quarta-feira, 30 de outubro de 2013

SERÁ QUE TEM GRAÇA? (de novo!)

              Mais uma vez, o novo humorismo, ou a nova fórmula de humor, perdeu as rédeas. Em outras ocasiões, os “jovens” humoristas, considerados revolucionários quanto aos novos formatos de humor já tiveram seus nomes processados, ao passarem dos limites, quando ao tentarem fazer uma piada, ofenderam e magoaram pessoas sérias da nossa sociedade.
            Novamente, uma mulher foi vítima desse falso humor. Da mesma forma que em anos anteriores, uma jovem grávida caiu nas redes dessa nova onda humorística,   agora foi a vez de uma doadora de leite materno. Michele Rafaela Maximiano, mãe de dois filhos, moradora na cidade de Quipapá, em Pernambuco, uma das maiores doadoras de leite materno, no mundo, sofreu “bullying”.
Essa brasileira merece de  nós todo o respeito possível. Ela salva vidas doando seu leite. Ela alimenta crianças e dá vida ao Brasil. Michele merece receber medalhas da nossa Presidente e aplausos de todo o país. Merece ser condecorada e homenageada por todos que sabem da importância do leite materno para a sobrevivência infantil.
            Lamentavelmente, foi mais uma vítima do novo falso humor.
            No livro, “Complexo de Viúva”, lançado recentemente, a crônica da página 74, aborda essa triste realidade.
           
“Fazer rir, ser engraçado, saber fazer humor é uma difícil arte, que requer inteligência e sutileza. Existe um limite entre fazer rir e ofender. Ser engraçado ou ser desgraçado, eis a questão?”
 
            Rir faz bem a saúde e uma boa gargalhada “desopila” o fígado. Rir é terapia. Grupos de teatro frequentam hospitais para levar a alegria aos que sofrem graves problemas de saúde. Carlitos, Arrelia, Carequinha foram palhaços sérios, que através de suas cambalhotas levaram felicidade a muitas pessoas.
            Outros homens e mulheres souberam fazer rir e pensar, quando brincavam com assuntos sérios, porém na medida certa. Sem ofender e nem agredir, eles criticavam, satirizavam e denunciavam questões de relevância social
Atualmente temos acompanhado o surgimento de um novo tipo de humor (??!!??). Caracterizado por textos ofensivos, preconceituosos e agressivos que ridicularizam e depreciam pessoas numa tentativa de fazer rir. Usando como pano de fundo, o humorismo verdade e jornalístico se tornaram inconvenientes e em nada contribuindo para o uso do humor como um caminho para defender e lutar por causas nobres, como a luta da mulher contra a violência, os direitos do exercício de preferências religiosas e sexuais, a sobrevivência de nossas crianças entre outras causas.
Esse novo formato de humor será que tem graça?
Edison Borba

GILDA, A MULHER INESQUECÍVEL!

        Desde que se criou o teatro, o cinema e a televisão, os amores por personagens tornaram-se uma situação comum. Não só os fãs  confundem os atores com personagens, como os próprios artistas, misturam suas personalidades, a tal ponto que alguns não sabem verdadeiramente quem são.
Nos anos quarenta, Gilda, mulher vivida por Rita Hayworth nas telonas dos cinemas, apaixonou o  mundo com seus belos cabelos e um streep-tease, que nunca se completou. Até hoje, nunca haverá uma mulher como Gilda!
Uma das mais interessantes atrizes, Liz Taylor, casou-se várias vezes, repetindo a dose com Richard Burton, com o qual  vários personagens foram seus amantes, menos a verdadeira Elizabeth Rosemond Taylor, essa, a inglesa de olhos de violeta, talvez numa tenha sido amada por ninguém.
As revistas especializadas em “fofocas” possuem farto material de atores apaixonados por atrizes e vice versa, após a gravação de uma novela e ou então ao final de uma filmagem. A troca  de pares é intenso sob as luzes da ribalta. Personalidades do mundo cênico musical, que perdem sua verdadeira identidade. Trocam o nome de batismo pelo artístico, e a cada “papel” interpretado, se transformam como camaleões, num intenso mimetismo, que os deixa  mais fracos, inebriados e perdidos entre seres que não são, a não ser na ficção.
Amores, casos, encontros em motéis, escândalos, separações, acusações, brigas, declarações escandalosas, exposições de intimidades, brotam como capim. Alguns casais  conseguem ter vida longa em seus relacionamentos. Talvez seja uma questão de amadurecimento, equilíbrio, saúde mental e segurança em relação à profissão. Os casais que sobrevivem no meio artístico geralmente,  é formado por atores e atrizes, que não se perdem no caminho do sucesso. São pessoas equilibradas, estudiosas e que não dependem dos espetáculos  para serem reconhecidas. São capazes de distinguir cenas de palco e a vida real.
Nos últimos anos, com o aparecimento de vários de atores, cantores de fama duvidosa e bastante efêmera, a dança dos casais está cada vez mais intensa. Talvez essa seja uma forma de se manter na mídia. Quando falta o talento, o escândalo é uma saída de emergência, para manter a fama e não perder dinheiro.
Declarações apaixonadas na primavera, fotos na praia no verão, brigas no outono e separação no inverno. E assim de forma cíclica, os casais vão trocando de cama e alguns produzindo crianças, que após algum tempo já não reconhecem de quem são filhos: - das pessoas verdadeiras, ou dos personagens que os pais “encenavam” quando foram concebidos?
Vida louca que faz alguns casamentos milionários, terminarem na lua de mel. Situações patéticas, com igrejas lotadas, noivas grávidas arrastando longos véus, convidados famosos, comida e bebida, tudo para festejar tristes e ridículas relações.
É pena, que o amor seja tão banalizado entre pessoas que pertencem a um grupo, que goza de prestígio social. É provável, que de tanto se apaixonarem nas histórias, elas percam a noção de realidade. Vivem tantas e outras vidas, que se perdem da realidade.
Envolvem-se em relacionamentos temporários, seus amores são como barras de chocolate, se dissolvem com o calor da união. Elas se perdem em cenas ensaiadas e estão sempre no mundo da fantasia. Tentam ser felizes em suas histórias irreais, mas nunca terão um final com a eterna magia do “e foram felizes para sempre”.
Enquanto isso Gilda continuará reinando, absoluta, pois nunca haverá uma mulher como ela, que nunca existiu!
Edison Borba

terça-feira, 29 de outubro de 2013

PAÍS (quase) TROPICAL

        “Moro num país tropical.  Abençoado por Deus e bonito por natureza”.
Em fevereiro tem carnaval e depois tem eleição.
Meu país é muito belo  tem palmeiras bem altas, onde cantam sabiás, mas em Brasília, vivem muitos carcarás, sempre prontos a comer, o que é do povo, que vive “a cá”. As aves espertas fogem, e não gorjeiam por mais por  lá.
Inteligentes estas aves, sabem o perigo que correm, são valiosas e poderão ser enjauladas e vendidas por bom preço em qualquer praça que se interessar, o que eles querem é lucrar.
Sou  cidadão, classe média e vou driblando a vida, mesmo devendo ao cartão, ao banco e ao “seu” João. Sou feliz comigo mesmo, devo não nego e pago quando puder. O que tenho é meu,  não tirei de ninguém. Tenho a consciência tranquila, sou igual ao sabiá, que gorjeia aonde chega, canta aqui e acolá.
Durante as noites me ponho a cismar:  como dormem os políticos, empresários e doutores, que vendem as nossas palmeiras e também os sabiás. Os que cortam  árvores dos bosques  destruindo a vida que ainda existe por lá. Roubam o dinheiro do povo e pedem voto, aqui, ali e lá! Dormem pesadamente sem remorso nenhum, de enganar  eleitores, gente humilde e sempre crédula, que um dia tudo vai mudar.
Mesmo não sendo um “band leader”, meus amigos e camaradinhas me respeitam. Sou simpático e levo  minha vida com alegria. Aos lugares que compareço sou sempre bem recebido, sou cidadão honesto e trabalhador.
Não sou demagogo nem quebro às regras, sou brasileiro e amo a vida. Ando com CPF  identidade e  carteira do trabalho, sou profissional operário vivo equilibrando o salário.
Não estou desempregado e nem  político sou, que  profissão (??!!) mais  estranha,  situação engraçada: nada fazem, tudo podem, são protegidos por  leis, andam na contramão, são tratados por doutor e nem diplomas alguns têm.
Que ”belezura” de vida gozam esses senhores e senhoras também! Comem e bebem à vontade, viajam pra todo lugar, nem precisam a mão no bolso botar. Quando pagam alguma conta, é com o dinheiro do povo, que eles muito espertos sabem muito bem “manobrar”.
Não permita Deus que eu morra sem ver minha terra “consertar”, pra que meu povo desfrute de seus primores e amores.
Que haja mais sabiás nas palmeiras a cantar.
Que tenha política séria, respeito aos cidadãos, mais escolas  para a meninada estudar e hospitais de qualidade para a gente se tratar.
Essa  terra tão fagueira, tem lindas praias  cachoeiras, verdejantes matas e um lindo céu azul.
Nas noites estreladas eu e minha companheira gostamos de desfrutar de toda essa natureza.
Que permita Deus um dia possamos nos orgulhar de um país mais justo e digno, com democracia séria que respeite os habitantes e até os sabiás!
Edison Borba
 

 

 

 

domingo, 27 de outubro de 2013

REFLEXÕES SOBRE O HORÁRIO DE VERÃO.

            Começou em alguns estados brasileiros mais um horário de verão. Isto significa que até o final da estação do calor, alguns cidadãos acordarão uma hora mais cedo. As autoridades alegam que tal medida gera uma grande economia de energia.
Num momento em que salvar o planeta deve ser a meta de todos os seres humanos, encaremos essa mudança como a nossa parcela de contribuição.
Deixando de lado os transtornos biopsicológicos que nossos organismos deveerão apresentar, para realizar as suas necessidades pessoais (dormir / acordar / digerir / defecar) se adaptem ao novo sistema, o importante é a economia. Em pouco tempo todos estarão integrados (??!!)  ao novo horário, que logo terminará, exigindo outras adaptações, mas isso faz parte da rotina.
Muito interessante, nesse tempo de calor, biquínis e sorvete é acompanharmos as entrevistas que são realizadas, sempre que essa regra é adotada.
Jornalistas animados fazem a mesma pergunta (em todos os canais de televisão e emissoras de rádio):
- O que você vai fazer para aproveitar essa hora a mais? Hora a mais?
- Que matemática os nossos jornalistas estão usando?
- Continuamos a trabalhar a mesma “quantidade” de horas, minutos e segundos.
Importante lembrar: não ganhamos hora nenhuma!
Adiantamos nossos relógios, acordamos mais cedo, entramos mais cedo no labuta e saímos após cumprirmos a mesma carga horária no escritório, fábrica, loja, escola e demais postos de trabalho. Voltamos para casa, mas o nosso organismo, continua em conivência com o horário antigo, logo o sono não virá uma hora mais cedo, mas o relógio tocará uma hora mais cedo.
Atenção senhores entrevistadores para esse pequeno detalhe.
Voltando ao tema, outra questão interessante fica por conta dos entrevistados. A maioria responde que irá a praia. Até aqueles que residem bem longe do mar, afirmam que irão jogar seus corpos ao mar. Temos a impressão que o Estado do Rio de Janeiro tem mar por todos os lados. Será que moramos numa ilha?
Por que, essa resposta é a preferida? Provavelmente seja em função das entrevistas serem realizadas nos calçadões praianos.
Apresentamos como sugestão, movimentar os microfones para os portões das fábricas, estações de trens, pontos de ônibus de preferência fora da zonal sul da cidade.
Provavelmente, teríamos uma maior variedade de respostas.
Faz tempo que ouvimos as mesmas perguntas e as mesmas respostas. Talvez haja medo do preconceito, e neste caso os que moram longe da orla, criam a resposta praiana ou completam com as esticadas nos bares.
Sendo assim, fugimos de uma reflexão mais detalhada sobre a adoção de tal medida. Se todos os cidadãos e cidadãs mostram-se felizes com o “ganho” de mais uma hora em suas vidas para beber chope e mergulhar nas águas de Iemanjá, questões mais sérias deixam de ser abordadas.
Respeitemos o horário de verão. Vamos colaborar com a economia de energia. Porém, faz-se necessário, informar a população sobre o que poderá ocorrer com os organismos e passar orientações de como sobreviver a essa mudança, com menos problemas de saúde. A função da imprensa é informar ao povo, de forma clara e ética, sem fantasias que agradam aos poderosos  criando no cidadão trabalhador constrangimentos e informações duvidosas.
 Após essas reflexões, vamos todos ao mar para bronzear o corpo ou aos bares para gastarmos nossos poucos reais e aproveitarmos essa hora extra! (piada - risos)
Edison Borba

sábado, 26 de outubro de 2013

TRABALHA CRIANÇA... TRABALHA!

Menino empina pipa

Mais de 168 milhões de crianças trabalham no mundo.

Menina brinca com bonecas

Crianças de cinco anos fazem trabalho adulto

Meninos e meninas brincam juntos de casinha

A erradicação desse problema exige mais diálogo entre autoridades

Meninos na gangorra meninas nos balanços

A população mundial  não fica indignada com a exploração do trabalho infantil

Meninas na gangorra meninos nos balanços

Acabar com essa tragédia deveria ser uma questão prioritária em todo o mundo

Crianças rodam pião

Meninas usadas nos trabalhos domésticos são molestadas sexualmente

Crianças correm alegres pelos campos

O trabalho infantil é o retrato do fracasso das políticas sociais

Crianças se reúnem para ouvir histórias

Facões e facas são manipulados por crianças de cinco anos de idade

Meninos e meninas em volta da mesa bebem leite e comem frutas

Grande parte das crianças exploradas no trabalho,  estão desnutridas

Crianças alegres riem e cantam brincando de roda

O trabalho escravo na infância destrói a formação de cidadãos produtivos

Meninos e meninas caminham alegres para as escolas

A exploração de crianças através de trabalho é proibido  por lei. Que lei?

É lindo vermos meninos e meninas brincando e estudando

Crianças que crescerão saudáveis e se tornarão cidadãos éticos

Os países crescerão e produzirão mais para o conforto das famílias e alegria das crianças

No Brasil, não haverá crianças exploradas por adultos inescrupulosos.

O mundo, um dia acordará para esse problema!

Quando? Não sabemos! Mas, um dia ... um dia ...

Enquanto isso, para as crianças exploradas o que existe é mais e mais dias de trabalho!

Edison Borba

 

 

 

 

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

PACIFICAÇÃO?

           Temos acompanhado o excessivo uso da palavra pacificação, porém, o que assistimos com frequência, são situações que em nada lembram paz. A presença de policiais nas comunidades e por mais boa vontade que a maioria deles e dos moradores, tenham para a paz ser conquistada tudo não passa (ainda) de ocupação.
Prédios simples, as UPPs são construídas em espaços entre as casas das famílias,  traduzindo apenas as intenções da pacificação. Os governos (federal, estadual, municipal) ainda não investiram o suficiente para transformar as comunidades  em bairros. O que se fez é pouco, diante das necessidades. Escolas, creches, espaços para laser, unidades médicas, urbanização, limpeza urbana, saneamento, iluminação entre outros benefícios  ainda não estão integrados aos ambientes onde as UPPS foram implantadas.
Em algumas comunidades, apenas áreas televisionadas  e usadas como rotas de turismo, receberam maquiagem como as de um cenário para teatro. Os reais benefícios prometidos ainda estão muito longe de acontecer. Falta  a população do Rio de Janeiro, informações reais, sobre o que tem sido feito no interior das comunidades. Não basta apresentar cenas de novela é preciso mudar a realidade. Para nós que não moramos nesses locais, fica dúvidas, quando ouvimos que nos lugares já pacificados (??!!), estão acontecendo confrontos entre policiais e bandidos, além da ação das milícias e guerra entre traficantes.
Seria mais correto e ético, não alardear o termo pacificado, estamos num longo processo, que vai durar algum tempo até que o Rio de Janeiro seja unificado e pacificado. Precisamos, que em nosso estado e cidade  não haja preconceitos de moradia e que possamos visitar amigos e parentes na Pavuna, no Leblon, na Rocinha, no Méier, em Ipanema, no Grajaú, no Alemão, em Olaria ou qualquer bairro ou até cidades da baixada fluminense sem medo e constrangimentos.
Enquanto houver barreiras, não haverá pacificação. Após anos da implantação  da primeira UPP, ainda continuamos sofrendo sérios problemas sociais que  não foram resolvidos. Com a proximidade das eleições, começaremos a ouvir dos candidatos, discursos demagógicos, onde saúde, educação, moradia e segurança, serão palavras repetidas milhares de vezes.
É triste sabermos que a maioria dos candidatos, não possui compromisso com suas cidades, estado e país. Uma infinidade de partidos e candidatos e uma orgia de gastos e “conchavos” sem grandes perspectivas de mudança desfilarão pelas mídias.
Cabe a nós, brasileiros, moradores ou não de comunidades, agirmos com inteligência e não elegermos fantoches que nada mais querem do que um cargo e um palco para fazerem as suas exibições, às nossas custas.
É hora de derrubarmos os muros que dividem pessoas e caminharmos todos pelas mesmas calçadas sem receio de estarmos entrando em território perigoso onde quem é estranho, entra e não sabe se vai sair.
Precisamos de políticos, empresários, policiais e cidadãos realmente comprometidos com a pacificação de todo o território nacional.
Edison Borba

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

NOSSOS AMIGOS, OS ANIMAIS!

           Desde os antigos tempos que cobaias são usadas para testes laboratoriais. Os famosos ratinhos colocados em labirintos, os cães usados pela psicologia testando o condicionamento e outros tantos, animais, que deram suas vidas em benefício da humanidade. Até seres humanos, se candidatam para testarem produtos químicos, que ainda não possuem resultados positivos para serem liberados para uso. Na década de cinquenta, a cadela Laika, viajou pelo espaço, para testar a sobrevivência fora do planeta Terra. Laika teve seu nome gravado nos nossos corações, por ter sido “usada” como um experimento para ciência mundial.
 
Toda e qualquer experiência  deve ser realizada em obediência a um código de ética (bioética), onde limites precisam ser considerados e a  idoneidade do ser que estiver colaborando para a pesquisa  respeitada.
Atualmente, com a evolução dos aparelhos e produtos laboratoriais, o uso de seres vivos para experimentos, diminuiu consideravelmente. Porém, ainda existe a necessidade de em alguns casos, o uso das células de seres vivos, serem utilizadas para alguns testes. Infelizmente, nem sempre os códigos de ética são respeitados e nesse caso a dignidade do ser que está sendo utilizado em benefício da humanidade, é violentamente desrespeitada.
As entidades que cuidam da proteção dos animais devem estar sempre alerta para que não haja desrespeito, não só nos laboratórios, mas também em comerciais, telenovelas, rinhas e programas circenses e teatrais. Todos os seres vivos merecem respeito não só quanto ao seu corpo físico e fisiológico, mas também quanto à sua imagem, que não pode ser aviltada através do uso de fantasias, que o ridicularizem.
O recente incidente envolvendo cães e laboratório de pesquisa, merece reflexões, quanto as nossas  relações com seres de outras espécies. Há poucas semanas, foi mostrado num jornal de uma emissora de televisão o grave estado de saúde dos cavalos que puxam as charretes na ilha de Paquetá. Doentes e maltratados, os indefesos animais são expostos ao ridículo por toda a ilha.
Os cães condenados à morte pelo prefeito da cidade de Santa Cruz do Arari, do estado do Pará chocaram a sociedade. Provavelmente mais de trezentos animais foram sacrificados. Outra calamidade acontece no período das férias escolares quando uma grande quantidade de animais,  abandonados, pelos donos, vagam pelas ruas das cidades.  A irresponsabilidade de famílias, que para agradarem seus filhos compram animais para abandoná-los quando saem de férias. Animal não é objeto, não é brinquedo e não é descartável.
Esse triste caso dos cãezinhos usados como cobaias, deve servir para manter aberto o ciclo de discussões e reflexões sobre as relações da espécie humana com outras espécies.
Respeito e ética é o que devemos ter para com todas as criaturas do mundo. Animais de estimação devem ser mais do que estimados, devem ser amados e respeitados.
Edison Borba 

terça-feira, 22 de outubro de 2013

A HISTÓRIA SE REPETE?

          Em outubro de 2011 e  novembro do mesmo ano, duas crônicas foram publicadas neste blog e  incluídas no  livro “COMPLEXO DE VIÚVA E OUTRAS CRÔNICAS”.  A primeira tratou da guerra do acarajé e a segunda sobre o nome Mané Garrincha, com o qual o estádio de futebol de Brasília foi batizado.

Assuntos extremamente interessantes e inusitados, questionar a venda do acarajé pelas baianas, patrimônio cultural do Brasil e vetar o nome de Garrincha, um dos mais incríveis jogadores de futebol do mundo, a um  estádio no qual haverá jogos da copa do mundo de 2014 é  algo difícil de entender.

Passados dois anos da publicação desses assuntos, eles voltam à cena. É assustador perceber que o mundo gira e as histórias se repetem dando um triste sinal que o comportamento humano não muda. Apesar de tanto avanço tecnológico e do grande aumento de templos das mais diversas religiosidades, continuamos a exibir atitudes “pré-históricas”, mostrando, como os seres humanos (nós), somos difíceis de termos os nossos corações atingidos pelas palavras e ações do maior dos nossos Mestres, Jesus.

Continuamos preconceituosos, quanto ao “outro”, que segundo palavras bíblicas, é nosso irmão. Somos intolerantes e impacientes.  Egoístas  e egocêntricos. Julgamos e não queremos ser julgados. Acusamos por acusar e praticamos “bullying” social  diariamente,  quanto às idades, sexualidade, condições sociais e religiosidade entre outras questões.

No livro “COMPLEXO DE VIÚVA” além da abordagem sobre o acarajé e Garrincha, outras questões também estão se repetindo, como se o livro fosse uma obra futurista. O que podemos constatar, é que a história se repetirá, enquanto os homens e mulheres, não mudarem seus comportamentos.

Ainda há tempo para cada um de nós, incluindo eu, analisarmos nossas ações e refletirmos sobre o que queremos fazer com as nossas vidas e com o nosso planeta.

Edison Borba

“Além de proibir que o estádio Mané Garrincha seja chamado pelo nome durante suas copas, a Fifa também vetou a venda de acarajés nos arredores do estádio de futebol de Salvador (BA) durante os seus eventos”.

Livro: COMPLEXO DE VIÚVA E OUTRAS CRÔNICAS – Editora All Print / SP – Autor: Edison Borba

Crônicas: A GUERRA DO ACARAJÉ – página 78 / 79 e MANÉ GARRINCHA – página 96 / 97

 

sábado, 19 de outubro de 2013

PLANO DE SAÚDE: UM MAL NECESSÁRIO?

       Infelizmente, num país como o Brasil, ter um plano de saúde é provavelmente um “mal” necessário. Contribuímos anos e anos para a Previdência Social, sabendo que grande parcela do que é arrecadado pelo governo, desaparece antes de chegar aos hospitais públicos. Portanto, temos que alimentar a grande rede de planos de saúde. Porém, o que deveria representar conforto, segurança e tranquilidade, vem a cada ano se transformando também em pesadelo, assim como a Previdência Social.
Eu, como grande parte do povo, associei-me a um  plano de saúde, há mais de trinta anos. Nesse tempo, contribui muito mais do que usei, apesar de estar com sessenta e nove anos, sou privilegiado quanto à minha saúde. Porém, chegou um dia que fui apanhado pela necessidade de uma cirurgia. Após o susto e também realizar diversos exames, a cirurgia foi marcada para o dia 21 de setembro de 2013. Organizei minha vida, meus compromissos, remarquei atividades e esperei. Mas, no dia 20,  sexta-feira, fui  informado que meu plano de saúde havia sido encampado por outro plano, mais rico e mais poderoso.
Por esse motivo, uma nova data foi agendada, dia 19 de outubro, com a garantia que o novo plano se comprometeria em manter as garantias do plano anterior.
Pacientemente, mais uma vez,  revi meus compromissos, organizei nova agenda, remarquei aulas e esperei.
        Para minha surpresa, o compromisso não foi honrado.  Dia 18 de outubro, véspera da cirurgia, após diversos telefonemas e torpedos. Explicações e mais explicações, protocolos e mais protocolos veio à informação que a cirurgia não foi autorizada pelo novo plano de saúde, contrariando as propagandas divulgadas pelos  meios de comunicação.
        Desamparado e triste recebi um torpedo, informando que deverei aguardar até o dia 5 de novembro, pois o meu caso está sendo analisado, podendo ou não ser autorizada a realização da cirurgia.
Estou desolado pela forma com que fui tratado, por ambos os planos. Lembro que já paguei a planilha de outubro no valor de um mil  quatrocentos e quarenta e cinco  reais e alguns centavos.
Felizmente, meu organismo ainda está suportando a dor e com ela vou ter que esperar mais um longo período. Até lá permanecerei com a dúvida e a dor, contando apenas com a ajuda Divina.
Creio que se tudo acontecer dentro dos padrões exigidos pelos planos de saúde, é provável que eu ainda consiga ser operado antes do Natal.
O assunto em questão refere-se à GOLDEN CROSS e a UNIMED e também ao autor do texto: Edison Borba, cidadão brasileiro, professor, 69 anos.

quarta-feira, 16 de outubro de 2013

EDUCAÇÃO EM CRISE

          Há dias,  professores da rede pública estadual e municipal do Rio de Janeiro, encontra-se em greve. Passeatas, manifestações, reuniões, debates, acordos e desacordos estão marcando a vida da população. A mídia, os jornalistas, os comentaristas, os estudiosos e pesquisadores, estão se fartando com a crise, que infelizmente tem recebido foco apenas, no movimento greve.
Lamentavelmente, quando uma classe trabalhadora sai às ruas para lutar por seus direitos, grupos aproveitadores usam o espaço para se promoverem. Não me refiro apenas àqueles que extrapolando as regras sociais, quebram e destroem o patrimônio público e privado. Entre os aproveitadores, encontramos também políticos e outros engravatados, que tentam tirar proveito da situação. Porém, poucos aproveitam o momento, para um mergulho no processo educativo do nosso estado.
Por que uma categoria sai às ruas para reivindicar?
Como estão verdadeiramente funcionando às nossas escolas municipais, estaduais e federais?
Qual é a verdadeira condição de trabalho de todos os que labutam nas escolas brasileiras?
O que significa um plano de cargos e salários?
É verdade que um professor em final de carreira irá receber realmente o que está sendo anunciado?
Como acontece o cotidiano de um educador?
Como um professor consegue se aperfeiçoar em cursos, de mestrado,  doutorado e até pós doutorado, tendo que cumprir sua carga horária em sala de aula?
O que significa a grande variedade de horários nas redes públicas?
Por que um professor precisa trabalhar em diversas escolas, tendo que se deslocar pela cidade e até estado, para garantir seu sustento?
Essas e outras questões não são abordadas pela maioria dos canais informativos. Vários telejornais, emissoras de rádio e mídia impressa, prendem-se apenas nas manifestações e não analisam de forma cuidadosa os motivos que fazem  uma categoria, como a dos professores, se submeteram a tantos sacrifícios para serem ouvidos.
Esta não é a primeira greve de professores no estado do Rio de Janeiro, desde os anos setenta, que essa categoria pede socorro.
As ameaças são as mesmas: corte de ponto, desconto dos dias parados, reposição de aulas, inquéritos administrativos, ameaças de punição,  uso da força física entre outras barbaridades. Mas, o que não se conseguiu até hoje: diálogo, trabalho, mudanças, reformas verdadeiras que aconteçam de forma definitiva.
Muitos políticos, que ocuparam e ainda ocupam cargos até em Brasília e aqui no Rio de Janeiro são (foram?) professores e frequentaram manifestações que aconteceram em outras décadas. Alguns passaram pelas entidades de estudantes e através de suas lutas (?!?) nas bases conseguiram  governar  estados e algumas cidades.
Por que esses senhores estão calados? Esqueceram  quando atuavam nas salas de aula, compareciam às assembleias e faziam discursos inflamados em prol da melhoria da educação no país.Será que eles usaram os movimentos dos companheiros, como trampolim para as suas carreiras? Hoje, estão em seus gabinetes e alguns já aparecem nas propagandas eleitorais, pedindo voto. Será que eles não lembram mais   dos alunos e dos companheiros, os professores?
Infelizmente, é uma pena, que o movimento dos educadores seja visto apenas através das passeatas.
Infelizmente os verdadeiros motivos da paralisação,  mais uma vez não seja analisado com seriedade.
Infelizmente os pais e responsáveis não são informados sobre as verdades educacionais brasileiras.
Infelizmente após tantas lutas, lágrimas, ameaças e sacrifícios corre-se o risco de tudo voltar a ser como antes, até acontecer uma nova greve.
É tudo uma questão de tempo, porque a educação brasileira continua em crise.
Edison Borba

terça-feira, 15 de outubro de 2013

PROFESSORES – SERES ESPECIAIS.

           Finalmente é chegada a hora de partir. Após quarenta anos vivendo entre alunos, companheiros, salas de aula, pátios, reuniões, sonhos, choros, passeatas, alegrias, lágrimas, provas, sorrisos e felicidade, o adeus se faz necessário. Sair do campo, não significa abandonar o jogo.
Uma vez professor sempre professor!
Durante anos, trabalhei, estudei e sonhei com meus alunos. Ah! Quanta alegria! Quanto barulho! Quantas vozes misturadas! Saudade da convivência, da troca de carinho e do amor que conduz a tarefa de ser educador.
Na hora do recreio, a “parafernália” era grande, brincadeiras, risadas, jogos e cantorias aconteciam no pátio. E mais adiante era possível observar olhares atentos, vindos de rostos preocupados e cuidadosos, pessoas discretas e sensíveis - Os mestres! Os professores! Os parceiros! Cuidando veladamente de seus pupilos.
Que lindo quadro poderia ser pintado! Renoir, Debret, Matisse e todos os grandes da pintura, retratariam com seus pincéis mágicos esse momento único, onde criador e criatura envolvidos pelas mesmas emoções, se contagiavam pelo amor nascido nas salas de aula.
Meu professor! Meus alunos! Nossos sonhos! Nossas vidas!
Um não existe sem o outro, sobrevivem através de uma simbiose perfeita!
Ao final de cada ano, me encantava  vê-los sair, como aves que abandonam os ninhos, voarem pelos céus levando nas bagagens crenças e convicções que ser feliz é possível!
Durante todo o ano, trabalharam, estudaram e se dedicaram para a realização de sonhos. Alguns conseguiram e voaram alegres, outros necessitavam de mais cuidados. Ainda não estavam prontos e nós os mestres,  pacientemente voltávamos a acalentá-los e orientá-los, através de novas propostas. Assim, é a rotina do professor e de todos os que acreditam na educação como um processo que humaniza e transforma. Nossos sonhos valem ouro! Nossa fé não pode ser abalada! Nosso compromisso é sério e ético! Quem tem alma de educador sabe do compromisso que existe com o sorriso de cada aluno. Com o sonho de cada criança e jovem!
Mesmo distante das salas de aula, meu compromisso permanece. Sou educador por essência e continuo a lutar pela melhoria da qualidade do nosso ensino. Continuo acreditando em nosso povo e tendo esperança de que um dia sairemos do berço esplêndido.
Tenho a mania de sonhar, acreditar e lutar! Faço parte do grupo dos que são “loucos” por educação, sou professor, um ser especial!
Edison Borba

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A BENÇÃO! AS BENÇÃOS!

Humildemente peço a benção às minhas avós, senhoras de fala mansa e mãos macias, vestidas de negro, colos aconchegantes contaram para mim as primeiras histórias da vida.
Meus pais  peço a benção e agradeço pelas orientações. Mãe e pai, sempre juntos às refeições guiando a prole, e mantendo a dignidade do lar.
Peço aos meus irmãos que estendam as mãos sobre a minha cabeça e me abençoem. Obrigado pelas brincadeiras, gargalhadas, companheirismo e amizade. Obrigado por dividirem comigo, doces e biscoitos, eu o mais novo e chorão, tive em vocês minha segurança e equilíbrio.
Meus professores, olhos do universo,  mostraram-me, que o mundo era bem maior que o quintal, da minha casa. Vocês foram faróis que iluminaram meus caminhos. Peço que não esqueçam, de me abençoar.
Aos amantes, peço uma benção especial. Agradeço a oportunidade que vocês me deram de conhecer um amor diferente. Levaram-me por caminhos da paixão e também foram responsáveis pelo meu crescimento como ser humano. O prazer da chegada e a dor da partida, eu aprendi com vocês.
Meus alunos, queridos alunos! Abençoem-me! Vocês foram mestres no meu aperfeiçoamento. Vocês me fizeram melhor como pessoa. Hoje sou mais tolerante, paciente e alegre. Sou capaz de ouvir com atenção e compreender melhor a diversidade humana.
Amigos! Sem vocês minha vida seria vazia e triste! Amigos de verdade e na verdade. Capazes de serem cruéis, ao apontarem meus erros, mas de abrirem os braços e me aceitarem pedindo desculpas, para conseguir errar de novo. De vocês quero mais que a benção, quero  abraços, quero me aquecer em seus braços e sentir que sou amado do jeito que sou.
A todos que passaram pela minha vida, e que de alguma forma interferiram em minhas escolhas. A todos que surgiram em minha caminhada, às vezes me fazendo mudar o rumo, fazer escolhas, errar e acertar, rir e chorar, mas continuar cumprindo a tarefa de viver. A  vocês eu peço a benção.
Às forças da natureza, aos santos e orixás, aos ventos, as chuvas e raios. As árvores, majestosas e frondosas, que me acolheram sob seus galhos, aos animais que me deram carinho e felicidade e a todo o universo e ao seu criador, eu me ajoelho e peço  bênçãos!
Edison Borba

domingo, 13 de outubro de 2013

GRAZIE, THANKS, MERCI, GRACIAS, DANK e OBRIGADO

        Agradecer é uma atitude que tem sido esquecida por nós. No mundo do ter, pedimos mais, reclamamos mais, lamentamos mais, queremos mais e nesse universo de necessidades constantes esquecemo-nos de agradecer.
Nossa fé e religiosidade, leva-nos  a buscar os templos para pedir. Pedir para conseguir. Conseguir para exibir. E quando não conseguimos o milagre rápido e fácil, nos revoltamos, lamentamos e buscamos outras e outras igrejas, nas quais, através de barganha e promessas, imaginamos conseguir nossos propósitos. E nessa roda viva, forma-se uma gigantesca bola de neve que cresce e cresce em busca do ter.
         A famosa condição do ter para ser, uma questão invertida, pois o certo seria o ser para ter. Plantar para colher. Semear para ver germinar. Cozinhar para comer. Orar e agradecer pelo simples fato de termos vida, o maior bem que possuímos, pois o seu oposto é a morte, o maior enigma, nunca resolvido por cientistas e religiosos.
         Portanto o ato de agradecer e de espalhar boas novas deveria ser uma constante atitude humana, que se repetida inúmeras vezes por todos os povos da Terra, provavelmente, minimizaria as guerras e as dores.
         Agradecer pela família, pelos amigos, pelo trabalho, pelos alimentos, pelos dias e noites, pelas flores e frutos e pelos momentos difíceis, que nos fazem refletir e repensar a vida.
Orar pelo prazer de orar. Não relacionar  rezas a favores.
Louvar, louvar sempre em qualquer lugar, agradecendo pelo prazer de agradecer. Reunir-se sem preconceitos e diferenças de qualquer espécie numa atitude conjunta, numa grande corrente de amor e paz.
         Agradecer é ver o invisível, algo que temos e não conseguimos perceber, como os pequenos gestos de fraternidade, delicadezas sutis, atos de amor que chegam a nós, vindo de todas as partes e que muitas vezes rejeitamos. A sombra de uma árvore, o sorriso de uma criança, o carinho de um animal, o sabor de um alimento, o perfume de uma flor, o afeto que nos chega de diversas formas, mas que não conseguimos entender, perceber e agradecer.
          Obrigado a você que está lendo esse texto! Obrigado pelo carinho de reservar alguns minutos para dividir comigo essas ideias!

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 Grazas   
धन्यवा   dankzij   terima   kasih   Grazie
  благодарение    teşekkürler      спасибіc
m        ơn

 Obrigado! Muito, obrigado!

Edison Borba