quarta-feira, 30 de outubro de 2013

GILDA, A MULHER INESQUECÍVEL!

        Desde que se criou o teatro, o cinema e a televisão, os amores por personagens tornaram-se uma situação comum. Não só os fãs  confundem os atores com personagens, como os próprios artistas, misturam suas personalidades, a tal ponto que alguns não sabem verdadeiramente quem são.
Nos anos quarenta, Gilda, mulher vivida por Rita Hayworth nas telonas dos cinemas, apaixonou o  mundo com seus belos cabelos e um streep-tease, que nunca se completou. Até hoje, nunca haverá uma mulher como Gilda!
Uma das mais interessantes atrizes, Liz Taylor, casou-se várias vezes, repetindo a dose com Richard Burton, com o qual  vários personagens foram seus amantes, menos a verdadeira Elizabeth Rosemond Taylor, essa, a inglesa de olhos de violeta, talvez numa tenha sido amada por ninguém.
As revistas especializadas em “fofocas” possuem farto material de atores apaixonados por atrizes e vice versa, após a gravação de uma novela e ou então ao final de uma filmagem. A troca  de pares é intenso sob as luzes da ribalta. Personalidades do mundo cênico musical, que perdem sua verdadeira identidade. Trocam o nome de batismo pelo artístico, e a cada “papel” interpretado, se transformam como camaleões, num intenso mimetismo, que os deixa  mais fracos, inebriados e perdidos entre seres que não são, a não ser na ficção.
Amores, casos, encontros em motéis, escândalos, separações, acusações, brigas, declarações escandalosas, exposições de intimidades, brotam como capim. Alguns casais  conseguem ter vida longa em seus relacionamentos. Talvez seja uma questão de amadurecimento, equilíbrio, saúde mental e segurança em relação à profissão. Os casais que sobrevivem no meio artístico geralmente,  é formado por atores e atrizes, que não se perdem no caminho do sucesso. São pessoas equilibradas, estudiosas e que não dependem dos espetáculos  para serem reconhecidas. São capazes de distinguir cenas de palco e a vida real.
Nos últimos anos, com o aparecimento de vários de atores, cantores de fama duvidosa e bastante efêmera, a dança dos casais está cada vez mais intensa. Talvez essa seja uma forma de se manter na mídia. Quando falta o talento, o escândalo é uma saída de emergência, para manter a fama e não perder dinheiro.
Declarações apaixonadas na primavera, fotos na praia no verão, brigas no outono e separação no inverno. E assim de forma cíclica, os casais vão trocando de cama e alguns produzindo crianças, que após algum tempo já não reconhecem de quem são filhos: - das pessoas verdadeiras, ou dos personagens que os pais “encenavam” quando foram concebidos?
Vida louca que faz alguns casamentos milionários, terminarem na lua de mel. Situações patéticas, com igrejas lotadas, noivas grávidas arrastando longos véus, convidados famosos, comida e bebida, tudo para festejar tristes e ridículas relações.
É pena, que o amor seja tão banalizado entre pessoas que pertencem a um grupo, que goza de prestígio social. É provável, que de tanto se apaixonarem nas histórias, elas percam a noção de realidade. Vivem tantas e outras vidas, que se perdem da realidade.
Envolvem-se em relacionamentos temporários, seus amores são como barras de chocolate, se dissolvem com o calor da união. Elas se perdem em cenas ensaiadas e estão sempre no mundo da fantasia. Tentam ser felizes em suas histórias irreais, mas nunca terão um final com a eterna magia do “e foram felizes para sempre”.
Enquanto isso Gilda continuará reinando, absoluta, pois nunca haverá uma mulher como ela, que nunca existiu!
Edison Borba

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