quarta-feira, 4 de abril de 2012

A DIFÍCIL TAREFA DE PACIFICAR

Nesta quarta-feira, 4 de abril, um policial foi morto quando patrulhava as  ruas da comunidade da Rocinha. O cabo da Polícia Militar, foi mais uma vítima que morreu, após o início do processo de pacificação do local.
 Nesta semana, é o segundo assassinato.Um homem já havia sido morto a tiros, há alguns dias.
Cerca de oito homicídios aconteceram nessa localidade, num período de quarenta dias. Apesar do aumento do número de policiais na comunidade, os traficantes continuam agindo. Lamentavelmente o tráfico de drogas é uma grande fonte de renda.
Milhões de reais são arrecadados pelas quadrilhas, portanto, fazê-los interromper as suas atividades é um fato difícil de acontecer.
Enquanto houver usuário, para comprar esse produto por qualquer preço que lhe é oferecido, o tráfico se manterá ativo. Infelizmente, sabemos que existe uma grande quantidade de consumidores espalhados por toda a cidade.
Homens, mulheres, jovens e até crianças, vivem mergulhados no submundo dos entorpecentes. Eles podem ser encontrados nos mais diversos endereços: mansões, coberturas de luxo, apartamentos, casas e nos simples barracões de localidades pobres..
O perfil do usuário passa por empresários, políticos, universitários, operários, artistas, ricos, pobres, diplomados e analfabetos. Essa praga que invadiu a nossa sociedade, se espalhou rapidamente, contaminando indiscriminadamente os mais diversos tipos de cidadãos. Um sem número de celebridades, tombaram vítimas do brilho fatal. Mas, mesm o com todo o alarido da imprensa, deixando claro o perigo do uso de drogas, ela continua seu avanço gradativo e mortal.
A implantação das Unidades de Polícias Pacificadoras, é um grande passo para iniciar um controle sobre  a venda de entorpecentes. Porém, ainda haverá muito trabalho a ser feito, pois os compradores aumentam em progressão geométrica. Existe uma população de jovens, que até seriam considerados esclarecidos, pois a maioria está num nível superior de ensino, que não entendem que o cambate ao tráfico começa com a consciência de não usar sob qualquer hipótese os brilhos, bafos e tragos oferecidos nas festinhas dos apartamentos de luxo.
Ficamos surpresos, quando vemos nos noticiários apazes e moças, aparentemente de fino trato, consumindo drogas nas festas, bares e reuniões sociais.
A difícil tarefa de pacificar, fica ainda mais difícil, porque enquanto os policiais agem numa das pontas do problema, uma outra extremidade continua livre para usar e se achar impune e completamente inocente quanto ao mal que causam não só aos seus organismos mas também à todos os cidadãos de bem.
Lamentável a perda de mais um policial, que sabemos não será o último a tombar nessa guerra que parece não ter fim.
Edison Borba


Nenhum comentário:

Postar um comentário