sábado, 21 de abril de 2012

CÓDIGO FLORESTAL

O que significa Código Florestal? Creio que essa pergunta seria fácil de responder, não fosse à ganância que reina aqui na terra, como nos céus do Brasil.
O que pensam os políticos, legisladores e demais membros do Congresso, sobre Natureza?
Quando o Senhor Pedro Álvares Cabral, aqui chegou, havia uma grande, imensa e majestosa floresta, rios, lagos, nascentes e lagoas. Mananciais de água doce e um litoral, onde as águas oceânicas quebravam nas brancas areias das praias da Terra de Santa Cruz.
Uma grande e  variada fauna e flora, além de uma infinita (até aquele momento) riqueza no solo e subsolo dessa Terra Brazilis.
Antes da chegada dos conquistadores, não havia tratados; havia coerência. Os homens que habitavam esse paraíso faziam parte dele. Seres humanos animais e seres animais não humanos convivendo em harmonia com vegetais. A água cristalina e pura, podia ser bebida na palma da mão. Tudo isso protegido por uma massa azul atmosférica, completamente respirável.
A civilização (???) chegou. Não bateu à porta. Apenas adentrou e dominou.
Naquele fatídico abril de 1500, começou a destruição, a poluição e a mortificação de um paraíso terrestre.
Árvores tombaram sob o corte dos machados. Corpos morreram sob o fogo das armas. Animais dizimados para satisfazer a fome e a vaidade humana.
De lá pra cá o processo continuou implacável. Dias, décadas, séculos.
O homem, através de sua inteligência (???) criou novas formas de destruir e poluir. Colocando-se à parte da natureza, como se ele não pertencesse a esse ecossistema, portou-se como um guloso que nunca sacia  sua fome. Os machados deram lugar às motos serras. As enxadas e pás foram substituídas por possantes tratores. Com muita criatividade e inventividade, os homens foram se tornando os vilões da natureza. Sempre se colocando fora do sistema, a violação do meio ambiente cresceu descontroladamente. Havia sempre uma justificativa para que processo de “macular” a natureza pudesse ser realizado impunemente.
Após tantos anos de destruição alguns seres humanos acordaram e perceberam que aquilo que parecia infinitamente inesgotável, está agonizando. Vieram as leis. Chegaram às regras. Foram criados códigos. A legislação ataca com  multas. Ameaça com prisões.
Após muitos anos de educação equivocada, fica bastante difícil mudar comportamentos, quebrar paradigmas e conscientizar a atual humanidade. Há um sistema paralelo de corrupção, falta de ética e ambição desmedida que é difícil vencer. Criam-se leis, com diversos artigos propositalmente construídos, para que os desmandos continuem acontecendo. Um código florestal, tão duvidoso quanto às intenções daqueles que o escreveram. Além de itens, visivelmente montados para beneficiar alguns senhores, e a morosidade com que esse código vem sendo tratado, é de domínio público.
Códigos, leis, regras, sanções ou qualquer outra forma de ação protetora sobre qualquer situação, torna-se impraticável, enquanto o ditado popular – “farinha pouca, meu pirão primeiro” continuar vigorando.
O Brasil é o país dos exageros. Temos o complexo do gigantismo. Tudo aqui é majestoso, grandioso e inesgotável. Infelizmente, estamos gradativamente sucumbindo à ação das mãos gananciosas. A natureza demonstra cansaço e deixando claro que seus bens não são inesgotáveis, como também tem se mostrado inesgotável a ganância da espécie humana.
Código Florestal – quem vai cumpri-lo?

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