quarta-feira, 2 de outubro de 2013

EM BOCA FECHADA NÃO ENTRA MOSQUITO

          Diante dos conflitos que aconteceram durante a greve dos professores e as manifestações que fizeram parte deste complexo evento, foi possível ouvir alguns comentários “maldosos” e desnecessários de alguns  jornalistas de emissoras de televisão.
Algumas palavras foram repetidas exaustivamente e uma dificuldade em identificar professores de aproveitadores. A troca de verbos (intencionalmente!!??) colocou os trabalhadores da educação no mesmo patamar dos baderneiros. Informações dúbias em que as ações dos  black blocs são atribuídas aos professores. É lamentável  que alguns jornalistas e apresentadores de telejornais, na ansiedade de participar da notícia, deixem sair de suas bocas comentários maldosos.
Manifestantes, professores, black blocs, cidadãos, saqueadores, baderneiros, agitadores e policiais fazem parte desse triste momento da educação brasileira. Quem reclama e por que, que tipo de protesto, quem é o agressor, quem destrói o patrimônio público, quem atira bombas e gás de pimenta e finalmente quem sofre as consequências de tudo isso? Sabemos que é difícil identificar tantos personagens.
É mais elegante, que não tendo condições de comentar, o silêncio é a melhor opção. Sabemos que as emissoras possuem suas políticas internas, que ficam evidentes através da voz de seus funcionários, mas em algumas ocasiões, a sugestão não veio dos superiores, trata-se apenas de fazer comentários sem ter uma sustentação acadêmica para emitir algum tipo de pronunciamento.
Um bom jornalista, deve se inteirar das notícias, até mesmo vendo e ouvindo colegas de outras emissoras e dependendo das orientações recebidas, usar o antigo ditado “em boca fechada  não entra mosquito”.
Edison Borba

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