Infelizmente, num país como o Brasil,
ter um plano de saúde é provavelmente um “mal” necessário. Contribuímos anos e
anos para a Previdência Social, sabendo que grande parcela do que é arrecadado
pelo governo, desaparece antes de chegar aos hospitais públicos. Portanto,
temos que alimentar a grande rede de planos de saúde. Porém, o que deveria
representar conforto, segurança e tranquilidade, vem a cada ano se
transformando também em pesadelo, assim como a Previdência Social.
Eu, como grande parte do povo,
associei-me a um plano de saúde, há mais
de trinta anos. Nesse tempo, contribui muito mais do que usei, apesar de estar
com sessenta e nove anos, sou privilegiado quanto à minha saúde. Porém, chegou
um dia que fui apanhado pela necessidade de uma cirurgia. Após o susto e também
realizar diversos exames, a cirurgia foi marcada para o dia 21 de setembro de
2013. Organizei minha vida, meus compromissos, remarquei atividades e esperei. Mas,
no dia 20, sexta-feira, fui informado que meu plano de saúde havia sido
encampado por outro plano, mais rico e mais poderoso.
Por esse motivo, uma nova data foi
agendada, dia 19 de outubro, com a garantia que o novo plano se comprometeria
em manter as garantias do plano anterior.
Pacientemente, mais uma vez, revi meus compromissos, organizei nova agenda,
remarquei aulas e esperei.
Para
minha surpresa, o compromisso não foi honrado.
Dia 18 de outubro, véspera da cirurgia, após diversos telefonemas e
torpedos. Explicações e mais explicações, protocolos e mais protocolos veio à
informação que a cirurgia não foi autorizada pelo novo plano de saúde, contrariando
as propagandas divulgadas pelos meios de
comunicação.
Desamparado e triste recebi um torpedo,
informando que deverei aguardar até o dia 5 de novembro, pois o meu caso está
sendo analisado, podendo ou não ser autorizada a realização da cirurgia.
Estou desolado pela forma com que fui
tratado, por ambos os planos. Lembro que já paguei a planilha de outubro no
valor de um mil quatrocentos e quarenta
e cinco reais e alguns centavos.
Felizmente, meu organismo ainda está
suportando a dor e com ela vou ter que esperar mais um longo período. Até lá
permanecerei com a dúvida e a dor, contando apenas com a ajuda Divina.
Creio que se tudo acontecer dentro dos
padrões exigidos pelos planos de saúde, é provável que eu ainda consiga ser
operado antes do Natal.
O assunto em questão refere-se à
GOLDEN CROSS e a UNIMED e também ao autor do texto: Edison Borba, cidadão
brasileiro, professor, 69 anos.
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