Desde
que se criou o teatro, o cinema e a televisão, os amores por personagens
tornaram-se uma situação comum. Não só os fãs confundem os atores com personagens, como os
próprios artistas, misturam suas personalidades, a tal ponto que alguns não
sabem verdadeiramente quem são.
Nos
anos quarenta, Gilda, mulher vivida por Rita Hayworth nas telonas dos cinemas,
apaixonou o mundo com seus belos cabelos
e um streep-tease, que nunca se completou. Até hoje, nunca haverá uma mulher
como Gilda!
Uma
das mais interessantes atrizes, Liz Taylor, casou-se várias vezes, repetindo a
dose com Richard Burton, com o qual vários personagens foram seus amantes, menos a
verdadeira Elizabeth Rosemond Taylor, essa, a
inglesa de olhos de violeta, talvez numa tenha sido amada por ninguém.
As
revistas especializadas em “fofocas” possuem farto material de atores
apaixonados por atrizes e vice versa, após a gravação de uma novela e ou então ao
final de uma filmagem. A troca de pares
é intenso sob as luzes da ribalta. Personalidades do mundo cênico musical, que perdem
sua verdadeira identidade. Trocam o nome de batismo pelo artístico, e a cada
“papel” interpretado, se transformam como camaleões, num intenso mimetismo, que
os deixa mais fracos, inebriados e
perdidos entre seres que não são, a não ser na ficção.
Amores,
casos, encontros em motéis, escândalos, separações, acusações, brigas,
declarações escandalosas, exposições de intimidades, brotam como capim. Alguns casais
conseguem ter vida longa em seus
relacionamentos. Talvez seja uma questão de amadurecimento, equilíbrio, saúde
mental e segurança em relação à profissão. Os casais que sobrevivem no meio
artístico geralmente, é formado por
atores e atrizes, que não se perdem no caminho do sucesso. São pessoas
equilibradas, estudiosas e que não dependem dos espetáculos para serem reconhecidas. São capazes de
distinguir cenas de palco e a vida real.
Nos
últimos anos, com o aparecimento de vários de atores, cantores de fama duvidosa
e bastante efêmera, a dança dos casais está cada vez mais intensa. Talvez essa
seja uma forma de se manter na mídia. Quando falta o talento, o escândalo é uma
saída de emergência, para manter a fama e não perder dinheiro.
Declarações
apaixonadas na primavera, fotos na praia no verão, brigas no outono e separação
no inverno. E assim de forma cíclica, os casais vão trocando de cama e alguns
produzindo crianças, que após algum tempo já não reconhecem de quem são filhos:
- das pessoas verdadeiras, ou dos personagens que os pais “encenavam” quando
foram concebidos?
Vida
louca que faz alguns casamentos milionários, terminarem na lua de mel.
Situações patéticas, com igrejas lotadas, noivas grávidas arrastando longos
véus, convidados famosos, comida e bebida, tudo para festejar tristes e
ridículas relações.
É
pena, que o amor seja tão banalizado entre pessoas que pertencem a um grupo,
que goza de prestígio social. É provável, que de tanto se apaixonarem nas
histórias, elas percam a noção de realidade. Vivem tantas e outras vidas, que
se perdem da realidade.
Envolvem-se
em relacionamentos temporários, seus amores são como barras de chocolate, se
dissolvem com o calor da união. Elas se perdem em cenas ensaiadas e estão
sempre no mundo da fantasia. Tentam ser felizes em suas histórias irreais, mas
nunca terão um final com a eterna magia do “e foram felizes para sempre”.
Enquanto
isso Gilda continuará reinando, absoluta, pois nunca haverá uma mulher como
ela, que nunca existiu!
Edison
Borba
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