segunda-feira, 9 de junho de 2014

QUEM AMA NÃO MATA!

       Em 1976, em Montreal no Canadá realizou-se os Jogos Olímpicos de Verão, na China, o povo chorou a morte de seu líder Mao Tse-tung ,  no Brasil as lágrimas foram provocadas pelas agruras da Escrava Isaura, que na telinha dos televisores teve a excelente  interpretação da atriz Lucélia Santos. Os ingleses lamentaram a morte da  escritora Agatha Christie, a rainha dos contos de mistério e os brasileiros questionaram o misterioso acidente automobilístico, que levou à morte o Presidente Juscelino Kubitschek.
Nas discotecas os corpos balançavam sob o som de “Fly, Robin, Fly”, enquanto Elis Regina explodia em emoção cantando “Como Nossos Pais”. Os paulistas vibravam com a inauguração da rodovia dos Imigrantes e os americanos com o pouso da sonda Viking I no planeta Marte.
Antes do término deste ano bissexto, uma tragédia passional abalou a sociedade brasileira. Às vésperas do réveillon, dia 30 de dezembro, no paradisíaco balneário de Búzios, no Rio de Janeiro,  uma bela  mulher foi assassinada pelo marido. Ângela Diniz, elegante frequentadora dos mais requintados salões, foi duplamente morta: seu corpo, atravessado pelas balas de um revólver e sua imagem pelas injúrias de um país machista.
A morte de Ângela abriu uma terrível cortina sobre as questões de honra, fidelidade e amor. Seu marido e carrasco,  foi aplaudido ao sair do Fórum. Homens e mulheres condenaram Ângela, e transformaram o algoz em símbolo da masculinidade brasileira.
O caso Ângela Diniz, não pode ser esquecido, nele estão inseridas questões como: matar por amor, matar em defesa da honra, matar por ciúme e matar porque sou homem - situações que não podem ser admitidas em nenhuma sociedade.
 1976 – ano bissexto – ano de Saramandaia, das sete notas dez de  Nadia Comaneci e da fundação da Apple Computer por Steve Jobs.
Nas ruas o povo cantarolava Pavão Mysteriozo.
O tempo passa mas as lições devem ficar!
Quem ama não mata!
Edison Borba
 

 

 

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário