“Moro num país tropical. Abençoado por Deus e bonito por natureza”.
Em fevereiro tem carnaval e depois tem
eleição.
Meu país é muito belo tem palmeiras bem altas, onde cantam sabiás,
mas em Brasília, vivem muitos carcarás, sempre prontos a comer, o que é do povo,
que vive “a cá”. As aves espertas fogem, e não gorjeiam por mais por lá.
Inteligentes estas aves, sabem o perigo que
correm, são valiosas e poderão ser enjauladas e vendidas por bom preço em
qualquer praça que se interessar, o que eles querem é lucrar.
Sou
cidadão, classe média e vou driblando a vida, mesmo devendo ao cartão,
ao banco e ao “seu” João. Sou feliz comigo mesmo, devo não nego e pago quando
puder. O que tenho é meu, não tirei de
ninguém. Tenho a consciência tranquila, sou igual ao sabiá, que gorjeia aonde
chega, canta aqui e acolá.
Durante as noites me ponho a cismar: como dormem os políticos, empresários e
doutores, que vendem as nossas palmeiras e também os sabiás. Os que cortam árvores dos bosques destruindo a vida que ainda existe por lá.
Roubam o dinheiro do povo e pedem voto, aqui, ali e lá! Dormem pesadamente sem remorso
nenhum, de enganar eleitores, gente
humilde e sempre crédula, que um dia tudo vai mudar.
Mesmo não sendo um “band leader”, meus amigos
e camaradinhas me respeitam. Sou simpático e levo minha vida com alegria. Aos lugares que
compareço sou sempre bem recebido, sou cidadão honesto e trabalhador.
Não sou demagogo nem quebro às regras, sou
brasileiro e amo a vida. Ando com CPF identidade e carteira do trabalho, sou profissional
operário vivo equilibrando o salário.
Não estou desempregado e nem político sou, que profissão (??!!) mais estranha,
situação engraçada: nada fazem, tudo podem, são protegidos por leis, andam na contramão, são tratados por
doutor e nem diplomas alguns têm.
Que ”belezura” de vida gozam esses senhores
e senhoras também! Comem e bebem à vontade, viajam pra todo lugar, nem precisam
a mão no bolso botar. Quando pagam alguma conta, é com o dinheiro do povo, que
eles muito espertos sabem muito bem “manobrar”.
Não permita Deus que eu morra sem ver minha
terra “consertar”, pra que meu povo desfrute de seus primores e amores.
Que haja mais sabiás nas palmeiras a cantar.
Que tenha política séria, respeito aos cidadãos,
mais escolas para a meninada estudar e
hospitais de qualidade para a gente se tratar.
Essa terra
tão fagueira, tem lindas praias
cachoeiras, verdejantes matas e um lindo céu azul.
Nas noites estreladas eu e minha companheira
gostamos de desfrutar de toda essa natureza.
Que permita Deus um dia possamos nos
orgulhar de um país mais justo e digno, com democracia séria que respeite os
habitantes e até os sabiás!
Edison Borba
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