quarta-feira, 2 de outubro de 2013

A ARTE DE ENSINAR e o PRAZER DE APRENDER

         O ato de aprender é intuitivo e genético nos seres humanos. A princípio, é preciso aprender para sobreviver. O instinto de preservação nos transforma em aprendiz. Uma força interna nos impulsiona para as primeiras atitudes que irão garantir a nossa existência. Para cada nova aprendizagem, as recompensas surgem,  e com elas o prazer, que nos estimula a buscar cada vez mais e mais e a lutar pela manutenção da vida.
Quando chegamos ao período escolar, somos obrigados por leis  a nos submetermos ao ensino formal. Esse momento é de vital importância para que continuemos a sentir o prazer do aprender. Apesar das regras impostas por esse tipo de aprendizagem, é necessário que haja prazer em recebê-lo. O conhecimento, imposto pela estrutura formal da pedagogia escolar, não pode deixar de estimular a vontade de aprender, mantendo a fome do saber, sempre acesa, sendo saciada gradativamente, e nos proporcionando prazer. À medida que a educação formal nos alimenta ela precisa nos provocar mais fome, de tal forma que a busca pela saciedade não se faz apenas nas salas de aula. É necessário que os aprendizes busquem saberes em museus, teatros, livros e cinemas. O conhecimento passa a ser conseguido em qualquer espaço, e se torne uma necessidade constante e insaciável.
Quanto mais  aprendermos mais vontade teremos em aprender e apreender o novo e transformá-lo em mais vontade, a tal ponto que precisamos dividir esse saber. Ler, escrever, contar e cantar, dividindo o que foi aprendido é a forma de alimentar outros seres e mantermos a nossa história viva.
Todo esse ciclo é provido pelos mestres e suas formas de trabalhar o processo de ensino e aprendizagem.  As atividades escolares devem ser lúdicas e representarem  aventuras pelo mundo do conhecimento. As metodologias precisam ser desafiadoras levando os alunos a descobrir que o aprender é desafiador e vai além dos muros escolares.
 Os múltiplos universos, que se entrelaçam nas classes transformam a arte de ensinar num jogo de satisfação, onde o educando nunca se cansa de beber das fontes culturais num movimento constante de prazer, onde o ato de ensinar e o de aprender se mesclam numa roda viva que transcende ideologias para dar lugar apenas a arte de ensinar e o prazer de aprender.
Edison Borba

 

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