sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

UMA LINDA HISTÓRIA DE AMOR - 11º ATO.




Hoje, foi um dos dias mais emocionantes da minha vida! Hoje, dia 30 de dezembro de 2016, recebi um doce e lindo olhar de um grande amigo, Senhor Antônio, o amor de Nair, que encontra-se hospitalizado há vários meses, na Casa de Saúde São José, proporcionou-me uma infinita emoção.

Estava ao seu lado, tentando acalmá-lo, que gemia pelas dores de sua enfermidade, quando fui surpreendido com o seu olhar fixado em meu rosto. Vagarosamente ele estendeu o braço, segurou em minha mão e olhou ternamente para mim. Foi tanto amor e carinho, foi tanta ternura que as lágrimas desceram pelo meu rosto. Foram minutos de uma infinita paz. Ele com sua frágil mão sobre a minha mão e com seus olhos em meu rosto.

Após tantos meses de dor e sofrimento, o que vi no rosto do meu amigo, foi uma grande paz e ternura. Sua face pareceu-me iluminada e seu toque em minha mão transmitiu-me um profundo amor fraternal.

O olhar, um doce e terno olhar, que me fez “olhar” para dentro de mim, e sentir o quanto é importante ter amigos. Obrigado meu Deus, por ter me concedido a honra de conhecer pessoa tão especial.

Edison Borba

UMA FAMÍLIA ESPECIAL – OS BORBA's



Viemos de Portugal, através de Deolinda e João
Aqui nos aclimatamos, crescemos e prosperamos
Filhos, netos, bisnetos. Primos, tios e sobrinhos...

Família crescendo a cada dia, cada mês e com o passar dos anos.
João pai e João filho e depois o Oswaldo, o conhecido Vadinho
Antonico e Maria, Newton e Amélia todos filhos do casal
O Manoel – “Duduca” e Lourival e por último Osmar
O mais novo de um grupo, muito grande para amar.
Os Borba's cresceram tanto que é difícil saber o nome de todos.
Tem professor, tem Diácono e também tem Doutor
Uma família que se orgulha de ter muito trabalhador
Família de gente ética e ordeira
Uma verdadeira família brasileira!!!
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 Na foto – vó Deolinda e netos!


 Os Borba's desejam a todas as famílias do Brasil um Novo Ano (2017) repleto de boas e felizes realizações!
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 Edison Borba, filho do Oswaldo (Vadinho).

NOVO ANO! ANO NOVO!



Tá chegando a hora!
De usar roupa branca, pular sete ondas
Fazer promessas, comer sete uvas...

Guardar os caroços, esperar com afinco
Realizar os sonhos de um ano risonho.
Tá chegando a hora!
De comer as lentilhas, acender velas brancas
Para abrir os caminhos para um novo ano.
Tá chegando a hora!


 De abraçar os amigos, fazer grandes juras
Esquecer o passado, brindar e orar,
Pular e gritar, querendo fazer a sorte chegar.
Chorar de saudade, e fazer novas amizades,
Revirar as lembranças de mais um ano que finda.
Renascem as esperanças para o ano que chega.
Já passou à meia noite ...
Vamos recomeçar!!!
 

Edison Borba

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

RUAS, BECOS E AVENIDAS – ESPAÇOS DEMOCRÁTICOS!

 
Observando as devidas diferenças sociais, climáticas, culturais e educacionais de cada povo, rua é sempre rua, palco de acontecimentos semelhantes. Ricos e pobres caminham pelos tapetes de terra ou asfalto e neste momento são apenas pedestres.
Provavelmente situações semelhantes estão acontecem nas de Paris, Belo Horizonte, Londres, Heidelberg, Arapiraca, Lisboa, Barcelona, Porto Alegre, Itaperuna, Tóquio, Sidney, Teresina, Pequi
m, Buenos Aires, Havana, Uganda, Blumenau, Nova York e aqui no Rio de Janeiro.

 As ruas e suas variáveis becos, vielas, avenidas e alamedas; cada uma guarda uma história específica. Os becos servem para encontros às escondidas, onde apenas os gatos e as latas de lixo servem de testemunha. As avenidas nos remetem às vitrines e calçadas largas onde senhoras passeiam e homens com pastas caminham para seus escritórios, mas são nas alamedas, sob à sombra de belas árvores que casais apaixonados se encontram e trocam juras de amor.
Ruas lotadas sob a luz do sol ou vazias escuras e sombrias em noites sem lua serão sempre os lugares mais democráticos do mundo. Em seus pisos, não importa se os pés estão nus ou calçando lindos sapatos, todos são iguais quando pisam nos seus “tapetes” e deixam indelevelmente suas marcas.
Edison Borba

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

ASTROS & ESTRELAS




Um assunto puxa outro: a morte de Carrie Fisher, atriz de Guerra nas Estrelas, nos fez lembrar de sua mãe Debbie Reynolds e de sua aparição como estrela em Cantando na Chuva, onde brilhou ao lado de Gene Kelly e Donald O’Connor e do seu pai Eddie Fisher, um dos astros do filme Disque Butterfield 8, onde contracenou com Elizabeth Taylor, por quem se apaixonou, divorciando-se de Debbie Reynolds. Na época este romance Eddie & Liz Taylor, rendeu um grande escândalo em hollywood.

Vamos rever Debbie, Gene e Donald cantando, dançando e irradiando alegria em Good Morning!

 Edison Borba

UM QUENTE DESABAFO


 (resposta ao “Amor Gelado)
 
 
Depois de ler o que foi escrito sobre um “tal de amor gelado”, vejo-me na obrigação de colocar aqui algumas observações. Sei que fui preterido por uma branca gelada, que tudo que fiz e faço até hoje não foi reconhecido. Vivo sempre aquecido, respingado de gordura, óleo e outros produtos. Sou aceso a qualquer hora do dia ou da noite. Aqueço água, cozinho alimentos, faço bolos, frito ovos e me desdobro em mil para que a família ...não fique sem alimentação.
Às vezes, tenho minhas quatro bocas acesas ao mesmo tempo e ainda tenho que assar algum petisco em meu forno. Em dias de festa sou usado e abusado. Apesar dos meus donos estarem envolvidos com uma outra criatura, um tal de “micro-ondas” eu ainda sou obrigado a trabalhar bastante.
Nunca me queixei, porém após ser colocado de lado e comparado com a “gelada”, venho à público declarar a minha insatisfação.
Me desculpem, mas estou magoado! Assinado: o FOGÃO!
Edison Borba

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

AMOR GELADO ...

 
Faz muito tempo que ela entrou em minha vida. Tinha eu uns dez anos, quando nos encontramos pela primeira vez. Extasiado fiquei admirando sua beleza branca, alva e luminosa. Amor à primeira vista, aquele que jamais iremos esquecer. Nascia ali um relacionamento, que perdura até hoje, um amor gelado, porém fiel.
Quando consegui ter meu apartamento, ela foi a minha primeira companheira. Ela com suas formas arrojadas e a sua brancura, linda e desejável. Sem ela ...
minha vida seria caótica. Ela foi e ainda é o meu grande amor! Sem a sua presença sou capaz de enlouquecer. Nossa paixão cresce no verão, quando ela aplaca meu calor
Que me desculpe o fogão, mas a geladeira é paixão antiga. Conservadora e ao mesmo tempo renovadora. Protegendo com carinho tudo o que compro. Somente ela me permite que eu recrie sabores, quando misturo o que sobrou do jantar de ontem, para ressurgir no almoço de hoje.
Companheira fiel, guardiã da minha alimentação, garantindo sempre o gelo para a bebida e no verão, até o frescor que emana do seu interior ajuda a minha sobrevivência.
Peço-lhe desculpas se às vezes eu a esqueço naquele canto da cozinha.

 Quero declarar publicamente, para que todos saibam: a minha geladeira, é meu eterno amor e paixão. Juntos, seremos felizes para sempre. 


 Beijos de seu admirador Edison Borba

NEM SÓ DE PRAIA VIVE O CARIOCA!



(Um “causo” engraçado) ??!!??

Hoje, dia 27 de dezembro, quatro emissoras de televisão (SBT / Record / Globo /Bandeirantes), apresentaram em seus jornais matutinos, como uma das matérias de longa duração, as praias do Rio e seus frequentadores. Como sempre entrevistaram banhistas que preferem curtir a noite nas areias e os que acordam cedo para mergulharem, destacaram as belezas das águas e o grande amor do povo pelas praias.

Por “coisa” do destino, recebi uma ligação telefônica de um grande amigo (professor como eu), que mora no interior de Mato Grosso. Como a ligação foi feita via celular, ele foi logo me perguntando: “E ai? Tá na praia?”

Percebi a sua decepção quando informei que não estava, ainda não estive e não sei quando estarei numa praia. Ele recuperando-se do susto ainda encontrou fôlego para dizer: “Eu pensei que carioca vivia na praia!!!”

Alô! Jornalistas de plantão, mudem o foco de suas entrevistas ou então eu terei que correr para as areias e ligar para meu amigo, que ainda deve estar surpreso!

Edison Borba

HERÓI? QUEM?



Vivo com meus defeitos
Luto contra meus preconceitos
Que me corroem  as entranhas.
Não sou herói!
Vivo garimpando qualidades
Que surgem em mim de forma efêmera.
Vou da paz ao turbilhão. Do amor ao ódio
Na rapidez de um raio.
Adoeço! Não sou imune. Meu corpo sofre.
Eu viro a mesa. Grito. Protesto.
Sou capaz de qualquer gesto
Para defender o que amo.
Sou apenas um homem,
Que erra o caminho, que se perde no tempo,
Mas, que pede perdão.
Tenho medos. Penso tolices. Sofro de insônia.

Não sou herói!

Sou apenas um “cara”, um trabalhador,
Às vezes um louco, com um coração
Repleto de amor!

Edison Borba

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

A CEIA DOS VAMPIROS


 

Eles e elas também celebram, de alguma forma eles e elas, celebram! Em suas mesas existe a fartura da carne humana, que eles e elas dilaceram, cortam, tostam e saboreiam. São corpos de crianças, de homens e mulheres trabalhadores que eles e elas emagrecem para a sua ceia. Nas taças de cristal despejam o sangue dos inocentes. Em suas luxuosas mansões, se regalam, se chafurdam com o dinheiro do povo. Eles e elas, se enfeitam com joias compradas com a desgraça dos eleitores. Eles e elas, vestem belas roupas costuradas com pele humana. Eles e elas riem e gargalham  sobre a inocência do povo.

A Ceia dos Vampiros se realiza nas casas dos políticos brasileiros: prefeitos, vereadores, deputados, governadores, senadores, no castelo presidencial e também nas casas luxuosas daqueles que já estiveram no poder e enriqueceram através da desgraça do povo. Esses últimos, ainda estão lambendo os dedos com o que rapinaram dos trabalhadores nos anos em que se mantiveram nas cadeiras do poder.

A eles e elas desejamos um futuro semelhante a tudo o que eles e elas fizeram com a população do Brasil, terra linda e maravilhosa, que apesar de tudo ainda tem a proteção de Deus, a quem o povo pede socorro com a certeza de que um dia tudo irá mudar e a ceia dos vampiros nunca mais irá se realizar!

Edison Borba

domingo, 25 de dezembro de 2016

O BAFO DO PAPAI NOEL


Uma "historinha" para rir (ou chorar de rir)!

Jurandir levantou as mãos para cima, em um gesto de súplica; mais uma vez ele fora escolhido para ser o Papai Noel da festa que a família de sua mulher organizava para comemorar o Natal.

Desde o casamento com Aurora, que sua sogra o elegeu como o bom velhinho. Agora, passados quase dez anos, ele tentava se livrar desse encargo.

Novos genros foram acrescentados à família, portanto, poderia haver um revezamento. Porém, dona Cotinha, mãe de sua querida esposa, insistia na sua representação natalina. Ele sabia que a nobre senhora, curtia vê-lo suando em bicas, vestindo aquela fantasia de veludo, usando peruca e barba postiças. Havia também as botas, o cinto e as luvas. Era uma forma de vingar-se dele, o primeiro genro, o que casou-se com a sua filha favorita.

Além de vestir a velha roupa vermelha, mofada e roída pelas traças, Jurandir, tinha que aturar as brincadeiras dos convidados. E para finalizar a quente noitada, havia o saco com presentes, que a cada ano ficava mais pesado.

Como se livrar deste doloroso martírio: essa era uma questão que atormentava o Jura.

Mas este ano, o genro sofrido pensou em algo que o livraria definitivamente desta obrigação. Pensou em algo que deixasse todos os convidados chocados e então sua sogrinha o expulsaria da festa, livrando-o do martírio natalino.

Com a cabeça fervendo no óleo da vingança, Jurandir aceitou tranquilamente o pacote com a surrada fantasia de Noel. Como de costume, no dia da festança, sua mulher saiu de casa mais cedo, para colaborar na organização da ceia.  Seu esposo seguiria mais tarde, dirigindo seu possante automóvel, um Passat verde, 1998, com o saco de presentes no banco do carona.

Mesa posta, bebida no gelo, crianças fazendo algazarra, som ligado e galera se esbaldando. Dona Cotinha, correndo de um lado para outro, fiscalizava tudo. Genros, noras, filhos e filhas, sobrinhos, netos, cachorro, periquito, vizinhos, papagaios tudo misturado numa loucura maravilhosa. A sogra do Jura se orgulhava da festa mais animada da comunidade. Sua casa ficava de portas abertas. Era confraternização total. Sendo assim, o saco com os presentes este ano estava mais pesado, pois além da família, havia também o presente para os filhos dos vizinhos.

Relógio marcando as horas. O tique – taque dos ponteiros informando vagarosamente a chegada da meia noite. Amigos, parentes, convidados e penetras cantavam “jingle-bell” na expectativa da chegada do Jura, o Papai Noel. As doze badaladas foram ouvidas, todos emudeceram aguardando a entrada triunfante do bom velhinho. Os minutos foram passando, as crianças começaram a chorar, os adultos a comentar e dona Cotinha a se transformar numa cobra pronta para picar e matar o genro.

A confusão deu lugar à preocupação. Aurora, a esposa, chorava nervosamente. Uma das suas cunhadas, consolava-a, tentando fazer com que entornasse um copo de vinho tinto, tirado do garrafão. Geladinho!

Após, quase uma hora de espera, um convidado, que ainda estava lúcido propôs saírem à procura do “Jura”, que “felizmente” para ele, havia sido apanhado numa blitz da Lei Seca, sendo recolhido ao xadrez pelo alto teor etílico em seu sangue, dirigir embriagado e desacato às autoridades.

Jurandir passou dois dias na cadeia, distribuindo os presentes entres seus companheiros de cela, feliz e longe da sogra. Seu plano saiu melhor do que ele havia imaginado.

Dona Cotinha foi encontrada no telhado, tentando entrar na chaminé. Atualmente encontra-se numa casa de repouso, Lar Noite Feliz.

EDISON BORBA

ALELUIA! ALELUIA! NASCEU JESUS!

 
Na simplicidade de uma estrebaria, nasceu o menino Jesus, deixando claro para o mundo que as “coisas” de Deus acontecem com simplicidade. Neste momento, o do nascimento, uma luz resplandeceu sobre o mundo. Neste dia de Natal, pedimos que esta luz, ilumine nossas vidas e nos permita perceber do quando amar é bom. Amar a Deus sobre todas as coisas e amar toda a sua Obra, e nós somos também uma Obra Divina.

 Alegremo-nos! Amar é bom e distribuir es
te amor é maravilhoso! Pequenos gestos, abraços, palavras de carinho, lembrando sempre que tudo que é Divino é simples, como foi a simplicidade do nascimento de seu filho Jesus.

 Glórias, nasceu o nosso Salvador! Feliz Natal para todos nós! Que esta brilhante luz Divina entre em nossos corações, em nossa vida e nos nossos lares!

 Cordialmente Edison Borba

sexta-feira, 23 de dezembro de 2016

EMOÇÕES


 
“Se chorei ou se sofri, o importante é que emoções eu vivi!”



Todos os anos esta frase se repete na canção do Roberto Carlos e por mais que passe o tempo ela não envelhece. Num momento de inspiração o autor do verso conseguiu dizer uma verdade incontestável: como é importante viver as emoções! Difícil imaginar alguém que consiga passar pela vida sem ter diversas emoções permeando a sua história. São elas que tornam nossos momentos mais ou menos felizes, intensos, aleg
res ou tristes.
Emoções! Que possamos sempre ter as melhores! As que nos alegram e nos trazem um pouquinho de felicidade, mas as que nos fazem chorar de tristeza, também nos ajudam a amadurecer.
E vamos juntando emoções ao longo da vida, e com a proximidade do natal e da chegada de um novo ano ELAS chegam, sem pedir licença e invadem nosso coração, mas o importante é viver guardando o que de melhor cada emoção nos deixa como lembrança.
Edison Borba

APENAS cinco MINUTOS


O desafio dos cinco minutos! Será que conseguimos?

>>ter a coragem de desligar os celulares e todos os aparelhinhos de comunicação?...
>>ficar em silêncio sem toque de campainha, tilintar de telefone, música no ouvido ou outro ruído qualquer?
>>sem falar - ficar com a boca fechada em total silêncio?
>>fechar os olhos e se desligar do mundo?


Vamos nos permitir esse presente!
Vamos silenciar nossos bocas e relaxar nossos ouvidos!
Vamos fazer uma faxina mental e limpar nosso cérebro, tirando dele tudo o que for desnecessário!


É um bom desafio! Quem está tentado a aceitar?
Vamos começar agora?


Respire fundo! Silencie e aproveite para fazer uma boa faxina mental, tirando da cabeça todos os pensamentos inadequados. São apenas cinco minutos!

Eu vou fazer! Vamos tentar?

Grande abraço (de cinco minutos) Edison

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

NATAL TODO DIA!



Entre as diversas músicas natalinas "NATAL TODO DIA" cantada pelo grupo ROUPA NOVA, é uma das minhas preferidas. O refrão é uma linda mensagem para ser repetida, cantada e colocada em prática todos os dias do ano:
 
"Se a gente é capaz de espalhar alegria
Se agente é capaz de toda essa magia
Eu tenho certeza, que a gente podia
Fazer com que fosse
Natal todo dia!

Quem sabe possamos conseguir realizar este lindo sonho de fazer das nossas vidas um natal todo dia!
 
Feliz natal a todos os meus amigos!
Abraços Edison Borba

A ÚLTIMA PROFESSORA


No dia 2 de dezembro de 1990, Carlos Eduardo Novaes publicou no Jornal “O Dia” a crônica “A ÚLTIMA PROFESSORA”. Creio, que guiado pelos deuses da Literatura, o escritor foi movido por vozes angelicais. Após mais de vinte anos o texto continua perfeito e mais que perfeito para o momento que estamos vivenciando neste final de 2016.

Vai aqui uma boa “dica”, para quem estiver disposto a dedicar alguns minutos nesta leitura, que além de divertida, nos leva a uma séria reflexão. Queira ”Deus” que a profecia não se complete, como está previsto no final do que escreveu Novaes.

Vale a pena conferir! Leia!  Vai valer e pena!   Depois deixe o seu comentário! Edison Borba

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A ÚLTIMA PROFESSORA

                        Carlos Eduardo Novaes

Estamos em 2989 e alguns cientistas, trabalhando nas ruínas de um sítio arqueológico (local outrora conhecido como Jacarepaguá), encontraram uma mandíbula de mulher. Levada ao laboratório, descobriu-se que ela pertencia a uma professora. Não uma professora qualquer, mas provavelmente a última da espécie classificada como de 1º Grau que viveu por volta de 2020 num antigo país chamado Brasil.

No final do séc. XXI, o Brasil que conhecemos se tornou um aglomerado de tribos independentes, expressando-se nos mais diferentes idiomas. A descoberta do que ficou conhecido como a Professora de Jacarepaguá (uma versão mais moderna do Homem de Neanderthal) tornou possível encontrar as razões da dissolução do país.

Buscando nos livros, os cientistas perceberam que houve uma época - entre o início do séc. XX e meados dos anos 50 - em que professores desse extinto país ocupavam uma posição invejável na escala social. As famílias monogâmicas das classes médias (e algumas altas) orgulhavam-se de poderem encaminhar suas filhas para a profissão. Casar com uma professora era a aspiração suprema de muitos homens. Elas eram olhadas com respeito, admiração e desfrutavam de um status semelhante ao dos militares.

Reconhecidas na sua missão histórica de educar, recebiam - acreditem - um salário que chegava ao final do mês. Alguns iam além.

Não se sabe precisar a data, mas parece que foi no final dos anos 70 que o magistério começou a desabar na escala social. Por mais que quebrem a cabeça, nossos cientistas não conseguem entender as razões dessa queda vertiginosa. Não terá sido por falta de escolas, porque o país esforçava-se para entrar na modernidade e necessitava ampliar sua rede escolar. Não terá sido também por falta de quem educar, porque esse atrasado país somava mais de 50 milhões de analfabetos e semiletrados no início dos anos 90. Muito menos pela possibilidade de substituir professoras por robôs, televisores e computadores. Por que então os magistrados passaram a ser tratados como os servos do antigo Egito?

A princípio, suspeitou-se que esse povo atrasado e tropical tivesse uma caixa craniana inferior a das raças desenvolvidas. Mais tarde, encontraram-se outras razões para o declínio do magistério: um complô contra a educação, criado pela classe dominante(10% da população), que detinha mais de 50% da renda nacional. Não interessava a ela ver o saber democratizado, ou seus privilégios estariam ameaçados. Os professores despencaram para os últimos lugares da tabela econômica, equiparando-se aos profissionais (não especializados) mais mal pagos desse triste país. Alguns, ganhando salário-mínimo, recebiam menos do que os operários que ajudaram a levantar os Jardins Suspensos da Babilônia.

O resultado é que, a partir do início do século XXI, o professorado tornou-se uma espécie em extinção. Documentos da época informaram que, quando uma jovem anunciava o desejo de ser professora, a família a colocava de castigo. Era preferível ganhar a vida como chacrete em programa de auditório. Os cientistas pesquisaram o desaparecimento de outras atividades nesse país: funileiro, cocheiro, acendedor de lampiões. Ocorre que esses profissionais foram engolidos pelos avanços da civilização. No caso dos professores, não há progresso nem tecnologia capaz de substituir sua presença. É a professora quem nos leva pela mão na travessia para as primeiras letras. É ela quem nos coloca no ponto de partida e, com uma palmadinha no traseiro, parece dizer:"Agora vai à luta".

Segundo os cientistas, os governos da época, preocupados com questões mais transcendentais, não perceberam a escassez de professores no mercado. Foi preciso que as escolas começassem a fechar e os donos das escolas particulares esperneassem desesperados para o governo tomar providências.

Que providências? Importar professores, como fez com o álcool. No início dava-se preferência à Portugal e às ex-colônias. Mas eles também tinham suas crianças para educar, de modo que o Governo teve que recorrer ao Paraguai, Bolívia, Guianas. Logo, os países desenvolvidos - que já dominavam a cultura do Brasil - perceberam o alcance do negócio e trataram de enviar, gratuitamente, bandos de professores às escolas brasileiras.

O país tornou-se uma Babel. Em algumas regiões, ensinava-se em japonês; em outras, em alemão ou inglês, ou italiano ou espanhol. Em apenas uma única escola, em Jacarepaguá, uma professora resistia, ensinando os alunos em português. Sua morte tornou-se um marco na história da Educação nesse país. Foi enterrada com honras de herói nacional e o monumento ao "Professor Desconhecido", erguido no antigo Centro da Cidade, reproduz seu rosto na figura principal. Ao pé do monumento, os dizeres: " A última professora brasileira, homenagem dos seus ex-alunos." Foi a última frase que se escreveu nesse país em português.

Jornal O Dia, 02/12/90

*************  Valeu a pena ter lido? Qual a sua opinião?

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

SER OU NÃO SER? EIS A QUESTÃO!

 
George Gurdjieff, pensador russo, nos deixou esta seguinte reflexão: “Você é o que se fizer ser”. Uma pequena frase que nos permite diversas interpretações. Eu sou aquilo que eu mesmo me faço ser, um enigma interessante que nos transporta a outra observação, feita pela cantora Whitney Houston, ao declarar a um jornalista em uma de suas últimas entrevistas: “Eu sou a minha pior inimiga”. Na ocasião em que deu este depoimento Whitney estava em recuperação pelo uso de drogas. Mais tarde, ela voltaria a se drogar e infelizmente morrer, perdendo a luta com ela mesma.
Talvez esse exemplo possa ser demasiadamente exagerado, mas o livre arbítrio nos permite buscar caminhos para sermos algo ou alguém na sociedade. Apesar das constantes interferências ambientais e sociais, o ser humano deveria possuir discernimento para saber distinguir o certo e o errado. Porém, a natureza humana, possui diversas conexões internas e externas, o que torna difícil, algumas vezes, perceber o que está correto ou o que é melhor para aquele momento.

 Em alguns casos, “eu sou o que fizeram de mim”, com a minha conivência, que pode ser passiva ou ativa. Às vezes nos deixamos levar sem nenhuma resistência. Assumimos uma posição confortável e deixamos que as responsabilidades sejam do outro e não a nossa. Outras vezes resistimos, porém nossa fraqueza nos impede de mudar o curso da história. Tornamo-nos vítimas da nossa impossibilidade de alterar o processo ao qual estamos conscientemente submetidos.
Ser ou não ser? Eis a questão que dificilmente conseguiremos responder!
Edison Borba

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

JAMES DEAN E A EDUCAÇÃO NO BRASIL!

 
Entre os anos cinquenta e sessenta, James Dean explodia nas telas dos cinemas como o jovem que lutava contra o mundo, sem uma causa concreta. Jovens que se identificaram com ele passaram a fazer parte dos “rebeldes sem causa” e formaram a “juventude transviada”. O termo caiu em desuso e o que temos hoje, é algo além dessa juventude James Dean. As drogas associadas a outros graves problemas sociais estão sendo responsáveis por uma nova e triste juventude.
Há anos o Brasil descuidou da educação da sua população, da mesma forma que “ossos fortes” se formam na infância, cidadãos de bem, éticos e conscientes de seus deveres e direitos, também se formam nos primeiros anos de vida.
Provavelmente, as explicações para a onda de criminalidade, que envolve a juventude brasileira, está apoiada na educação inadequada, famílias desestruturadas, massificação do consumo, descaracterização de valores sociais e morais, aliado a outras questões que envolvem a sociedade. Estamos assistindo um grande número de casulos, transformando-se em insetos que voam desordenadamente em torno da luz social.
Os que cuidam da EDUCAÇÃO pública no Brasil, estão com salários defasados, atrasados e parcelados. O magistério é humilhado pelos governos. Enquanto isso, o número de jovens que mata, rouba, sequestra entre outros delitos aumenta a cada dia. Enquanto não tratarmos com respeito o processo educativo / social, a tendência é termos o aumento das estatísticas dos crimes cometidos por adolescentes.
Com a chegada de um novo ano, temos que reacender a esperança de que dias melhores virão! Chega de humilhar àqueles que trabalham para manter o Brasil como uma Nação respeitável – os Professores!
Edison Borba

VERSEJANDO

Quando lembro que o Natal
É o nascimento de Jesus
Choro e peço perdão
Pelo martírio da cruz.

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Quando ele nasceu fez-se a luz
Todo o céu se iluminou
Era Jesus, Filho de Deus
Que morreu pregado na cruz

******
A humanidade não soube
Sua presença louvar
Não ouviu suas palavras
Para o martirizar

******
Após passados os anos
Ele vai renascer de novo
Está chegando o grande dia
Vai nascer o filho da virgem Maria

******
Vamos enfeitar as casas
E os nossos corações
Vamos nos abraçar
E fazer belas orações

******  
Abençoa meus amigos
Meus parentes, meus vizinhos
Que todos sigam contentes
Com muito amor e carinho

******
Obrigado Jesus, o Cristo
E aos seus pais, José e Maria
Abençoa a minha casa
E toda a minha família
****** 
Edison Borba, desejo um FELIZ NATAL PARA TODOS!!!

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

A DISNEY É AQUI!


 

Os noticiários anunciam alta de juros, problemas para resgatar o FGTS, desemprego, juros muito altos nos cartões de crédito, além de outras notícias nada agradáveis para a economia do povo brasileiro.

Paralelamente as lojas chamam para as compras de Natal, anunciando descontos, parcelamentos e outras iscas para fisgar os peixes, que após morderem à isca ficarão “entalados” por muitos anos, com o anzol preso em sua garganta.

Enquanto isso, na nossa política, descaradamente prefeitos, vereadores, secretários além de outros “mamadores” das tetas brasileiras, na calada da noite aumentaram seus salários.

O povo aperta o cinco, come a isca para os vagabundos comerem caviar e viajar para se divertirem na Disney!

Será que a DISNEY é aqui?

Edison Borba

MEDO DE SER CRIANÇA!


 

O mundo das crianças não é construído apenas de fantasias povoadas de fadas, príncipes, heróis e magia. Nele também existem as experiências emocionais, que precisam ser observadas como um vestibular para o mundo dos adultos.

O que se passa na cabeça de uma criança, quando recebe “não” como resposta? Como fica o seu coração quando os adultos não conseguem dar a devida atenção sobre as novidades ocorridas na escola? O que “fazer” para uma criança entender às regras da casa? Como agir quando uma criança sente necessidade de ficar calada e não responde às nossas indagações?

Se pudéssemos ser criança de novo, o que gostaríamos de lembrar? Se nós pudéssemos voltar a ter um corpo de menino ou menina, e a consciência adulta, o que pensaríamos em fazer?

Ser criança de novo, poder sorrir sem motivo, correr desabaladamente pela casa, pular corda, sonhar de olhos abertos e acreditar em gnomos sem preocupações com horários, agendas, pagamentos e responsabilidades.

O perigo de voltar a ser criança é descobrir que os adultos vivem procurando a felicidade. Compram e pagam caro pelo lazer. Não possuem a verdadeira liberdade. Tem pesados encargos. Riem pouco e suspiram muito. Não se contentam com uma estrelinha, vivem tentando possuir o universo. Dormem a acordam na expectativa do dia seguinte. São desconfiados e não curiosos. Discutem por bobagens. Sonham com o improvável. Não gostam de sorvete derretendo. Vivem preocupados com a opinião dos outros. Irritam-se com facilidade. Têm medo do ridículo, do vento, e serem considerados, “crianças”, porque para muitos adultos, ser criança é ser tolo.

Edison Borba

 

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

IMAGENS HUMANAS

 
Nas transmissões religiosas, que são realizadas por algumas emissoras de televisão, como as missas, encontros evangélicos além de outros movimentos religiosos, os cinegrafistas captam, durante o culto, imagens de homens e mulheres em estado de concentração, imersos em oração e lágrimas nos rostos. Fico imaginando quem é aquela pessoa, e o que a faz tão envolvida com a atmosfera de religiosidade naquele momento.
Essas imagens me emocionam, porque deixam tra...
nsparecer, que os seres humanos possuem dentro de si, a chama da fé e da esperança por um mundo melhor.
Independentemente de quem está conduzindo o ritual: padre, pastor, rabino, babalorixá ou outra pessoa qualquer, o que importa naquele momento é aquela pessoa e a sua fé.
Mesmo que o condutor do culto, não seja digno daquele ritual, a fé de quem está em oração supera e transcende a tudo, estabelecendo uma ligação direta e particular com o sagrado.
Imagens que me fazem continuar a acreditar numa força maior que tudo e todos – Deus, único, para todas as Nações de todo o Planeta Terra!
Edison Borba

quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

PERFEITOS E IMPERFEITOS

 
Estamos vivendo uma era em se busca o perfeito, principalmente quando o assunto é o corpo. Neste quesito, à medida que os mais “perfeitos” ocupam as capas de revista, fazem campanhas para venda de produtos alimentícios e de beleza, também cresce a quantidade dos “imperfeitos”. E esta balança faz aumentar as desigualdades, o preconceito e as rejeições que acontecem diariamente de forma sutil em toda a sociedade.
A educação que transforma o ser humano, é...
um dos melhores caminhos para se combater este problema. As famílias através da informalidade e as escolas usando a educação formal, precisam trabalhar esta condição, que extrapola o estético e se espalha por outras questões como a religiosidade, a sexualidade, as condições sociais entre outras situações. O discurso do ódio, surge nas brincadeiras de crianças, no bullying, onde o desrespeito que algumas vezes é visto como brincadeira, poderá crescer e vir a ser o caminho da intolerância, que por sua vez conduz à barbárie.
Precisamos de ações otimistas, para cercearmos estas questões que nos deixam pessimistas, à medida que acompanhamos o seu aumento a cada dia de maneira sutil, sem nada fazer para cerceá-las.
A beleza da vida está na diversidade, na pluralidade e na complementariedade.

 Para reflexão:
    
"Eu não preciso ser você nas coisas que você faz melhor do que eu, porque você é a parte que me falta, assim como sei que, da mesma forma, sou a parte que lhe falta."
Edison Borba

OS INVISÍVEIS

 
 
Eles não possuem identidade, nem rosto e nem família. Documentos? Se algum dia tiveram estão perdidos em alguma lata de lixo. Provenientes de lares desfeitos, problemas financeiros ou uma enorme vontade de deixar de ser e assumir outra identidade. Pacíficos, se deixam levar para depois voltar. Andam em círculos pela cidade, mantendo um roteiro. Podem ser vistos cuidando de suas roupas em algum chafariz da cidade. Aceitam por algum tempo a proteção e ajuda de grupos humanitários e religiosos, mas não estabelecem vínculos. Os moradores de rua são seres silenciosos, resistentes, nômades, solitários, ajustados à sua condição e desajustados às nossas. Driblam a fome e a sede. As doenças e as indiferenças. Não possuem identidade. São invisíveis. Ninguém nota a sua presença. Não são eleitores. Não contam no censo, mesmo sem terem perdido o senso. Estão na sociedade, mas não fazem parte dela. Acostumamo-nos, a cruzar com eles e a desviar o olhar do seu olhar e a evitar a sua vontade de voltar a amar.
Edison Borba

terça-feira, 13 de dezembro de 2016

VALORES & VALORES!

 
Avareza, ganância, bondade e doação caracterizam atitudes boas ou más relacionadas ao uso do dinheiro.
Traições famosas, como a de Judas que vendeu Jesus por algumas moedas e Dalila, que recebeu uma fortuna para revelar o segredo de Sansão, são exemplos de como o dinheiro pode corromper. Por algumas “patacas” irmão mata irmão, pais e filhos se desentendem e famílias se desagregam. Infelizmente, dinheiro e amizade é uma combinação complicada e partilha de he...
rança, muitas vezes só se resolve nos tribunais.
A força do dinheiro, destrói amores, transforma sapos em príncipes, reforma rostos fazendo incríveis milagres estéticos, compra honras e honrarias, mas também pode salvar vidas, tudo depende de quem o está manipulando.
É necessário ter uma grande força para não se render ao “vil metal”. Nossas vaidades e desejos de poder fazem com que o dinheiro seja colocado em altares e adorado. Honra é uma palavra que não existe nos dicionários dos gananciosos e ávidos pelo poder. Pela força da grana armas são compradas e povos escravizados.
Porém, o dinheiro usado dentro da lei, com bondade e amor, pode ajudar a milagres acontecerem. A questão não é a “grana”, mas os seres humanos. Os exemplos dados por Irmã Dulce a Madre Teresa de Calcutá, deixam claro de como se pode fazer o bom uso do dinheiro.
Quando nas mãos de homens cujas ambições são desmedidas e por cabeças capazes de pensar de forma egocêntrica o dinheiro seja ele qual for, se transforma em arma.
O problema da relação homens e dinheiro está na essência humana, que se corrompe diante de valores financeiros, abandonando os valores éticos e morais.
Edison Borba

BRASIL DOS REJEITADOS


Segundo matéria de jornal UOL (13/12/2106), é do José Webson da Silva, 22 anos, natural de Pernambuco, a seguinte observação: 
  "Um cara que não sabe ler é um cego da vida!"
José faz parte da trágica estatística do analfabetismo no Brasil. O mundo digitalizado não chega para todos os brasileiros. Temos uma vergonhosa estatística de jovens brasileiros que não conseguem identificar as letras, as sílabas, as palavras e as frases e os textos que chegam até ...
eles são impossíveis de serem decifrados.
E agora José? O tempo passou, o mundo evoluiu, todo mundo digita e grita que “tá plugado!” Quantos Josés e Marias, ainda buscam por “escrevedoras” de cartas como a personagem da Fernanda Montenegro, no filme Central do Brasil.
E agora José? O que fazer com essa gente que é tratada diferentemente daquelas que dominam as teclas, se gabam de becas, enviam mensagens e fazem colagens de textos e fotos.
E agora José? Quem vai fazer uma “selfie” dos analfabetos, colar num mural, para expor todo o mal, que ainda se faz no Brasil.
Edison Borba

NA PONTA DO NARIZ




Para quem quer embelecer, ou melhor, um belo, ser
Veja as regras a seguir: seja educado, todo dia, sorria,
peça desculpas...

Não adianta dieta, musculação de atleta, nem cremes
de beleza
Para aqueles que a rudeza, é sua amiga do peito
Fala alto, desrespeita, e pratica o preconceito
Terá sempre um verruga bem na ponta do nariz
Para mostrar para o mundo sua verdadeira raiz.
 


***** Edison Borba

VAMPIROS BRASILEIROS

 
Esta pergunta vive martelando em minha cabeça: “por que eles (elas) querem sempre mais?” Roubam, traficam, corrompem, rapinam, matam, desviam, escondem, mentem e nunca estão saciados. Transformam dinheiro em joias, guardam enormes quantias em suas luxuosas residências deixando a população morrendo dia a dia.
Em todos os estados brasileiros, dos mais carentes aos mais poderosos, aves de rapina continuam a comer o fígado dos eleitores. Se...
rá isso um mal genético? O que será do Brasil que está recebendo como herança os filhos e os netos desta geração de rapina?
Sabemos, todos nós sabemos, e não conseguimos extirpá-los do nosso solo. Mulheres e homens brasileiros psicopatas que nunca estão saciados. E para tornar o quadro mais grave, eles possuem o poder de persuasão tão grande que arrastam defensores, que morrem e também se corrompem por eles.
Quero deixar aqui a minha “MEA CULPA”, que também me deixei levar, enganar, ludibriar, ser feito de palhaço e demorei para acordar e perceber que eu não sou vaca de presépio e nem massa de manobra.
Pequei! Ajudei a elegê-los, mas agora luto diariamente para que possamos acordar e sair do berço esplêndido onde teimamos a continuar a dormir! Fora corruptos! FORA!
Edison Borba

NOITE VAZIA

Noite sem lua
Noite escura, sem luz, noite vazia
Noite sufocante, sem brisa, sem vento...

Noite sem alento, vazia noite de sentimentos
Noite sem lua é noite nua, despida de luz
Noite estranha, o medo sobe pelas entranhas
Noite de pavor, horror e tremor
Noite sem lua, sem luz, sem ruídos
Noite que aguça os sentidos, que ficam alertas
Noite que nos espreita, nos vigia e nos angustia
Noite longa, escura e vazia
Noite que amedronta e arrepia.
 



Edison Borba

CASAS DE GELO

 
Os iglus, são casas construídas com blocos de gelo, onde vivem as famílias dos Esquimós. Apesar do material com que são construídas ser gelado, em seus interiores existe calor. Em contrapartida, existem muitas casas feitas de alvenaria, algumas até luxuosas, em cidades onde o clima é agradavelmente quente, mas que internamente são frias. Casas cujos moradores congelaram seus sentimentos. Ninguém demonstra o que sente, nem amor e nem ódio, são criaturas amorfas que circulam pelos seus cômodos, como zumbis.
Marido, mulher, filhos, avós e netos submersos em seus gelados mundos. Cada um “na sua” e ninguém “na de ninguém”.
Como deve ser triste a vida em casas assim. Não podemos usar a qualificação de LAR, porque neste caso tem que haver afeto, calor humano e amor.
Cuidemos para que as nossas casas, sejam mais que casas, sejam LARES, aquecidos pelos laços formados pelos abraços dos braços entrelaçados.
Edison Borba

segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

INSPIRADO POR CLARICE


 
No universo de Clarice Lispector, uma frase me chama a atenção e me provoca e me faz refletir:

“O QUE EU FIZ, APENAS, FOI IR ME OBEDECENDO”.
Normalmente vivemos seguindo ordens, como: pare, siga, sorria, assine, silencie, fale entre tantas outras que nos são passadas direta ou subliminarmente, que nem percebemos o quanto obedientes somos. ...

Quando Clarice afirma que o que ela apenas fez foi se obedecer, isto é, ela seguiu seus instintos, vontades, sonhos e desejos provavelmente contrariando o mundo que a cercava, causa em mim certo espanto. É necessário muita coragem para seguir um caminho de obediência própria. Esta questão poderá “soar” como sendo teimosia, quando na realidade quando nos obedecemos, não necessariamente estamos contrariando outros, apenas seguimos aquilo que nos agrada e que consideramos certo e que nos dará prazer.
Pensei, sobre as vezes que “eu me obedeci” e percebi que não foram tantas quantas eu gostaria que tivessem sido. Mais vezes desisti, mudei, modifiquei o meu “plano de viagem” para não chocar o meu “navio” contra os rochedos sociais.
Clarice, como sempre, instigando nossos pensamentos e nos levando a refletir, mexer em feridas e nos obrigando a enfrentar a própria dor.
Edison Borba

BRASIL DAS PARTEIRAS!


 
Em 2011, publiquei um livro contendo uma homenagem as parteiras. Mulheres que ajudam muitos brasileirinhos a chegaram a este mundo de “meu Deus”.
Neste imenso território brasileiro onde a presença de médicos ainda é assunto complexo, as parteiras prestam um excelente serviço sociaol, que acontece antes, durante e depois do nascimento do bebê.
Na ocasião colhi algumas expressões ditas por essas maravilhosas brasileiras e que traduzem de maneira singela e...ste Brasil Brasileiro.
 
>>“Choro de menino novo é sinal de vida!”
>>“Nossa Senhora do Parto é que me ajuda!”
>>“Perder um bebê dá uma dor de impotência!”
>>“A gente não é Deus, mas recebe a ajuda dele!”
>>“Menino quando nasce já vai tomando conta de tudo!”
>>“Choro de menino novo, é igual a canto de passarinho!”
>>“Pai trabalha, mãe trabalha e o menino que vai chegar também vai ser trabalhador!”
 
Cada uma dessas pequenas frases expressam grande sensibilidade. Se o leitor, refletir no conteúdo de cada uma delas, ficará emocionado, como eu fiquei e ainda fico quando leio e volto a ler:
 
“Corto o cordão umbilical e solto o menino pro mundo!”
 
Emocionante!
 
Edison Borba

UMA QUESTÃO DE AFETO!



Sempre ouvimos que toda criança precisa de afeto e alimentação de qualidade. Quanto ao que vamos oferecer para uma criança comer, é fácil de visualizarmos, porque são concretos: o leite, o pão, as verduras, os legumes e carnes, tudo palpável e de fácil identificação. Porém, quanto ao afeto, fica mais complexo e caímos no campo das Relações humanas. Porém, se “agarrarmos” a palavra afeto e a desmembrarmos num campo concreto, vamos mergulhar em questões como: quem for afetado pelo vírus da dengue sofrerá com febre alta. Logo, afetar é causar algo a alguém. Ser afetado é sofrer as consequências de algo, alguma coisa ou alguém. Isto é concreto!
O afeto é produto concreto das relações humanas, que pode ser traduzido matematicamente: toda relação é diretamente proporcional ao afeto que a move. Afetos passageiros que acontecem entre um vendedor e um freguês; afetos temporários entre colegas de trabalho ou de escola; afetos mais duradouros que acontecem entre amigos, familiares e amantes.
Outro ponto para reflexão está na propriedade do afeto –>>> o meu afeto eu dou para quem eu quiser e quando eu quiser e puder. Neste momento estamos falando de algo concreto, que se pode dar ou negar, e aqui está o “pomo de Adão”, isto é, o ponto complicado da questão. 

 Talvez um dos maiores focos de problemas entre as pessoas seja este: alguém querendo algo de outro alguém que já não tem para dar, ou então tem, mas não quer dar para quem está pedindo. É só estabelecermos um tabuleiro e jogarmos com a ficha do afeto e veremos que muitos problemas afetivos, conjugais, familiares e sociais estão aqui.
 

 Como resolver? Difícil! Talvez o auto – conhecimento, o amor próprio, a valorização do Eu, possam nos ajudar a fazermos a escolha certa, quando a questão for dar ou receber afeto.
Edison Borba

domingo, 11 de dezembro de 2016

NOTÍCIA TRISTE




Uma das situações mais difíceis para um professor é ter que informar a um aluno, sobre a morte de algum familiar, e quando se trata da própria mãe, a situação torna-se assustadora. Conviver com este tipo de situação, não faz parte do currículo escolar das Universidades. Sem dúvida o acúmulo de conhecimentos nas diversas áreas do saber como a Filosofia, a Sociologia, a História ou qualquer outra disciplina é que nos dará subsídios pa...
ra enfrentar este complicado problema.
Esta foi uma das tarefas que eu tive que cumprir; comunicar a uma aluna a morte de sua mãe. Adolescente da primeira série do Ensino Médio, 1º turno. Durante o horário de aulas a escola recebeu a triste informação através de um parente que compareceu ao Colégio, e nos pediu para darmos a notícia à menina antes que ele a levasse para casa.
Os minutos que antecederam ao meu encontro com a aluna, foram difíceis e me deixaram sob uma intensa pressão. Como contar para ela a trágica notícia? Como explicar, que a pessoa que havia lhe servido o café pela manhã havia morrido?
Essas e outras questões borbulhavam na minha cabeça e eu pude chegar até a aluna graças a ajuda de vários companheiros de trabalho, que ao saberem da situação vieram para me auxiliar. Não sei contar exatamente como tudo aconteceu, apenas lembro de um longo abraço. Das lágrimas. De algumas palavras de consolo e da menina saindo do colégio amparada pelo tio, e da grande dor que tomou conta de mim.
Escola é um local de muitas e múltiplas emoções! Alegrias e tristezas que se misturam num só dia, por este motivo é que educação se faz em conjunto, como uma grande rede onde todos juntos colaboram para o sucesso das atividades de cada dia.
Edison Borba

TERNURA E ENCANTAMENTO.



Durante a minha juventude, curti muito o movimento da “Jovem Guarda” e como todo rapaz suburbano e sonhador, tive na figura da Wanderléa uma inspiração para minha vida. Paixão que se perdeu no meu baú de memórias.
Sábado, dia 10 de dezembro de 2016, pude pela primeira vez ver ao vivo e a cores a Wandeca. Meu cansado coração bateu forte diante da “ternurinha” que os anos não conseguiram destruir. A plateia lotada recebeu-a como toda Diva deve ser recebida – de pé, aplaudindo freneticamente.
No palco uma frágil mulher, absolutamente terna ao interpretar suas canções e na forma de agradecer ao seu fiel público. Emocionante!
A maioria da plateia, assim como eu, sabia que a “ternurinha” também envelheceu, seus movimentos estão mais lentos e sua voz mais tímida, mas ela estava ali, na nossa frente cantando e nos encantando.
Ela trouxe, por alguns minutos a nossa juventude de volta, naquele sábado, que poderia ser dos anos 60.
A vida é construída a partir destes momentos de alegria, ternura e agradecimento. Como foi bom reviver por algumas horas, uma década incrível – anos 60 e manter acesa em nosso coração a linda imagem de Wanderléa, a "ternurinha"!
Edison Borba