sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

A REGRA DO RISO

Há tempos que a televisão não exibia uma novela tão engraçada como a Regra do Riso, isto é, A Regra do Jogo. Tenho me divertido pra valer com a história, que deveria ser de suspense mas transformou-se num pastelão.
Tem mocinho bobinho, tem bandido doente, que também é bonzinho, mas tem outros bandidos que são muito mas muitos maus, tem diversos sequestros (parei de contar no terceiro), tem casamentos desfeitos e malfeitos, lua de mel interrompida, família de desempregados na zona sul e muitos trabalhadores na favela, que aliás é um luxo. O morro da Macaca tem um dos mais altos IPTU da cidade.
A história transformou-se num caldeirão circense que ninguém mais sabe quem é quem. Tem favela moderníssima, com excelentes hotéis e restaurantes, tem barraco de luxo e tem barraco entre mulheres, e nesse quesito feminino, tem uma coleção de tipos difíceis de contar: mãe maluca e possessiva, as mandadas, as cozinheiras, as loucas, as traídas, as elegantes, as sofridas, as fugitivas, as bandidas, as sequestradas. Tem mulher apanhando, bandido apanhando e também batendo, fugas carro e de motocicleta, filho de bandido chorando, pai bandido sofrendo, bandido se regenerando e se arrependendo de ter se regenerado e voltando a ser bandido para voltar a se regenerar.
Tem prisão aberta onde todo mundo entra e sai a qualquer hora do dia e da noite. Tem mansão, tem casa no subúrbio tem de tudo para fazer o telespectador rir, mas rir muito.
Não quero criticar a novela nem os atores que estão desempenhando seus papéis da melhor forma possível, conseguindo transformar em comédia o que poderia ser uma tragédia.
Para quem está buscando divertimento, comédia circense, é só ligar a televisão e assistir a Regra do Riso, isto é, do Jogo.
Edison Borba

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