sábado, 30 de novembro de 2013

O SACRIFÍCIO DE PERSÉFONE

            Na mitologia grega, Perséfone é filha de Zeus e Demetra, considerada a deusa das ervas, frutos, flores e perfumes. Um complexa deusa, que morava Olimpo, durante a primavera e  verão e  no outono e inverno, havitava o mundo dos mortos.
            No atual século, Perséfone, está nas telinhas dos nossos televisores, como a gordinha simpática, que durante vários capítulos da novela “Amor à Vida”, procurou alguém, para perder a sua virgindade. Linda dentro das suas medidas, a Perséfone do mundo moderno, infelizmente encontrou um príncipe que em nada se parece com os salvadores de princesas. Fraco e “vacilão”, o nobre mancebo, não soube apreciar e valorizar a sua bela mulher. Pressionado pela ditadura da magreza o rapaz “pisou na bola” e foi  procurar um falso padrão feminino, que confunde magreza com beleza.
            Devia ser proibido, a circulação de propagandas que anunciam a beleza padronizada, discriminando todos os que não se encaixam nas medidas, pesos e cores estabelecidas pelos que vendem indiscrinadamente poções mágicas, produtos químicos, academias, dietas e tantos outros artifícios que prometem emagrecer e “embelecer” rapidamente, usando a estratégia; “trago a sua beleza e te amagreço em três dias”.
            Infelizmente, algumas e alguns famosos, trocam altos “cachês” para omitirem a verdade quanto à sua perda de peso. Submetem-se a tratamentos radicais, cirurgias, lipos e outros processos para se apresentarem em propagandas de chás, ervas e produtos que supostamente os emagreceram em poucos dias. Além de ser uma mentira biológica, esse tipo de comercial causa graves problemas nos “inocentes”, que acreditando na balela, compram ou mergulham nas tais dietas, comprometendo gravemente suas estabilidades metabólicas.
            A Perséfone brasileira, lutando para manter o seu casamento, submeteu-se a várias dietas, prejudicando seriamente a sua saúde. Felizmente, ela foi despertada pelo beijo de um verdadeiro príncipe, capaz de perceber que beleza é algo sem padrões definidos. Vestido com  um belo jaleco branco, o jovem e romântico rapaz, foi capaz de fazer Perséfone se sentir linda e perceber o quanto ela é sensual e capaz de se fazer amar.
            Esperamos que no final da história, a bela princesa se case, mas desta vez, com um homem de verdade. Alguém que saiba se impor na sociedade e capaz de defender o seu amor das feras sociais.
            Essa é mais um história em que o preconceito é derrotado pelo amor e que deixa uma lição para todos nós: “a beleza não é constituída apenas pelos atributos ditados pela propaganda, ela é individual e abrange valores físicos, psicológicos, sociais, morais e éticos”.
            Edison Borba
 

 

 

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