domingo, 27 de dezembro de 2015

MOSTRE-ME COMO ESCREVES, E TE DIREI QUEM ÉS!

O Jornal Nacional, exibido pela Emissora de Televisão Globo, apresentou sábado dia 26 de dezembro, uma matéria sobre o ato de escrever à mão. Destacando a importância do conteúdo, principalmente para famílias com filhos em idade escolar, que estão sendo seduzidas pelo excesso do uso de computadores.
O que foi apresentado pelo telejornal, não trouxe nenhuma novidade, apenas reforçou uma verdade pedagógica que vem sendo negligenciada por educadores, pais e responsáveis que é o exercício da escrita feita à mão.
O foco apresentado pelos jornalistas mostrou o número de candidatos à vagas de emprego, que são rejeitados pela caligrafia difícil de ser entendida, ou seja, os antigos garranchos, tão combatidos pelos professores alfabetizadores de outras décadas.
Os “garranchos” aliados à grande quantidade de erros de Português, tornam as palavras ilegíveis para os examinadores, como consequência: rejeição e / ou reprovação. Nunca tantos erraram tanto em tão pouco tempo e em espaço tão curto.
O Brasil está colocando no mercado de trabalho, uma legião de analfabetos sociais, pessoas que não entendem o que leem e que “assassinam” a gramática. Palavras simples, de uso comum, cotidianamente são escritas de forma incorreta e esses erros somados às caligrafias ruins transformam o entendimento dos textos numa verdadeira tradução hieroglífica.
Alguns colégios, principalmente da rede particular, e considerados de excelência pelo ensino e pelo valor das mensalidades, voltaram a solicitar a seus alunos escrever à mão. Aulas de redação onde a caligrafia é também observada, além do conteúdo e da correção gramatical.
Infelizmente, o povo (os que frequentam a rede oficial de ensino) é que está sendo levado por uma onda trágica da falta de educação da Língua Nacional. Cobra-se pouco, releva-se muito e perdoa-se erros (imperdoáveis).
Durante a apresentação da matéria no telejornal, alguns psicopedagogos foram entrevistados e contribuíram com a informação da relação do ato de escrever com a psicomotricidade. Os pais precisam estar atentos para a importância que os movimentos feitos pelas crianças ao desenharem cada uma das letras do alfabeto, sílabas, palavras e frases contribui para o melhor desenvolvimento neurológico. O ato de teclar, bater dedinhos em um computador, tira da criança alguns caminhos que todos os seres humanos deveriam percorrer, como o ato  de  engatinhar.
Valeu a matéria do telejornal! Importante para as famílias e também para educadores que se deslumbraram com os teclados e abandonaram os lápis.
Valeu como um alerta para os brasileiros que diariamente são ludibriados na sua educação básica, por um processo de aprovação desmedido, que mais tarde, a sociedade irá cobrar caro, através do preconceito: “mostre-me como escreves e que te direi quem és!”
Somar é uma boa forma de juntar o útil ao agradável, usar lápis para escrever, pintar e    desenhar,  paralelamente ao uso do computador não causa nenhum mal às crianças.
 O lápis não é inimigo da tecnologia, aliás foi e ainda é com ele, que os grandes inventores e pensadores, escreveram e continuarão escrever a suas grandes obras.
Edison Borba

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