No
primeiro segmento escolar, os professores (lembrar os normalistas) trabalham
com os alunos as diversas áreas do saber: matemática, história, geografia,
ciências além da introdução aos mais diferentes aspectos educacionais. São esses
trabalhadores que possuem a incumbência
de apresentar o mundo do conhecimento aos seus alunos a partir da
alfabetização.
No
antigo curso primário, uma só professora era a detentora de todos os saberes. Aos poucos, esse
segmento foi sofrendo adaptações, e algumas diversidades foram introduzidas na
grade curricular. A chegada do elemento masculino (professor) possibilitou a
ampliação do quadro docente e a diversidade na transmissão dos conhecimentos.
A
figura do trabalhador em Educação Física, Artes e até Língua Estrangeira foi expandindo
as opções, no primeiro segmento escolar.
A
partir do Ensino Fundamental, as
disciplinas se multiplicam e também os seus professores. Para cada saber há um
especialista, que em parceria com seus companheiros, constroem um ensino
multidisciplinar e interdisciplinar.
As
Universidades ampliaram seus quadros, e o ensino superior, passou a suprir o
mercado escolar com professores especializados em Língua Portuguesa, Química,
Geografia, Biologia, História, Matemática entre outras disciplinas que
completam a Grade Curricular dos Ensinos Fundamental e Médio. Desta forma, o
Ensino Superior passou a ter um importante papel no mercado pedagógico, através
da formação de especialistas.
Infelizmente,
a proposta do professor “plural” é um retrocesso no ensino brasileiro e o início
do fim da formação especializada. Imaginemos um professor dividindo-se em
múltiplos conhecimentos das mais variadas disciplinas. Essa condição que está
sendo proposta para as escolas da rede oficial de ensino, vai colocar os alunos
do ensino público em condições de inferioridade, em relação aos que estudam na
rede particular. Nenhuma escola da rede privada irá adotar tamanha loucura. Num
mundo de competições e lutas cada vez mais rígidas pelo conhecimento, formar
indivíduos em generalidades é condená-los ao fracasso.
As
empresas exigem cada vez mais, indivíduos preparados e capacitados para habitar
um universo que exige empreendedorismo e capacidade de inovar, nos diversos
setores profissionais.
É
estranho que não haja nenhuma reação das Universidades, formadoras de
especialistas nas diversas áreas da educação, em relação a essa loucura
educacional.
É
estranho que pais e responsáveis se mantenham passivos diante desta reforma na
estrutura da educação pública.
É
estranho que nossos comunicadores, e pessoal da imprensa, não estejam antenados
para tal insanidade.
Quanto aos políticos esta reforma será o
coroamento de um grande sonho: manter o povão na ignorância, para cada vez mais
reduzir o cabresto, mantendo a manada obediente.
Até
quando o povo será mantido com os olhos
vendados?
Mistérios
brasileiros, que ainda não foram desvendados!
Quem viver verá!
Edison Borba
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