terça-feira, 1 de outubro de 2013

PROFESSOR PLURAL?

         No primeiro segmento escolar, os professores (lembrar os normalistas) trabalham com os alunos as diversas áreas do saber: matemática, história, geografia, ciências além da introdução aos mais diferentes aspectos educacionais. São esses trabalhadores que possuem a incumbência  de apresentar o mundo do conhecimento aos seus alunos a partir da alfabetização.

No antigo curso primário, uma só professora era a detentora  de todos os saberes. Aos poucos, esse segmento foi sofrendo adaptações, e algumas diversidades foram introduzidas na grade curricular. A chegada do elemento masculino (professor) possibilitou a ampliação do quadro docente e a diversidade na transmissão dos conhecimentos.

A figura do trabalhador em Educação Física, Artes e até Língua Estrangeira foi expandindo as opções, no primeiro segmento escolar.

A partir do  Ensino Fundamental, as disciplinas se multiplicam e também os seus professores. Para cada saber há um especialista, que em parceria com seus companheiros, constroem um ensino multidisciplinar e interdisciplinar.

As Universidades ampliaram seus quadros, e o ensino superior, passou a suprir o mercado escolar com professores especializados em Língua Portuguesa, Química, Geografia, Biologia, História, Matemática entre outras disciplinas que completam a Grade Curricular dos Ensinos Fundamental e Médio. Desta forma, o Ensino Superior passou a ter um importante papel no mercado pedagógico, através da formação de   especialistas.

Infelizmente, a proposta do professor “plural” é um retrocesso no ensino brasileiro e o início do fim da formação especializada. Imaginemos um professor dividindo-se em múltiplos conhecimentos das mais variadas disciplinas. Essa condição que está sendo proposta para as escolas da rede oficial de ensino, vai colocar os alunos do ensino público em condições de inferioridade, em relação aos que estudam na rede particular. Nenhuma escola da rede privada irá adotar tamanha loucura. Num mundo de competições e lutas cada vez mais rígidas pelo conhecimento, formar indivíduos em generalidades é condená-los ao fracasso.

As empresas exigem cada vez mais, indivíduos preparados e capacitados para habitar um universo que exige empreendedorismo e capacidade de inovar, nos diversos setores profissionais.

É estranho que não haja nenhuma reação das Universidades, formadoras de especialistas nas diversas áreas da educação, em relação a essa loucura educacional.

É estranho que pais e responsáveis se mantenham passivos diante desta reforma na estrutura da educação pública.

É estranho que nossos comunicadores, e pessoal da imprensa, não estejam antenados para tal insanidade.

 Quanto aos políticos esta reforma será o coroamento de um grande sonho: manter o povão na ignorância, para cada vez mais reduzir o cabresto, mantendo a manada obediente.

Até quando o povo  será mantido com os olhos vendados?

Mistérios brasileiros, que ainda não foram desvendados!

              Quem viver verá!

Edison Borba

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