terça-feira, 8 de dezembro de 2015

E AGORA MICHEL?

A amizade acabou, uma luz se acendeu e você se pronunciou.
A relação esfriou, você se mostrou, você protestou
E agora Michel? Está sem a parceira, que nunca foi verdadeira
A que zomba dos outros, e segue sem rumo, ouvindo barbudo
E agora Michel? Queres ter vida própria? Achar um caminho?
Sua hora é agora. Tens que achar um discurso. Dizer pra que veio.
Chega de utopia. Chega de inventar magia. Chega de fantasia.
Que tal se você gritasse, gemesse e denunciasse?
Estás com a chave na mão para abrir as comportas
Deixar jorrar as verdades. Destruir ídolos de vidro.
Não fujas Michel, nem de galope. Não esperes o bonde, ele não virá.
Nesse instante de febre, que assola o Brasil, use a palavra
Estás com a chave na mão. Não adies a ação.
Já não podes recuar. Tens que ser coerente. Jogue a bola pra frente.
E agora Michel? Publicaste a carta. Mexeu no baú. O mofo tirou.
A mulher se irritou. Seu riso sumiu e ela bradou.
E agora Michel, queres me enfrentar?
Tirar o meu ouro, mexer no meu tesouro, cuspir em meu rosto?
E agora Michel? Você que nunca falou, nunca discursou
Vivias escondido, nunca disse a que veio
E agora Michel?
Terás que enfrentar, inimigo feroz
Terás que ajudar um povo carente
Que espera sofrendo por libertador
Será que é você?  Ou será um José?
Um Zé qualquer, sem eira nem beira
Mas que tenha coragem, de chegar a galope
E, em um só golpe, cortar as raízes
De árvores infelizes, que brotaram na terra
De forma sutil, impregnando de ódio
Nossa Pátria Brasil!
E agora?

Edison Borba

 

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