quarta-feira, 13 de novembro de 2013

EDUCAÇÃO BRASILEIRA?

          Vivemos num mundo em transformação e especificamente num país, que luta para encontrar a sua identidade.  Uma nação jovem; habitada por diversas matrizes genéticas, que se mesclaram, e ainda se confundem formando uma população difícil de ser analisada. É possível imaginarmos, que na Terra de Santa Cruz, vivemos em constante crise de identidade.

As mudanças que acontecem  no planeta tornam-se mais complexas em nosso território. Não conseguimos identificar um padrão biológico brasileiro, as indústrias de calçados e roupas usam, muitas vezes, medidas estrangeiras, que não se enquadram nos biotipos do povo do  Brasil.

 Dividimo-nos em regiões, que conseguem ter  certa relação “biosocial” entre os seus habitantes. Porém, a visão do país como um todo, a brasilidade,  é muito difícil de ser identificada. Somos muitos, somos diversos, somos variados, somos uma mistura de indígenas, europeus, africanos e asiáticos, que resultou numa maravilhosa e diversificada população.

A partir dessa complexa diferenciação, enfrentamos um grande desafio: a educação. Como estabelecer parâmetros que possam nortear o ensino do Oiapoque ao Chuí?

Apesar de falarmos o mesmo idioma, as expressões locais, muitas vezes, transformam-se em subidiomas, que é necessário termos um dicionário para  estabelecer  comunicação entre os próprios brasileiros. Usos, costumes, diferenças ecológicas e climáticas, permitem, num mesmo dia termos diferenças que variam entre a neve a chuva e a seca. Como estabelecer um parâmetro educacional que possa atender a essa incrível diversidade humana, geográfica e ecológica?
Além das condições próprias desse imenso território, temos um sistema de governo  federal, estadual e municipal, que não investe seriamente no processo educacional. Vivemos situações no processo ensino e aprendizagem que varia numa escala preocupante. O descaso, o desvio de verbas, a falta de responsabilidade com as condições educacionais do país é vergonhosa.
As classes sociais consideradas elite, que não depende da educação pública, busca nas escolas privadas,  a solução. Infelizmente, mesmo na rede particular, encontramos falhas bastante sérias, porém mais fáceis de serem sanadas. No entanto, quando nos referimos à educação pública, a situação é complicada. Apesar dos educadores, serem em muitos casos os mesmos, das duas redes, as condições de trabalho é que estão em polos opostos.
As esperanças de sermos uma nação emergente, aquela que irá matar a fome do planeta, cujo desenvolvimento está nos levando para o primeiro mundo naufraga, quando não garante um futuro  digno para a maioria de seu povo.
Apesar de todos os obstáculos, o povão, responde favoravelmente permitindo encontrarmos oásis, em meio ao deserto do descaso educacional. Quando visitamos uma feira ou exposição de projetos, trabalhos e pesquisas desenvolvidos por alunos dos diversos segmentos educacionais, nos ”deliciamos” diante de uma escola que luta para mudar a realidade que a cerca. Esses eventos permitem que aconteça uma troca de saberes tirando estudantes e professores do isolamento e socializando suas experiências.
Esses brasileiros, através de sua persistência, capacidade de inovar, acreditar, criar,  inventar e amar o Brasil, lutam através da educação, para que possa existir um futuro digno para todos os nós.
Que haja mais exposições, feiras, eventos, seminários, simpósios e oficinas pedagógicas, para manter viva a chama que aquece o coração dos educadores e alunos. Precisamos que haja plena conscientização de empresários e da sociedade civil, para que não percamos uma enorme quantidade de jovens, que buscam o saber  empreendedor para suas vidas. Eles são a esperança de uma sociedade ética e preocupada com a melhoria da qualidade da vida no Brasil.
Edison Borba

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