segunda-feira, 9 de junho de 2014

BALA PERDIDA

         Ela era apenas uma menina, que morava na comunidade de Nova Brasília, na Engenhoca, em Niterói, Rio de Janeiro. Como toda garota de 12 anos, gostava de música e de encontrar-se com as colegas durante o horário de recreio em sua escola, para contar dos seus sonhos. Seu nome: Karoline, escrito com a letra “k”,  a deixava vaidosa, pois assim ficava mais parecido com nomes de princesas.
Suas diversas fotos postadas em  “face book”, faziam sucesso. Algumas com óculos escuros, outras com roupas coloridas, às vezes séria e, em algumas fotos sorrindo, Karoline não “perdia” a pose de menina inteligente.
Movida pela onda verde amarelo, ela estava empolgada com o início da Copa do Mundo de Futebol. Seria mais uma torcedora jovem e sonhadora com  alguns jogadores,  príncipes encantados.
Mas, em 8 de junho, alguns dias antes do início do esperado torneio de futebol, Karoline foi surpreendida na sala de sua casa. Um corpo estranho atravessou o vidro da janela  onde ela estava descansando, atingindo-a mortalmente.
A menina sonhadora e uma bala perdida. Disparos das armas de traficantes. Corpo de menina sangra manchando o tapete da sala.
Karoline transformou-se em mais um caso policial a ser registrado pelo 12º BPM (Niterói). Vítima do confronto entre traficantes que atuam no Morro dos Marítimos com os que dominam a Nova Brasília.
As Equipes da Divisão de Homicídios de Niterói e São Gonçalo estão investigando o caso.
Em memória da menina Karoline Rodrigues de Souza, morta por bala perdida dia 18 de junho de 2014, em Niterói, Rio de Janeiro.
Edison Borba 
 

 

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