A
luta para atrair a atenção dos jovens estudantes, e fazê-los mais tranquilos
durante os exames de vestibular, leva
professores a atitudes extremas. Um importante colégio do Rio de Janeiro, às
vésperas do vestibular de 2014,
produziu um vídeo no qual vários
professores fazem a versão de “Beijinho no Ombro”, música da Valesca Popozuda.
Fantasiados e caracterizados como a cantora, eles dançaram com a intenção de
aliviar o estresse da garotada. Este tipo de ação não é novo, apenas o formato é que está tomando dimensões que
valem uma boa reflexão.
Nos anos cinquenta, havia um excelente professor de
matemática (anos 50 – Colégio Dois de Dezembro / Méier / RJ), Jair Lessa Mota
Reis, com o qual tive a honra de
estudar, que inventava pequenos versos
musicais, para ajudar seus alunos a enfrentar o tão difícil mundo dos
números. Nos anos sessenta vários cursos
de vestibular, usavam técnicas para fixação de conteúdo, através de músicas, versos
e algumas coreografias. Sempre buscando inovar, os professores dos cursos
pré-vestibulares criavam formas variadas, para tornar as cansativas aulas em
momentos menos tensos. Nas páginas das apostilas apareciam frases de estímulo e
divertidos desenhos que ajudava aos estudantes na hora de fixar complexas
fórmulas. É sempre válido, que os mestres busquem caminhos que possam
transformar o processo de ensino e aprendizagem, mais prazeroso, porém
precisamos ter o cuidado de não ultrapassarmos limites. Estudar é “coisa”
séria, aprender exige concentração e esforço, os educadores precisam conduzir
os alunos ao exercício reflexivo entre diversão e trabalho. Precisamos ser seletivos quanto à escolha do
material pedagógico que será usado, mesmo que seja apenas para descontrair os
estudantes.
É
sempre bom refletir!
Edison Borba
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