quarta-feira, 30 de abril de 2014

O RAP DA BANANA

Já comi minha banana
Uma fruta sem igual
É gostosa madurinha
Seja ela como for
A prata, amarelinha
A de ouro é pequenina
Tem também outras bananas
Cada qual com seu sabor
Porém o mais importante
É que ela é conhecida
Como a fruta do amor.
Quem come banana meu povo
Tem saúde garantida
Fica feliz e sorrindo
E a ninguém sai agredindo
Banana  enriquece a mente
E nos faz inteligente
Quem a come todo dia
Jamais terá preconceito
Somente terá conceitos
De moral e bem viver
Será ético e honrado
Nunca será babaca
Nem também será macaco
Nem tampouco uma macaca
Animais muito queridos
Que vivem sempre unidos
Mostrando inteligência
Ficam em grupos, se ajudam.
Não fazem como pessoas
Que dizem ser “humanos”
Porém não passam de  bichos
Peçonhentos marginais
Que nunca serão aceitos
Nem junto com os animais
Saia desse beco,  escuro
Fedorento e tortuoso
Oh, criatura das trevas busque a luz
E a claridade, e não tenha preconceito
Queira harmonia e  paz
Seja homem, seja honrado
Ser preconceituoso já está fora de moda
Hoje, o bom é amar, a todos como a si mesmo
São ensinamentos do homem, que morreu
Por nós, na cruz
Saia desta, enquanto é tempo
Caso contrário meu mano,
Um martírio te espera
Serás rejeitado, por todos
Abandonado ao léu
Em um caminho de dor
E nunca  serás perdoado
Por toda a humanidade
E só por caridade
E por sua grande bondade
Por ele, brilhante luz
Mude rápido, mude já
E peça perdão a ELE
Nosso querido JESUS!

Edison Borba

 

 

terça-feira, 29 de abril de 2014

MAIS VIOLÊNCIA NA MADRUGADA.

          Continuamos a conviver com a violência. As informações se repetem numa rotina de violência que se arrasta dias, semanas e meses. O ano de 2014 começou e continua a ser um dos anos mais violentos. A palavra violência continua a se repetir nos jornais, revistas, telejornais e nas conversas da população.
Mais uma madrugada sangrenta no Complexo do Alemão, ônibus incendiados, tiros confrontos, pedradas e feridos  nesta orgia de violência uma UPA (Unidade de Pronto Atendimento) destruída. A cada dia nos surpreendemos com o nível de loucura que estamos vivendo em nossa cidade, quando as agressões acontecem sobre as UPPS, tentamos justificar, usando  bandidos e policiais, mas agressões aos hospitais, clínicas e postos de saúde, é inimaginável. Estamos chegando a uma situação de total descontrole.
Enquanto a violência acontecia no Alemão, nos Bairros da Pavuna e Costa Barros, mais violência, mais incêndios, mais agressões, mais medo, mais terrorismo.
Usando como justificativa – PROTESTAR – a onda violenta aos poucos avança sobre os moradores da cidade maravilhosa.
Estamos acompanhando o enfraquecimento das forças policiais e o fortalecimento das quadrilhas de forma sutil. Quando uma turba violenta começa a gritar “fora UPP!”; “fora ação policial”; “foi policial que matou” e queima veículos, destrói unidades da UPP e agora as UPAS, a população trabalhadora está ficando órfã.
Ao colocarmos as polícias e os policiais como suspeitos,  a justiça como injusta, os técnicos periciais como incapazes de fazer o seu trabalho de  forma ética, não existe mais a quem recorrer.
Estamos realmente ficando órfãos!
 Edison Borba

segunda-feira, 28 de abril de 2014

DONA DALVA NÃO RESISTIU!

           Hoje, dia 28 de maio, no Beco da Vivi, local da comunidade de Nova Brasília, no Complexo do alemão, Arlinda Bezerra de Assis, conhecida como Dona Dalva, de 71 anos foi morta a tiros, ao defender seu neto, durante um tiroteio. Mais uma bala perdida, mais uma vítima, que não resistiu e morreu.

Apesar da implantação das UPPS, a violência continua a desafiar autoridades e polícia. Traficantes fortemente armados continuam a ditar regras e a causar problemas para a sociedade.

Diariamente nos telejornais, nos noticiários radiofônicos e nos textos de jornais encontramos esse tipo de observação: “a vítima não resistiu e morreu”. Fica para o leitor e ouvinte a sensação de que o ferido, propositalmente, teimou em não resistir, e ao morrer prejudicou o bandido. Não resistir é uma obrigação da vítima, o ferido tem a obrigação de lutar para se manter vivo, e não criar mais problemas para os meliantes.

Dona Dalva, foi mais uma teimosa vítima que ousou morrer. Ela deveria ter resistido para não complicar a vida dos traficantes.

E desta forma, vão se acumulando nas reportagens jornalísticas a lista dos que não resistiram.

Sugiro aos jornalistas que ao relatarem um crime, dispensem o “não resistiu” e usem: “a vítima morreu!” Dessa forma, fica mais claro entender que o “assassino” é verdadeiro  culpado e ponto final!

Dona Dalva não resistiu porque deveria ter ficado dentro de casa.

Dona Dalva não resistiu porque teve a ousadia de tentar proteger o neto.

Dona Dalva não resistiu porque imaginou ter o seu direito de ir e vir garantido

Dona Dalva não resistiu porque seu organismo resolveu parar de funcionar.

Declaramos Dona Dalva culpada, por ousar viver livre numa cidade aprisionada por bandidos e traficantes. Culpada por ser brasileira e trabalhadora. Culpada por ser  honesta. Culpada por acreditar que tinha o seu direito de ir e vir garantido pela polícia e justiça do país. Dona Dalva é culpada por ter vivido 40 anos naquela comunidade e por se manter casada com o Senhor Francisco por mais de 50 anos.

Dona Dalva é culpada como todos os brasileiros que teimam em sobreviver num país de desigualdades sociais e onde as regras democráticas se inverteram e a população está prestes a agir como Dona Dalva, não resistir e sumir.

Assim é demais!

Edison Borba

domingo, 27 de abril de 2014

GRANDES MÃES!

          Na história do Brasil, existe um personagem que influenciou a educação e a cultura de diferentes grupos sociais as  mães negras, babás ou amas.  Mulheres   encarregadas dos cuidados dos filhos dos seus patrões, crianças que cresciam sob a sua tutela, absorvendo conhecimentos através de suas histórias. Carinhos afagos e atenções também vinham dos colos macios destas mulheres.
Sempre prontas a cuidar e acalentar, elas exerceram uma grande influência na cultura brasileira. Na culinária, elas nos apresentaram a diferentes sabores, obtidos através dos temperos, tirados de  ervas que somente elas sabiam usar. Suas histórias costumes e tradições se mesclaram na cultura europeia, transformando e enriquecendo os conhecimentos dos brasileiros.
A presença delas nas casas dos brancos foi uma forma de transmitir conhecimentos das terras africanas, o que faziam através de suas inserções na educação das crianças. De forma tranquila elas constituíram uma  resistência negra, com a convivência do cotidiano das casas dos senhores brancos.
As canções de ninar, os acalantos, as rezas e chás tranquilizavam os filhos das sinhás que tinham nessas mulheres, mais do que amas, elas se transformavam em mães negras.
Outras mulheres, de origem africana, tornaram-se mães de um grande número de pessoas, através de suas nações de candomblé, as Ialorixás. Respeitadas além de suas roças, essas mulheres tornaram-se responsáveis por importantes momentos da história do Brasil.
Tratadas como Sacerdotisas, são elas que, através do jogo de búzios, fazem contato com os Orixás. Oriundas das mais diferentes etnias africanas, elas tornaram-se grandes matriarcas, e são responsáveis pela divulgação e manutenção do  candomblé  no Brasil.
O mundo feminino brasileiro é enriquecido pela presença das Ialorixás. Mulheres sábias que através de sua tranquilidade  inspiram confiança e transmitem harmonia. Capazes de abraçar a todos os seres sem discriminação de cor, opção sexual, crença e classe social, elas são grandes exemplos de que não pode haver distinção, quando alguém pede ajuda.
Talvez, sejam as únicas representantes de um segmento religioso, capaz de abraçar, colocar no colo, dar amor e aconchego a todos os homens e mulheres indistintamente.
Mulheres negras, mães pretas, amas, babás e as Ialorixás figuras importantes na cultura  brasileira, suas vidas enriqueceram e ainda enriquecem a nossa História, a elas respeitosamente eu peço a benção.
Edison Borba
 

sábado, 26 de abril de 2014

AS SAIAS E A REVOLUÇÃO SOCIAL

           Uma peça do vestuário feminino, que já sofreu e ainda irá sofrer modificações. Já foi  comprida, com calda, com babados, combinando com a blusa e rendada como as das baianas que no carnaval giram embelezando a avenida dos desfiles.
Saias coloridas, tipo de balão ou as justas, como as usadas pelas pin-up-girls,  as rodadas, as longas, as de material sintético, as de couro, as saias franzidas e as de cor azul marinho e pregueadas dos uniformes das  normalistas.
Saudade da Grace Kelly, desfilando com uma saia levíssima, que a fez flutuar no filme “Ladrão de Casaca”. Uma imagem inesquecível de uma deusa de Holywood.
As retas ou assimétricas são símbolos de feminilidade.  As plissadas são lindas. De cintura alta são elegantes. Usadas para cobrir as pernas femininas, muitas vezes fazem os homens imaginar e sonhar com os segredos escondidos pela mais feminina peça do vestuário.
As elegantes saias arrastando-se pelos salões durante a “belle èpoque”, tornando ainda mais encantadoras  as figuras femininas apertadas em espartilhos.
 Um dia, Mary Quant,  uma estilista britânica, lançou mão de uma tesoura e encurtou-as transformando-as num pequeno pedaço de tecido deixando à mostra  o que tanto tempo foi ocultado. Sem medo e sem preconceitos surgia a minissaia, algumas com apenas 30 cm de comprimento, se completavam com as botas, mantendo a elegância.
Eram anos sessenta, período para os brasileiros, marcado pelo chumbo, pela força, pela censura e pelo medo. As minissaias foram um alento nos dias de cinzas, que juntamente com os Beatles, ajudou a deixar atmosfera mais amena nas ditaduras sulamericanas.
 Como um “fog” londrino, os Beatles e as minissaias espalharam-se pelo mundo mudando costumes e alterando regras. “Desvestindo” as mulheres revolucionou os costumes e os padrões sociais.
Ao som de “Hey Jude”, “Let It Be” e “Yesterday”, as meninas e suas minissaias mudaram o mundo, dando mais força para a mulher, como aconteceu quando elas conseguiram o direito ao voto.
As pernas, tão escondidas estavam agora à mostra e com elas também foram descortinadas outras possibilidades para o mundo feminino, era mais um grito pela liberdade tão difícil de ser conquistada.
Hoje, em pleno século 21, o vestuário feminino ainda é usado para justificar assédios, estupros e violência, numa sociedade que  tenta se sustentar sobre uma atitude machista.
Minissaia, queima de sutiãs, direito ao voto, ocupação profissional e tantos outros movimentos, ainda não foi suficiente para garantir às mulheres tratamento democraticamente respeitoso, pelo valor que elas possuem na garantia da manutenção e sobrevivência da humanidade.
Edison Borba
           

sexta-feira, 25 de abril de 2014

O SONHO DE GERALDA

         Brasileira, nascida há mais de cem anos, na pequena cidade de Trindade em Goiás, Geralda, cresceu nos campos, trabalhando como agricultora. Tornou-se uma bela jovem e sua vida  continuou nas paragens de Goiás. Sempre feliz e  pronta para trabalhar,  plantou e colheu a riqueza do seu país. O tempo passando e a jovem, transformando-se em mulher que mesmo com as mãos calejadas, continuava as suas tarefas. Era uma linda sensação semear e ver a germinação e o crescimento das plantas. Olhar os campos e ver tudo verdinho, como cantou o poeta Milton Nascimento, era só felicidade. A época da colheita trazia alegria para ela e todos os seus companheiros que através de  trabalho  garantiam a riqueza das cidades “grandes”.
 
     O tempo passando e Geralda sonhando com um futuro promissor.
Apesar das dificuldades, ela conseguiu ter uma pequena casa, onde passou grandes momentos de sua vida. Porém, esta moradia, que foi seu lar por muitos anos, sofreu com o tempo e envelhecida, teve que ser abandonada. Paredes rachadas ameaçavam a vida de sua dona.
Como cidadã honesta e cumpridora de seus deveres para com o seu país, ela contribuiu para o governo e na data prevista aposentou-se com a simples importância de meio salário mínimo.
(Para que esta história não se perca apenas em palavras, vamos imaginar o que é a metade de um salário, que já é considerado mínimo).
Foto: Idosa lutou 23 anos para conseguir complemento da aposentadoria em GO: http://glo.bo/1hs0NPtDevota de Nossa Senhora de Aparecida, e acreditando na justiça de Deus e também na dos “Juízes” da terra,  sabendo que tinha direitos de ter uma melhoria salarial, juntou-se a outros aposentados e solicitou ao governo no ano de 1991 a revisão de sua aposentadoria.
Após 23 anos de espera, o processo chegou ao final, e Dona Geralda, ganhou o direito de ter seu salário revisado além de  receber dez mil reais correspondentes ao tempo em que esperou que o processo terminasse. A importância  ainda não foi entregue à Dona Geralda, que,  sonha em recuperar voltar a morar na sua antiga casa.
Enquanto espera que a justiça se faça e ela possa receber seus dez mil reais, ela revela com palavras simples o seu grande sonho:
     “Tenho um amor naquela casa. Pra mim não existe outra casa. Quero morrer lá”.

Em homenagem a GERALDA BENEDITA MORAIS, ex-trabalhadora rural, 107 anos de vida dedicada ao seu país – Brasil.
                              Edison Borba

RIO DE JANEIRO A JANEIRO – CHUVAS E TROVOADAS

         De janeiro a janeiro a Cidade Maravilhosa, mesmo nos dias de sol, vive encoberta por nuvens escuras e ouve-se o soar dos trovões, provenientes das armas de diversos tipos e calibres. A chuva de lágrimas que cai dos olhos das vítimas e de seus familiares e amigos é intensa. O serviço de meteorologia afirma que não há possibilidades de em pouco tempo cessar a instabilidade atmosférica.
A população busca se abrigar, evitando sair às ruas, e o comércio fecha as portas para não sofrer a invasão das águas e do que elas trazem, incluindo pessoas que chegam flutuando e  carregam tudo que encontram.
A instabilidade do tempo na cidade deixa em alerta toda a população. Existem algumas áreas da “maravilhosa” que estão mais sujeitas ao mau tempo, nestes locais, foram instalados serviços de controle das possibilidades dos temporais. Conhecidas como UPPS, estas estações meteorológicas, não estão conseguindo detectar e controlar as fortes chuvas locais. Os estudiosos acreditam que a preparação inadequada os pesquisadores e os frágeis laboratórios sejam alguns dos motivos das dificuldades apresentadas.
Outra questão que merece atenção é que o governo deveria cuidar também da contenção das “encostas”, que ainda apresentam forte resistência. Formadas de fortes rochas, precisam ser contidas rapidamente, como também o serviço de limpeza local, que necessita de uma grande varredura, para deixar as comunidades sem nenhum vestígio de impurezas, que abrigam “micróbios”, que contagiam principalmente a juventude local.
O mau tempo da cidade RJ (Rio de Janeiro) já se desloca para outras cidades vizinhas. Niterói foi vítima de forte temporal com muitos raios que a atingiram  fazendo com que a população buscasse abrigo.
 Nuvens escuras avançam sobre outras localidades, ameaçando São Gonçalo, cuja população já está buscando abrigo em suas casas, mantendo-as fechadas e cercadas de muros para evitar que  águas sujas da corrupção invada seus lares.
Existe uma preocupação em relação à chegada das festividades da Copa do Mundo de Futebol, o governo já analisa a possibilidade de distribuir guarda-chuva e capas para turistas e todos os participantes do evento.
Enquanto isso, cada um que cuide de si, evitando contaminação das águas podres, proveniente da sujeira que se espalha por todos os lados da Cidade Maravilhosa.
Edison Borba

quarta-feira, 23 de abril de 2014

O RIO DE JANEIRO, DÁ COPA?

Copacabana
Copa de Futebol
Copos  de chopes
Tudo quebrado, tudo estilhaçado
No Rio da copa
Em plena Copa
Tiros, violência e mortos
Na Copa da copa
A ordem deu lugar à desordem
A festa virou tragédia
O Rio da copa e na Copa do Rio
Não há o que comemorar
Só há o que chorar
Não adianta disfarçar
Não adianta maquiar
Não adianta gritar gol
Porque não vai abafar os choros
Não vai apagar as manchas de sangue
Não vai diminuir a dor
A copa que acontecerá mesmo com  lágrimas
Na Copa, com sua linda calçada e suas belas musas
Aconteceu mais uma tragédia
Copacabana amanheceu triste
A princesinha do mar está com sua alma ferida
Atingida por  desmandos daqueles que mesmo não estando em COPA
São os responsáveis pelas tragédias que estão envolvendo a copa
O país do futebol vai comparecer aos estádios
Vai lotar as arenas. Vai receber os turistas
Mas não vai curar as feridas e nem apagar as cicatrizes
Deixadas pelas tragédias deixadas pela copa, não só em Copa(cabana)
Mas em toda nação brasileira!

Edison Borba

A "HUMANIDADE" DE DEUS!

   
          Deus criou a “humanidade” a sua imagem e semelhança. Porém, as nossas atitudes estão cada vez mais sendo incompatíveis com os desejos do Criador. Portanto Deus está usando de sua “humanidade” para com os nossos atos pouco humanos.
O senso de “humanidade” dos seres criados pelo Senhor, está cada vez menos humano, obrigando a Ele, usar de muita paciência e “humanidade” para não tomar uma atitude drástica, com todos os seres humanos.
É complexo e contraditório, perceber que a “humanidade” está cada vez mais desumana. Guerras, terrorismo, assassinatos, violência, traição, preconceitos, egoísmo, raiva, egocentrismo e tantas outras condições que demonstram que a humanidade vem perdendo a sua essência de “humanidade” a passos largos.
A história nos conta que em outras ocasiões o Senhor já demonstrou a sua insatisfação, quando destruiu Sodoma e Gomorra. As chuvas inundando  a Terra, foi uma forma de avisar que a “humanidade” estava passando dos limites. Noé foi preservado, juntamente com a sua família, mas à sua descendência, também se deteriorou.
Acredito que em muitas ocasiões Deus deve pensar que a sua obra falhou.
Há muitos anos, enviou seu filho  a terra, mas a “humanidade”  foi desumana e cruel, não reconhecendo em Jesus o filho de Deus. Matou-o da forma mais desumana possível.
Deus está sendo muito paciente com esta nova geração de humanos, que a cada dia se desumaniza mais e mais. No cerne da questão, surgem a cada momento mais  grupos que se dizem donos da palavra de Deus. Tal como em outros tempos, a desumanização religiosa cresce como as sete pragas do Egito.
Os países em que o homem dividiu a Terra constroem barreiras de desumanidade, deixando os povos cada vez mais desunidos. E nas próprias nações irmãos brigam contra irmãos, lembrando Caim e Abel.
Acredito que Adão e Eva foram à verdadeira obra divina, porém ao comerem a maçã do pecado, eles foram vítimas de mutações que contaminaram seus descendentes. Portanto essa desumanidade da “humanidade”, só pode ser fruto da fruta maldita. A verdadeira obra de Deus deixou de existir quando Adão e Eva foram expulsos do paraíso. É provável, que Deus ao mandá-los embora do Jardim do Éden, pensou em dar-lhes uma oportunidade, de consertarem o erro através de seu esforço e arrependimento, mas (sempre um mas... para atrapalhar) tudo indica que a serpente deixou uma dose de veneno muito forte, que até hoje ainda circula nas veias dessa desumana “humanidade”
Edison Borba.

terça-feira, 22 de abril de 2014

SAL E PEDRA

Maldita hora, que  olhei para trás e vi uma mulher de sal.

Calei, fiz votos de silêncio, jurei nunca mais olhar o passado.

Resolvi caminhar sozinho, levando apenas a minha dor.

Sem pó, sem dó, sem pílulas, anestesiado pelo desencanto.

Sem deixar que percebam, não digo palavras, não digo verdades.

Mentir. Tornei-me mentiroso, mas minto verdades em que acredito.

Digo e repito para mim, verdadeiras mentiras, mentiras verdadeiras.

Escrevo, leio, repito, faço versos, invento histórias de verdade,

Que ficarão guardadas em livro exposto em vitrines iluminadas

Causando inveja nas verdades outras que não sendo mentiras

Não são tão verdadeiras quanto as minhas inverdades.

Como aranhas que pescam insetos em suas redes,

Prendo palavras em teias de papel, onde escrevo, em línguas outras,

Que não entendo,  que não fazem sentido, que não são sentidas.

São apenas para ser lidas, relidas, revistas e olhadas sem ser vistas.

O que deixei para trás no dia em que a mulher de sal, virou pedra.

Eu tornei-me um desconhecido, nem reconhecido por mim.

E se eu vier morrer  neste momento, estarei feliz assistindo o evento.

No funeral eu  irei,  flores vou colocar sobre o corpo do mentiroso

Que morreu e ainda vive, pelas mentiras, que o sustentam  mesmo que  inerte,

Uma carcaça vazia, sem carne  sem alma. Um homem que caiu em desgraça,

Perdeu a graça, virou objeto que nem os insetos irão reconhecer e querer,

Deixando-o sozinho apodrecendo em silêncio, amargando as mentiras,

De uma vida vazia, imoral misteriosa e escandalosa, chocante e errante,

Que nunca foi desvendada porque era somente mentira,

Como a mulher de sal que virou pedra e sumiu porque era miragem e nunca existiu.

Edison Borba

segunda-feira, 21 de abril de 2014

MORTE DE MENINO

           Morreu um futuro médico, ou  advogado, ou teria sido  eletricista, ou quem sabe um padeiro, bombeiro ou cientista. Também poderia ser um goleiro, professor, vendedor, construtor, ladrilheiro ou até um excelente cantor e compositor.
Morreram sonhos, criações, decisões, emoções e possíveis invenções que poderiam ajudar a sociedade a curar doenças graves, diminuir a poluição e acabar com a devastação das florestas.
Mataram um menino!
Corpo de menino desaparecido em Três Passos, RS, será enterrado em Santa Maria, RS (Foto: Reprodução/RBS TV)
Mataram o futuro!
Mataram esperanças!
Meninos são feitos para brincar e sonhar. Eles são possibilidades, são novos caminhos. Precisam somente de carinho e orientação. Gostam de doces e abraços. Curtem os computadores, “trecos” eletrônicos, mas não resistem o rolar de uma bola, o girar de um pião e as coloridas  pipas.
Meninos são meninos iguais em todo o mundo. São seres gregários, colecionadores, curiosos e inventores. Curtem aprontar brincadeiras e amam sorvetes, balas e doces.
Meninos é luz, que poderão trazer para o mundo novos caminhos.
Mataram um menino. Sangraram a terra. O mundo está diferente e a nossa alegria ficou triste. Nosso pranto é pelo planeta. O menino não está mais aqui. Voou para o espaço e provavelmente está sendo embalado pelos anjos
Mataram um menino, nós estamos  órfãos!
Sem ele o mundo ficou mais pobre, perdeu-se  sonhos  e possibilidades.
Meninos não podem morrer.
Hoje tem um sol diferente no céu e a noite está mais escura.
Mataram um menino, vamos chorar!
Nasceu um anjo, mas não podemos celebrar!
Vamos mergulhar na tristeza e refletir, porque nosso mundo está matando tantos meninos?
Eles existem para nos fazer sonhar com novas possibilidades de termos um mundo melhor.
Edison Borba

domingo, 20 de abril de 2014

PÁSCOA

Perseverança
Predestinar
Penitenciar
Peregrinar
Parábolas
Participar
Pescador
Purificar
Pacificar
Palavra
Pecado
Perdão
Poder
Prazer
Povo
País
Pão
Pai
Paz

PÁSCOA!

Aos meus amigos desejo que neste domingo de Páscoa,  haja paz e pão e suas mesas. Perdão em seus corações. Perseverança e prazer em suas vidas. Que suas palavras sejam de pacificação e que nosso PAI através de  seu infinito poder purifique seus lares, hoje e sempre!

Grande e afetuoso abraço do Edison Borba.

 

 

 

 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

SEMANA NADA SANTA

       Houve época em que as celebrações da Semana santa eram envolvidas por meditação e respeito. A sexta - feira da Paixão era coberta de roxo e marcada pelas procissões com a culminância do encontro entre Maria e seu filho Jesus. As famílias reunidas em torno das mesas transformavam esses dias em reuniões que culminavam com o alegre almoço da Páscoa.
Infelizmente, todas essas celebrações estão se tornando cada vez mais escassas e um estado de violência, está  tomando conta das ruas, casas e famílias.
Desde o início da semana a violência foi  marca registrada do Rio de Janeiro. Um menino de doze anos morre após ser baleado na favela do Aço e Antares, em Santa Cruz. Esta morte provocou a depredação de uma estação e um ônibus BRT.
No bairro de Paciência mais protestos causaram incêndio em ônibus e depredação da Estação Vila Paciência.
Em Niterói,  Anderson Silva, de 21 anos, morreu após ser atingido com dois tiros na cabeça, após sair da vigília de Páscoa de uma igreja. No Complexo da Maré, menor de 14 anos mata o primo de apenas quatro anos, e esconde o corpo dentro de uma máquina de lavar roupa.
E para tornar ainda mais trágico esses dias que marcam as celebrações da Semana Santa, a Arquidiocese do Rio de Janeiro, foi obrigada a cancelar a  Paixão de Cristo que seria encenada,às portas da catedral, por motivo de segurança. Manifestantes, que anteriormente haviam ocupado o prédio de uma empresa de telefonia; ocuparam e protestaram na porta da catedral metropolitana. Diante desta situação as solenidades tiveram que ser canceladas.Após anos desta tradicional celebração, é a primeira vez que aconteceu um  cancelamento.
Acredito que algo de estranho esteja acontecendo. Quando a violência atinge as celebrações religiosas, algo muito grave esta ameaçando a paz. As grandes tragédias universais começaram com pequenos atos que não foram considerados. Foi assim durante a 2ª Guerra Mundial além de outros graves conflitos.

 
Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram
e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...


Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.
No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei.
No terceiro dia vieram
e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.
No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...

Edison Borba

 

 

BRASILEIRA, SIM SENHOR!

           Morena, quase índia, ela é brasileira sim, senhor! Nasceu em Botafogo, Rio de Janeiro, mas em seu peito está o Brasil inteiro. Essa carioca “da gema” também é nordestina, gaúcha, baiana, pantaneira, seringueira e tudo o que se refere a este país, esta mulher é brasileira legítima.
Apaixonou-se pelo teatro e foi direto buscar o Asdrubal, e com ele começou a carregar o “trombone”. Começou assim a saga, desta guerreira, que sempre faz muita “muvuca” por onde passa. Ela “esquenta” e ilumina  com seu sorriso franco,  multiplica seus braços para distribuir abraços e carinho.
Mulher das periferias e dos salões, ela sabe chegar e posar de “madame”, mas também vai na raiz e junto com qualquer comunidade, ela distribui felicidade.
Sua luta contra o preconceito é constante, sempre abraçando o povo e suas causas. Vai à roça de candomblé e depois assiste a missa. Mistura  evangélicos com budistas e com sua fé, transforma todos em uma só família.
Seu coração é sua casa, sempre de portas abertas. Quem chegar vai perceber o clima de harmonia que ela sabe construir.
Lutando pela natureza,  perguntou a todos “é pé de quê?”. Amendoeira, goiabeira, umbuzeiro, mangueira ou jaqueira?  É macaúba? Será pé de pitanga ou um oitizeiro? Parece que é tingui, mas pode ser mangabeira ou um frondoso baobá!
Desta forma muitas árvores tornaram-se nossas conhecidas e deveriam se tornar protegidas por todos, mas, tem sempre um mas ... para atrapalhar.
Podemos encontrá-la enrolada numa bandeira verde amarela, ou em outra toda colorida pelas cores do arco-iris.
Ela dança o samba, o cateretê, o frevo e o maculelê. Mistura funk com rock e convida Bach e Chopin para subirem o morro e se apresentarem para as comunidades. Isso é incrível!
Apesar de tudo isso,  provoca discussões, análises e reflexões.
Qual é a dela?
Que “mistureba” essa mulher faz?
Onde, chegaremos com tanta “confusão” num só programa de televisão?
Ela é populista? Será que é ativista? Talvez seja anarquista!
Ela é assim, meio Chacrinha, que veio para confundir e não para explicar. Um homem que em sua época também foi criticado e analisado chegando a ser tese de doutores, e hoje é aplaudido por ter sido “o cara” de visão.
Assim é a história, e assim é a rainha dos garis, respeitada e olhada com admiração por muitos, criticada por alguns e amada pelo povão.
  Regina Casé, uma mulher brasileira, sim senhor!
Edison Borba
 

quinta-feira, 17 de abril de 2014

PAIS QUE MATAM SEUS FILHOS

         Em poucos anos, os noticiários publicaram crimes familiares, onde pais assassinaram seus próprios filhos. Esta semana, o Rio Grande do Sul, foi o palco da tragédia envolvendo o menino Bernardo. As suspeitas apontam o pai, que é médico, a madrasta do menino e uma amiga do casal. Há possibilidades do crime, ter sido cometido através de injeção letal.
Os detalhes desta cruel realidade  tem a finalidade de realçar a dramaticidade do caso. Como podemos imaginar  pais  capazes de destruir a sua própria imagem.
Talvez os psiquiatras possam explicar os motivos destas tragédias. Não faz muito tempo, que Isabela Nardoni, morreu após ser jogada do alto de um edifício. Mais uma vez o pai e madrasta foram acusados do crime, julgados e condenados.
No Rio de Janeiro, outra menininha, também foi morta. Os acusados, o pai e madrasta. Faz algum tempo, que dois meninos, João Roberto e Jean Charles, foram cruelmente esquartejados pelo  pai e a madrasta.
Em São Paulo, o menino Joaquim, foi assassinado pelo padrasto, porém a mãe, ignorava (??!!) a relação de hostilidade entre o seu companheiro e o filho.
Nas histórias infantis, as malvadas madrastas, fazem jus a este terrível adjetivo, “má” drasta. Talvez essas mulheres tenham se espelhado nos contos infantis, ou os contos infantis tiveram suas origens nas atitudes destas mulheres. O interessante é que as figuras masculinas, os pais, da mesma forma que nas histórias infantis, aparecem como coadjuvantes ou então distraídos, ou seja, não percebem as maldades que acontecem em suas próprias casas.
O mesmo acontece em relação aos padrastos, há mulheres que ignoram o que ocorre com seus filhos em seus próprios lares.
Outro dado, que também é motivo de reflexão  que   nos faz lembrar  as histórias da Carochinha, é o fato dos adultos não acreditarem nas crianças. Em alguns casos, foram feitos pedidos de socorro, até para as autoridades competentes em solucionar problemas envolvendo as crianças.
Alguns destes assassinatos poderiam ter sido evitados se houvesse mais atenção no que é dito aos adultos. Pelo menos, mergulhar mais profundamente nas investigações, antes de entregar a vítima nas mãos de criminosos.
Existem madrastas e padrastos que adotam filhos de outros casamentos, e com eles forma lares felizes e equilibrados, este é mais um motivo para que estes casais criminosos tenham seus cérebros analisados para que a ciência encontre explicações para os crimes e também o motivo psicoquímico que os une, transformando-os parceiros nestas tragédias.
Porém, a situação que precisa ser exaustivamente analisada é o motivo das crianças que buscam ajuda não ser convenientemente ouvidas.
Edison Borba