Inusitado, talvez seja a melhor
definição do programa “Pé Na Cova”. Usando de maneira inteligente um tema
complexo para ser abordado, Miguel Falabella, brinca com assunto sério, a morte.
Através de personagens pouco acadêmicos, o programa faz uma boa crítica aos
costumes e à ética. Cada ator e atriz,
comove e diverte como há tempos não se via nas emissoras televisivas.
Fugindo ao convencional as histórias, são contadas através de narrativas
simples fazendo do programa um dos melhores da televisão, neste momento.
Não é um teatro simples de ser
absorvido, provavelmente muitos trocam
de canal, buscando algo mais fácil de ser deglutido. Entender uma família como
a do Ruço dono da funerária FUI (Funerária Unidos de Irajá), é algo desafiante.
Mais do que a família Adams, os moradores da comunidade onde a FUI funciona,
quebram todos os paradigmas sociais, sem deixar de comover a quem assiste à
trama.
Todas as formas humanas podem ser
vistas em Pé na Cova, famílias diferenciadas, gente naturalmente gente sem
maquiagens que não sentem vergonha de ser, apenas ser o que são, de forma alegre e
simples.
Um dos fatores que mais se destaca
nessa série é o amor que “rola” entre os personagens. Loucos, engraçados,
malucos, sérios, dramáticos, alegres, lacônicos e muito mais, todos se
relacionam com respeito, ética e amor.
É muito bom assistir ao programa Pé na
Cova, mais uma inteligente trama estrelada por Miguel Falabella e Marília Pera.
Os demais atores e atrizes que fazem parte da série forma um dos melhores e
mais equilibrados grupos, nessa difícil tarefa de fazer rir, trabalhando com a
morte, um tema que a todos assusta, provocando no telespectador uma boa dose de reflexão.
Vale a pena assistir!
Edison Borba
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