segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

UM DIA DIFERENTE!

Para os mais distraídos, devo lembrar que hoje é 29 de fevereiro, isto é, o dia extra que o nosso calendário recebe a cada quatro anos. O próximo só em 2020, portanto vamos abraçar os amigos que nasceram neste dia, eles estão há quatro anos esperando para poder comemorar.
Tenho mais de um amigo que nasceu neste dia extra, e eles estão sempre ouvindo as mais tolas brincadeiras: “você é feliz, só faz aniversário no ano bissexto” / “coitadinho, ano que vem você não receberá presentes”, e outras bobagens ditas por gente ....
Eu acho um “charme” nascer numa data diferente, ter no registro de nascimento um número que pode ser comparado a uma incógnita, ele resulta do somatório, das horas que sobram ao final de cada ano de 365 dias.
É diferenciado e interessante não pertencer à maioria, ter um diferencial, um estilo de aniversário, que pode ser comemorado com opções: 28 de fevereiro ou primeiro de março e aguardar e planejar a grande comemoração por quatro anos.
Ser diferente está na moda! Parabéns aos aniversariantes de hoje!
Abraços Edison Borba

domingo, 28 de fevereiro de 2016

EU ODEIO SHAKESPEARE!

Quando os veículos de comunicação informam a chegada da entrega do Oscar, os cinéfilos começam a se agitar na torcida por seus atores e atrizes preferidos e pelos filmes que segundo cada um, deverá levar a estatueta de ouro. Entre as diversas categorias essas, são as mais esperadas.
Junto com a esperança de ver o seu astro vencedor, outras situações também fazem parte desta festa, como: tapete vermelho, vestidos bizarros, sorrisos forçados, caras e bocas, lágrimas sinceras e outras nem tanto, cabelos engomados, decotes ousados, discursos emocionados outros inflamados e revoltados em defesa de alguma causa, jornalistas e comentaristas tentando transmitir a emoção deste grande espetáculo, geralmente comandado por algum famoso. Tudo isso e muito mais é colocado no grande caldeirão que é a festa da entrega do Oscar.
Foi exatamente em 1999, que este meu drama começou.  Naquele ano, nós brasileiros estávamos felizes e animados com a festa, o nosso filme Central do Brasil e a nossa grande estrela, Fernanda Montenegro, a Dama do Teatro Brasileiro estavam indicados para receber a famosa estatueta, que é o Oscar.
Mesmo sabendo das dificuldades que os sul americanos encontram na luta com os norte americanos, mesmo assim, havia muita esperança de vermos a nossa arte ser recompensada com o prêmio. No time feminino grandes nomes como Meryl Streep, Cate Blanchett e Emily Watson e a azarão Gwyneth Paltrow entraram em campo com a nossa querida Fernanda.
No momento em que foi lido o nome da vencedora, naquele momento “tomei” ódio por Shakespeare.
Edison Borba
 

sábado, 27 de fevereiro de 2016

AS COISAS BOAS DA VIDA???


Ontem dia 26 de fevereiro, sexta-feira, eu e mais cinco amigos (quatro mulheres e dois homens) saímos para um happy hour, num dos bares da Cobal do Humaitá. Entre chopes, sucos, guaranás e salgadinhos os celulares.

Não sei quantas vezes a conversa foi interrompida pelas variadas “musiquinhas” dos nossos aparelhinhos (incluindo o meu) tocaram. Assuntos sobre política, religião, literatura, esportes, cinema e também (não vou mentir) sobre à vida alheia não foram concluídos.
Entre às 20 e 23:30 horas, fomos atrapalhados por um ser minúsculo, feito de substâncias malignas cujo objetivo (algumas vezes) é atrapalhar, intervir, prejudicar, interromper e intervir nas amizades e até entre os amores de uma forma tão violenta e poderosa, que não conseguimos amordaça-lo por alguns minutos, para podermos usufruir da alegria que deveria ser o encontro de velhos e bons amigos. Uma das boas coisas da vida!
Ao pedirmos à conta, todos aparentemente frustrados e com cara de que o nosso encontro nada teve de “happy”, marcamos uma reunião, no mesmo local, para terminarmos os assuntos que ficaram pendentes. Porém, na próxima semana, todos se comprometeram de amordaçarem esse aparelho impertinente, que apesar de útil, precisa ser controlado por seus donos e não deixa-lo manter o controle sobre nós, os humanos, ditos racionais.
Até a próxima!
Edison Borba

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

CORAÇÃO NAVEGANTE

Muitas vezes senti-me como um barco perdido num imenso oceano de águas ora tranquilas, outras vezes turbulentas e eu um pequeno barco sem destino, sem nenhuma terra à vista e nenhum porto onde pudesse lançar âncora.
Momentos difíceis! Muitas vezes pensei que iria naufragar, afundar definitivamente nas águas escuras de algum oceano. Nestas horas, as lágrimas que rolavam de meus olhos eram outro oceano cujas águas brotavam da minha alma, do meu espírito, do mais íntimo do meu ser.
Nestas horas, a solidão tornava-se amiga de viagem. Descobri que muitas vezes temos que ser nossos próprios companheiros de jornada. É preciso que lancemos mão de todas as nossas forças e transformá-las em tábua de salvação.
Em cada um desses difíceis momentos, pensei que não suportaria tamanha dor e sofrimento. Algumas vezes pensava que afundar definitivamente seria o melhor que poderia me acontecer. Porém, alguma força, me puxava para cima e eu voltava a navegar em meu barquinho pelas águas tranquilas, perdido em pensamentos e aguardando por uma nova tormenta.
E foi durante uma tempestade de emoções, sofrimento e lágrimas que consegui encontrar em mim, uma centelha de esperança. Haviam colocado em minha alma ensinamentos que eu pensava estarem perdidos, pois já não me recordava de tê-los comigo.
A voz de anjo de minha mãe, aconselhando-me a pegar na mão de Jesus, que estiveram todo o tempo, nas mais difíceis tempestades esperando que eu as segurasse. Enquanto eu me debatia em sofrimentos, chorava e lamentava não conseguia ver que havia alguém que me protegia, aguardando apenas que eu o chamasse. Suas mãos sempre estiveram prontas para me acolher.
E foi neste dia, que consegui colocar meu coração navegante, em porto seguro. Finalmente ancorei meu barco em águas tranquilas.
Quando estamos perdidos em turbulências e conflitos, algumas vezes esquecemos que existe as mãos do grande Mestre Jesus, nos amparando e cuidando, esperando apenas que aproveitemos uma pequena centelha de luz para vê-las, senti-las e as segurar.
Não esqueçamos nunca desta lição!
Edison Borba

A REGRA DO RISO

Há tempos que a televisão não exibia uma novela tão engraçada como a Regra do Riso, isto é, A Regra do Jogo. Tenho me divertido pra valer com a história, que deveria ser de suspense mas transformou-se num pastelão.
Tem mocinho bobinho, tem bandido doente, que também é bonzinho, mas tem outros bandidos que são muito mas muitos maus, tem diversos sequestros (parei de contar no terceiro), tem casamentos desfeitos e malfeitos, lua de mel interrompida, família de desempregados na zona sul e muitos trabalhadores na favela, que aliás é um luxo. O morro da Macaca tem um dos mais altos IPTU da cidade.
A história transformou-se num caldeirão circense que ninguém mais sabe quem é quem. Tem favela moderníssima, com excelentes hotéis e restaurantes, tem barraco de luxo e tem barraco entre mulheres, e nesse quesito feminino, tem uma coleção de tipos difíceis de contar: mãe maluca e possessiva, as mandadas, as cozinheiras, as loucas, as traídas, as elegantes, as sofridas, as fugitivas, as bandidas, as sequestradas. Tem mulher apanhando, bandido apanhando e também batendo, fugas carro e de motocicleta, filho de bandido chorando, pai bandido sofrendo, bandido se regenerando e se arrependendo de ter se regenerado e voltando a ser bandido para voltar a se regenerar.
Tem prisão aberta onde todo mundo entra e sai a qualquer hora do dia e da noite. Tem mansão, tem casa no subúrbio tem de tudo para fazer o telespectador rir, mas rir muito.
Não quero criticar a novela nem os atores que estão desempenhando seus papéis da melhor forma possível, conseguindo transformar em comédia o que poderia ser uma tragédia.
Para quem está buscando divertimento, comédia circense, é só ligar a televisão e assistir a Regra do Riso, isto é, do Jogo.
Edison Borba

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

O QUE ACONTECEU COM A GENTE?


Quando eu era criança, nos anos cinquenta, no bairro em que eu morava, Inhaúma, no subúrbio do Rio de Janeiro, só havia um Posto de Saúde, onde trabalha um médico clínico geral e um dentista, conhecido como Dr. Fortes.
Para problemas mais complexos, tínhamos que nos deslocar de bonde, até o bairro Méier, para consultar o Dr. Vater B. Moreira, médico da minha família e de vários dos nossos vizinhos.
A maioria dos problemas eram resolvidos em casa ou então através dos conselhos e benzeduras de Dona Maria, a rezadeira.
Haviam os chás, os unguentos, as pomadas, as garrafadas, as xaropadas feitos em casa de forma artesanal usando folhas de babosa, agrião, mel de abelhas, açúcar queimado, leite, saião, manjericão, arruda e outros produtos, muitos deles plantados nos quintais das casas.
Dona Maria, era parteira, conselheira e capaz de resolver diversos problemas, como ventre virado, espinhela caída, mau olhado, nervo torcido, cobreiro entre outros males.
As mães, incluindo a minha, mantinham os filhos sob cuidados sérios, incluindo o uso de Óleo de Fígado de Bacalhau (Emulsão de Scott), uma colher bem cheia antes das refeições. Uma vez por ano, geralmente no período das férias escolares, todas as crianças eram submetidas ao óleo de rícino, para limpar o organismo.
Havia cuidados para com o sereno da noite, fazendo com que várias crianças tivessem que usar uma boina (eu era uma delas).
Quando a puberdade se anunciava, as garrafadas eram a medicação usada, para fortalecer a meninada. Eram complexas misturas de ervas que colocadas em uma vasilha maturavam por dias, depois maceradas e coadas, obtendo-se a um “líquido” que era misturado ao leite.
Criança não escolhia a comida, que era colocada nos pratos que deveriam ficar vazios. Carne, ovos, massas, agrião, batata, couve, quiabo e muito mais produtos adquiridos nas feiras. Sobremesa: banana, laranja ou outra fruta da época. Aos domingos, refresco de groselha era servido no almoço.
Nas escolas da rede pública municipal, haviam constantes visitas de um ônibus com dentistas e também para fazer “chapa” dos pulmões dos alunos. Lembro bem dos profissionais de saúde e das turmas, acompanhadas das professoras, em fila caminhando para os exames.
Havia horário para acordar, dormir, brincar, fazer o “dever da escola” e ajudar nas tarefas da casa. Nós participávamos dos cuidados domésticos, colaborando com nossa mãe.
Não recordo de meus irmãos ou meus amigos doentes gravemente, tomávamos as vacinas da época entre elas a da varíola, na época escolar. Todos passaram pelo sarampo, catapora, coqueluche entre outras doenças consideradas comuns na infância.
Naquela época, criança era criança, tratada como criança!
O que aconteceu com a gente?
Edison Borba

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

OS TONS DA AMIZADE

.Amigo e amizade são termos que andam juntos. Mais do que palavras são ações, isto é, uma pessoa tem para com a outra a ação da amizade, e a recíproca tem que ser verdadeira. Nada as obriga a exercer essa função. É opção dos corações. E assim caminha a humanidade. Conquistamos amigos diariamente e depositamos neles confiança, amor, lealdade, carinho, isto é, construímos a amizade.

A amizade é irmã do amor. Existem amantes amigos e amigos que se tornam amantes. Mas existem amigos que se amam e não são amantes e também é possível existir amantes que não são amigos.

É interessante viajar nesse tema, e procurar fazer as mais diversas combinações entre amigos, amizades e amores. A única palavra que não cabe nesse jogo é traição. Amigos verdadeiros não traem a confiança do seu parceiro ou parceira. Não significa que entre amigos não haja discordâncias. Aliás, amigos verdadeiros discordam, brigam, apontam erros, trocam elogios, falam aquelas “verdades” que não gostamos de ouvir, porém não traem nunca.

A traição é uma atitude absolutamente contrária a manutenção de uma amizade ela é  Irmã da mentira; a traição quebra o vínculo, destrói a relação, é como um vaso de cristal, quando fica arranhado perde o valor.

A distância não destrói a amizade, no coração, de quem fica ou de quem parte, permanece a essência dos encontros.

Não existe “meio” amigo, amizade é sempre por inteiro. É preciso mergulhar de cabeça e de peito aberto sem camuflagens, a autenticidade é a marca das amizades. Eu não concordo quando ouço o termo “amizade verdadeira”. Se não é verdadeira, logo não é amizade, portanto amizade é puramente amizade.

É triste, quando se perde um amigo. É uma imensa dor, impossível de descrever. Quando a perda é pela morte, o sofrimento é dilacerante, porém, a amizade irá permanecer pela eternidade guardada na saudade. Quando um amigo viaja, também dói no peito, mas sabemos onde encontrá-lo, e quem sabe um dia haverá um reencontro e um grande abraço para relembrar bons momentos. Porém, quando se perde um amigo, pela traição, a dor é indescritível. Não é apenas a perda de uma pessoa com quem mantínhamos contato, é a perda de um sentimento. O que fazer com a amizade que não foi correspondida? O que fazer com as sete chaves que mantinham aquele amigo trancado em nosso coração? O que fazer?

Trair amizade talvez seja mais terrível do que traições conjugais. Para estas, às vezes aparecem desculpas, que envolvem a busca de uma aventura. Mas, trair um amigo é destruir um sentimento, construído sem papéis, cartórios e interesses.

Amigos ficam juntos por opção, ouvindo apenas a voz do coração.

Edison Borba

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

A VIDA COMO ELA É NO CEJK

Hoje vamos falar, da vida como ela é
Não se trata de romance, muito menos de cinema
É uma questão biológica, o que trata esse tema

A Biologia estuda todos os seres vivos,
Sem nenhuma distinção e preconceito, jamais
É a Ciência da vida trabalhando para o bem
Estudando desde os vírus ao organismo dos homens

Fala de protozoários e de outros seres também
Analisa as células: membrana, citoplasma e núcleo
Estuda nossa   herança, mas não a financeira
Aquela que vem nos genes, no DNA, a verdadeira
Ensina a cuidar do meio e do nosso ambiente
Ter bastante higiene para não ficar doente
Quem faz isso lá no Júlia, são nobres professores
Estudiosos das leis, que regem nosso universo

Para eles eu dedico, humildemente este, verso
Que faço com amor, e sentindo o privilégio
De ser deles, companheiro no JK, o Colégio
Claudia Sordillo e João,  Rosane  e o Mário Sérgio
Uma equipe competente que cuida desta matéria
São professores biólogos, que desvendam o mistério

Das mitoses e meioses, dos cromossomos também
Informam e alertam, sobre a dengue e a malária
E muito mais eles fazem, pois são mestres dedicados
Não se negam a responder qualquer que seja o assunto
Analisam e debatem, fazem até experimentos
Estão sempre atentos, a tudo que acontece
Para que cada aluno, possa entender pra valer
De como é lindo viver, num planeta bem cuidado

Claudia, João, Rosane e Mário Sérgio
Obrigado companheiros pelo trabalho tão sério
Vocês são orgulho para todo o magistério!

Edison Borba

 

QUEM É ESSA MULHER?

Há tempos venho escrevendo sobre a nossa Presidente, foram tantas as vezes que já perdi a conta. No primeiro momento do seu antigo mandato, mesmo não tendo sido seu eleitor, senti orgulho das mulheres brasileiras. Pela primeira vez em nossa História o feminino estaria no mais algo lugar do País.
Infelizmente, após os primeiros meses, a situação já de apresentava estranha, a sua primeira ação foi mudar a nossa língua, inventando que ela seria Presidenta. Mesmo com os protesto dos Mestres da Gramática, dos conhecedores da Língua Pátria, ela nomeou-se a primeira Presidenta. A partir deste momento começava a complicação, até hoje, em seu segundo mandato as duas correntes existem os da ENTA e os ENTE. Quem é ela afinal: Presidente ou Presidenta?
Outra situação completamente sem sentido para uma Pátria de cores verde e amarelo, é a Senhora Dilma vestir-se quase sempre de vermelho. A quem ela estaria representando? Um País ou um partido? Novamente senti que o caminho da Senhora Presidente tornava-se cada vez mais confuso. Como cidadão, idoso, que já viu passar pelo governo diversos tipos humanos e alguns bem desumanos, fiquei observando o que ela fazia.
Nomeia ministro, tira ministro, numa dança das cadeiras, que no dia 17 de agosto de 2011, uma quarta-feira, eu publiquei uma crônica chamada “Cartomante”, em meu livro, “Complexo de Viúva”. Na época haviam caído o dos transportes, agricultura e o da defesa em menos de oito meses de governo.
Entre erros e acertos lá se foram quatro anos de governo. Creio, que se ela não tivesse sido teleguiada para conseguir um segundo mandato, tínhamos guardado uma imagem razoável da primeira mulher Presidente do Brasil.
Porém, a vaidade e a ganância associadas ao maus conselheiros a fizeram concorrer a um novo mandato. Construiu uma campanha sobre mentiras e conseguiu continuar sentada no trono real. À medida que no ano de 2015 começaram a vir à tona as controvérsias entre discurso de campanha e realidade, seu governo entrou em queda.
Desde janeiro de 2015, o País mergulhou de cabeça num abismo sem fim. A cada aparição em público um vexame. Erros de concordância verbal e gramatical, frases desconexas, afirmações sem sentido além de estar perdida na logística do governo. O Brasil acorda com a inflação cada dia mais alta, o desemprego batendo na porta dos trabalhadores, problemas se acumulando em todo o território nacional, e a Senhora Dilma cada dia mais dependente de assessores internos e externos que a aconselham (???!!!). Quem está, realmente governando o Brasil?
Choro quando acordo e ouço os noticiários mostrando que a cada dia o País cai num abismo, enquanto os senadores e deputados, numa total irresponsabilidade e desrespeito ao povo discutem a “morte da bezerra”, e a Presidente perdida na confusão já não sabe o que está fazendo.
Tenho pena da Presidente ou será Presidenta (eu mesmo já nem sei) e raiva de mim! Mesmo não sendo seu eleitor, cheguei a acreditar que uma mulher no governo seria como “colinho de  mãe” onde sempre podemos encontrar apoio e carinho.
Afinal, quem é essa mulher?
Edison Borba

domingo, 21 de fevereiro de 2016

UNIVERSO FEMININO

A letra A, lembra Ana
E o B, a Beatriz, e não
esqueçamos Bethânia
Do Caetano irmã,
cujo nome tem o C
Que pertence a Carolina
A moça da janela, que viu
o tempo passar

O D é Daniela e também
pode ser Dora
Com E se escreve Eva, que foi a primeira mulher
Filomena é com F
E o G, é da Gertrudes
Mas também de Gabriela, uma morena fogosa
Do romance do Amado, o Jorge, que a fez famosa

O H é das Helenas, mulheres interessantes
Geralmente são tranquilas e até equilibradas
E também boas amantes
Irene se escreve com I,
J de Janaína e de Jurema também
São belas caboclas morenas
Que gostam das águas do mar
Mas também podem ficar
Em lagoas de águas limpas
Onde preferem nadar

K é Karoline, que ficou sofisticada
L de Luísa, Leila, Lurdes e Lenira
E muitas outras mulheres
Como Laura e Leonor
A seguir vêm as Marias
São muitas as mães de Jesus
São de Fátima e do Carmo
Auxiliadoras também.

Nair, Neuza e Nalva
É um grupo sem igual
Incluindo a Natalina
Que nasceu bem no Natal.

O é de Osvaldina, Odalice e Odaléa,
Depois vem a Paulina, Patricia e  Paola
Quirina e Querubina são difíceis de ser encontrar

Lá vem a Rita, bonita
Com seu cabelo enrolado
Usando um laço de fita
Encontrar seu namorado

Sueli, Suelen e Sarah
Mulheres fortes, atrevidas
Capazes de grande paixão
Cuidado, muito cuidado
Elas roubam coração

Teresa, que é da praia
Como fala uma canção
Prefere ficar sozinha
E não ser de ninguém, não

Úrsula, apareceu no cinema
Ao lado de James Bond
As Veras são famosas
As Vanessas delicadas
Viridianas teimosas
A Verônica amorosa
Conta a Bíblica História,
Que, num belo gesto de amor
O rosto de Jesus enxugou

Walquíria, das cavalgadas
Inspirou um alemão
Wagner, o compositor

Caminhando pela rua
No meio da multidão
Encontramos três irmãs
Xênia, Ximena e Xiana
Moças interessantes
De uma família cigana

Yolanda, amor de Chico
O Buarque de Holanda
E finalmente chegamos

A letra Z da Zuleica,
Da Zezé e da Zulmira
Que estavam esperando
Um poeta inspirado
Para seus nomes louvar

Expressar amor eterno
Pelo mundo feminino
Por brasileiras guerreiras
E de todo o universo

Acredito firmemente
Que não há poeta sutil
Que não encontre em seu peito
Uma forma de compor,
Poemas e quem sabe um Hino
Para louvar a importância
Da maravilha que é,

O universo FEMININO!

Edison Borba

 

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

LAMA VERMELHA - O LIVRO


AUTOR: EDISON BORBA




Este livro nasceu da perplexidade que o povo brasileiro sentiu, diante do desastre com a barragem de detritos que cobriu, com uma lama vermelha, povoados pertencentes à cidade de Mariana, no estado de Minas Gerais.
Um acidente ecológico sem precedentes, ocasionado pela falta de seriedade em assuntos que envolvem saúde e segurança de um povo.
Bastou um segundo para que um mar vermelho de lama tóxica cobrisse um pequeno povoado, destruindo lares, sonhos, histórias, pessoas e toda espécie de vida que existia no local. Uma tragédia anunciada, provocada pela ganância, dos homens e mulheres que ocupam o poder.
Assim como Castro Alves, usou da poesia para chamar a atenção do mundo para o escândalo da escravidão, em Lama Vermelha, o uso da poesia tem a mesma finalidade, denunciar, clamar, tocar
no coração de cada um dos leitores, sensibilizando, emocionando e provocando para que algum tipo de reação possa surgir da leitura dos poemas contidos neste livro.

PARA ADQUIRIR UM EXEMPLAR DO LIVRO, FAÇA CONTATO COM A EDITORA PELO SITE:
www.podeditora.com.br
PREÇO: CR$17,00 (dezessete reais)

Sobre o Autor:
Edison Borba, é ariano nascido em 15 de abril, num sábado, quinze minutos antes do meio dia. Possui características acentuadas do seu signo. É um homem impulsivo, inquieto, polêmico, mandão e impaciente. Porém, também sabe ser solidário, motivador, prestativo, perseverante, corajoso e independente.
Provavelmente, foram estas características que o impulsionaram a seguir vários caminhos em sua vida, sendo um deles, o de escritor. Nesta condição, tem um trabalho independente, através do qual já publicou os livros: DOIS EM CRISE, VARRENDO A CASA, PELE (poemas), COMPLEXO DE VIÚVA, ARVOREDOS (poemas), ALMA FEMININA e POEIRA (poemas).

Em sua cabeça fervilham pensamentos múltiplos, o que nos leva a acreditar que ele ainda tem muito para nos apresentar.

Desde o lançamento de seu primeiro livro, Edison já distribuiu gratuitamente mais de mil livros. Ele faz questão de priorizar que suas obras cheguem às mãos de pessoas que não possuem o hábito de leitura. Gente simples, que não são frequentadoras de livrarias e bibliotecas.
 
Ao comprar um exemplar de LAMA VERMELHA, você estará colaborando para que mais pessoas possam receber este livro gratuitamente.
 
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APENAS DEZ MINUTOS

Não vou comentar os problemas com mosquitos, apesar de fazer a minha parte, para não permitir a proliferação deles em nossa cidade. A questão é mais pessoal, que podemos resumir em uma pergunta: - Você se lembra da última vez que conseguiu ficar em total silêncio? Sem toque de campainha, tilintar de telefone, nem música de celular?
Nossos dias estão repletos de ruídos, que parecem intermináveis: buzinas de carros, sirenes de bombeiros e ambulâncias entre outros ruídos que tiram de nossa vida possibilidade de estar e ficar em silêncio por alguns minutos.
O acelerado ritmo imposto pela vida moderna impede qualquer forma de relaxamento, nos afastando de nós mesmos, que não encontramos espaço e nem paz para uma reflexão.
Computadores ligados, e-mails para responder, face, Google, televisão e tantos “encantos” que tiram de nós a possibilidade de buscar o equilíbrio, tão essencial para a nossa saúde física e mental.
Poucas pessoas sabem que dez minutos por dia, desligado dos ruídos, pelo menos daqueles que nós mesmos manuseamos, favorece o equilíbrio, a organização das ideias, o autocontrole e a sobrevivência.
Vamos nos permitir esse presente! Vamos silenciar nossos bocas e relaxar nossos ouvidos, deixando-os em recuperação das suas funções, se possível também os olhos, fechando-os nesse período de apenas dez minutos, que nos trarão muitas horas de benefício.
Vamos tentar?

Edison Borba

A NORMA CULTA NO CEJK

Camões, Buarque, Graciliano e Veríssimo

Gramática, Literatura e também muita leitura

Para ser um professor, do tipo alfabetizador

Há que se ler muitos livros escritos por vários autores

Saber conjugar os verbos e não errar na gramática

Ter uma letra bem feita e organização escolar

Para depois de formado, as crianças ensinar

No preparo das lições professores competentes

Gente preocupada em boas aulas ministrar

Vários se aposentaram, seus nomes vamos citar

Sônia e Mariza, Nídia e João, Delminda e Jucá

Léa e Tereza Reis, deixaram de lecionar

O Francisco, grande amigo, foi para outra escola

Ensinar Literatura, verbos e gramática também

Estimula os alunos através da redação

Mas a Carmem escritora, trabalha na Direção

Formando com Sheila e Cida um trio campeão

Ensinando Português, a Língua de Camões

Outros mestres, se destacam, gente boa com certeza

No ensino da nossa língua, a Língua Portuguesa!

Márcia, Lúcia  Rezende e a Mattos, que também é Lúcia

Três guerreiras, sim senhor, lutam pela Língua Pátria

Com garra e muito amor.

Além de gramática, e conjugação verbal,

Acontece todo ano, no CEJK,  um belo Festival

É poesia cantada, falada e recitada

Bandeira, o Manoel, Drummond e Gonçalves Dias

Cazuza, Tom Jobim e Vinicius de Morais

Porém, os destaques são para os alunos do Júlia

Os jovens poetas do povo, que mostram com fervor

Que poeta não tem idade, mas tem que ter muito amor

Parabéns aos professores do CE - JK

Gente forte, gente unida, que luta

Trabalha e batalha, para o Brasil melhorar

Ser uma Pátria mais justa, que respeita o cidadão

Ter mais ética na política e menos corrupção

E investir seriamente numa boa educação.

Edison Borba

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

ONDE ESTÁ A INSPIRAÇÃO?

Já passa da meia noite e eu ainda não consegui inspiração para escrever. Nada aparece em minha cabeça, ou quando surge, escapa num piscar de olhos. Pensei em poemas, rimar paixão com sedução, mas, “cadê” a inspiração?

Juntar amor e dor? Essa união sempre é uma boa solução. Desamor, amor e dor. Posso colocar uma pitada de pavor para reforçar a dor. Torná-la mais sofrida mais doída, mas a inspiração foi perdida!

Mudando o rumo da prosa, é melhor buscar uma solução na natureza, nas flores, nos odores e nas cores. Vou falar das rosas, margaridas, hortênsias e tulipas e resolver a questão. As flores dos apaixonados e embriagados de amor, me ajudarão a escrever mais um texto. Mas nem com esse pretexto, consigo fazer minha inspiração voltar. Já estou quase a gritar!

Que loucura! As horas passando e eu aqui diante do computador, sofrendo, suando, imaginando algo para desenvolver numa página. Poema ou até um versinho, qualquer coisa vale a pena. Nada! Nada me vem à mente e a inspiração sai na minha transpiração.

Talvez o noticiário possa ser a fonte da criação. Notas, notícias, informes até anúncios de preços de eletrodomésticos poderão ser um caminho para o meu impasse. Li e reli de “montão” tudo que o que foi publicado, mas quanto à inspiração eu continuo empacado.

Descobri a solução, empacar é coisa de bicho, e de animal eu entendo. Vamos apelar para as venenosas cobras e aranhas peçonhentas, construir versos difíceis, rimando peçonha com vergonha ou veneno com ameno. Mas, ainda não consegui a inspiração encontrar, as cobras não foram o caminho, é melhor mudar de bichos e procurar nos gatinhos e também nos cachorrinhos, e fazer um versinho daqueles bem bonitinhos (mas também muito chatinhos). Pensei! Pensei em cachorros, gatos e até em passarinhos, mas a inspiração não “deu as caras” nem sequer saiu do ninho.

Já amanhece o dia e minhas olheiras demonstram o meu cansaço. O sono me deixa tonto e inspiração não encontro.

Olha para o sofá e vejo as almofadas me chamando para seus braços. Me jogo de corpo e alma naquela macia e improvisada cama. Adormeço para com estrelas sonhar e dessa forma tranquila minha inspiração encontrar.

O ontem já é hoje, quem sabe, quando o hoje que era ontem em amanhã se transformar, eu consiga me inspirar?

Edison Borba

“ALEGREI-ME!!!”


Hoje, dia 16 de fevereiro, ao passar pela esquina da rua Marques com Voluntários da Pátria, no Humaitá, sentado sobre tijolos e sacos de cimento entre outros materiais de construção de uma loja local, o Senhor Paulo: eletricista, pedreiro, ladrilheiro (um faz tudo aqui do bairro), lia distraidamente o livro LAMA VERMELHA, de minha autoria.
Passava do meio dia e o calor estava forte. Parei e fiquei algum tempo olhando-o e admirando a bela cena. Confesso que algumas lágrimas tentaram sair dos meus olhos, eu segurei a emoção e o cumprimentei com alegria. “Seu” Pedro, sorrindo fez sinal de positivo, e respondeu meus cumprimentos acrescentando: professor legal seu livro!
ALEGREI-ME!!!
Sai rápido do local e deixei as lágrimas deslizarem pelo meu rosto!
Agradeci a Deus, por ter permitido, que através das minhas mãos, Paulo o eletricista entre outros homens e mulheres, que não frequentam livrarias nem bibliotecas e não acessam o Google, possam viajar pelo mágico mundo da leitura.
Obrigado Senhor!
Edison Borba

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

AQUI (fica a saudade)


AQUI (fica a saudade)

Quero ficar nos pensamentos
Quero sonhar que estarei nas lembranças
Quero sentir-me sempre presente

“Aqui” nos corações e também nas recordações

Quero deixar rastros, pegadas e digitais
Gravar o som da minha voz em todos espaços
Quero estar “aqui”, mesmo quando sair, fugir, for levado

Não quero ser apagado, nem abandonado num labirinto

Quero existir, num melancólico fim de tarde
Ou no esplendor do amanhecer
Também no barulho da chuva e no sussurrar do vento

Quero chegar de mansinho numa saudade doída de um não sei que
Que invade a alma da gente ...
Quero chegar na surdina das madrugadas de insônia
Invadir os corações, provocar visões e alucinações
Quero sempre voltar “aqui”!

Não quero ser esquecido como foto na gaveta
Quero que seja impossível conviver com minha ausência
Quero continuar presente, na certeza do “aqui”
Na mesa posta para o jantar, no suave perfume das flores

Quero estar na lágrima que certamente nas faces deslizará

Nas lembranças do que um dia foi matéria, fez história
Foi humano, cidadão, teve corpo definido e foi até reconhecido

Agora não tenho “forma” e quando adquiro “forma” é um espectro
Que se “forma”, visto apenas por insanos, por loucos e maltrapilhos!
Que, por não serem aceitos pela sociedade “normal”,
Conseguem entrar no astral, do que eu sou “aqui” agora!

Edison Borba