sábado, 28 de abril de 2012

O DIA QUE A SOGRA CHOROU.

Na família da minha mulher, vejam que situação, todo mundo em suas casas, tem um animal de estimação. Mas, a minha sogra resolveu ter uma vaca. Ninguém agüenta mais a vaca da minha sogra. Esse animal parrudo foi colocado dentro de casa, ocupando grande espaço e assustando as criancinhas. Ninguém agüenta mais a vaca da minha sogra. Pra completar o quadro dessa família infernal, tem o burro do meu sogro e o veado do cunhado. Uma família esquisita, que completando o quadro a cadela da cunhada, que late como condenada. Com minha sogra eu não quero graça, deixe ela com a vaca. Dela eu tenho muito respeito. Fuma charuto e bebe cachaça, tem bigode e adora confusão. Um dia zangou comigo quebrou o meu violão e ainda teve coragem de queimar o meu colchão. Quando dorme ronca alto, parecendo trovoada. Mulher danada e esquisita, além de ter uma vaca é braba como uma onça. É uma grande jararaca! Estou pensando em fazer um bingo, mas com uma pedra somente. O prêmio será minha sogra e de brinde o cunhado. Quem quiser leva na hora, eu ainda pago carreto e se quiser leva a vaca e o burro do meu sogro. Só tem uma imposição: quem ganhar tem que levar! Dicró - Carlos Roberto de Oliveira - alegre sambista. Prefeito do piscinão de Ramos. Alegria do povão. O favorito das sogras do Brasil. Partiu para o andar de cima e foi se juntar a todos os outros que nos alegraram. Num mundo tão cheio de tristezas, temos que reverenciar a todos aqueles que nos ajudam a sorrir. Um segundo de alegria. Uma centelha de amor e felicidade, que valem por uma eternidade. Obrigado DICRÓ! Suas letras bem humoradas vão continuar embalando nossas vidas. As sogras agradecem. Você foi o genro mais querido do mundo! Grande abraço! Edison Borba

EMPREGADAS DOMÉSTICAS

Fazer almoço, servir o jantar, lavar a louça e atender aos patrões. Marias, Josefas e Severinas são atletas maratonistas. Correm pela casa por muitas horas diárias atendendo aos seus senhores. Etelvinas, Marizetes e “Das” Dores, também são contorcionistas, do tipo que entram em pequenas caixas, dobrando o corpo, como se fosse de borracha. Andam espremidas nos trens e ônibus e quando no dormem no emprego, se contorcem em pequenos espaços chamados quartos. Muitas vezes malabaristas equilibram bandejas e pratos, louças caras que seus salários nunca irão comprar. Altinas, Arletes e Zezés também são equilibristas. Penduradas nas altas janelas de edifícios fazem números circenses de tirar o fôlego de qualquer cidadão. Limpam vidros e espelhos, deixando-os bem reluzentes para agradar a “madame”. Muitas vezes economistas, conseguem “reduplicar” a diária e o salário, mantendo filhos e filhos e algumas o companheiro que não “curte” trabalhar. Espanam o pó, batem tapetes, lustram móveis e panelas. Dia todo e todo dia, semana após semana. Meses, anos vida afora, as empregadas domésticas, mulheres indispensáveis na limpeza e na despesa, fazem a diferença no mundo. Tornaram-se indispensáveis para levar alegria e amor em casas que não são lares. Silenciosas e atentas essas mulheres guardam segredos de alcova. Sabem das nossas mazelas, das tristezas e desenganos. Das famílias poderosas, dessas que saem em capa de revista, com sorrisos programados, elas sabem dos pecados e guardam segredos de estado. Deslizam por nossas casas as Claudetes e Corinas entram em cada cantinho, desvendando os mistérios de nossa intimidade. Deixando de ser copeiras, cozinheiras e arrumadeiras elas tornam-se irmãs, amigas, mães e companheiras. Dia 27 de abril foi reservado no calendário para homenagear essas mulheres. Cuidam das casas outras, relegando as próprias suas. Embalam bebês dos outros, enquanto os seus, choram a sua ausência. Servem em porcelana e cristais de alto luxo, sem invejar ou desejar aquilo que não lhe pertence. Guerreiras mulheres. Trabalhadoras incansáveis. Donas de casa esmeradas. Cozinheiras de mãos cheias. Servidoras e não servis. Criadas mais educadas que muitas “crias” de famílias que possuem o poder. Parabéns pelo seu dia! Obrigado por me servirem de exemplo de cidadania e vontade de vencer! Edison Borba

quarta-feira, 25 de abril de 2012

COLÉGIO BRASIL (inundação de escândalos)

O C.B. situado no planalto central do território brasileiro está inundado. Uma cachoeira de escândalos toma conta dos os prédios que formam o complexo do Colégio. Igual a um navio, quando vai afundar alguns ratos tentam se salvar. A população acompanha atenta e aguarda com ansiedade, qual será o desfecho de mais uma onda de desrespeito ao dinheiro público. Desde que assumiu a direção do C.B. a nova Diretoria, vem tentando colocar ordem e dar mais dignidade ao funcionamento do estabelecimento. No curto período de gestão, muitos problemas relacionados à ética foram responsáveis por mudanças na Equipe Pedagógica. Porém, a falta de decoro parlamentar está de tal maneira entranhada no comportamento da maioria dos senhores e senhoras que formam as bancadas políticas, que ainda vai demorar muito tempo para que se consiga vislumbrar uma saída para tantos desmandos. Provavelmente, como aconteceu num episódio bíblico, ainda vamos esperar 40 anos para que toda a corrupção seja banida da nossa Terra. A bola da vez envolve uma cachoeira de escândalos e desvio de dinheiro. Uma correnteza de “safadezas” está arrastando como numa grande onda, diversos parlamentares. Uma cascata de desvios. Um rio de corrupção. Um mar de lama. Um oceano de desrespeito. Uma inundação de falta de caráter mancha a dignidade do País. Às vésperas de eleições municipais, outros escândalos surgem nas diversas cidades que compõem nosso território. Outras cachoeiras e cascatas arrastam vereadores e prefeitos, numa correnteza de sujeira. Enquanto a cachoeira de escândalos cobre a nossa bandeira, o povo sofre com enchentes, desabamentos, dengue, hospitais superlotados, doentes morrendo sem o devido atendimento, escolas depredadas, seca além de tantos outros problemas. Quando contabilizamos o montante de “reais” que vaza pelos esgotos do poder, ficamos atordoados e perplexos, coma força do Brasil. É quase impossível acreditar, que o nosso país consiga manter-se em funcionamento mesmo diante de tanta orgia financeira. O C.B. está imerso numa cachoeira de escândalos. Aguardamos que a nova Diretoria consiga desativar mais essa bomba. Infelizmente, o pequeno número de “funcionários” corretos no C.B., é insuficiente para deter essa e outras cascatas de desmandos. Desconfiamos que o forno do refeitório do Colégio, já está ligado e, que uma enorme pizza está sendo preparada para alimentar a fome dos gananciosos. Quanto a nós, povo ficamos apenas com as migalhas! Edison Borba

PROFESSORES - SERÁ QUE ESTÃO EM EXTINÇÃO?

A notícia é da Folha de São Paulo e se refere ao estado de São Paulo, em 25 de abril de 2012. Mas acredito que em todos (ou quase todos) os estados da Federação a manchete poderia ser a mesma. Falta professor em 32% das escolas estaduais de São Paulo A relação de profissionais que está em falta, é (em ordem de necessidade) – Artes, Geografia, Sociologia, Matemática, Química, Ciências, Língua Portuguesa, História, Física, Biologia, Inglês, Educação Física, Filosofia e Espanhol – além de profissionais para as séries iniciais (1ª / 5ª). As causas para esse déficit são diversas, como: licença (para tratamento de saúde, maternidade, tempo de serviço, etc), aposentadoria, afastamento (?) e abandono. Fica muito difícil, pensarmos num país com a quantidade de crianças e jovens em idade escolar, com dimensões continentais e uma gigantesca população, venha a ocupar lugar de destaque entre as maiores potencias mundiais, sem que o mínimo na área da educação, esteja ao alcance da maioria dos brasileiros. Sabemos, através de pesquisas históricas que houve avanços, mas essas mudanças, quando comparadas a outros países, é infinitamente pequena. Estamos na era da comunicação de massa, das tecnologias, da criatividade, do empreendedorismo, das inovações, da valorização do ser humano como ser pensante e atuante, para as modificações necessárias à sobrevivência do planeta Terra. Não há crescimento e desenvolvimento sustentável sem educação nas bases. E não existe educação da base de uma pirâmide social, sem a presença de professores. Computadores e todas as outras “traquitanas” revolucionárias da tecnologia, não sustentam uma nação sem que seu povo receba educação de qualidade, até para poder fazer bom uso de todo o instrumental tecnológico que surge no mundo diariamente. É lamentável, ouvirmos personalidades políticas brasileiras, afirmar que para estar ocupando lugar de destaque nesse país, não precisaram de aprendizagem escolar. Sabemos que numa democracia, o direito é do povo. Portanto, qualquer cidadão tem garantida a oportunidade de ser eleito para qualquer cargo político. Porém, isso não justifica a negligência com o ensino. Gostaria de saber, como estão os outros estados brasileiros em relação à quantidade de professores que estão ocupando as salas de aula. Qual deve ser o déficit de profissionais da educação na região norte? E nos estados do nordeste? Como está a situação do centro-oeste? Acredito que no sul o quadro possa ser melhor, será? E os outros estados do sudeste Rio de Janeiro, Espírito Santo e Minas Gerais – como estão as suas salas de aula? Sabemos que a profissão professor não oferece atrativos para os nossos jovens. Muitos a usam como ponte para outra atividade. Questões salariais, segurança, prestígio além de outras tantas situações, estão esvaziando os cursos de formação para o magistério. Estamos diante de uma situação bastante grave! Infelizmente, suas conseqüências, só serão percebidas com o decorrer do tempo. Por enquanto, medidas paliativas são usadas e empurramos para adiante esse grave problema! Lamentável!

terça-feira, 24 de abril de 2012


RENASCIMENTO

Hoje acordei com uma sensação de vazio. Como se em meu peito houvesse um enorme buraco. Uma vontade de ficar parado, estacionado no tempo esperando algo que não sei o que é. Acordei com a cabeça longe, um tão longe que não consigo pensar. Estou em letargia,  marasmo, sem ânimo. Não consigo despertar nem despertar em mim nenhum sentimento. Li os jornais, e nenhuma notícia  tocou-me. Nem os mais terríveis, e escabrosos acontecimentos, causaram-me  abalo. Cumpri todo o ritual diário: escovar os dentes, beber café, ler os jornais tudo automaticamente, como se houvesse um botão tipo liga desliga.

Fui até a janela, olhei o dia e fiquei parado como se não houvesse paisagem. Tudo me pareceu igual. Descolori a vida. Não existe para mim, cores nesse dia de outono. Cinza é o que vejo. Apenas algumas variações para mais ou menos escuro. Hoje nada mais é do que a repetição do ontem. Não tenho perspectivas para o amanhã. Não estou conseguindo me fixar em nada. Um torpor, típico de quem esteve em estado febril, me faz indolente. Não se trata de preguiça ou de cansaço, indolência é o estado em que me encontro. Perdi a noção do dia e das horas. Olho para o relógio na parede da sala e vejo que os ponteiros se movem, mas não consigo distinguir as horas.

Deixo-me cair no sofá e fico a contemplar o teto branco da sala. Nada se move. Nenhum som é captado por mim. Estou imerso no vazio. Sou uma nave espacial mergulhada no infinito, vagando entre as galáxias no silêncio do universo.

Seria “isso” a sensação da verdadeira paz? Será  esse é o sentimento que anuncia a morte? Meus olhos estão pesados e minhas pálpebras se fecham. Há uma estranha leveza no ar. Não sinto angústia, saudade ou qualquer outro sentimento, apenas uma vontade imensa de não retornar. Estou me deixando levar para um infinito tranqüilo e muito longe das realidades que fazem o mundo.

Estou me sentindo leve e absolutamente distante do corpo. Agora é só vazio. Uma estranha e agradável sensação de não ser, não pertencer, não existir. Dissolvo-me no ar como fumaça. Algo mágico se apoderou da matéria. Creio que minha alma saiu para conhecer outros lugares. Outros universos.

Não estou existindo nessa galáxia e nem nesse tempo. Não há o concreto, apenas o imponderável. Não existe mais o vazio nem a inércia. A letargia deu lugar a uma nova energia, que deverá se condensar para se reorganizar e formar  um novo eu.

Sairei das cinzas reencarnando em um novo formato de vida. Renascimento!



Edison Borba

segunda-feira, 23 de abril de 2012

SALVE JORGE!

Salve São Jorge, cavaleiro da Capadócia. O soldado que venceu o dragão. Salve São Jorge, o meu santo padroeiro.
Saravá Ogum, Senhor das armas e da guerra. Protetor dos fracos e oprimidos. Que sua espada justiceira, possa cortar os males causados pelos maus.
Cantemos hinos nas paróquias, que missas sejam rezadas para louvar e agradecer ao jovem batalhador que defendeu os cristãos da fúria insana dos imperadores.
Que soem trombetas anunciando o dia 23 de abril, consagrado ao matador de dragões da maldade.
Umbandistas batam palmas e cantem seus louvores ao orixá da paz, mas que se faz guerreiro para impedir injustiças.
Nas roças de candomblé, atabaques anunciam a chegada do orixá de manto vermelho, cor de sangue derramado injustamente pelas mãos dos poderosos.
Salve Jorge! Saravá Ogum! A sua benção meu Pai!
Ajoelho-me aos seus pés e bato minha cabeça reverenciando a sua força e poder!
Salve Jorge, meu amigo e meu padroeiro. Não permita que as injustiças continuem a existir. Levante as patas de seu cavalo branco e esmague sob elas os maus e invejosos.
Salve Jorge! Salve São Jorge que também é Ogum! Salve o seu poder!
Salve sua espada! Salve sua força!
A sua benção meu Pai!
Edison Borba



domingo, 22 de abril de 2012

EM TEMPO DE AMOR

Por um segundo de amor
Quero ter você

Prender  em meus braços

Sentir seu calor

Por um minuto de amor

Quero beijar seus lábios

Lamber sua pele

Provar do seu gosto

Por uma hora de amor

Quero devorar você

Louco de desejos

Explodindo de paixão

Que me consome e devora

Por um dia de amor

Faço loucuras

Cometo desatinos

Perco meu rumo

Por uma semana de amor

Desço ao inferno

Desafio o mundo

Mergulho em você

Me  afogo em seu corpo

Por um mês de amor

Nem sei o que faço

Talvez suba aos céus

Caminhe em nuvens

Delirando seu nome

Numa insana loucura

Por um ano de amor

Sou capaz de morrer

Morrer de amor

Sufocar na paixão

Perder o rumo

Vagar sem destino

Por uma eternidade de amor

         Não sei o que fazer

Talvez enlouquecer

Só de pensar chego a tremer

O melhor é sonhar

Inventar que é possível

Imaginar, pensar, sonhar

É uma forma de eternizar

 Edison Borba














sábado, 21 de abril de 2012

CÓDIGO FLORESTAL

O que significa Código Florestal? Creio que essa pergunta seria fácil de responder, não fosse à ganância que reina aqui na terra, como nos céus do Brasil.
O que pensam os políticos, legisladores e demais membros do Congresso, sobre Natureza?
Quando o Senhor Pedro Álvares Cabral, aqui chegou, havia uma grande, imensa e majestosa floresta, rios, lagos, nascentes e lagoas. Mananciais de água doce e um litoral, onde as águas oceânicas quebravam nas brancas areias das praias da Terra de Santa Cruz.
Uma grande e  variada fauna e flora, além de uma infinita (até aquele momento) riqueza no solo e subsolo dessa Terra Brazilis.
Antes da chegada dos conquistadores, não havia tratados; havia coerência. Os homens que habitavam esse paraíso faziam parte dele. Seres humanos animais e seres animais não humanos convivendo em harmonia com vegetais. A água cristalina e pura, podia ser bebida na palma da mão. Tudo isso protegido por uma massa azul atmosférica, completamente respirável.
A civilização (???) chegou. Não bateu à porta. Apenas adentrou e dominou.
Naquele fatídico abril de 1500, começou a destruição, a poluição e a mortificação de um paraíso terrestre.
Árvores tombaram sob o corte dos machados. Corpos morreram sob o fogo das armas. Animais dizimados para satisfazer a fome e a vaidade humana.
De lá pra cá o processo continuou implacável. Dias, décadas, séculos.
O homem, através de sua inteligência (???) criou novas formas de destruir e poluir. Colocando-se à parte da natureza, como se ele não pertencesse a esse ecossistema, portou-se como um guloso que nunca sacia  sua fome. Os machados deram lugar às motos serras. As enxadas e pás foram substituídas por possantes tratores. Com muita criatividade e inventividade, os homens foram se tornando os vilões da natureza. Sempre se colocando fora do sistema, a violação do meio ambiente cresceu descontroladamente. Havia sempre uma justificativa para que processo de “macular” a natureza pudesse ser realizado impunemente.
Após tantos anos de destruição alguns seres humanos acordaram e perceberam que aquilo que parecia infinitamente inesgotável, está agonizando. Vieram as leis. Chegaram às regras. Foram criados códigos. A legislação ataca com  multas. Ameaça com prisões.
Após muitos anos de educação equivocada, fica bastante difícil mudar comportamentos, quebrar paradigmas e conscientizar a atual humanidade. Há um sistema paralelo de corrupção, falta de ética e ambição desmedida que é difícil vencer. Criam-se leis, com diversos artigos propositalmente construídos, para que os desmandos continuem acontecendo. Um código florestal, tão duvidoso quanto às intenções daqueles que o escreveram. Além de itens, visivelmente montados para beneficiar alguns senhores, e a morosidade com que esse código vem sendo tratado, é de domínio público.
Códigos, leis, regras, sanções ou qualquer outra forma de ação protetora sobre qualquer situação, torna-se impraticável, enquanto o ditado popular – “farinha pouca, meu pirão primeiro” continuar vigorando.
O Brasil é o país dos exageros. Temos o complexo do gigantismo. Tudo aqui é majestoso, grandioso e inesgotável. Infelizmente, estamos gradativamente sucumbindo à ação das mãos gananciosas. A natureza demonstra cansaço e deixando claro que seus bens não são inesgotáveis, como também tem se mostrado inesgotável a ganância da espécie humana.
Código Florestal – quem vai cumpri-lo?

quinta-feira, 19 de abril de 2012

DIA DE ÍNDIO?

Todo dia era dia de índio  Mas agora eles  só tem o dia 19 de abril

Guaranis, Ticunas, Caiovás, Caingangues, Macuxis,
Nauás, Tupinambás, Mundurukus, Kaxixós, Aranãs,
Kariris, Kalabaças, Tumbalalás, Curaças

Curumim chama Cunhatã / Que eu vou é contar
Que todo dia era dia de índio

Kalankós, Tabajaras, Tapebas, Pitaguarys, Tremembés,
Kanindés, Abarés, Kalankós

Antes que o homem aqui chegasse
Às Terras Brasileiras
Eram habitadas e amadas
Por mais de 3 milhões de índios


Proprietários felizes
Da Terra Brasilis
Todo dia, era dia de índio
Mas agora eles só tem o dia 19 de abril

Pipipãs, Terenas, Guajajaras, Ianomamis, Xavantes, Pataxós,
Potiguaras, Araras

Amantes da natureza
Eles são incapazes
Com certeza
De maltratar uma fêmea

Ou de poluir o rio e o mar
Preservando o equilíbrio ecológico
Da terra, fauna e flora


Arawetés, Ashaninkas, Asuniris, Bororos, Enawenês Nauês,
Asurinis, Guaranis, Kaxinawás, Karajás, Kalapalos, Rikbaktsa,

Pois em sua glória, o índio
É o exemplo puro e perfeito
Próximo da harmonia
Da fraternidade e da alegria

Da alegria de viver!
Da alegria de viver!


Jurunas, Kaapor, Kayapós, Marobus,
Krahôs, Mayorunas, Suruís, Mehinakos,

Todo dia era dia de ÍNDIO!
Matis, Matipus,

 E AGORA?

 Música - DIA DE ÍNDIO - Baby do Brasil

quarta-feira, 18 de abril de 2012

CRIANÇAS EM NOTÍCIAS

Dia 18 de abril de 2012, abro o jornal eletrônico e me deparo com diversas notícias envolvendo crianças e adolescentes. Infelizmente, a maioria delas traz uma informação em que o personagem central (criança / adolescente) não está em situação favorável à sua condição de ser humano, isto é, de ser um SER um  humano.
Melhor é não fazer comentários. O fato de ler, mesmo que seja sem aprofundamento, cada uma dessas notícias, nos leva a  reflexão e nasce em nossa cabeça uma questão:
                                          “o que está acontecendo?”
>>>Justiça libera em todo o país matrícula no ensino fundamental de crianças de menos de seis anos de idade.
A Justiça Federal em Pernambuco estendeu para todo o país a decisão que autoriza a matrícula de estudantes menores de seis anos no ensino fundamental mesmo que eles não tenham completado a idade até 31 de março. A data havia sido estabelecida em 2010 pelo CNE (Conselho Nacional de Educação).
>>>No RN, aluno da cidade de Natal ganha indenização por ter sua ida ao banheiro negada e como consequência fez cocô nas calças
>>>A Escola de Ensino Médio Érico Veríssimo, de Pelotas (RS), deve pagar uma indenização a um aluno agredido no interior do estabelecimento.
>>>A Justiça de Ponta Grossa (PR) condenou os pais de duas adolescentes a pagarem R$ 15 mil em indenização por danos morais pela prática de ciberbullying.
>>>No MA, crianças bebiam água do gado em fazendo de deputado. Crianças bebiam a mesma água que o gado na fazenda Bonfim, zona rural de Codó, estado do Maranhão. Retirada de uma lagoa suja, ela era acondicionada em pequenos potes de barro e consumida sem qualquer tratamento ou filtragem, a não ser a retirada dos girinos que infestavam o lugar. A propriedade de criação de gado de corte em que foram flagradas condições degradantes foi atribuída à empresa Líder Agropecuária Ltda, da família Figueiredo, que tem como sócios o deputado estadual Camilo de Lellis Carneiro Figueiredo (PSD/MA).
>>>No RJ, menino morde o braço da professora após ser repreendido por ela.
 >>> No CE, menina morre engasgada com tampa de perfume.
>>>Em MG (Belo Horizonte), técnica de enfermagem injeta leite na veia de um bebê.

>>>Menino de dois anos que ingeriu ácido no lugar de sedativo, em hospital de Belo Horizonte (MG) se recupera.

Edison Borba - sem comentários!

terça-feira, 17 de abril de 2012

NITERÓI - CIDADE SORRISO.

A população de Niterói, que já ocupou lugar de destaque quanto à qualidade de vida, está perdendo a vontade de sorrir. Cidade do Estado do Rio de Janeiro, também carinhosamente chamada de “Niquiti” está vivendo momentos de aflição com a grande quantidade de assassinatos, assaltos e furtos. Os moradores estão prisioneiros em suas casas pedem às autoridades providências imediatas.
Ao chegarmos a Niterói, após atravessar a baía de Guanabara, os visitantes são recebidos por Araribóia, índio símbolo da história da cidade, que convida a todos a visitar seus pontos turísticos. Mergulhar nas águas da praia de Icaraí, percorrer o Caminho Niemeyer, um conjunto arquitetônico com o lindo e majestoso Museu de Arte Contemporânea, Praça Juscelino Kubitschek, Fundação Oscar Niemayer, Estação Hidroviária de Charitas e o Teatro Popular.
Mas, a cidade sorriso tem muito mais a mostrar para os turistas, como a beleza do complexo arquitetônico da Fortaleza de Santa Cruz, a capela de Santa Bárbara, a enseada de Jurujuba, o Campo de São Bento.
Houve época que muitas pessoas mudaram-se da cidade do Rio de Janeiro, buscando em Niterói, tranquilidade e paz. Era sonho de muitas famílias construírem suas famílias num lugar que inspirava os poetas por tudo que podia oferecer.
Segundo alguns pesquisadores, com a implantação das Unidades de Polícia Pacificadora em algumas comunidades “cariocas”, bandidos migraram para o outro lado da baía. Com eles, foram as drogas e a violência. Tudo isso está destruindo o sorriso do rosto dos moradores de Niterói.
Não podemos deixar que desapareça a alegria de uma população que sente orgulho de sua cidade. Vamos rezar na Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora e na Igreja de São Domingos, para que o coração das autoridades seja tocado e providências sejam tomadas.
Precisamos de alegria, de sorrisos, de felicidade.
Não podemos permitir que uma cidade fique prisioneira de bandidos!
Vamos inverter esse jogo. Lugar de  marginal, traficante, ladrão é assassino é na cadeia. A praça é do povo!
Niterói precisa voltar a exibir o seu lindo sorriso!
 À esquerda, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói. Ao fundo, a Praia de Icaraí.
Edison Borba


segunda-feira, 16 de abril de 2012

O SERTÃO VAI VIRAR MAR

Terra seca, gado morto, forte sol.
Gente guerreira.

Homens trabalhadores.

Mulheres rezadeiras.

Nordeste, estiagem, emergência.

Clima cruel. Vida difícil. Promessas fáceis.

Sertão. Sertanejo.

Baianos. Alagoanos. Sergipanos.

Migrantes seguem o ciclo da água.

Piauí, Ceará e Paraíba tudo seco.

Rostos molhados de suor e lágrimas.

É o La Niña ou o El Niño

Que queima a plantação,

Espanta a chuva,

E esconde a água.

Mata de sede.

É sertão de Antonio Conselheiro,

Virgulino, o Lampião,

Maria Bonita e Corisco.

É caatinga, farinha é manteiga de garrafa..

É sertão de sol, que seca e resseca.

Impiedosamente queima.

É sertão das orações dos peregrinos,

Do “Padrim Padre Cícero”.

E compromissos nunca cumpridos.

Promessas compridas de longa espera.

Esperar é comum na vida dos que sobrevivem à seca.

Prosperidade. Brasil grande nação

Economia renovada

Computadores, renovação.

 Terra de grandes valores.

Mas, também dos horrores

Da miséria e desolação.

Dos tristes casebres

Da seca do sertão.

Dos capitães, das veredas.

Do Guimarães, que é da Rosa.

Diadorim e Riobaldo

Vidas secas. Secas vidas.

Gente sobrevivente.

Não tem poço nem tem poça

Não tem água na panela, nem comida na barriga

Pé no chão, remela seca,

Ressecada pela seca.

Sertão de mais promessas, dos homens de paletó.

Prometem chuva  água fresca

Muito trabalho e sementes

Sertão da espera que um dia o mar virá, e tudo se transformará.

O sertão vai virar mar!
******   ******   *****  *****
15 de abril de 2012 – Notícias urgentes:

De 2011 para 2012, o Nordeste tem aumento de 469% de cidades em emergência por estiagem.


Seca afeta mais de 60% dos municípios da Bahia.


Edison Borba


sábado, 14 de abril de 2012

FALAS BELAS / BELAS FALAS

Vamos sentir saudades da Taluda, Íntima, Cabo Rust, Maruschka, Rubinho, Grace Kelly, Carneirinho, Felizardo, mãe Iara, Chocotona, Graciosa, Belezinha, Locanda, Deusa, Eveva, Marisol,  Toinha, Damiana, Ana Girafa e de todos os personagens que habitaram o Covil do Bagre  a Boca do Capeta e desfilaram pelos belos corredores da “Comprare”
Um bom divertimento, adequado ao horário e com algumas inversões de valores. Paradigmas quebrados, com o destaque para os personagens às avessas. Condessas negras e belezas gordas. Felicidade e alegria na comunidade pobre. Maldades e intrigas no núcleo rico. Médico bondoso e a bela mulata. Interessante  construção para uma história de amor. O  gosto pela poesia através de um jovem sonhador. As mulheres costureiras mostrando a sua importância para que o mundo maravilhoso dos modelos possa existir nas passarelas. O lar da Mão Aberta e o carinho com as crianças, a sensibilidade de Ana Girafa, personagem encantador, que deixou o aspecto de caricatura para um bom mergulho na alma humana. Uma novela que soube usar os contrastes, como uma forma de vermos o mundo por  outra lente.
E assim caminhou “Aquele Beijo”, entre brigas e tapas. Conspirações e traições. Desfiles, moda, risadas e muitos salgadinhos. Misses embaladas pelo hino, que tanto sucesso fez na voz de Ellen de Lima.  Banhos de descarrego, refeições portuguesas e fantasmas “amalucados”. Casamentos e nascimentos. Sotaques cariocas, nordestinos e portugueses. Foi gostoso  E muitos beijos. Pizzas e pizzas. E os shows da Chocotona.
Em destaque, uma heroína rebelde, teimosa e sonhadora que fez jus a entrar na igreja sob o som da marcha nupcial de outra rebelde, a noviça.
Os videntes: mãe Iara e Joselito com a rapaziada dos banhos e as incríveis Violante e Mirta, essas duas, mostrando o lado torto na terceira idade, nos fizeram rir muito.
Destaque para as atrizes veteranas, algumas há tempos sem aparecer na telinha. Como é bom revê-las. Obrigado por nos brindarem com suas interpretações. Vocês são as grandes “Damas” da dramaturgia brasileira.
Parabéns aos autores e diretores que souberam dosar a história  provocando boas gargalhadas no horário do jantar além de introduzir de forma sutil, nesse tipo de trabalho, algumas críticas sociais bastante relevantes.
A intervenção do autor, em algumas cenas da novela, às vezes narrando textos ou recitando poesias foram muito bem feitas e oportunas.
Parabéns a todos os que colaboraram para mais um bom trabalho de telenovela brasileira.
Edison Borba

sexta-feira, 13 de abril de 2012

DIA DE BEIJAR

Escolheram  13 de abril, para ser o dia do beijo, que é definido nos dicionários como o ato de tocar com os lábios em alguém ou alguma coisa, fazendo uma leve sucção. Alguns pesquisadores afirmam que existem mais de quatrocentos tipos de beijos. Provavelmente, essa classificação foi feita, levando-se em conta quem beija quem. Como o beijo foi realizado, em que circunstâncias e em que local. Qual a intenção de quem beijou e de quem se deixou beijar. Qual o tempo de duração e que tempo fazia quando o beijo aconteceu se era verão, outono, primavera ou inverno. Se chovia ou se fazia muito calor. Todos esses e muitos outros fatores devem ter sido usados para que essa quantidade de “tipos” ou “estilos” de beijos fosse apresentada pela pesquisa.
Vejamos algumas considerações beijoqueiras:

Beijoca – beijo em que os lábios se abrem, fazendo um estalido.

Beijinho – beijo leve terno.

Beijo técnico – aquele que é dado por atores e atrizes.

Beija-pé – ato ou cerimônia de beijar o pé.

Beijoqueiro – que, ou aquele que é dado a beijar ou a beijocar.

Beijo-de-moça – bala de ovos que se envolve, geralmente em papel de seda.

Beijo de paz ou amizade - ósculo (do latim osculu – boquinha).

Beijo-de-língua – aquele em que há sabor, trocado pelo toque lingual.

Beijo-de-freira – planta da família das cariofiláceas.

Beija-mão – atitude cerimoniosa para com as damas.

Beijocar – beijar amiúde e com ruído, distribuir beijocas estaladas.

Beijo-de-frade – erva da família das balsamiáceas.

Beijo-de-Judas – beijo de traidor.

Beijo-de-mãe – o mais puro e doce entre todos.

Bicota – também conhecido como selinho – beijinho rápido.

Beijação – distribuição de beijos aleatóriamente.

Beijódromo – local específico para se beijar.

Beijo-da-morte – aquele que ninguém quer provar.

Beijo-de-altar – o que os noivos trocam após a cerimônia de casamento.

Beijo-babado – aquele em que há troca de saliva.

Beijo-de-amor – o mais sonhado e idealizado.

Portanto,  vamos exercitar a musculatura da face e beijar, beijar e  beijar!

Aproveitemos a sugestão dessa sexta-feira, 13 de abril,  para espantar os maus espíritos beijando muito!

Edison Borba




COLÉGIO BRASIL (a conta dos uniformes)

A Diretoria do Colégio Brasil, ao voltar de mais uma viagem ao estrangeiro, deverá convocar uma reunião de gabinete para analisar uma situação, que se não fosse verdadeira, seria cômica. Trata-se do "auxílio-paletó".
Os “companheiros” auxiliares da Diretoria Geral. do C.B. além dos polpudos salários e de todas as mordomias a que se dão o direito de usufruir precisa de ajuda para comprar os seus “uniformes”: os ternos, as gravatas, os sapatos e demais adereços que usam à custas do dinheiro do povo. Anualmente são gastos milhões de reais para manter a boa aparência do “pessoal do gabinete”.
Enquanto isso milhares de estudantes que dependem do C.B. para estudar, comparecem às suas escolas de pés descalços ou usando chinelinhos de sola gasta pelo tempo. Uma vergonha! Brasileiros e brasileiras, idosos, adultos, jovens e crianças pagam por suas roupas e calçados. Vestem-se com seu próprio salário, mas na sede do Colégio Brasil, a situação é bem diferente. E para tornar mais irônica à situação, os estados mais carentes são os que mais gastam para manter a “beleza” dos seus dignos representantes.
Até quando a nova Diretoria do Colégio Brasil vai manter essa “loucura”? Até quando vamos ter  que conviver com esse tipo de situação? Até quando o pobre eleitor que não pode comprar o uniforme escolar de seus filhos irá engolir tamanha “safadeza”? Passamos anos discutindo que nosso C.B. precisava de uma Diretoria democrática e séria. Acreditamos nesse sonho e ainda continuamos a acreditar. Porém, ainda existem alguns vícios dentro do palácio, que parece pouco, mas quando contabilizado nos apresenta uma conta difícil de ser engolida e digerida. Um país se faz com caráter e com seriedade.
Acreditamos que a nova Diretoria tem lutado para mudar, mas ainda não conseguiu sanar a sede de poder que ronda os seus auxiliares. Precisamos que o C.B. faça grandes negócios com outros países. Precisamos ampliar nossas fronteiras. Mas, precisamos e urgente de ética. Pagar a conta de deputados e senadores e demais funcionários que rondam o poder é brincar com a população.
Se querem ter boas roupas, comprem com o dinheiro de seus POLPUDOS salários. Chegar de fingir que tudo está bem e que a população está ficando mais gorda porque está comendo mais. Chega disso! Que haja coragem dos novos dirigentes para fazer um saneamento básico dentro de nossa casa, o C.B. Ou então, passados os primeiros momentos de encantamento, veremos que tudo continua como nos velhos tempos. Nada mudou os antigos vícios continuam a existir entre os atuais companheiros, que antes usavam camiseta e suavam pela luta, mas que agora não dispensam um bom e caro terno e para a ala feminina, um elegante vestido.
Até quando?

Edison Borba

Parte inferior do form
 

LIBERDADE AMEAÇADA!

Mesmo com o bom trabalho das nossas policias, ocupando algumas comunidades através das Unidades de Polícia Pacificadora, os bandidos continuam a ameaçar trabalhadores e suas famílias. Hoje (13 / 04 / 12), creches e escolas estão fechadas e a ordem do comércio não abrir suas portas, foi obedecida.
Até quando, a sociedade ordeira vai conviver com esse tipo de violência?
Até quando as forças da paz terão que enfrentar milícias e traficantes?
Como podemos almejar melhorias em nossa cidade, com os donos de “bocas” ameaçando e matando, sem controle?
Como podemos educar nossas crianças e jovens, neste confronto diário entre o bem e o mal?
Até quando vai durar a luta dos bons contra os maus?
Nossa liberdade está ameaçada. Após uma pequena trégua, bandidos voltaram a agir e a demonstrar poder. Novamente estamos no meio dos combates e tentando não sermos atingidos pelas balas perdidas.
Tudo isso, alimentando pelo poder das drogas. Lamentavelmente não podemos negar que existem os usuários, os que se alimentam com tóxicos e que por sua doença ou irresponsabilidade, ajudam a boca maldita dos traficantes.
O que acontece nas comunidades e que se reflete no asfalto é produto das  festas que acontecem em elegantes ambientes, onde a droga  é apresentada e usada em larga escala. A população paga pelos desmandos de alguns “bacanas” de bom poder aquisitivo, que fazem da droga o seu lazer.
Brincar de cheirar e de fumar para que as festinhas tenham mais “glamour”, sem dar importância ao mundo, que paga uma conta muito alta para a falsa felicidade de poucos.
A nossa liberdade estará sempre ameaçada, pelo poder dos usuários. Os pequenos e pobres “craqueiros” que se consomem usando diariamente nas ruas e becos sujos da cidade. Os indigentes,  que pagam caro e compram barato. Usam refugo da droga e seus cachimbos são de lata e lixo. Esses são bois-de-piranha, entregues à sorte, para que a grande manada, dos usuários poderosos, possa se esgueirar pela sociedade sem ser molestada.
Estranha liberdade a de uma cidade, que não consegue sair do jugo dessa triste rede.
Continuemos na luta. Os bons precisam vencer. Os maus não podem permanecer tanto tempo no poder.
Não às drogas. Não aos traficantes. Não aos usuários.
Educação, tratamento, informação, policiamento, conscientização e quando for necessário  força. Tudo para que a sociedade dos bons possa viver na paz que tanto merece.
Edison Borba

quinta-feira, 12 de abril de 2012

MULHERES CANTADAS

Amélia foi cantada por muitos e muitos anos, como exemplo de mulher de verdade. Sem nenhuma vaidade, passava e fome a ainda achava lindo o seu estado de penúria. Casada com um  malandro, Amélia se tornou símbolo de uma época em que ser mulher era servir e ser subserviente. Mário Lago tornou célebre essa imagem sofrida que representava uma situação de época. O mundo mudou e outras mulheres foram cantadas em letra e música. Caymmi reclamou da Marina, uma linda morena, que segundo o compositor não precisava de nenhuma maquiagem. O poeta pedia a bela jovem a não pintar um rosto bonito naturalmente.
                     - “Marina, você já bonita com o que Deus lhe deu”.
Esse pedido feito de forma tão elegante, não deixa de ser uma forma de impedir a liberdade de escolha feminina.
Entre tantas mulheres do mundo de Chico Buarque, uma das que eu mais gosto é a Geni. Heroína, que salvou uma cidade inteira da fúria de um estranho visitante: o homem do zepelim. Geni, a donzela, que vivia na marginal da vida, foi  escolhida para salvar aqueles que a desprezavam. Mas, a natureza humana é sem dúvida muito esquisita. Após se deitar e se subjugar ao homem que veio do espaço, Geni  voltou a ser escorraçada por aqueles que ela havia salvado. Jogaram pedra e bosta na sensível dama. Um horror!
Outra figura que me causa reflexão é a querida Carolina, de olhos fundos. Sua tristeza é comovente. Chico Buarque a descreve de uma forma tão comovente que me leva ao pranto. Mulher que sofre por um amor que se foi, deixando-a parada no tempo, inerte sofrendo carregando a dor do mundo. Pobre Carolina!
Diferente das outras; Amélia, Geni e Carolina  a Luciana nasceu na paz de um beija-flor. Com um lindo sorriso de menina e olhos de mar. É a mensageira da paz, nasceu da inspiração de Paulinho Tapajós e Edmundo Souto. Luciana embalou os sonhos de milhares de pessoas num maracanãzinho lotado, numa época que sonhar era uma das soluções para sobreviver ao regime político ditatorial que controlava o país.
Muitas outras mulheres foram cantadas e declamadas pelo mundo: Aurora, a que não foi sincera e por isso deixou de ganhar do Mário Lago, um lindo apartamento com porteiro e elevador.  A apaixonante Luiza que fez Tom Jobim lhe dedicar sete mil amores. Porém, entre elas, surge a representante de todas – Maria, que Milton Nascimento nos presenteou.
“Maria, Maria / É um dom, uma  certa magia / Uma força que nos alerta / Uma mulher que merece / Viver e amar / Como outra qualquer / Do planeta.
Maria, Maria / É o som, é a cor, é o suor / É a dose mais forte e lenta / De uma gente que ri / Quando deve chorar / E não vive, apenas agüenta.
Maria, Maria / Mistura a dor e a alegria
E possui a estranha mania de ter fé na vida!...


Edison Borba