sexta-feira, 18 de abril de 2014

BRASILEIRA, SIM SENHOR!

           Morena, quase índia, ela é brasileira sim, senhor! Nasceu em Botafogo, Rio de Janeiro, mas em seu peito está o Brasil inteiro. Essa carioca “da gema” também é nordestina, gaúcha, baiana, pantaneira, seringueira e tudo o que se refere a este país, esta mulher é brasileira legítima.
Apaixonou-se pelo teatro e foi direto buscar o Asdrubal, e com ele começou a carregar o “trombone”. Começou assim a saga, desta guerreira, que sempre faz muita “muvuca” por onde passa. Ela “esquenta” e ilumina  com seu sorriso franco,  multiplica seus braços para distribuir abraços e carinho.
Mulher das periferias e dos salões, ela sabe chegar e posar de “madame”, mas também vai na raiz e junto com qualquer comunidade, ela distribui felicidade.
Sua luta contra o preconceito é constante, sempre abraçando o povo e suas causas. Vai à roça de candomblé e depois assiste a missa. Mistura  evangélicos com budistas e com sua fé, transforma todos em uma só família.
Seu coração é sua casa, sempre de portas abertas. Quem chegar vai perceber o clima de harmonia que ela sabe construir.
Lutando pela natureza,  perguntou a todos “é pé de quê?”. Amendoeira, goiabeira, umbuzeiro, mangueira ou jaqueira?  É macaúba? Será pé de pitanga ou um oitizeiro? Parece que é tingui, mas pode ser mangabeira ou um frondoso baobá!
Desta forma muitas árvores tornaram-se nossas conhecidas e deveriam se tornar protegidas por todos, mas, tem sempre um mas ... para atrapalhar.
Podemos encontrá-la enrolada numa bandeira verde amarela, ou em outra toda colorida pelas cores do arco-iris.
Ela dança o samba, o cateretê, o frevo e o maculelê. Mistura funk com rock e convida Bach e Chopin para subirem o morro e se apresentarem para as comunidades. Isso é incrível!
Apesar de tudo isso,  provoca discussões, análises e reflexões.
Qual é a dela?
Que “mistureba” essa mulher faz?
Onde, chegaremos com tanta “confusão” num só programa de televisão?
Ela é populista? Será que é ativista? Talvez seja anarquista!
Ela é assim, meio Chacrinha, que veio para confundir e não para explicar. Um homem que em sua época também foi criticado e analisado chegando a ser tese de doutores, e hoje é aplaudido por ter sido “o cara” de visão.
Assim é a história, e assim é a rainha dos garis, respeitada e olhada com admiração por muitos, criticada por alguns e amada pelo povão.
  Regina Casé, uma mulher brasileira, sim senhor!
Edison Borba
 

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