segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

UMA QUESTÃO DE AFETO!



Sempre ouvimos que toda criança precisa de afeto e alimentação de qualidade. Quanto ao que vamos oferecer para uma criança comer, é fácil de visualizarmos, porque são concretos: o leite, o pão, as verduras, os legumes e carnes, tudo palpável e de fácil identificação. Porém, quanto ao afeto, fica mais complexo e caímos no campo das Relações humanas. Porém, se “agarrarmos” a palavra afeto e a desmembrarmos num campo concreto, vamos mergulhar em questões como: quem for afetado pelo vírus da dengue sofrerá com febre alta. Logo, afetar é causar algo a alguém. Ser afetado é sofrer as consequências de algo, alguma coisa ou alguém. Isto é concreto!
O afeto é produto concreto das relações humanas, que pode ser traduzido matematicamente: toda relação é diretamente proporcional ao afeto que a move. Afetos passageiros que acontecem entre um vendedor e um freguês; afetos temporários entre colegas de trabalho ou de escola; afetos mais duradouros que acontecem entre amigos, familiares e amantes.
Outro ponto para reflexão está na propriedade do afeto –>>> o meu afeto eu dou para quem eu quiser e quando eu quiser e puder. Neste momento estamos falando de algo concreto, que se pode dar ou negar, e aqui está o “pomo de Adão”, isto é, o ponto complicado da questão. 

 Talvez um dos maiores focos de problemas entre as pessoas seja este: alguém querendo algo de outro alguém que já não tem para dar, ou então tem, mas não quer dar para quem está pedindo. É só estabelecermos um tabuleiro e jogarmos com a ficha do afeto e veremos que muitos problemas afetivos, conjugais, familiares e sociais estão aqui.
 

 Como resolver? Difícil! Talvez o auto – conhecimento, o amor próprio, a valorização do Eu, possam nos ajudar a fazermos a escolha certa, quando a questão for dar ou receber afeto.
Edison Borba

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