segunda-feira, 16 de junho de 2014

BALAS E BOLAS. TRISTEZAS E ALEGRIAS.

        À medida que as seleções se apresentam,  é possível observar as que estão mais próximas de levar a taça. Jogadores experientes e os mais novos começam a deixar sua asinatura neste torneio. Leonel Messi, Neymar, Cristiano Ronaldo, Casillas entre outros meninos atletas, aos poucos vão deixando as suas assinaturas através de suas jogadas.

Infelizmente, o Brasil ainda não cuida de seus meninos, como os treinadores cuidam das seleções. Ontem, dia 15 de junho, menino de treze anos morre atingido por bala perdida em comunidade pacificada.

Durante troca de tiros entre policiais e traficantes, na  Zona Oeste da cidade do Rio de janeiro, comunidade  Cidade de Deus, mais especificamente num local conhecido como Caratê, um menino foi assassinado. 

Mais um brasileirinho é abatido pela falta de segurança. Mais um garoto que, tal qual,  Neymar e Messi, gostava de brincar de futebol.

Ele não teve tempo de mostrar o seu talento, de realizar seus sonhos, de se tornar um cidadão produtivo para a sua pátria.

Bala perdida mata! Bola rolando no gramado alegra!

Família enlutada chora! Galera nas arquibancadas vibra!

O grito dos sofridos foi apagado pelos gritos de gol!

Enquanto as balas fizerem a nação chorar, fica difícil, sorrir com as bolas e dribles dos atletas que fazem parte das seleções de futebol.

Cristiano Ronaldo, o galã e jogador português, não tem noção, do que ocorre, com outros meninos, galãs brasileiros.

Casillas nem tem ideia do que está acontecendo nas comunidades pobres do Brasil.

O holandês Kenneth Vermeer deve desconhecer as carências sociais brasileiras.

As bolas continuarão rolando  sobre os verdes gramadas.  A competição continua e o show não pode parar.
Vamos torcer para que a seleção campeã seja a seleção da PAZ. Que a equipe vencedora possa erguer não só um troféu, mas a voz que clamará por um Brasil mais justo e seguro para todos os seus cidadãos.

Edison Borba

 

 

 

 

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