segunda-feira, 30 de junho de 2014

REFLEXÕES EDUCACIONAIS (Desafios)

Oprocesso educativo acontece a partir de desafios. Desde as primeiras atividades escolares, os desafios são propostos, cuidando-se para que estejam adequados  à faixa etária de cada criança e também outros fatores, que irão permitir que o mesmo seja vencido satisfatoriamente. Propor algo acima das possibilidades de quem foi desafiado, é impedir  bons resultados. Nas empresas, a situação para todos os trabalhadores, dos mais aos menos graduados, diariamente há desafios a serem vencidos. Esse processo de suplantar barreiras,  é uma base para o aparecimento de ideias novas, criatividade e inovações. Porém, a monotonia e a rotina exageradas podem ser um grave perigo para as escolas e empresas. Quando tudo acontece da mesma forma, dia após dia, o desafio parece não existir. As respostas já estão prontas e as fichas  nos arquivos possuem os resultados, portanto nada mais precisa ser pensado, renovado ou criado. Estagnação! Mesmo possuindo os meios mais modernos e tecnologia avançada, o processo se repete numa constante, onde o quadro se mantém com a mesma cor, podendo até ir se descolorindo, isto é, a desmotivação impregna-se no ambiente onde tudo se repete dia a dia. Quando esta situação começa a ser percebida nos locais de aprendizagem, como as escolas e as empresas,  é hora de alguém propor desafios, que possam “sacudir” os neurônios e fazê-los pensar em algo novo ou renovador. Portanto, ajudar a pensar, sugerindo que todos criem  algo diferente é muito saudável para o processo de  aprendizagem. As diversas turmas escolares e os diversos setores empresariais precisam aprender a espantar as moscas do balcão. E por falar em balcão: que novos caminhos podemos pensar para  áreas como: vestiário, alimentação, locomoção, limpeza, saúde, higiene, transporte, energia, ecologia, comunicação, turismo,  segurança entre outras? Isto é um desafio da Equipe do PINCE!                Edison Borba
 

domingo, 29 de junho de 2014

O MUNDO É UMA BOLA

        O arredondado planeta terra, não chega a ser uma pelota futebolística, um pouco amassado nos polos gira e gira em torno dele mesmo e também em volta do  grandioso sol. A esse bailado, outros parceiros se juntam: satélites e planetas.
O mundo gira. Redondo mundo galaxialmente ovalado. Aqui em baixo a bola rola, quica, pula, é chutada  vai ao fundo da rede ou cai numa cesta furada.
Em mesas de sinuca, são arremessadas  dentro das caçapas.



 No golfe,  acolhidas em pequenos buracos espalhados por um lindo campo verde.
Levam raquetadas e são arremessadas violentamente por mãos ágeis num vai e vem frenético do ping pong.
Meninos  tecam as pequenas  de gude, redondinhas como a lua. -“marraio, feridor sou rei”, gritam os moleques durante as jogadas.
No beisebol, elas são arremessadas com força pelos rudes tacos de madeira, porém são acolhidas em luvas nas mãos dos pegadores.
         Na areia das praias que elas se sentem livres. Despem-se do couro marrom e sob a luz do sol, voam coloridas, tocadas pelas mãos dos bronzeados banhistas.
Nas piscinas são mais discretas e  infantis.
Há uma diferença entre as bolas que rolam dentro dos grandes estádios e arenas, em relação as que só rolam no “salão” ou quadras. Enquanto as primeiras são aplaudidas por  milhares de pessoas, e chutadas por pés milionários, as outras percorrem pequenos espaços e ainda não são tão valorizadas.
Porém, as injustiçadas estão nas várzeas. Sempre sujas de lama, são impiedosamente massacradas por pés descalços.
As que giram dentro de pequenos cestos gradeados vivem nos cassinos, além de serem perseguidas pela polícia, recebem números,  que as identificam quando  levadas para as delegacias. Pobres bolinhas coloridas, noites e noites trabalhando, para que os sortudos completem seus cartões antes, que tudo acabe num camburão.
As destruidoras se escondem em frias regiões, onde a neve cai e as temperaturas despencam a muitos graus abaixo de zero. Bolas de neve,  capazes de crescer em minutos, despencam montanha abaixo arrasando tudo que estiver em seu caminho, para depois se espatifarem em pequenos pedaços.
As elegantes correm entre as patas de belos cavalos  empurradas de um lado para o outro por cavaleiros distintos nas competições de polo. São  sofisticadas, diferentes das atléticas e molhadas, que passam horas dentro das piscinas nas disputas do polo aquático.
Vida  de bola é intrigante e agitada. Sempre indo de um lado para outro, não possuem estabilidade.
Vivendo num diferente mundo, encontramos as que não são redondas, apesar de serem consideradas bolas. Seu corpo sensualmente oval faz sucesso nos suntuosos estádios americanos. Endeusadas  por lindas mulheres usando uniformes coloridos levam a multidão ao delírio, quando atravessam o campo nos braços dos truculentos heróis.
Mas entre todas, rendemos a nossa homenagem àquelas que além de  alegrar nossos finais de semana e férias, cuidam da nossa saúde. Estão em hospitais,  clínicas e academias  sendo responsáveis pelo equilíbrio físico e mental de muitas pessoas, colaboram para a estética dos corpos humanos que  abraçados a elas, executam um balé de saúde.
          O mundo é uma bola, amassada nos polos, que gira e gira, gira e gira, gira e gira ...
                Edison Borba


A HUMILDADE EM TEMPOS DE COPA

        A frase: “o importante é competir”,  há muito tempo perdeu seu valor. Quando jogadores, atletas e seleções entram em campo ou nas quadras, a vontade de vencer torna-se obsessiva levando a comportamentos pouco corretos. As atitudes inadequadas crescem além dos estádios e arenas  chegam aos meios de comunicação envolvendo a população de fãs e torcedores. A situação agravou-se de tal forma, que políticos e empresários apostam alto em seus afilhados e protegidos.
Nesta Copa de Futebol, já assistimos joelhadas, trombadas, cabeçadas, caneladas, brigas entre torcedores  e até mordidas durante as competições. Apesar de aparentemente haver um clima de harmonia entre atletas e torcedores, pequenos atos podem ser observados, principalmente quando se tenta impor a supremacia de um país sobre o outro. Podemos observar que entre os jogadores de um mesmo time, a vaidade de alguns  prevalece, principalmente quando é dado a ele o direito aos gols e ao brilhantismo, sendo permitido “a ele”, e somente “a ele”, usar e abusar dos direitos legais que regem as competições.
Outra questão interessante é o clima do “já vencemos”. Jornalistas, especialistas em estatísticas e pesquisadores tentam provar antecipadamente a supremacia de uma seleção sobre a sua rival. Em alguns momentos, o tiro acaba saindo pela culatra do revolver e a zebra entra em campo para calar a boca dos especialistas.
Quando uma seleção vive no clima do “já ganhamos”,  e encontra outra seleção com força, garra e amor ao seu país, o clima se altera e,  uma lição de humildade espera-se que venha a acontecer.
Outra questão, esta mais grave, é o envolvimento do dinheiro nas competições. A compra e venda de favores que poderão garantir a posse do troféu é uma verdade constrangedora ao longo de anos. Atletas recebendo através de seus “cartolas”, favores financeiros para “entregar”  a partida ou no caso das olimpíadas não correr e nem nadar o suficiente.
Infelizmente  fomos aos poucos nos acostumando a conviver com essa trágica comédia e continuamos torcendo e tentando acreditar que em nosso grupo, isto não acontece. Será?
Edison Borba

sexta-feira, 27 de junho de 2014

REFLEXÕES EDUCACIONAIS (Uma boa Leitura!)


          Na era da internet, receber um livro de presente é algo  inusitado. Porém, quando se tem a amigos que militam na área das letras, esse tipo de carinho está garantido. Foi o que aconteceu comigo. Recebi como presente de aniversário, um delicioso livro. Saboroso, delicadamente aromático e de conteúdo envolvente. É daqueles livros, que o leitor se apega de tal maneira que não há como deixar a leitura antes da última página.
Francisco Azevedo, autor da obra intitulada “O Arroz de Palma”, vai tecendo uma rede em torno de quem inicia a leitura, provocando emoções de diversas tonalidades. As palavras deslizam pelas páginas nos conduzindo por caminhos trilhados pelos personagens.
Uma história de família, com todos os personagens que estão em nossas casas, e que convivem com agente. Há momentos que nos vemos sentados à mesa, comungando do amor daquele grupo.
Tenho a mania de ler sempre acompanhado de um grande amigo, o lápis, com ele vou rabiscando e delineando trechos, palavras, momentos que me permitirão uma “releitura” dinâmica, para matar saudades do conteúdo da obra. Também, sou o tipo de leitor que abraça o livro, coloca-o no colo, carrega-o na mochila, leva-o para o sofá e também para a cama. Durante o tempo de consumo da história, aquele livro torna-se um amigo inseparável.
Alguns trechos, que transcrevo abaixo, são apenas uma pitada do conteúdo para deixar o leitor desta coluna, com a boca cheia d’água e com uma grande vontade de saborear “O Arroz de Palma”.
>>> ”família é prato que emociona. E a gente chora mesmo. De alegria, de raiva ou de tristeza”.
>>>”tem gente que acredita na receita da família perfeita”.
>>>”família é prato que deve ser servido sempre quente, quentíssimo. Uma família fria é insuportável, impossível de se engolir”.
>>>”receita de família não se copia, se inventa”.
>>>”família é um prato que, quando se acaba, nunca mais se repete”.
>>>”se avô é pai com açúcar, neto é filho com proteína, vitaminas e sais minerais”
>>>”as sensibilidades mudam de geração para geração”
>>>”cada filho é aprendizado, lição de vida”
>>>”em horas de luz, pedido de coração é ordem que a cabeça não discute, cumpre”.
Acredito que estes pedacinhos de texto, deliciosos como pão doce, possa ter aguçado o apetite de quem gosta de saborear uma boa leitura.
Apesar de toda a tecnologia, tão importante para o mundo moderno, os livros continuam a ser um excelente caminho para estimular ideias, ajudar na criatividade, permitir inovações e ajudar na formação de empreendedores, que para se revelarem, precisam de estímulos, e um dos melhores é o literário.
Atenção professores, gestores, empresários e familiares estimulem e facilitem o acesso a boas leituras e teremos uma sociedade mais humana.
 Edison Borba

quinta-feira, 26 de junho de 2014

NÃO SOMOS CONTRA, MUITO PELO CONTRÁRIO ...

         Em tempos de euforia pela realização dos Jogos da Copa do Mundo de Futebol, corremos o risco de sermos considerados “aves de mau agouro”,  ou seja, aqueles que só estão satisfeitos quando o assunto é miséria e morte, apenas por estarmos preocupados com o que acontecerá nesta Terra, após o apito final no último jogo.
Não somos contra, muito pelo contrário ...
Acreditamos que existam muitos outros brasileiros que estão nesta mesma situação: felizes, com a alegria dos turistas, com a festa nos estádios e com a relação entre os diversos povos que estão visitando o Brasil. Se este clima de confraternização fosse uma constante entre as nações, a ONU nem precisaria existir e, o mundo seria de total paz e harmonia.
Porém, o que nos emociona e nos leva às lágrimas, não é  a chuteira dourada do Neymar, nem os gols que balançam as redes como o vento, balançando as palmeiras beira mar.
O que nos faz chorar são  os bilhões de reais que se perderam nos caminhos da organização deste mega evento.
Quando acordarmos após o último jogo, ficará sobre cada um dos brasileiros uma dívida infinitamente grande. Teremos doze arenas vazias, e que abandonadas se tornarão grandes cemitérios.
O que fazer com os estádios, construídos para apenas alguns jogos?
É possível, que surjam alguns projetos, para a transformação das arenas em comunidades, que poderão abrigar as centenas de famílias sem teto. Outra sugestão será transformá-las em Unidades Escolares, onde brasileirinhos serão acompanhados da creche até o Ensino Superior. Ou então as arenas se transformarem em grandes oficinas que propiciem aos trabalhadores exercerem suas atividades criativas, ou alguma outra sugestão poderá surgir, para dar algum destino útil àqueles grandes espaços.
Enquanto isto não acontece, ficamos com a alegria passageira de cada gol. Ficamos na expectativa da conquista de um hexacampeonato, que alongará os festejos, até o período das eleições, dando tempo e rendendo votos e dinheiro para que muitos candidatos possam reinar sobre a Terra da Promissão.
Não somos contra, muito pelo contrário, somos brasileiros não só no período de Copa do Mundo,  brasileiros 24 horas por dia durante todo ano. Não vivemos na Europa ou em outro continente, respiramos  nesta Terra onde nascemos e que amamos, apesar de tantos dissabores que os seus dirigentes teimam em nos proporcionar.
Não somos contra, muito pelo contrário somos a favor de cantarmos o nosso Hino, todas as vezes que novas escolas e hospitais forem inaugurados,  bibliotecas  criadas,  a fome seja definitivamente exterminada, com a criação de empregos dignos e que a população possa caminhar pelas ruas, sem medo de balas que se perdem nos corações de crianças.
Não somos contra, muito pelo contrário ...
Edison Borba

REFLEXÕES EDUCACIONAIS (Lembrando Piaget)

Um  importante pensamento atribuído ao educador Jean Piaget, é o que afirma: “o que importa num problema proposto por um professor, não é necessariamente o resultado final, mas todo o mecanismo  utilizado pelo aluno, para chegar à resposta”. Esse pensamento, nos leva a uma reflexão muito importante quando se trata de educação. Muitas vezes, quando um professor analisa as provas de seus alunos, usando apenas os resultados finais, como parâmetros e, não observa o caminho percorrido para chegar ao resultado, ele  corre um sério risco de avaliar inadequadamente. Muitas vezes, uma resposta “errada” é apenas um detalhe de um excelente raciocínio. Numa prova de múltipla escolha, corremos este risco, pois não temos como acompanhar as estratégias usadas pelo candidato, antes de marcar com um “X”, no resultado de uma questão. Por este motivo, é que uma sala de aula deve ser um espaço de diálogo, de troca de saberes, de discussões coletivas e de respeito à palavra de todos,  estudantes e professores. Estas discussões permitem ao educador conhecer gradativamente os seus alunos como pessoas. No momento de correção de uma prova, teste ou redação ele poderá avaliar melhor o desempenho de cada um.
Esta observação, também é válida, para empresas, fábricas e outros locais de trabalho. Faz-se necessário observar o trabalhador como um ser humano, que tem um caminho a percorrer antes de entregar o produto final. Empresa “moderna” não é aquela que só analisa os números finais, mas a que leva em conta os diversos detalhes que fazem parte da produção. Ouve os seus profissionais, abre espaço para a criatividade, está atenta às sugestões e não se sente ameaçada diante de uma observação ou crítica de um funcionário.  Atuar em conjunto é demonstração de inteligência empresarial.
Edison Borba
 

ÁFRICA – EM TEMPO DE COPA NO BRASIL

           Nossos irmãos africanos chegaram ao Brasil trazendo suas tradições, alegria, cultura e costumes, que em grande parte já está aqui, compondo as raízes do povo brasileiro.

Camarões, Costa do Marfim, Argélia, Gana e Nigéria fazem parte da brasilidade verde amarelo. Nossos ancestrais vieram do continente Africano trazendo em sua bagagem riquezas que cultivamos até os dias de hoje.

A saborosa feijoada, prato indispensável na mesa das famílias brasileiras, tem a sua origem em terras d’África. Muitos temperos, que tornam nossas refeições mais deliciosas, como leite de coco, azeite de dendê, pimenta malagueta misturados com outros “temperinhos”, deram origem a diversos pratos, como: acarajé, vatapá, mungunzá, angu, pamonha entre outras delícias.

O nosso ritmo e dança, também tem ligações com o continente irmão, o samba e todo o gingado dos capoeiristas lembram nossos avós africanos. A beleza da arte brasileira está intimamente relacionada com a arte africana. A força nas cores, o uso da madeira, são algumas das influências que trazemos até hoje numa mistura de culturas.

E a fé nos orixás, o respeito às diferenças através do candomblé, são riquezas inestimáveis que o continente africano nos proporcionou.


A figura de Nelson Mandela, o Mandiba, grande herói da paz, traduz todo o sentimento do continente, que cada vez mais demonstra o seu valor ao lado dos demais, além de todo o crescimento em diversos setores, no futebol, a cada Copa, torna-se mais respeitado.

Edison Borba

 

quarta-feira, 25 de junho de 2014

CHILE – EM TEMPO DE COPA NO BRASIL

         Os chilenos podem se orgulhar de seu belo país. Santiago, a capital emoldurada pela cordilheira dos Andes, encanta por sua beleza e tranquilidade.
País, de geleiras e desertos, como o de Atacama, o mais árido do mundo. Assim é o Chile, terra de grandes escritores, poetas e  poetisas, como Pablo Neruda e Violeta Parra, entre outros importantes nomes.
Pablo Neruda, e alguns de seus pensamentos:

>>E desde então, sou porque tu és. E desde então és sou e somos... E por amor. Serei... Serás... Seremos...

>>A verdade é que não há verdade.

>>Saudade é solidão acompanhada, é quando o amor ainda não foi embora, mas o amado já.

>>Dois amantes felizes não têm fim nem morte, nascem e morrem tanta vez enquanto vivem, são eternos como é a natureza.


A beleza dos poemas de Violeta Parra:

Mi vida, los pueblos americanos,
mi vida, se sienten acongojados,
Mi vida, porque los gobernadores,
mi vida, los tienen tan separados.

Assim é o Chile, um país de contrastes, que chegou ao Brasil com a sua seleção de futebol e está encantando a todos com a sua alegria e belas jogadas em campo, fazendo jus ao seu exuberante país. Terra de vulcões, lagoas, neve, deserto e que nos fornece deliciosos vinhos, que deverão ser apreciados assistindo as partidas de futebol.

Edison Borba


ATRAPALHANDO A FESTA ( Mais uma criança morta)

         Infelizmente em meio à alegria que envolve o país e principalmente o Rio de Janeiro, pela realização da Copa do Mundo de Futebol, Luiz Felipe, um menino de quatro anos, morreu atingido por uma bala perdida que atingiu a sua cabeça.
Mesmo estando dentro do quarto de sua casa e protegido pela mãe, Luiz não conseguiu se livrar de uma bala, a famosa perdida – bala perdida, que atravessou a janela e o matou.
Localidade de Costa Barros, subúrbio do Rio de Janeiro, 25 de junho, 4ª feira, Luiz Felipe, mais um brasileirinho a entrar para a estatística dos mortos na luta entre a polícia e traficantes.
Um jornalista do SBT  (Emissora de Televisão da RJ), em meio ao confronto, mostrou a luta travada entre os moradores da comunidade em que o menino morava e a polícia. Pneus queimados, pedras e bombas de gás lacrimogênio completam o triste quadro. Este tipo de confronto, já se tornou comum acontecendo em outras situações.
Quem atirou? De onde veio à bala? Quem são os culpados pela morte do Luiz Felipe? Estas e outras questões nunca conseguem ser respondidas. Sabemos que o menininho de Costa Barros, não foi o primeiro e nem será o último a morrer vitimado pela guerra urbana que existe em várias cidades brasileiras.
Desculpem por atrapalhar a festa, mas Luiz Felipe, brasileirinho de quatro anos, não terá a oportunidade de continuar a chutar a sua bola e nem de assistir aos jogos que ainda acontecerão na Copa do Mundo.
Até quando continuaremos a acompanhar este tipo de tragédia?
Edison Borba

GRÉCIA – EM TEMPO DE COPA NO BRASIL

       A seleção de futebol da Grécia, independente dos resultados alcançados durante os jogos, deve ser reverenciada, por ser a representante de um dos maiores patrimônios da humanidade. Os Jogos Olímpicos, o teatro, a filosofia, a política, as artes e tantos outros tesouros que usufruímos tiveram seu nascimento em terras gregas.
Seus pensadores como, Aristóteles, Sócrates, Tales de Mileto, Pitágoras, Demócrito e tantos outros, enriqueceram a humanidade com seus estudos. O mundo deve à Grécia, grande parte da sabedoria que exibe nos dias de hoje.
Não podemos esquecer o fascínio do Monte Olimpo e seus deuses, como Zeus, o que possuía o poder do relâmpago, que deixou em sua prole Hércules e Perseu, semi-deuses. A beleza de Hera e a força de Poseidon, ainda nos encantam.
Em tempo de Copa do Mundo de Futebol, os atletas em campo, transforma-se em deuses ou semi-deuses, lutando pela posse da coroa de louros. Todas as equipes são vencedoras e merecem aplausos.
A Grécia, também possui um excelente acervo de filmes, obras de arte, que merecem ser vistos ou revisitados, como:
Zorba, o Grego (1964) – Direção: Mihalis Kakogiannis
O Tempero da Vida (2003) – Direção: Tassos Boulmetis
Paisagem na Neblina (1988) – Direção: Theodoros Angelopoulos
Nunca aos Domingos (1960) – Direção: Jules Dassin
Attenberg (2010) – Direção: Athina Rachel Tsangari
Dente Canino (2009) – Direção: Giorgos Lanthimos
A Viagem dos Comediantes (1975) – Direção: Theodoros Angelopoulos
L (2012) – Direção: Babis Makridis
A Eternidade e Um Dia (1998) – Direção: Theodoros Angelopoulos
Alpes (2011) – Direção: Giorgos Lanthimos
Terra de belas mulheres e grandes atrizes como Melina Mercouri, cantora e ativista política grega, tornou-se a primeira mulher a ser Ministra da Cultura na Grécia.
Os gregos, sempre deverão estar entre os atletas de qualquer competição mundial!
Edison Borba
 

 

 

 

“SELFIE DA MORTE” (Quem sou eu?)

        A nova mania de fazer “selfie” cresceu rapidamente, como uma necessidade da busca pela identidade. É  preciso fotografar “eu” sorrindo, “eu”cantando, “eu”gritando, fazendo caretas, mostrando a língua, com amigos, sem amigos, na multidão, em casa, com o cachorro e até “eu” chorando.  
É possível, que após fazer tantas fotos (selfie) de eu mesmo, e colocá-las lado a lado, ou quem sabe colar uma nas outra eu possa ter noção de quem sou eu.
O grande problema, é que as máquinas de “fazer” fotos, não conseguem radiografar o interior humano. As diversas faces que eu demonstro, são mascaras que “eu” uso conforme a necessidade. Eu me faço ser diferentemente, dependendo da ocasião. A possibilidade de expressar facialmente emoções não sentidas é uma condição humana. Portanto, eu posso passar a vida representado por faces, sem  revelar meus verdadeiros sentimentos, sem nunca demonstrar e nem saber quem sou.

Talvez, seja este o grande barato de viver: inventar para cada dia, uma cara e exibi-la circunstancialmente, tocar a vida, sem tentar mergulhar nas águas profundas. Ficar apenas na superfície, deixando-se levar pelo balanço da maré.

Fazer “selfie” apenas dos momentos agradáveis e felizes. Exibir os risos e sorrisos. Gargalhadas e risadas. Fazer caretas da vida, postar no “face”e esquecer que tudo está pendurado por um tênue fio, que poderá se partir a qualquer momento, como o que aconteceu com a jovem americana, Collete Moreno, de 26 anos, que morreu oito minutos depois de tirar um “selfie” dentro do carro a caminho de sua festa de despedida de solteira, no Estado do Missouri, transformando-se na manchete:

      “Noiva faz “selfie” pouco antes de morrer em acidente de carro”.
Edison Borba

segunda-feira, 23 de junho de 2014

SALÃO DE BELEZA “PHYLLIPI COIFFEUR”

         Horas antes dos jogos, a rapaziada corre atônita pelo camarim, isto é, pelo vestiário, cada um buscando vaga em frente aos grandes espelhos de cristal. Escovas, tinturas, bases,  tesouras, delineadores, protetores solar, cremes  e tantos outros instrumentos importantes para mais um jogo da Copa do Mundo de Futebol.

Combinar a cor da chuteira com a do uniforme e não repetir a que foi usada no jogo anterior, é um grande problema que o Cheff Phyllipi vem enfrentando. Outra questão preocupante é com as cores dos cabelos. Os organizadores do evento trouxeram de vários países, uma grande quantidade de tinturas de diversas tonalidades. Dizem os olheiros, que quase aconteceu um problema entre dois atletas que escolheram por coincidência a mesma tintura para os cabelos. Mas o Cheff conseguiu resolver o problema, usando um produto que acrescentado ao shampu, permitiu uma sutil variável na cor, atitude que acalmou os jovens briguentos.
O cabeleireiro da seleção brasileira está com princípio de estafa. A cada jogo ele precisa criar novos penteados. O profissional está enlouquecendo para conseguir  enorme quantidade visuais. Estilo moicano, liso, com franja, sem franja, cortado com tesoura, cortado a  navalha, com topete, espetado, aparado apenas na lateral (da cabeça), com cachinhos, escovado e outros estilos criados pelos próprios galãs da bola.
Outro complicador fica por conta das namoradas, noivas, amantes mais conhecidas como Maria Chuteiras, que algumas vezes querem combinar o estilo do seu galã atleta com o do seu cabelo e até do seu vestido.
Nunca aconteceu uma copa como esta!!!
Lindos mancebos correndo pelo gramado, usando desodorante anti transpirante, para não manchar a camiseta; penteados ousados e sapatilhas douradas, ou melhor, chuteiras, tudo em grande estilo, para acentuar a imagem dos jogadores.
No intervalo, profissionais da beleza, correm para que em quinze minutos, os atletas estejam lindos, cheirosos e penteados para mais 45 minutos de jogo. Aliás, outro problema está em manter a elegância durante tanto tempo de confronto. Há uma proposta do sindicato dos jogadores, exigindo que a cada meia hora de jogo, interromper a partida por dez minutos para que as maquiagens sejam retocadas. Os patrocinadores apoiam totalmente esta decisão.
Ouvido por diversos jornalistas, o gerente do salão, declarou que irá tirar férias em Paris, após o encerramento desta concorrida competição. Lá ele pretende fazer cursos de beleza, ficar atualizado  para novos campeonatos.
Antes de cada jogo, um “frisson” toma conta dos belos jogadores, que ficam ansiosos para desfilar na passarela verde dos estádios, sorrindo para as câmeras das emissoras de televisão exibindo suas  maquiagens e  penteados.      
Vencerá o torneio aquela seleção, cujos jogadores, se mantenham firmes sem quebrar o salto!
Edison Borba

METAS DOS TIROS

        Em tempo de Copa do Mundo, um vocabulário futebolístico invade o nosso dia a dia. Penalti, lateral, arremesso, falta, drible além de outros termos que caracteriza o mundo do futebol.
Alguns locutores vibram, gritam quase perdem o fôlego quando anunciam um gol, principalmente quando existe dúvida quanto ao respeito às regras. Um balaço contra as redes, um petardo violento bateu na defesa rival e foi direto para o fundo da rede, são observações ouvidas durante os confrontos entre as seleções rivais.
A bola recebe diversas denominações, como: redonda, rechonchuda, petardo e outros nomes criados conforme o local onde o jogo esteja sendo realizado.
Porém, qualquer que seja a partida, as seleções, os locutores, os juízes e bandeirinhas, os chutes e os tiros de bola, possuem sempre uma única meta, as redes.
Durante os 90 minutos de um jogo, os chutes, as boladas, as cabeçadas, as bicicletas e os tiros com as bolas, “repetindo para não esquecer”: possuem sempre uma única meta, as redes.
Porém, infelizmente, mesmo com a Copa acontecendo no Brasil, outros tiros, feitos com armas de verdade, continuam acontecendo. Dois mortos e três feridos foi o resultado de uma peleja entre traficantes e policiais.
Os confrontos aconteceram na noite deste último domingo, 22 de junho,  na Rua Joaquim Queiroz e no Beco do Desabamento, no Complexo do Alemão, Rio de Janeiro.
As balas, foram atiradas aleatoriamente, não havendo meta definida, fazendo vítimas, três jovens: Gabriel Ferreira e Lucas Lima morreram, outro jovem ficou apenas ferido. Outras balas, também sem meta atingiram dois policiais militares, um deles, o soldado Fábio Gomes da Silva.
Tiros de meta e meta dos tiros, uma comparação que não podemos deixar de fazer.
Confronto entre seleções de futebol, gostamos de assistir.
Tiros aleatórios, que ferem e matam pessoas, nos causam tristeza e dúvidas: até quando vamos presenciar?
A festa continua, o espetáculo não pode parar, os jogos continuarão a ser realizados, mas impossível não comentar os tiros sem meta, que se transformam em manchetes de jornal, como esta:
       Tiroteios deixam 2 mortos e 3 feridos no Complexo do Alemão (RJ), na noite de 22 de junho.
Edison Borba

domingo, 22 de junho de 2014

REFLEXÕES EDUCACIONAIS ( Ações inusitadas!)

      O Brasil amanheceu diante de uma situação inusitada, em todas as regiões do país, crianças e jovens, estudantes da rede pública de ensino, resolveram cruzar os braços, fechar os cadernos e livros, em protesto contra a situação educacional do país. Até nas creches, os bebês estão promovendo a “choradeira legal”,  um momento em que todos choram ao mesmo tempo, protestando contra a falta de vagas, para outros bebês.
Correspondentes espalhados em todo o Brasil, afirmam que o barulho da choradeira é ensurdecedor e dizem que os bebês já pretendem organizar outra manifestação, que será batizada como “vamos sujar as fraldas”. As professoras crecheiras estão apavoradas com o que poderá acontecer, se esta ameaça vier a acontecer.
A imprensa do mundial volta seus olhos para o ineditismo da situação: pela primeira vez no mundo, são os alunos que exigem respeito  e clamam por melhorias educacionais.
Já se sabe da adesão de escolas particulares, que estão solidárias aos companheiros estudantes  da rede pública e também deverão promover movimentos contra o tratamento desigual e o preconceito social educacional.
A cada momento, numa cidade os brasileirinhos promovem ações, como:
>um milhão de redações para o Planalto. O líder desta ação, um menino de sete anos do ensino fundamental, convoca a todos os colegas a escreverem redações, contando as dificuldades que encontram para estudar e, enviá-las  para o Planalto da Alvorada, alerta para não esquecer de colocar o nome completo, o nome da escola e o endereço, para que fique comprovado a veracidade da carta.
>um grupo matriculado no ensino médio, convoca a todos para a leitura nas praças. Numa determinada hora do dia, em todos os estados brasileiros, as praças deverão ser ocupadas, por estudantes e seus livros. Em atitude séria e educada, todos deverão promover um “estudaço”. Os jornalistas esperam por esse momento único, quando milhares de jovens, lendo pacificamente,  demonstrarão  do quanto querem respeito.
Os políticos, gestores escolares e até mesmo os professores, estão diante do ineditismo histórico desta situação. Crianças e jovens querem vez e voz para exigir respeito aos seus direitos.
Há informações sobre os alunos do ensino técnico, que organizaram planilhas sobre os custos com a educação no Brasil. Analisaram os percentuais e estão para divulgar informações estarrecedoras, que serão espalhadas pelas redes de comunicação.
Até os alunos do EJA (Educação de Jovens e Adultos), resolveram aderir ao movimento apoiando as classes mais jovens. Mesmo cansados pela jornada de trabalho e estudos, não querem ficar de fora desta ação, inédita em todo o mundo.
Até o fechamento desta edição especial do  “Reflexões Educacionais”, as informações que chegavam é que o movimento já atingiu escolas da rede rural, localizadas nos municípios mais distantes das capitais e que  estudantes indígenas também aderiram ao movimento.
Impressionante é a organização; tudo acontecendo tranquilamente, sem problemas. Diversas oficinas estão sendo realizadas nas praças e ruas, estudantes jovens ajudam os mais novos, promovendo aulas, gincanas, palestras e várias ações educacionais.
A imprensa tentou encontrar um líder, alguém que estivesse à frente deste movimento que atinge o Brasil de norte a sul, e ficaram impressionados, ao constatarem que não há lideres e sim insatisfações coletivas, e também uma enorme vontade de estudar, aprender para ajudar o país a crescer. Eles sabem que país forte é país educado!
Os alunos brasileiros querem ser tratados com respeito e dignidade. Estão dizendo não aos discursos enganadores, onde eles, os estudantes, são usados indiscriminadamente durante as campanhas eleitorais e depois esquecidos à sua própria sorte.
Estamos diante de um exemplo de consciência coletiva. Não basta ser aprovado, não basta receber um diploma, não basta ter o nome numa lista de chamada, é preciso mais do que isso, é preciso aprender, e para que isto aconteça o país precisa agir imediatamente promovendo uma grande melhoria na qualidade da sua educação.
É hora do consumidor, o estudante, reclamar dos fornecedores: os governos municipais, estaduais e o federal!
Os brasileirinhos querem educação nota dez, em obediência ao que foi exigido pela FIFA, para os atletas do futebol.
Pedem respeito, dignidade e ética para que o processo de ensino e da aprendizagem seja realmente digno de um país que se ufana de ser uma grande economia mundial.
         Vejam a seguir algumas fotos de escolas, que ainda funcionam no país
Edison Borba

sábado, 21 de junho de 2014

MARLENE – ETERNA RAINHA DO RÁDIO!

        Dia 14 de junho de 2014, o Brasil perdeu uma das mais completas artistas do nosso cenário: Marlene: cantora e atriz,  anunciada nos programas da Rádio Nacional, como: “aquela que canta e dança diferente, a inigualável, Marlene!”
Com apresentações no Waldorf-Astoria Hotel em Chicago nos Estados Unidos e no Olympia em Paris, onde se apresentou por vários meses, a convite de Édith Piaf e também em vários outros países, consagraram Marlene como uma das mais importantes cantoras brasileiras.  Infelizmente no Brasil, era  considerada por muitos, apenas como intérprete de marchinhas de carnaval.
Dona de uma incrível interpretação, Marlene, destacou-se por cantar músicas, cujas letras poderiam ser consideradas “protesto” numa época em que os artistas não mantinham envolvimento com questões sociais. Lata d’Água, Sapato de Pobre, Patinete no Morro e Zé Marmita, são algumas gravações cujas letras, tecem comentário sobre situações sociais brasileiras.
Marlene não parou no tempo, continuou buscando novos compositores e nos brindou com memoráveis interpretações de compositores como Gonzaguinha, de quem gravou “Galope” e “Geni e o Zeppellim” de Chico Buarque.
Uma trajetória de glórias nos tempos da Rádio Nacional, onde reinou por muitos anos, mantendo uma rivalidade comercial com outra grande cantora da música popular brasileira, Emilinha Borba.
Victória Bonaiutti de Martino, ou simplesmente Marlene, deixa um maravilhoso legado musical e artístico, que durante muitas gerações será lembrado pelos que amam a boa arte brasileira.
Edison Borba
 

 

 

 

 

FRANÇA – EM TEMPO DE COPA NO BRASIL

           Paris, a cidade luz, e Édith Piaff, o rouxinol francês, são inspirações para os franceses e todos os que sonham um dia conhecer essa pérola europeia.
Ver a cidade iluminada à beira do Sena é sonho de muitos amantes.
No futebol, Zinédine Zidane, também é referência, através de sua atuação em campo. Marcou gols e marcou presença; em 1998, presenteou seu país com a Taça da Copa do Mundo de Futebol.
Piaff e Zidane são marcas francesas como Chanel e Dior, portanto a seleção de futebol da França, ganhando ou perdendo deixará sempre a sua marca.

Perfumes, champanhe, roupas, charme, música e futebol tornam os franceses admirados pelo mundo. Vê-los cantar “La Marseillaise” é emocionante. É força e garra.
Édith Piaff, através de sua voz, seu cantar e seus amores, representa muito bem a França e a sua seleção de futebol representa, através de duas lindas canções: “Hymne à l’Amour” e “Non, jê ne regrette rien”.
Mesmo na derrota, não deve existir arrependimento, quando o que se faz é por amor!
Edison Borba