

RUA 25 DE MARÇO

(por) Edison Borba






No dia 25 de março de 1865, era inaugurada em São Paulo, a Rua 25 de Março, considerada como o maior centro comercial da América Latina.







RODA PIÃO

(por) Edison Borba







Acordei, senti a vida, em meu sangue circular
Abri os olhos e vi, o mundo a me rodear
Levantei sai dançando, e me peguei a rodar
Circular, rodear e rodar – o mundo é uma bola
E a vida um rodopio, vamos rodopiar!!!

PALAVRAS ... PENSAMENTOS ao vento!

(por) Edison Borba



Sou professor! Há mais de 50 anos atuando em salas de aula, trabalhando com crianças, jovens e adultos sempre com o objetivo de levar para as classes o melhor do meu conhecimento. Tudo que fiz e ainda faço como profissional é pela melhoria da qualidade de vida do meu País. Brasileiro consciente, eleitor, militante das atividades sociais da minha cidade, creio que sempre busquei acertar. No contexto histórico, apendi que o povo, numa democracia, escolhe seus dirigentes para que eles, possam atuar em benefício de seus cidadãos. Leis, regras, direitos e deveres são organizados para que todos possam, respeitando certos parâmetros ter direito à tudo aquilo que deve ser seu por direito (sem esquecer os deveres). Infelizmente, ultrapassei a casa dos 70 anos sentindo-me absolutamente triste e sem perspectivas. Num momento de angústia universal, meu País, não me oferece tranquilidade para viver ou sobreviver. Aqueles que deveriam me amparar estão se degladiando numa arena de vaidades e egocentrismo. Diante de tanta loucura resolvi calar-me e esperar! Estou tendo a sensação que aos poucos, nós o povo trabalhador estamos sendo levados por uma nuvem de ódio que infelizmente acabará numa luta entre irmãos. Peço à Deus, proteja o meu País e o meu povo!