terça-feira, 29 de outubro de 2013

PAÍS (quase) TROPICAL

        “Moro num país tropical.  Abençoado por Deus e bonito por natureza”.
Em fevereiro tem carnaval e depois tem eleição.
Meu país é muito belo  tem palmeiras bem altas, onde cantam sabiás, mas em Brasília, vivem muitos carcarás, sempre prontos a comer, o que é do povo, que vive “a cá”. As aves espertas fogem, e não gorjeiam por mais por  lá.
Inteligentes estas aves, sabem o perigo que correm, são valiosas e poderão ser enjauladas e vendidas por bom preço em qualquer praça que se interessar, o que eles querem é lucrar.
Sou  cidadão, classe média e vou driblando a vida, mesmo devendo ao cartão, ao banco e ao “seu” João. Sou feliz comigo mesmo, devo não nego e pago quando puder. O que tenho é meu,  não tirei de ninguém. Tenho a consciência tranquila, sou igual ao sabiá, que gorjeia aonde chega, canta aqui e acolá.
Durante as noites me ponho a cismar:  como dormem os políticos, empresários e doutores, que vendem as nossas palmeiras e também os sabiás. Os que cortam  árvores dos bosques  destruindo a vida que ainda existe por lá. Roubam o dinheiro do povo e pedem voto, aqui, ali e lá! Dormem pesadamente sem remorso nenhum, de enganar  eleitores, gente humilde e sempre crédula, que um dia tudo vai mudar.
Mesmo não sendo um “band leader”, meus amigos e camaradinhas me respeitam. Sou simpático e levo  minha vida com alegria. Aos lugares que compareço sou sempre bem recebido, sou cidadão honesto e trabalhador.
Não sou demagogo nem quebro às regras, sou brasileiro e amo a vida. Ando com CPF  identidade e  carteira do trabalho, sou profissional operário vivo equilibrando o salário.
Não estou desempregado e nem  político sou, que  profissão (??!!) mais  estranha,  situação engraçada: nada fazem, tudo podem, são protegidos por  leis, andam na contramão, são tratados por doutor e nem diplomas alguns têm.
Que ”belezura” de vida gozam esses senhores e senhoras também! Comem e bebem à vontade, viajam pra todo lugar, nem precisam a mão no bolso botar. Quando pagam alguma conta, é com o dinheiro do povo, que eles muito espertos sabem muito bem “manobrar”.
Não permita Deus que eu morra sem ver minha terra “consertar”, pra que meu povo desfrute de seus primores e amores.
Que haja mais sabiás nas palmeiras a cantar.
Que tenha política séria, respeito aos cidadãos, mais escolas  para a meninada estudar e hospitais de qualidade para a gente se tratar.
Essa  terra tão fagueira, tem lindas praias  cachoeiras, verdejantes matas e um lindo céu azul.
Nas noites estreladas eu e minha companheira gostamos de desfrutar de toda essa natureza.
Que permita Deus um dia possamos nos orgulhar de um país mais justo e digno, com democracia séria que respeite os habitantes e até os sabiás!
Edison Borba
 

 

 

 

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