Na mitologia grega, Perséfone
é filha de Zeus e Demetra, considerada a deusa das ervas, frutos, flores e
perfumes. Um complexa deusa, que morava Olimpo, durante a primavera e verão e no outono e inverno, havitava o mundo dos mortos.
No
atual século, Perséfone, está nas telinhas dos nossos televisores, como a
gordinha simpática, que durante vários capítulos da novela “Amor à Vida”,
procurou alguém, para perder a sua virgindade. Linda dentro das suas medidas, a
Perséfone do mundo moderno, infelizmente encontrou um príncipe que em nada se
parece com os salvadores de princesas. Fraco e “vacilão”, o nobre mancebo, não
soube apreciar e valorizar a sua bela mulher. Pressionado pela ditadura da
magreza o rapaz “pisou na bola” e foi procurar
um falso padrão feminino, que confunde magreza com beleza.
Devia
ser proibido, a circulação de propagandas que anunciam a beleza padronizada,
discriminando todos os que não se encaixam nas medidas, pesos e cores
estabelecidas pelos que vendem indiscrinadamente poções mágicas, produtos
químicos, academias, dietas e tantos outros artifícios que prometem emagrecer e
“embelecer” rapidamente, usando a estratégia; “trago a sua beleza e te amagreço
em três dias”.
Infelizmente,
algumas e alguns famosos, trocam altos “cachês” para omitirem a verdade quanto
à sua perda de peso. Submetem-se a tratamentos radicais, cirurgias, lipos e
outros processos para se apresentarem em propagandas de chás, ervas e produtos
que supostamente os emagreceram em poucos dias. Além de ser uma mentira
biológica, esse tipo de comercial causa graves problemas nos “inocentes”, que
acreditando na balela, compram ou mergulham nas tais dietas, comprometendo
gravemente suas estabilidades metabólicas.
A
Perséfone brasileira, lutando para manter o seu casamento, submeteu-se a várias
dietas, prejudicando seriamente a sua saúde. Felizmente, ela foi despertada
pelo beijo de um verdadeiro príncipe, capaz de perceber que beleza é algo sem
padrões definidos. Vestido com um belo
jaleco branco, o jovem e romântico rapaz, foi capaz de fazer Perséfone se
sentir linda e perceber o quanto ela é sensual e capaz de se fazer amar.
Esperamos
que no final da história, a bela princesa se case, mas desta vez, com um homem
de verdade. Alguém que saiba se impor na sociedade e capaz de defender o seu
amor das feras sociais.
Essa
é mais um história em que o preconceito é derrotado pelo amor e que deixa uma
lição para todos nós: “a beleza não é constituída apenas pelos atributos
ditados pela propaganda, ela é individual e abrange valores físicos,
psicológicos, sociais, morais e éticos”.
Edison
Borba