quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

RECEBENDO O NOVO ANO.

Roupa branca, sete ondas, velas,  uvas, lentilhas, incenso, rezas a tantos outros artifícios para o início de um novo ano.
Flores, promessas, abraços, beijos, tilintar de taças, fogos de artifício tudo para atrair a sorte e receber o novo tempo.
E assim vai ser à zero hora do dia 31 de dezembro de 2015, como foi em outros trinta e um de outros dezembros de muitos outros anos que já se foram e se perderam no lixo, para onde foram jogados os velhos calendários e agendas.
Promessas, juras e desejos serão feitos e depois quebrados. Ao acordarmos no primeiro dia do ano novo, perceberemos que nada mudou. A nossa cama, o lençol, a fronha, a casa e seus habitantes estarão lá da mesma forma que estavam no dia 31 de dezembro.
Onde estarão as mudanças? Como ficarão as promessas para o tempo que começa?
A roupa branca, as lentilhas, as uvas e tudo mais se perderão se dentro de cada um de nós nada mudar. Não adianta pedir e não reagir!
Refletir, refazer, perdoar, reorganizar, partilhar e ser capaz de reconhecer que o mundo só irá mudar quando cada pessoa mudar, é o que poderá fazer o sonho se realizar.
Portanto, mude!
Mudanças não precisam de data marcada e nem de rituais para acontecer. É preciso que haja decisão firme e consciência de que não somos os donos da verdade.
A noite do último dia de um ano é igual às outras. A diferença está na agenda e nos calendários, o resto continuará a acontecer exatamente como em outros anos: carnaval, semana santa, feriado do dia do trabalho, dia das mães e dos pais até chegar um próximo Natal e novamente um 31 de dezembro, do ano de 2016.
Cada um de nós, escreverá a sua própria história com perdas e ganhos, a única diferença estará nas mudanças que conseguiremos realizar em nosso coração. Chorar, sorrir, cantar além de outras reações, acontecerão em 2016. Porém, o importante são os motivos das lágrimas e risos.
Buscar em cada dia mais conhecimento, principalmente do nosso próprio ser. Reconhecer-se em qualidades e defeitos, em fracassos e vitórias, ser capaz de perceber que, muitas vezes o sofrimento, nada mais é do que o fruto que estamos colhendo das nossas ações.
                                                                                Mude!
 
O mundo que nós idealizamos está no coração de cada ser humano.  Enquanto estivermos presos a antigos conceitos e preconceitos. Enquanto o culpado for o outro. Enquanto persistirmos nos antigos erros, estaremos recebendo um novo ano com os antigos comportamentos, portanto, se queremos realmente um novo tempo, comecemos a mudança em nossos corações, agora, neste momento, antes da meia noite!
Mude!
Edison Borba

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

40 GRAUS – O RIO ESTÁ “FREVENDO”

                      Rio 40 graus
                                               Cidade maravilha
          Purgatório da beleza
          E do caos
                              Fernanda Abreu
Ultrapassamos os 40 graus. Explodimos em calor. Rio, cidade maravilhosa virou um purgatório. Belezas dissolvidas em suor e cerveja. Abano, leque, ar refrigerado, ventilador vale tudo para amenizar o purgatório.
Sorvete, água gelada, entrar nas lojas e dar o golpe do ventinho (ficar olhando os artigos só para esfriar a cabeça), não se importar se a fila do banco está longa, se a refrigeração for perfeita.
Rio mais de 40 graus, temperatura recorde. Asfalto grudando a sola da sandália, aquela que solta às tiras. Pele ardendo mesmo tendo usado aquele creme que o vendedor ambulante garantiu que era importado. Ônibus lotado e desodorante vencido!
Tudo isso e muito mais é o Rio, querido Rio, um purgatório de felicidade. A praia está poluída, mas as águas refrescam nosso corpo e o sol mata as bactérias.
Sonolência, preguiça, indolência e calor. Muito calor. Cinema, delícia de cinema, o filme? Que filme eu quero mesmo é me refrescar.
Rio 40 e muitos graus, da Fernanda Abreu, que cantou esse purgatório do samba, suor e cerveja.
Guarda-chuva vira sombrinha. O magro poste oferece uma sobra de sombrinha, mas que é muito bem-vinda.
As árvores. Nossas árvores, queridas árvores que cortamos e matamos sem piedade. Queremos vocês e suas sombras. Juramos protegê-las. Por favor, voltem a crescer nas ruas do Rio 40 e muitíssimos graus.
Rio do calor e da sensação térmica que ultrapassa os graus do calor!
Uma coisa é uma coisa. Outra coisa é outra coisa. O calor provoca a sensação térmica, que é maior que o calor. Dizem que é por causa da umidade do ar. Eu que pensei que umidade era sinônimo de “refrescação”! Que confusão! Estou sonolento! Que horror!
                                                           
Mas com esse calor, como pensar? Meus miolos estão fervendo dentro da caixa craniana. Acho que está saído fumaça pelas minhas narinas.
Rio mais de 40 graus, amo você assim mesmo!

É, um purgatório, mas quando chega uma brisa voltamos a curtir tudo de bom que existe nesse lindo lugar.
Rio de Janeiro - Cidade maravilhosa!
Edison Borba

terça-feira, 29 de dezembro de 2015

ASSIM, SERIA COVARDIA!

Com a chegada de um novo ano, em todo mundo faz-se um balanço do que aconteceu para que providências sejam tomadas, melhorando as condições do  tempo que irá chegar.
Todos os países distribuídos pelos cinco continentes, analisam os problemas ecológicos naturais, movimentando pesquisadores e cientistas de diversas especialidades, para montarem planos de prevenção contra ciclones, avalanches, enchentes, erosões, incêndios em florestas, neblinas em estradas, nevascas, tempestades de areia ou de granizo, ventanias, tsunamis, tornados, raios, seca entre tantos outros problemas que causam danos e mortes em todo o mundo.
No Brasil, também existem cientistas que analisam as questões da ecologia e trabalham orientando a população.  
Nós brasileiros, somos um povo que se ufana de não sofrer desastres ambientais como erupções vulcânicas, maremotos, tsunamis, terremotos entre outros fenômenos que podem causar tragédias. Houve um tempo que acreditava-se que “Deus era brasileiro” e o livrava de todos estes males.
Porém, os brasileiros receberam como forma de compensação um carma muito trágico: no Brasil existe uma praga de gafanhotos humanos, que destroem lavouras, escolas, hospitais, cidades, vilas, rios, lagos, praias e tudo que lhes puder render lucros. São gafanhotos que se alimentam de folhas verdes conhecidas como dólares. Eles também são capazes de devorar euros e até reais, desde que haja vantagem para a sua lavoura. São animais perigosos, de duas patas. Existem os machos e fêmeas. Um dos grandes problemas que eles oferecem, é a capacidade de procriar e seus filhotes nascerem com a mesma voracidade dos pais.
Difícil combater essa praga transgênica da Classe: parlamentares, Ordem: políticos e divididos em Gêneros como: vereadores, governadores, deputados e senadores e pertencentes à Espécie: Corruptus incorrigíveis.
 Eles constroem seus ninhos em gabinetes, geralmente com ar refrigerado. Atuam em bandos que os cientistas denominaram “partidos”. Sua área de maior concentração está no clima do planalto central, esta região confere a eles uma grande resistência.
Essa praga tomou conta do País, espalhou-se devorando, destruindo, consumindo tudo que tiver algum valor. Os “corruptus” são protegidos por carapaças legais que os tornam imunes a diversos tipos de agentes.
Por este motivo, Deus não colocou aqui no Brasil, terremotos, tsunamis e maremotos, entre outros acidentes naturais.
Seria covardia do Senhor!
Edison Borba

segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

BRASIL! MINHA PÁTRIA QUERIDA!

Querida Pátria, amada minha, como te amo! És filha de um pai português que aqui chegou, aportou e ficou. Sua mãe veio d’África, trazida em porões de navios junto com meus irmãos.
Oh! Pátria querida, tens solo fértil, onde em se plantando tudo florescerá! Às vezes querida pátria tenho vontade de acalentá-la em meu colo e acariciá-la como a uma filha. Minha filha! Mas tu és minha mãe! Aqui fui parido por vente de mulher brasileira, que também aqui foi gerada.
Pisei em teu solo, pés descalços, ao sabor dos ventos, que trazem o gorjeio dos pássaros para encantar-me entre os sons de tão melodiosa sinfonia.
 
Sou português africano, sou índio sul americano! Sou brasileiro aguerrido! Sou do sul e do sudeste, sou do norte sou nordeste. Sou totalmente brasileiro de norte a sul leste oeste!
Pátria querida pátria! Gostaria de ser mais forte para te proteger dos maus e dos males. Daqueles que te ferem e sangram. Queimam teu solo e florestas. Sufocam teus rios e lagoas, assoreando tuas águas dizimando sem pena, centenas e milhares de vidas.
Brasil, minha Terra! Tens o canto cristalino do sabiá e o mistério do uirapuru. Tens vitória régia, que passeia pela Amazônia, encantando o pescador. Suas orquídeas se espalham e se multiplicam em flores, minha Pátria adorada és o melhor dos amores.
Sou encantado pela Terra de Santa Cruz! Absolutamente apaixonado por suas curvas litorâneas, pela brancura de suas areias, que formam belas praias. Mas, as curvas de seus rios também me deixam apaixonado. Amo sentir o frescor de suas cachoeiras, cascatas e fontes, e me perder em sonhos, vendo o sol se escondendo no horizonte.
Fostes um dia chamada de Ilha de Vera Cruz, talvez por suas águas, tantas águas! Doces e salgadas, que te cercam, cruzam e banham numa riqueza de gotas que mais se parecem pérolas ou quem sabe diamantes.
Minha Terra querida, és religiosamente mística e sua fé grandiosa. Aqui tocam os atabaques, saudando os orixás, mas também se ouvem rezas contadas em terços e rosários, por mãos dos trabalhadores. Em todo o seu território, minha querida Pátria, tens na Bíblia, suas leis.
Todos os teus filhos, acreditam na paz e no universal amor. Eles cantam hinos, fazem louvores, oram e rezam com fervor para um só Deus.
Pátria amada lusamente africana, em suas veias também corre sangue Tupi, Guarani e Tamoio e de muitas outras nações. Somos produto de um amor sem preconceitos, que germinou e se espalhou florescendo nesta tão imensa Terra.
Querida Pátria! Como te amo!
Não estou suportando a dor de te ver sofrendo, secando, murchando por mãos tão desumanas. Quero te ver florescendo; todo o teu solo verdejando e seus pássaros cantando, avisando para o mundo, que o gigante adormecido está acordado.
Meu Brasil querido, é por te amar tanto, que as vezes falo muito, reclamo, grito e choro. Faço isso por você! Por te adorar! Oh, Pátria amada, não te quero ver sofrer, te quero ver renascer mostrando para o mundo, como tu és uma grande e imensa potência.
Tu és o Brasil, minha Terra! Minha querida Pátria!
Edison Borba

domingo, 27 de dezembro de 2015

MOSTRE-ME COMO ESCREVES, E TE DIREI QUEM ÉS!

O Jornal Nacional, exibido pela Emissora de Televisão Globo, apresentou sábado dia 26 de dezembro, uma matéria sobre o ato de escrever à mão. Destacando a importância do conteúdo, principalmente para famílias com filhos em idade escolar, que estão sendo seduzidas pelo excesso do uso de computadores.
O que foi apresentado pelo telejornal, não trouxe nenhuma novidade, apenas reforçou uma verdade pedagógica que vem sendo negligenciada por educadores, pais e responsáveis que é o exercício da escrita feita à mão.
O foco apresentado pelos jornalistas mostrou o número de candidatos à vagas de emprego, que são rejeitados pela caligrafia difícil de ser entendida, ou seja, os antigos garranchos, tão combatidos pelos professores alfabetizadores de outras décadas.
Os “garranchos” aliados à grande quantidade de erros de Português, tornam as palavras ilegíveis para os examinadores, como consequência: rejeição e / ou reprovação. Nunca tantos erraram tanto em tão pouco tempo e em espaço tão curto.
O Brasil está colocando no mercado de trabalho, uma legião de analfabetos sociais, pessoas que não entendem o que leem e que “assassinam” a gramática. Palavras simples, de uso comum, cotidianamente são escritas de forma incorreta e esses erros somados às caligrafias ruins transformam o entendimento dos textos numa verdadeira tradução hieroglífica.
Alguns colégios, principalmente da rede particular, e considerados de excelência pelo ensino e pelo valor das mensalidades, voltaram a solicitar a seus alunos escrever à mão. Aulas de redação onde a caligrafia é também observada, além do conteúdo e da correção gramatical.
Infelizmente, o povo (os que frequentam a rede oficial de ensino) é que está sendo levado por uma onda trágica da falta de educação da Língua Nacional. Cobra-se pouco, releva-se muito e perdoa-se erros (imperdoáveis).
Durante a apresentação da matéria no telejornal, alguns psicopedagogos foram entrevistados e contribuíram com a informação da relação do ato de escrever com a psicomotricidade. Os pais precisam estar atentos para a importância que os movimentos feitos pelas crianças ao desenharem cada uma das letras do alfabeto, sílabas, palavras e frases contribui para o melhor desenvolvimento neurológico. O ato de teclar, bater dedinhos em um computador, tira da criança alguns caminhos que todos os seres humanos deveriam percorrer, como o ato  de  engatinhar.
Valeu a matéria do telejornal! Importante para as famílias e também para educadores que se deslumbraram com os teclados e abandonaram os lápis.
Valeu como um alerta para os brasileiros que diariamente são ludibriados na sua educação básica, por um processo de aprovação desmedido, que mais tarde, a sociedade irá cobrar caro, através do preconceito: “mostre-me como escreves e que te direi quem és!”
Somar é uma boa forma de juntar o útil ao agradável, usar lápis para escrever, pintar e    desenhar,  paralelamente ao uso do computador não causa nenhum mal às crianças.
 O lápis não é inimigo da tecnologia, aliás foi e ainda é com ele, que os grandes inventores e pensadores, escreveram e continuarão escrever a suas grandes obras.
Edison Borba

sábado, 26 de dezembro de 2015

O BRASIL DE CALÇAS E SAIA!

Em mais de cem anos, o Brasil esteve em mãos masculinas. Alguns eleitos democraticamente pelo povo, outros impostos por severas leis. Alguns repetiram à dose e voltaram ao poder mais de uma vez, usando de meios pouco aceitáveis. Outros, foi o povo que “pediu” e “investiu” na renovação do contrato, e eles duplicaram seu mandato. Homens de barba, bigode, cara raspada, barba e bigode, topete, careca, galanteadores, sérios, sisudos, risonhos entre outras características. Tivemos até os que morreram antes de receberem a faixa presidencial, deixando o povo com a pergunta: “como seria o Brasil, caso ele tivesse assumido o poder?”
Depois de termos tantos homens na presidência, finalmente uma mulher chega ao palácio do governo para dirigir a Nação. Trocamos as lâminas de barbear pelo batom, as calças pela saia, os barbeiros pelo cabelereiro, e tudo indicava que o Brasil receberia carinho de mãe. A Pátria ficaria mais perfumada e portanto mais feliz.
Acreditamos ...
Vejamos a lista dos homens que tiveram o poder nas mãos. Pensem em cada um deles e reflitam sobre as suas ações. Vagarosamente e cuidadosamente tirem suas conclusões. Ano a ano até 2015! O que aconteceu com a nossa Pátria querida?
Deodoro da Fonseca – 1889 – Ano em que a República começou!
Floriano Peixoto
             Prudente de Morais
             Campos Sales
             Rodrigues Alves
             Afonso Pena
             Nilo Peçanha
             Hermes da Fonseca
             Venceslau Brás
             Rodrigues Alves (faleceu antes de assumir)
             Delfim Moreira (interino)
             Epitácio Pessoa
             Artur Bernardes
             Washington Luiz
             Júlio Prestes (não assumiu)
             Augusto Fragoso + Isaias Noronha + Mena Barreto
             Getúlio Vargas
             José Linhares (interino)
             Eurico Gaspar Dutra
             Getúlio Vargas
             Café Filho
             Carlos Luz (interino)
             Nereu Ramos (interino)
             Juscelino Kubitschek
             Jânio Quadros
             Ranieri Mazzilli (interino)
             João Goulart
             Ranieri Mazzilli (interino)
             Castelo Branco
             Costa e Silva
             Junta Governativa
             Garrastazu Medici
             Ernesto Geisel
             João Figueiredo
             Tancredo Neves ( faleceu  antes de assumir)
             José Sarney
             Fernando Collor
             Itamar Franco
             Fernando Henrique Cardoso
             Luiz Inácio Lula da Silva
Dilma Rousseff – 2011 até ...
Que lembranças temos de cada um dos nossos presidentes e da presidenta?
Vamos começar um novo ano, portanto é hora de fazermos um balanço!
Boa sorte para todos os brasileiros!
Edison Borba

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

NATAL TODO DIA

NATAL TODO DIA 
Grupo ROUPA NOVA

UM CLIMA DE SONHO                           UM JEITO MAIS MANSO
SE ESPALHA NO AR                                DE SER E FALAR
PESSOAS SE OLHAM                             MAIS CALMA, MAIS TEMPO
COM BRILHO NO OLHAR                      PRA GENTE SE DAR
A GENTE JÁ SENTE                                 ME DIZ, PORQUE SÓ
CHEGANDO O NATAL                            NO NATAL É ASSIM
É TEMPO DE AMOR                               QUE BOM SE ELE NUNCA
TODO MUNDO É IGUAL                        TIVESSE MAIS FIM
OS VELHOS AMIGOS                             QUE O NATAL COMECE
IRÃO SE ABRAÇAR                                NO SEU CORAÇÃO
OS DESCONHECIDOS                            QUE SEJA PRA TODOS
IRÃO SE FALAR                                      SEM TER DISTINÇÃO
E QUEM FOR CRIANÇA                        UM GESTO, UM SORRISO
VAI OLHAR PRO CÉU                            UM ABRAÇO, O QUE FOR
FAZENDO UM PEDIDO                          O MELHOR PRESENTE
PRO VELHO NOEL                                  É SEMPRE O AMOR

                               SE A GENTE É CAPAZ
                              DE ESPALHAR ALEGRIA
                              SE A GENTE É CAPAZ
                              DE TODA ESSA MAGIA
                              EU TENHO CERTEZA                  
                             QUE A GENTE PODIA                  
                             FAZER COM QUE FOSSE             
                             NATAL TODO DIA!!!!!!            

SILÊNCIO, RESSACA OU REFLEXÃO


O dia 25 de dezembro, talvez seja o mais silencioso entre todos os outros 364 dias, que formam o nosso calendário. Provavelmente, o cansaço das compras e festas que antecedem o Natal, faça com que haja essa modorra, que envolve a manhã do dia em que nasceu Jesus.
Todos os artefatos e aparelhos emissores de sons, como telefones, celulares, buzinas entre tantos outros, fazem o que podemos chamar de trégua natalina.
O ritmo acelerado que comandou os primeiros dias do mês de dezembro, é amortecido num pausa para voltar a acelerar nos preparativos das festas reveiillon. Portanto, quem puder aproveitar esses minutos de silêncio proporcionados pelas “línguas cansadas”, fique atento para aproveitar e fazer uma limpeza mental e diminuir o estresse. Quem sabe até dar um pulinho no universo interior e fazer contato com sua essência.
O tempo é curto, antes do celular acordar, o telefone tilintar e o computador chamar e definitivamente voltarmos ao inquietante e estressante mundo da realidade. Aproveitemos a paz e silêncio das primeiras horas do dia 25 de dezembro, para organizarmos nossas ideias, exercitarmos o autocontrole e a concentração.
Vamos nos presentear com alguns instantes de silêncio e gozar dos benefícios deste momento.
Boa sorte! Boa reflexão!
Edison

quinta-feira, 24 de dezembro de 2015

NATAL BRASILEIRO!

    Sob um forte calor, crianças bronzeadas, negras e  brancas, correm nas praias “calientes”. Outras brincam em terreiros  e  quintais.  Algumas mergulham em rios ou empinam pipas sobre as lajes.  Muitas se divertem em salas de pequeninos apartamentos e até em casas atapetadas.  Todas esperam a chegada do Papai Noel.
Vozes clamam louvores enquanto sinos repicam ao som de atabaques. Uma linda mistura de sons religiosos enche o ar de esperança e fé.
Ceias são preparadas com feijão arroz, farofa e ovo estrelado. Acarajé, churrasco, carne seca e muita abóbora, são colocados na mesa, ao lado dos perus e outros assados enfeitados com pêssegos. Tem farinha e mungunzá, tapioca, tacacá,  peixe frito, galinhada e gente muito animada.
Sobremesas fazem o encanto dos mais gulosos: são cocadas, quindins, queijadinhas, arroz doce, sorvetes, bolo de aipim e fubá servidos com panetone. E para arrematar tem licor de genipapo, caju e abricó servidos com café.
Para refrescar as gargantas, muito chope, refrigerantes, sucos de frutas tropicais e até champanhe. A cidra também é bem recebida, junto com vinhos de garrafões ou importados que valem milhões.
Enfeites são colocados em coqueiros e mangueiras, algumas casas preferem as pitangueiras e até umbuzeiros que junto com os pinheiros recebem luzes e bolas e a  estrela luminosa em seu ponto mais alto.
Leques e abanos são movimentados de um lado para outro para amenizar o calor. Com as lareiras “desligadas”, algumas famílias se refrescam com ventiladores e “condicionados” “ares”, mas o suor se faz presente em todos os ambientes. “Cá entre nós” a neve não chega, ela  perde-se no caminho derretendo-se sob um sol brilhante.
O Natal brasileiro é colorido é doce é salgado, tem ritmos variados, frutas diversas e flores exóticas, mas é também abençoado!
Nas “vitrolas” melodias tornam os encontros felizes, tem samba, maracatu e frevo. Os clássicos são ouvidos, principalmente Bach. Há também  as importadas harpas paraguaias, funk e muito axé. Ouvem-se melodias  feitas especialmente para a ocasião,  brasileiras e estrangeiras, esquecidas no baú até dezembro chegar. São vozes conhecidas que ouvimos desde a infância e que continuarão a alegrar muitos outros Natais.
“Bate o sino pequenino”,  todos querem cantar, seja num pequeno lar ou na mansão luxuosa.  Abraços serão trocados, com amor e afeição. É momento de ternura e de muito carinho. Esquecer  desavenças e problemas, é noite sagrada momento de oração.
É Natal e não importa onde se vai comemorar.
É festa  e louvor ao nascimento de Jesus.
Onde houver homens e mulheres de fé, de coração bondoso e de alma caridosa ELE vem para abençoar.
Toquem sinos, cantem os corais, vamos nos abraçar!
É momento de perdão e de confraternização, entre todos os povos do mundo, seja no calor ou frio,  acima ou abaixo do equador, então é Natal, então é magia, nasceu Jesus Salvador.
Feliz Natal para todos nós!
Abraços do Edison
 
 

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

UMA MULHER ILIBADA

Ontem, dia 23 de dezembro de 2015, os telejornais exibiram o discurso da Senhora Presidente do Brasil, em que ela afirmou veementemente ser uma mulher de vida ilibada. Eu e minha família, reunidos na sala, ouvíamos em silêncio, até o momento em que meu tio Zezinho acrescentou: “a senhora também tem um caráter sem jaça!”
Mas, vovó, que também assistia ao pronunciamento quebrou o silêncio da sala e falou para a família, enquanto levantava de sua cadeira de balanço: “dize-me com quem andas e te direi quem és”. Com aquela observação a vetusta senhora, provocou um alvoroço na família, que até então assistia ao telejornal passivamente.
Lucinha, minha sobrinha adolescente, pediu explicações sobre o significado de ilibada e jaça, palavras que ela não conhecia, apesar de estar cursando a segunda série do ensino médio.
Tia Leda, professora aposentada, resolveu a questão, buscando em seu dicionário mental as respostas: ilibado do latim illibatu não tocado, sem mancha, puro, incorrupto. E dando prosseguimento à sua explicação, concluiu: “jaça – imperfeição na estrutura física de uma pedra preciosa, por metáfora mácula, ou seja, quando tio Zezinho afirmou que a presidente tinha um caráter sem jaça, ele afirmou que Dilma além de ilibada é uma mulher sem máculas (manchas) em sua vida.
Eu, que me mantivera quieto durante todo o tempo dessa querela, quebrei meu silêncio e pedi ao grupo que refletisse sobre as palavras da vovó: “diga-me com quem andas e te direi quem és!”. Foi neste momento, que Dorinha, esposa do tio Zezinho acrescentou: “quem anda com porcos farelo come!”
Foi neste momento, que rolou barraco na sala. Todos falando alto e ao mesmo tempo. Ilibada, jaça, farelo, porcos, vida além de outras palavras que não vale a pena serem publicadas aqui.
Eu, que não sou adepto a baixaria, sai de mansinho do ambiente e me recolhi no quarto. Porém, as palavras de vovó continuaram a martelar em meu cérebro, provocando dúvidas, que me deixaram com dor de cabeça.
Com quem andas? Dize-me com quem andas! É possível continuar ilibado vivendo no meio de porcos? Será que o farelo, que os suínos consomem, pode respingar em minha roupa? A má conduta do meu amigo pode manchar a minha reputação? Quem assiste passivamente a um assassinato ou a um roubo, está sendo conivente com o ato? E neste caso a pessoa deixa de ter uma conduta ilibada? E a jaça do caráter, como fica, na convivência com corruptos?
E foi com todas estas dúvidas que fechei minha janela e fui dormir, pensando numa mulher ilibada, chamada Dilma Roussef.
Edison Borba

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

MUSEU? AMANHÃ?

Um museu é inaugurado no Brasil, com pompas e festas, enquanto outros estão fechados, maltratados, mofados e lamentavelmente um deles incendiado.
O Museu da Língua Portuguesa ardeu em chamas em São Paulo, tal qual um inferno, onde as labaredas consomem as almas. Em poucos minutos um excelente acervo ficou sob a ameaça das chamas, mas além do fogo, outros acervos também estão sendo perdidos para o mofo, a umidade, para o abandono e o descaso da Pátria Educadora.
A mídia encarregou-se de arrastar milhares de pessoas, no Rio de Janeiro, para ver o “amanhã” pelas lentes de um museu, e ficou evidente que esse “amanhã” provavelmente não será muito bom. A poluição deixada pelos visitantes, foi trágica.  Um alerta para o despreparo da população, quanto a preservação da sua cidade. Faltou educação!
A novidade acabou, a curiosidade terminou e a cidade, o estado e o país ganha mais um museu, que esperamos não tenha o mesmo futuro dos demais museus. Tomara, que o amanhã do Museu do Amanhã seja melhor do que o Museu do Índio e o Museu da Quinta da Boa Vista.
Quanto ao chamamento para que o povão prestigiasse a inauguração do novo, também deveria existir para os outros Museus, construídos “ontem”, que estão tendo um “hoje” de total tristeza e que provavelmente, num “amanhã” deverão estar com suas portas fechadas.
É muito importante para uma cidade, um estado e um país a presença de museus, centros de pesquisa, salas de exposição, bibliotecas, monumentos e tudo que possa contribuir para a educação de um povo. Mas, tem que ser sério! Tem que ser sólido! Tem que ter futuro! Tem que ser construído e inaugurado na certeza de sobreviver ao amanhã!

Edison Borba

É PRECISO ...

É preciso muito muito mais gente cantando
É preciso muito muito mais gente estudando
Gente marchando, braços dados ou não

Gente lutando contra a corrupção
É preciso muito muito mais gente pensando
É preciso muito muito mais gente participando
Gente atuando, nas escolas, nas ruas e nas plantações

É preciso muito muito mais gente exigindo
Um país renovado, com tudo mudado
Sem gente sofrendo, sem gente morrendo
Somos todos iguais pela constituição
Seja doutor, professor ou “da” construção

É preciso muito muito mais gente lutando
É chegada a hora, tem que acontecer
Chega de esperar, chega de sofrer
Chega de humilhação, chega de corrupção

É preciso muito muito mais gente em ação
Não dá mais para aguentar, ver hospital fechar
Vamos embora, vamos fazer acontecer
Quem sabe faz agora, antes de anoitecer
É preciso muito muito mais gente entendendo
Gente querendo e exigindo respeito

É preciso muito muito mais gente se conscientizando
Dos direitos universais – educação, saúde e pão
Trabalhar com dignidade numa pátria, uma nação
Onde a moral e a ética sejam o lema e a ação
É preciso muito muito mais gente querendo
Não ter a vergonha de ser brasileiro
Gente cantando, trabalhando e estudando

Numa democracia, de verdade, sem mentiras
Onde a felicidade venha da igualdade
É preciso muito muito mais gente lutando
Gente cantando a canção da vitória
O hino da reconstrução
Chega de corrupção!

Edison Borba