sábado, 30 de novembro de 2013

O SACRIFÍCIO DE PERSÉFONE

            Na mitologia grega, Perséfone é filha de Zeus e Demetra, considerada a deusa das ervas, frutos, flores e perfumes. Um complexa deusa, que morava Olimpo, durante a primavera e  verão e  no outono e inverno, havitava o mundo dos mortos.
            No atual século, Perséfone, está nas telinhas dos nossos televisores, como a gordinha simpática, que durante vários capítulos da novela “Amor à Vida”, procurou alguém, para perder a sua virgindade. Linda dentro das suas medidas, a Perséfone do mundo moderno, infelizmente encontrou um príncipe que em nada se parece com os salvadores de princesas. Fraco e “vacilão”, o nobre mancebo, não soube apreciar e valorizar a sua bela mulher. Pressionado pela ditadura da magreza o rapaz “pisou na bola” e foi  procurar um falso padrão feminino, que confunde magreza com beleza.
            Devia ser proibido, a circulação de propagandas que anunciam a beleza padronizada, discriminando todos os que não se encaixam nas medidas, pesos e cores estabelecidas pelos que vendem indiscrinadamente poções mágicas, produtos químicos, academias, dietas e tantos outros artifícios que prometem emagrecer e “embelecer” rapidamente, usando a estratégia; “trago a sua beleza e te amagreço em três dias”.
            Infelizmente, algumas e alguns famosos, trocam altos “cachês” para omitirem a verdade quanto à sua perda de peso. Submetem-se a tratamentos radicais, cirurgias, lipos e outros processos para se apresentarem em propagandas de chás, ervas e produtos que supostamente os emagreceram em poucos dias. Além de ser uma mentira biológica, esse tipo de comercial causa graves problemas nos “inocentes”, que acreditando na balela, compram ou mergulham nas tais dietas, comprometendo gravemente suas estabilidades metabólicas.
            A Perséfone brasileira, lutando para manter o seu casamento, submeteu-se a várias dietas, prejudicando seriamente a sua saúde. Felizmente, ela foi despertada pelo beijo de um verdadeiro príncipe, capaz de perceber que beleza é algo sem padrões definidos. Vestido com  um belo jaleco branco, o jovem e romântico rapaz, foi capaz de fazer Perséfone se sentir linda e perceber o quanto ela é sensual e capaz de se fazer amar.
            Esperamos que no final da história, a bela princesa se case, mas desta vez, com um homem de verdade. Alguém que saiba se impor na sociedade e capaz de defender o seu amor das feras sociais.
            Essa é mais um história em que o preconceito é derrotado pelo amor e que deixa uma lição para todos nós: “a beleza não é constituída apenas pelos atributos ditados pela propaganda, ela é individual e abrange valores físicos, psicológicos, sociais, morais e éticos”.
            Edison Borba
 

 

 

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

ENSINO PÚBLICO (um caso de sapatadas)

O Ministério Público investiga se os tênis entregues para alunos da rede municipal de São Paulo foram contrabandeados da China”.
“A Vulcasul de Itanhandu (MG) venceu a licitação para fornecer os tênis para a rede municipal de São Paulo. Os calçados foram distribuídos em setembro. Em dois meses, já estavam estragados. "Solas, tecidos e cadarços são frágeis, há erros de numeração e palmilhas muito finas".
“Mais uma vez, as Unidades de Ensino público, tiveram um desempenho muito inferior, em comparação as do ensino privado, nas provas do ENEM”.
            Infelizmente, os alunos das redes de ensino público no Brasil, ainda terão muito que “caminhar” para chegar às condições de estarem lado a lado com os estudantes das escolas particulares do país.           
            À medida que os resultados do ENEM / 2013, começam a ser divulgados, surge  à situação da educação no Brasil, vista sob a ótica do ensino médio. Segundo as estatísticas, houve um decréscimo geral nas notas deste ano, comparadas com as do ano passado. Esta sinalização aponta para diversas situações: - os alunos estudaram menos? – a prova foi mais elaborada exigindo um tipo de raciocínio, diferente dos anos anteriores? – o processo de ensino e aprendizagem, foi menos exigente no que se refere a fazer pensar, raciocinar, criar e elaborar pensamentos para a solução de situações práticas? – o uso excessivo da tecnologia fez diminuir a capacidade de refletir?
Poderíamos analisar sobre os mais diversos pontos para tentar explicar o resultado final e globalizado das provas do ENEM, o que provavelmente, os Corpos Docentes das diversas Unidades Escolares do país já devem estar trabalhando. Porém, um dado concreto, volta a se repetir, desde a aplicação das provas no primeiro ENEM: o desempenho dos alunos que frequentam o ensino público em relação aos que estudam em escolas particulares.
Lamentavelmente, a rede pública apresentou rendimento bem inferior ao da rede particular de ensino. Uma situação que está longe de se modificar. Enquanto as autoridades permanecerem ignorando a importância da educação para a melhoria das condições do país, continuaremos a desperdiçar material humano.
As escolas são o espelho das condições de todo o povo, cada turma representa uma comunidade e cada escola uma cidade; o conjunto de unidades de ensino representa o país.
O que se observa, após o ENEM, são dois países diferentes, o dos bem calçados  e os “descalçados”. Enquanto nossas crianças e jovens forem vítimas de um sistema político, capaz de roubar-lhes até os sapatos, fica difícil melhorar o rendimento nos exames do ENEM.
Duas notícias que se completam, quando analisamos o que existe entre as duas. Quando se é capaz de desviar verba para a compra de sapatos, nada mais há que se esperar dos nossos governantes, a não ser dar várias “sapatadas” neles!
Edison Borba

terça-feira, 26 de novembro de 2013

AMOR PERDIDO

É dor que dói e não mata
É punhal cravado sem sangrar
É vontade de rever a quem tenho encanto
É desejo de viver apenas um momento
Somente pra dizer o quanto amo
E mais sofrer pelo silencioso desprezo
É ferida aberta purulenta
É espinho a rasgar o corpo
Marcando a pele atingindo ossos
Como se tatuagem fosse
Desenhada com veneno forte
Amor perdido por “mea  culpa” assumida
Ao me deixares culpado eu  me sinto
De não saber teu amor merecer
Com  garras da solidão e do vazio
Viverei tormentos, muitos
Sofrimentos  no corpo e n’alma
Só assim me sentirei redimido
Por não saber amar você
E não sabendo ...
Deixo partir sem tentar deter
Só por castigo não peço perdão
Não mereço ...
Vou seguir caminho afora
Castigando-me com medieval esfola
Deixando-me fustigar por doloroso sentimento
De não ser digno nem do sofrimento
Que  tento sentir  por ti, sem merecimento.



No dia internacional de combate a violência contra a mulher, 25 de novembro, precisamos refletir sobre uma das frases mais pronunciadas pelos homens: “se não for minha não será de mais ninguém!”
A relação de posse que os homens exercem sobre suas companheiras, leva-os a cometerem crimes. Faz-se necessário, urgentemente leis mais rígidas, punições mais sérias e um processo de educação masculina.
Edison Borba

 

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Michael Jackson ( Heal The World )

         Entre as dezenas de músicas deixadas pelo incrível Michael Jackson “Heal The World” (Cure o Mundo) é uma das mais emocionantes. Talvez por tratar de um tema tão sério quanto à preservação do nosso planeta. Para que isso aconteça é preciso que haja amor pela Terra e por todos os seres que nela habitam. Mas tem que ser amor com atitudes, para que nossos descendentes tenham em quem se espelhar. 
            Tem que ser um amor especial, espontâneo, diário e demonstrado por todos, sem exceção. As pequenas ações, estas são de máxima importância, porque garantem a base da cadeia de atos, bons atos, em prol da vida neste lindo planeta.

Na letra da música encontramos mensagens, como:
                       Cure o mundo

Underwater Sand Plain Lit by the Sun Through Clear Blue Water, Bahamas Impressão fotográfica por Michael JohnsonFaça dele um lugar melhor

Para você e para mim

E toda a raça humana

              Curar o mundo, fazer dele um lugar melhor, mudar as ações não ferir a terra e não sufocar a vida. Deixemos germinar as sementes e brotar as plantas, fazer das armas os arados e plantar, cultivar e colher. Distribuir a colheita e matar a fome do mundo.

            Ainda existe tempo de consertarmos os estragos, curar as feridas, tratar o mundo com carinho e amor. Despoluirmos as águas dos oceanos e mares, rios e cascatas e fazer brotar as nascentes, que irão florescer em rios.

            Temos que começar a agir agora, não podemos sentir medo ou temor, precisamos começar uma nova vida hoje. Cada um fazendo a sua parte, sem acusações e guerras. Precisamos dar as mãos e juntos acariciarmos o mundo, tratá-lo com carinho, como cuidamos de um grande amor. Mimá-lo como a uma criança para vê-lo sorrir novamente. Plantar flores para colorir o planeta e curar as feridas causadas por nós, os seres humanos, em tantos anos de uso desordenado e inconsciente da Terra.
            Nosso planeta está triste e doente. Nuvens escuras pairam sobre as nossas cabeças, basta parar um segundo e observar que algo de muito ruim já está acontecendo, mas ainda podemos mudar nossas ações e espantar essas nuvens.

Pense sobre as gerações e elas dizem:

Nós queremos fazer deste mundo um lugar melhor

Para nossos filhos

E para os filhos dos nossos filhos.

   “Este mundo é divino, é a luz de Deus!”

Edison Borba

CORAÇÃO VASCAÍNO

           Na vitória ou na derrota, o coração de um “cruzmaltino”, continua pulsando de amor pelo aguerrido Clube de Regatas Vasco da Gama, o Gigante da Colina. Este Campeão de Terra e Mar é sem dúvida um dos grandes clubes não só do Brasil, mas de todo o mundo.

Vasco da Gama, navegador português, não temia os oceanos, e foi com coragem e determinação que descobriu o caminho marítimo para as Índias. É com essa força, que os guerreiros vascaínos entram em campo para lutar por vitórias. Nas arquibancadas, a torcida se orgulha de trazer no peito a cruz de malta.


 EscudoBandeira

Somos vitoriosos sempre! Quem torce pelo Vascão, não se intimida e sabe que é importante se manter em campo, saber lutar e ter orgulho de pertencer à família do Campeão de Terra e Mar.

É com esse espírito de luta, que a nação vascaína estará em campo e nas arquibancadas, ou através das ondas de rádio e televisão, lutando sempre.

Cada jogo é uma batalha a ser vencida! Cada batalha é um jogo a ser vencido!

É com esse espírito que ...

Vamos todos cantar de coração
A cruz de malta é o meu pendão
Tu tens o nome do heróico português
Vasco da Gama sua fama assim se fez

Tua imensa torcida é bem feliz
Norte sul Norte sul deste pais
Tua estrela na terra a brilhar ilumina o mar
No atletismo és um braço, no remo és imortal
No futebol és um traço, de união Brasil – Portugal.

Edison Borba

 

domingo, 24 de novembro de 2013

SENSAÇÕES

Deixe os sons envolverem seu corpo
Passar por sua pele entrar por seus poros
Chegar ao seu interior,
Atingindo sua alma,
Como água que escorre entre rochedos
Os sons do mundo envolverão você!
Deixe as cores do universo, absorverem você!
Vermelho aquecerá sua vida o azul acalmará teu espírito
O verde lhe fará sentir a esperança de realizar sonhos.
Ver e ouvir são artes, que estão além dos olhos e ouvidos.
Às vezes olhamos e não vemos,
Escutamos e não ouvimos
A realidade precisa ser absorvida, traduzida e sentida.
Sentir, absorver e traduzir em sentimentos,
Essa é a verdadeira visão e audição!
Para isto acontecer é preciso muito mais que olhos e ouvidos
Quando a alma é pobre, o corpo é cego e o espírito vazio e silencioso.
Para ver e ouvir o que vemos ouvimos bastam olhos e ouvidos
Para sentirmos  é preciso muito, muito mais que isso.
Precisamos  dos elementos e das forças que estão em nós e ao nosso redor
É preciso ter noção do corpo e saber usar a mente
Ter a noção do espaço e sentir o tempo num instante
Deixar o corpo fazer movimentos, sair da estática, ser maleável
E aos poucos  fluir com leveza
As  cores e sons da natureza.

Edison Borba

 

 

 

 

 

 

sábado, 23 de novembro de 2013

ONDE SOMOS IGUAIS?

         A doença e a morte,  igualam  sem nenhum constrangimento todos os seres . Nestes momentos, ricos e pobres, negros e brancos, índios e asiáticos, feios e bonitos, gordos e magros, famosos e não famosos e as classes A, B, C e demais não mensuráveis pelas pesquisas, ficam nas mesmas condições. O tipo de hospital, atendimento médico e clínico, pode variar, mas o sofrimento do enfermo e dos familiares é semelhante e no caso da morte chegar, não importa o valor do caixão e nem o número de coroas de flores, tudo terminará da mesma forma.
Quando (na doença) e onde (na morte) somos iguais é um belo momento da história do homem. Belo, porque nos faz refletir diante do que verdadeiramente somos, e qual a nossa importância, enquanto vivos e seres vivos. Vaidades, riquezas, poder e outros “requisitos” ficam, e voltamos nus para as profundezas da terra.
Essa  linda verdade  deveria nos guiar sempre!
Nenhum dinheiro roubado, nenhum cargo conseguido sem merecimento, nenhuma joia adquirida através da fome de outros seres, seguirá para a eternidade.
Diante dessa triste constatação, fica a pergunta: por que alguns homens e mulheres se vestem de vaidade e maldade? O que faz um ser humano roubar, violentar, transgredir regras para obter ilicitamente o que não lhe pertence?
Na história da humanidade temos acompanhado os dois lados da moeda:
>Homens que lutam por justiça contra os que praticam a injustiça.
>Os que se arriscam pelo bem do próximo  os que colocam a vida do próximo em risco.
>Os que semeiam e plantam e os que desmatam e queimam florestas.
E assim o equilíbrio vem sendo mantido, através de lutas constantes, mas a dúvida é sempre a mesma: quem vencerá?
Quando assistimos um homem público, padecer de um mal e não conseguir fazer com que o seu dinheiro e poder lhe traga a cura, vale uma reflexão: valeu a pena esse tipo de trajetória de vida?
Estamos, nós brasileiros, assistindo a prisão de homens e mulheres, politicamente “importantes”, mas que cometeram graves delitos contra a pátria e o povo. Entre eles, um está apresentando problemas de saúde, que aparentemente é grave. Será que neste momento, ele e os demais estão refletindo sobre os males causados aos brasileiros, por suas ações? E se a morte chegar será que valeu à pena ter agido de forma inadequada contra o seu próprio povo? Em seu caixão, seguirão apenas as suas ações, seus atos e sua história. O que de concreto foi conseguido, os bens materiais ficarão na terra.
Onde somos iguais? Nas dores e dissabores e principalmente na doença e na morte!
Edison Borba
 

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

AMOR BANDIDO!

           Constantemente mulheres de presidiários são detidas por tentarem levar drogas e aparelhos celulares em seus corpos para os companheiros presidiários. Uma grávida de cinco meses foi presa portando um celular dentro de suas “partes íntimas”. Ao ser detida, chorou diante  de seu filho,  de seis anos que também visitaria o pai presidiário. Uma cena triste e comovente, que se repete constantemente.
Quem são essas mulheres? Que tipo de amor às impelem  correr riscos pelos seus companheiros? Algumas alegam,  ser obrigadas a cometer o ato ilícito. Mas, a grande maioria faz por amor. Um amor bandido, ou um amor pelo bandido.
Mulheres abandonadas, discriminadas pela sociedade, que lutam para sobreviver em condições difíceis. Mulheres rotuladas por se apaixonarem pelos “heróis” do tráfico. Mulheres que se sentem valorizadas nas comunidades, pelas “forças” dos companheiros. Mulheres como qualquer outra mulher, incluindo àquelas que emprestam seus rostos para revistas famosas, posam nuas e  trocam de amor, maridos, amantes sob as luzes dos holofotes, aplaudidas pelo povo e pelos fãs. Dois tipos de mulher ou apenas duas situações sociais?
É difícil defender as mulheres de bandidos. Muitas não são bandidas e possuem retidão de comportamento. Arriscam-se por seus amores, sacrificam-se para ter um segundo de afeto. Elas não saem nas colunas sociais, mas nas colunas policiais. Olhos baixos, cabelos nem sempre luminosos, roupas de pouca qualidade, mas apaixonadas. Não posam nuas, não fazem escândalos, são fieis no prazer e na dor. Discretas, exibem  olhares tristes ao serem fotografadas para o álbum policial.
Como avaliar e comparar o comportamento  das “pin-up-girls” com as mulheres de bandidos? Muitas das “girls”  cometem distúrbios,  drogam-se, dirigem  alcoolizadas,  internam-se em clínicas de reabilitação,  envolvem-se em escândalos e ressurgem maravilhosas após um tempo de “recesso”. Algumas se exibem sensualmente nas redes e participam de  “reality  shows” sem  nenhum pudor. Bebem além da conta e  não se acanham em fazer (amor ??!!) e sexo diante das câmeras de televisão. Portam e usam drogas, mas são perdoadas pelo povo que as aplaude e acolhe, entendendo que são frágeis e manipuláveis por outros tipos de bandidos, os que as oferecem fama.
Não quero ser complacente com ninguém, crime é crime, não importando a classe e o status social de quem o cometeu, porém a sociedade tende a ser mais compreensiva com algumas em detrimento de outras.
Tentar entrar num presídio com um aparelho celular ou drogas é crime, mas também deveria ser crime, usar a imagem para estimular o uso do álcool, ao sexo sem segurança  e a luta por dinheiro num vale tudo, onde as armas são as piores condições humanas, como a mentira,  a raiva, o ódio num jogo sem nenhum pudor.
Mulheres que amam bandidos ou mulheres bandidas com classe ou sem classe, se cometerem crimes devem ser punidas. Porém, nem todas as caras ou rostos saem em capas de revistas ou colunas sociais, algumas aparecem apenas nas colunas criminais!
Edison Borba

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

JUSTIÇA! JUSTIÇA! JUSTIÇA!

Comunidade revoltada queima pneus na rua e pede justiça! Crianças carregam faixas no enterro do amiguinho, morto por bala perdida,  pedem justiça! Mulher diante do corpo do marido,  pede justiça! Vizinhos do trabalhador assassinado,  pedem   justiça! A família da jovem estuprada,  pede justiça! Pai da jovem desaparecida há quatro anos, pede justiça! Família do policial morto em combate pede justiça! Pai que teve o filho assassinado pelo padrasto pede justiça! Justiça! Justiça! Justiça! Gritava o povo da comunidade invadida por bandidos! Rapaz homossexual, discriminado em um bar, pede justiça! Mãe de jovem desaparecido, também pede justiça! Pais que perderam filho, por falta de atendimento hospitalar, pedem justiça! Namorada diante do corpo do amado, atropelado por motorista embriagado, pede justiça! Mulher negra, vítima de preconceito racial pede justiça! Idoso, na fila para atendimento médico em um posto de saúde, pede justiça! Famílias das enchentes de Friburgo e Petrópolis esperam anos por atendimento, pedem justiça! Professores indignados pela qualidade ruim de suas escolas,  pedem justiça! Crianças que esperam por adoção, vítimas da burocracia brasileira, pedem justiça! Pais do jovem que morreu por placa de cimento que caiu de um viaduto, esperam justiça! Famílias das vítimas da médica monstro do Paraná, pedem justiça! Mãe de Emília, espera que a justiça não esqueça,  corpo de sua filha não apareceu! Também o corpo do pedreiro Amarildo, espera justiça! Trabalhadores demitidos injustamente por patrões inescrupulosos pedem justiça! O povo espera que se faça justiça condenando os bandidos do mensalão! Familiares dos que morreram no desabamento de edifícios na cidade do Rio de Janeiro, clamam por justiça! Os moradores de Santa Teresa, bairro do Rio de Janeiro, esperam que a justiça seja feita no caso do acidente com o bondinho! Os indígenas que ainda existem no Brasil, pedem justiça e urgência para as questões de demarcação de terras! A justiça precisa agir nas câmaras de deputados e vereadores e também no senado para acabar com o grande desvio de dinheiro do povo brasileiro!

Justiça! Justiça! Justiça! Justiça!
Justiça é uma das palavras mais ouvidas no Brasil!
Tem sido gritada, escrita e falada. Enquanto houver discriminação, preconceito, desrespeito, crimes de todos os tipos continuaremos a pedir justiça!
Quem sabe um dia, possa surgir um cavaleiro negro, montado em cavalo branco, portando uma espada de ouro, para fazer justiça!
Edison Borba

CONSPIRAÇÕES: O MISTÉRIO DA LETRA JOTA.

          “Rei morto rei posto” essa é a regra. Haverá sempre alguém para substituir quem partiu ou morreu. A roda da vida gira sem parar,  e nos acostumamos aos risos e as lágrimas, e muitas vezes a chorar de rir  ou rir diante do desespero.
Na história do mundo, muitas lágrimas foram derramadas pela vida de “reis” democráticos, cujas vidas  durante muito tempo ocuparam as manchetes dos jornais, não só pelos seus atos políticos,  mas também por suas múltiplas atividades fora do governo. Homens  famosos, que por coincidência, após  anos de seus enterros,  voltam aos noticiários; são os presidentes letra “jota”: John Kennedy, Juscelino Kubitschek e Jango Goulart, cujas mortes aconteceram nos anos de 1963, 1976 e também 1976 respectivamente, deixando o mundo diante do mistério dos jotas. Três políticos janotas, conquistadores, acumuladores de amantes, inteligentes e populares. Homens de barba raspada, ternos elegantes, discursos empolgantes fazendo com que ao seu redor, uma atmosfera e amor e ódio fosse construída.
Após muitos anos, os nomes desses três presidentes voltam aos comentários quanto à natureza de suas mortes, reabrindo novamente o misterioso caso (ou casos) dos presidentes letra jota.
Nos Estados Unidos, o dia 22 de novembro, é lembrado como símbolo de uma possível conspiração, que matou John Kennedy. Aqui no Brasil os corpos de Juscelino e Jango, serão  exumados, para exames que poderão confirmar possíveis assassinatos, praticados através de uma conspiração.
Tiros e venenos fazem parte desses mistérios, que possivelmente nunca serão desvendados. Quando o assunto é conspiração, muitos são os envolvidos para maquinar e executar os atos que completam todo o enredo da trama. Uma conspiração não acaba no momento da execução da vítima, é preciso apagar os vestígios e eliminar possíveis rastros que possam levar a solução do conluio. Vários anos e uma rede de intrigas que se perpetua numa eternidade.
Fica por conta dos historiadores, analisar e contribuir com suas pesquisas acrescentando mais “lenha” na fogueira dos acontecimentos, porém os mistérios continuarão a rondar a Casa Branca, o Palácio da Alvorada e outros tantos palácios a espera de um novo mistério e de uma nova letra, que por coincidência ou não, reinaram e morreram em circunstâncias semelhantes.
 
 
 
Eis aqui, um bom trabalho de pesquisa para os estudiosos!
Edison Borba
 

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

NÃO RESISTIU...

          Diariamente nos telejornais, nos noticiários radiofônicos e nos textos de jornais encontramos esse tipo de observação: “a vítima não resistiu e morreu”. Fica para o leitor e ouvinte a sensação de que o ferido, propositalmente, não resistiu, e ao morrer prejudicou o bandido.  Não resistir é uma obrigação do “doente”, o ferido tem a obrigação de lutar para se manter vivo, e não criar mais problemas para os meliantes.
Sugiro aos jornalistas que ao relatarem um crime, dispensem o “não resistiu” e usem: “a vítima morreu!” Dessa forma, fica claro que o assassino é o culpado e ponto final!
Existem alguns vícios, muito comum nas matérias jornalísticas, que não consigo entender. Apesar de saber que temos que respeitar um padrão ético a ser seguido pelos informativos, mas já é hora de revermos uma linguagem antiquada, que permanece mesmo com o grande avanço tecnológico.
Outra questão interessante são as entrevistas concedidas aos criminosos, que se tornam famosos pelos atos que cometeram. Alguns debocham da sociedade, riem e fazem escárnio. E quando são  “dimenor”  a situação fica mais constrangedora, ao vermos e ouvirmos adolescentes se deliciando com o que fizeram e gozando os seus quinze minutos de fama.
Em outros casos, alguns jornalistas ao entrevistarem um parente ou amigo da vítima, a conversa acontece em torno da beleza e bondade do morto. Nada é obtido que possa ajudar a esclarecer o problema. A dor e as lágrimas são colocadas em primeiro plano e nada é perguntado que possa ajudar aos policiais ou aos que estão acompanhando a notícia a colaborar com a solução da tragédia. O mesmo acontecendo, quando se cobre as tragédias.
Volto a afirmar, que sei das regras que norteiam o trabalho dos profissionais da imprensa, mas diante de tanta modernidade, já está na hora de um congresso ou simpósio para se discutir as novas formas de fazer jornalismo ou então, as vítimas continuarão a prejudicar os bandidos, não resistindo e morrendo de propósito, só para prejudicar o assassino.
Assim é demais!
Edison Borba
 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

CORES DO BRASIL

Minhas avós chegaram d’ África
Mulheres de colo quente
E histórias pra contar
Benção vó  Merenciana
Benção vó  Deolinda
Bolinhos de fubá no café
Amor de lambuja no pão
Meus avôs eram d’Europa
Falavam língua enrolada
Um deles tinha bigodes
O outro usava uma boina
Falavam alto e gritavam
De tenores tinham vozes
Eu criança pequena
Amava aqueles sons
Dos quais nada entendia
Os meus pais eram caboclos
Talvez índios ou mulatos
Peles queimadas escuras
Eram negros com orgulho
Linda cor tinham meus pais
Sou brasileiro
Sou gaúcho sou mineiro carioca
Sou índio sou negro sou branco
Sou mistura cidadão
Tenho orgulho da Terra onde nasci
De onde conheço o chão
Minha pátria é colorida
De cores de peles e amores
Meu amor é negro é branco
Mulato índio chinês
Meu amor é meu país
É Brasil  é sul da América
É negro que tem consciência
É branco índio caboclo
Meu país é uma ciência
Difícil de desvendar
Amo essa linda pátria
Eu amo esse lugar!

          Edison Borba

FÉLIX e JACKSON (Amor à Vidas Opostas)

    Durante os diversos capítulos de uma novela, mesmo os melhores atores, deixam a desejar em algumas cenas. No grava e regrava faz e repete, perde-se o pique e em alguns momentos os personagens deixam de brilhar, diante do cansaço dos atores. 

O cinema é semelhante às novelas, com a diferença de ter princípio, meio e fim em noventa ou mais minutos, e as gravações serem feitas  refeitas e costuradas aproveitando-se os melhores momentos.

No teatro, só os bons sobrevivem. Quando as cortinas se abrem, a história tem que ser contada por inteiro, diante do público, sem direito a repetições, remendos e costuras. É preciso ter fôlego, cérebro e sentimento para segurar a plateia e esperar pelos aplausos.

O cenário teatral brasileiro possui grandes atores, forjados nos palcos e nos textos, de Shakespeare, Paulo Pontes, Genet, Boal, Ionesco, Molière, Nelson Rodrigues entre outros grandes dramaturgos.

Nas telenovelas, Dias Gomes, Janet Clair, Ivani Ribeiro, Avancini  entre outros escritores e diretores, trabalham textos e cenas, que devem seguir uma trajetória comercial e que nem sempre é de boa qualidade durante todos os capítulos. Poucos atores conseguem manter a qualidade do personagem durante toda a trama. Há tempos (2006 / 2007), Heitor Martinez brilhou na novela “Vidas Opostas” (TV Record), vivendo o cruel bandido Jackson. Foram momentos inesquecíveis de interpretação memorável. O trabalho facial e de corpo exigiu do ator muito esforço e dedicação. Este ano (2013), o destaque vai para Mateus Solano, em “Amor à Vida” (TV Globo), vivendo o complexo Félix, um ser atormentado pela figura paterna. As diversas faces de Mateus são magníficas, sua presença garante a comédia e a tragédia. Compondo um personagem multifacetado, Solano consegue garantir momentos da mais alta qualidade na dramaturgia. O capítulo do dia 18 de novembro foi um dos melhores que a televisão apresentou nos últimos anos. Mateus Solano foi magistral. Os deuses do teatro o abençoaram e ele mergulhou na alma do Félix, como só um grande ator consegue. Naqueles minutos, o personagem estava vivo, absolutamente vivo.
Heitor MartinezMateus solano Oficial

Heitor Martinez e Mateus Solano entre outros bons e novos atores se destacam no mundo dos “modelos descamisados”e corpos malhados pelas academias, que enchem as telinhas dos  televisores de mediocridade interpretativa.

Precisamos de bons autores, diretores e atores, mesmo que seja apenas para uma cena, que vale por todo o espetáculo.

Edison Borba

 

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

ETERNAMENTE SÉRGIO BRITTO

           Em 2011, tive o prazer de escrever um artigo sobre “Sergio Britto”, uma lenda do teatro,  e a honra de receber de presente o livro “O Teatro e Eu – Memórias”, autografado e com dedicatória desse Senhor, que tive o privilégio de ver, atuando em diversos palcos.
O ator Sérgio Britto, que morreu neste sábado, no Rio de Janeiro - Divulgação
Sérgio faz parte da galeria de pessoas que ultrapassaram limites da maioria dos seres humanos. Sua história será passada de geração em geração, cantada e contada em verso ou em prosa.
Impossível destacar o  melhor papel interpretado por Sérgio Britto. No palco dos teatros, nas telas dos cinemas ou nas televisões, Sérgio brilhou, emocionou, fez rir e fez chorar. Qualquer texto se transformava em obra prima através de suas interpretações. Coragem, força e energia sempre foram características deste talentoso homem.
Em todos os seus muitos anos de carreira, ele se manteve renovado a cada representação. Um ator que acompanhou as mudanças da arte teatral se mantendo atualizado e integrado aos mais modernos meios de comunicação.
Merecidamente Sérgio Britto será homenageado e terá a sua memória perpetuada, no próximo dia 23.11.13, quando será inaugurada em São Paulo, a Ocupação Sergio Britto do Itaú Cultural aos 90 anos do Artista.
De 23 de novembro de 2013 a 19 de janeiro de 2014, no Itaú Cultural de São Paulo, será exibido um documentário, com os momentos mais relevantes da vida e da obra de Sérgio Britto.
Maiores informações:


            www.itaucultural.org.br/ocupacao

Entrada franca!

Excelente programa!

Edison Borba

HOMENS E SEGREDOS!

          Há alguns anos as telas dos cinemas exibiram  filmes como “Os Doze Condenados”,    “Onze Homens e Um Segredo” e “Todos os Homens do Presidente”.  Obras cinematográficas, que contam as histórias de homens e as leis. No decorrer das histórias, temos suspense, tiros, mortos e prisões. Ótimos entretenimentos para ser saboreados com muita pipoca.
Aqui no Brasil, também temos uma grande produção no mesmo estilo. Uma história de suspense, crimes, homens engravatados, mulheres bonitas, tráfico de interesses, políticos dos mais variados escalões e muito, muito dinheiro.
Todos os Homens do PresidenteO bando atuou anos e anos, sempre acobertados pelo poder. Um perigoso e astuto “poder”, que sob a bandeira da democracia permitia e não via; não via e não sabia; não sabia e não punia; não punia e se divertia com o dinheiro do povo brasileiro.
Habitando castelos de vidro, espalhados por todo o Brasil,  homens e mulheres “do presidente”, gastavam e se divertiam. Porém, no decorrer da filmagem,  duelos em que o mocinho,   “negro” e de toga “preta”  com as sua caneta atira sentenças contra os terríveis meliantes, que agora passaram a morar num lugar conhecido como “Papuda”.
            Alguns bandidos, já alegam estar “baleados” e pedem clemência, por seus corações que foram atingidos por balas do enfarto. Outros, que gozam de dupla cidadania, montaram em seus cavalos de aço  atravessaram  fronteiras e estão escondidos nas montanhas Italianas.
            O povo, feliz e contente sai às ruas para comemorar o final da batalha, apesar de encontrar algumas barricadas, onde  alguns defensores do bando, que esperam pela pizza,  acreditam ainda, poderá ser servida, acreditando que este filme terminará como tantas outras películas.
             José Dirceu,  José Genoino,  Delúbio Soares, Marcos Valério Fernandes,  Natan Donadon, Jacinto Lamas, José Roberto Salgado, Romeu Queiroz,  Ramon Hollerbach e Cristiano Paz estão recolhidos no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, estudando novos textos para outras produções, que eles esperam “estrelar” nos próximos governos.
O ator Henrique Pizzolato  está tentando um contrato na  Itália.
As duas atrizes do grupo: Kátia Rabello e  Simone Vasconcellos – foram transferidas para os estúdios da Penitenciária Feminina do Gama, onde estão escolhendo os novos figurinos, que pensam em usar nos próximos anos, sob uma nova direção cinematográfica, cujo Diretor e ou Diretora, será escolhido pelo povo.
            O povo, como sempre dividido, está “pensando” em que urna irá depositar seu voto. A nova produção cinematográfica, que vai para as telonas a partir de 2014, será difícil para o povão, que também estará envolvido com os jogos da copa do mundo de futebol.
            Triste sina do País  que terá que optar entre duas bolas. Em que tipo de taça o Brasil vai beber? Que delícia irá saborear: leite ou fel? Futebol ou presidência?
            Mais uma superprodução já começou a ser montada e dinheiro (muito dinheiro) está em jogo. O vencedor terá compromissos (muitos compromissos). Terá dívidas (muitas dívidas). Quem irá pagar por mais uma majestosa produção cinematográfica brasileira, intitulada “Eleições: Alegria ou Castigo?”
Edison Borba

 

sábado, 16 de novembro de 2013

A MORTE

Hoje a morte, a fria morte, veio
Visitar-me a querer me amamentar em seio
Do onde jorra o leite envenenado
Que, se por mim for tomado
Dormirei em seu colo em devaneios
O sono mais profundo e infecundo
Do não acordar e não sonhar jamais
Acalentado em seu peito,  cínica e implacável
Com dedos frios a acariciar meus cabelos
Enganando-me sem nenhum constrangimento
De levar-me a vida e também  meus sonhos
Deixando-me num mar sempre a deriva
Sem saber o que fazer e onde um dia
Vou pousar, quem sabe em outra vida.
Como criança escondida em canto
Atrás da porta, a esperar espanto
Misterioso e assustador encontro
De mais uma vez viver um sonho
Que despertar será envolvimento
Com outra morte que virá um dia
Implacável me trazer seu seio
Que ao sugar em meio aos muitos devaneios
Não mais serei o que agora sou
E  tudo que passei,  se perderá  pra sempre
No sopro frio de morrer de novo
Apascentado pelo delicioso seio
Cujo leite, veneno saboroso,
Tirou-me a vida os sonhos e as lembranças
Ao mergulhar no sono mais profundo
Eternamente, num segundo.

Edison Borba