sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

CORAÇÃO NAVEGANTE

Muitas vezes senti-me como um barco perdido num imenso oceano de águas ora tranquilas, outras vezes turbulentas e eu um pequeno barco sem destino, sem nenhuma terra à vista e nenhum porto onde pudesse lançar âncora.
Momentos difíceis! Muitas vezes pensei que iria naufragar, afundar definitivamente nas águas escuras de algum oceano. Nestas horas, as lágrimas que rolavam de meus olhos eram outro oceano cujas águas brotavam da minha alma, do meu espírito, do mais íntimo do meu ser.
Nestas horas, a solidão tornava-se amiga de viagem. Descobri que muitas vezes temos que ser nossos próprios companheiros de jornada. É preciso que lancemos mão de todas as nossas forças e transformá-las em tábua de salvação.
Em cada um desses difíceis momentos, pensei que não suportaria tamanha dor e sofrimento. Algumas vezes pensava que afundar definitivamente seria o melhor que poderia me acontecer. Porém, alguma força, me puxava para cima e eu voltava a navegar em meu barquinho pelas águas tranquilas, perdido em pensamentos e aguardando por uma nova tormenta.
E foi durante uma tempestade de emoções, sofrimento e lágrimas que consegui encontrar em mim, uma centelha de esperança. Haviam colocado em minha alma ensinamentos que eu pensava estarem perdidos, pois já não me recordava de tê-los comigo.
A voz de anjo de minha mãe, aconselhando-me a pegar na mão de Jesus, que estiveram todo o tempo, nas mais difíceis tempestades esperando que eu as segurasse. Enquanto eu me debatia em sofrimentos, chorava e lamentava não conseguia ver que havia alguém que me protegia, aguardando apenas que eu o chamasse. Suas mãos sempre estiveram prontas para me acolher.
E foi neste dia, que consegui colocar meu coração navegante, em porto seguro. Finalmente ancorei meu barco em águas tranquilas.
Quando estamos perdidos em turbulências e conflitos, algumas vezes esquecemos que existe as mãos do grande Mestre Jesus, nos amparando e cuidando, esperando apenas que aproveitemos uma pequena centelha de luz para vê-las, senti-las e as segurar.
Não esqueçamos nunca desta lição!
Edison Borba

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