Desde os antigos tempos que cobaias são
usadas para testes laboratoriais. Os famosos ratinhos colocados em labirintos,
os cães usados pela psicologia testando o condicionamento e outros tantos,
animais, que deram suas vidas em benefício da humanidade. Até seres humanos, se
candidatam para testarem produtos químicos, que ainda não possuem resultados
positivos para serem liberados para uso. Na década de cinquenta, a cadela
Laika, viajou pelo espaço, para testar a sobrevivência fora do planeta Terra. Laika
teve seu nome gravado nos nossos corações, por ter sido “usada” como um
experimento para ciência mundial.
Toda e qualquer experiência deve ser realizada em obediência a um código
de ética (bioética), onde limites precisam ser considerados e a idoneidade do ser que estiver colaborando para
a pesquisa respeitada.
Atualmente, com a evolução dos aparelhos
e produtos laboratoriais, o uso de seres vivos para experimentos, diminuiu
consideravelmente. Porém, ainda existe a necessidade de em alguns casos, o uso das
células de seres vivos, serem utilizadas para alguns testes. Infelizmente, nem
sempre os códigos de ética são respeitados e nesse caso a dignidade do ser que
está sendo utilizado em benefício da humanidade, é violentamente desrespeitada.
As entidades que cuidam da proteção dos
animais devem estar sempre alerta para que não haja desrespeito, não só nos
laboratórios, mas também em comerciais, telenovelas, rinhas e programas
circenses e teatrais. Todos os seres vivos merecem respeito não só quanto ao
seu corpo físico e fisiológico, mas também quanto à sua imagem, que não pode
ser aviltada através do uso de fantasias, que o ridicularizem.
O recente incidente envolvendo cães e laboratório
de pesquisa, merece reflexões, quanto as nossas relações com seres de outras espécies. Há
poucas semanas, foi mostrado num jornal de uma emissora de televisão o grave
estado de saúde dos cavalos que puxam as charretes na ilha de Paquetá. Doentes
e maltratados, os indefesos animais são expostos ao ridículo por toda a ilha.
Os cães condenados à morte pelo prefeito
da cidade de Santa Cruz do Arari, do estado do Pará chocaram a sociedade.
Provavelmente mais de trezentos animais foram sacrificados. Outra calamidade
acontece no período das férias escolares quando uma grande quantidade de
animais, abandonados, pelos donos, vagam
pelas ruas das cidades. A
irresponsabilidade de famílias, que para agradarem seus filhos compram animais
para abandoná-los quando saem de férias. Animal não é objeto, não é brinquedo e
não é descartável.
Esse triste caso dos cãezinhos usados
como cobaias, deve servir para manter aberto o ciclo de discussões e reflexões
sobre as relações da espécie humana com outras espécies.
Respeito e ética é o que devemos ter
para com todas as criaturas do mundo. Animais de estimação devem ser mais do que
estimados, devem ser amados e respeitados.
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